Trabalho colaborativo e o desenvolvimento profissional do professor de matemática

Longe vão os tempos em que a formação inicial era tida como suficiente para o desempenho da profissão docente. É importante e urgente que os professores tenham em atenção a atualização e aperfeiçoamento da sua própria formação enquanto pessoas e profissionais de educação. Atualmente, numa sociedade em constante mudança, é-nos exigida colaboração na concretização de objetivos comuns. O professor não vive isolado, vive inserido num determinado contexto que poderá ser muito útil para o seu desenvolvimento profissional. Neste sentido, este trabalho de projeto tem como objetivo principal encontrar resposta para a seguinte questão: como implementar práticas colaborativas no agrupamento a que pertenço, propiciadoras do desenvolvimento profissional do professor de matemática? É extremamente importante as interações entre professores, uma vez que estas promovem uma cultura profissional colaborativa, onde partilhando dúvidas e incertezas, os professores crescem profissionalmente (Rocha, 1995). Para encontrar resposta à questão foi elaborado um projeto de intervenção, que tem como base a implementação de práticas colaborativas entre professores de matemática no agrupamento a que pertenço, que propiciem o seu desenvolvimento profissional e se tornem uma prática quotidiana. Nas ações a desenvolver estão incluídas a realização de workshops na plataforma moodle, painéis sobre trabalho colaborativo, sessões sobre quadros interativos, observação de aulas interpares, exploração de tarefas de investigação, análise do programa de matemática e metas de aprendizagem, partilha de experiências e reflexão, exploração de material didático ligado à matemática, elaboração de um portefólio, organização de atividades relativas ao dia da matemática, entre outras. Assim, há elevadas expectativas na envolvência dos professores neste projeto de tal forma que todos consigam rever e reformular as suas próprias práticas letivas, levá-las à discussão entre colegas, sem qualquer receio de serem julgados, resolver problemas colaborativamente e, acima de tudo, mostrar que o sucesso do professor é o sucesso tanto da escola como dos seus alunos. O trabalho docente deve ser voltado para práticas colaborativas que envolvam a constante interação dos vários docentes em detrimento do trabalho individual.

Aplicação dos programas nacionais de Educação Física em ginástica : condicionantes

Durante 15 anos, observando requerentes nas provas de acesso à licenciatura em Educação Física e Desporto, chegamos á conclusão de que maioria deles tem preparação gímnica básica muito fraca. Eles apresentam grandes lacunas tanto no conhecimento da técnica como na execução prática dos elementos gímnicos, constantes do Programa Escolar. Naturalmente, o nosso desejo foi descobrir as razões para esta deficiente preparação gímnica e contribuir para melhorar o processo ensino-aprendizagem nas escolas. Mais especificamente, neste estudo procurou-se, junto aos professores que leccionam nas escolas, averiguar alguns aspectos relacionados com a aplicação dos programas nacionais de Educação Física de Ginástica no 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário. Para isso elaboramos um questionário ao qual responderam 88 professores em 14 escolas de Lisboa e Almada. Conclusões. A maioria dos professores, participantes no nosso estudo, não aborda mais que metade dos elementos constantes dos Programas de ginástica, especialmente os elementos nos aparelhos (barra fixa, paralelas simétricas, argolas, cavalo com arções), saltos no plinto longitudinal, mortais no mini-trampolim, elementos do nível avançado no solo e trave. A maior dificuldade na aplicação do Programa de Educação Física é o facto de a grande maioria dos alunos não possuir os pré-requisitos na ginástica, que deveriam ser adquiridos no 1º e 2º ciclos de Escola Básica, tanto no desenvolvimento das habilidades e hábitos motores de base, como ao nível de preparação física. Uma percentagem considerável dos professores tem dificuldades relacionadas com os conhecimentos técnico-didácticos, especialmente na intervenção manual (48%). Por isso, é muito importante existência mais acções de formação especificas da ginástica. Através da análise dos dados recolhidos referenciamos os elementos gímnicos que apresentam maiores dificuldades na leccionação e elaboramos as fichas com descrição completa da técnica da execução destes elementos, progressões metodológicas, indicamos os erros típicos e recomendamos a forma de intervenção manual do professores. Com este trabalho pretendemos poder ajudar os estudantes e professores, que iniciam a sua carreira profissional, a encontrar uma forma mais eficaz no ensino dos elementos gímnicos, constantes do Programa Escolar.

A contribuição da topofilia e terrafilia na perspectiva de uma educação para a cidadania

A pesquisa realizada teve como finalidade analisar os pressupostos compreendidos nos conceitos de topofilia e de terrafilia, considerando como sujeitos os alunos e professores da Escola de Ensino Fundamental e Médio Ministro Jarbas Passarinho, no Município de Sobral, Estado do Ceará. Foi feita uma análise da identidade territorial, a vivida e a desejada, buscando avaliar o sentido de pertença à escola e aos bairros Terrenos Novos e Vila União, bem como a sua atratividade. Isto permitiu verificar as consequências que pode trazer tornar o sentimento de pertença em algo construtivo na resolução de problemas existentes na escola e nos bairros em questão, no sentido de contribuir para a formação da cidadania. A metodologia participativa adotada consistiu na realização de oficinas sobre os conhecimentos, atitudes e prática (CAP)/Terrafilia, aplicadas a alunos do 3º ano do ensino médio e a seus respectivos professores de Geografia. Os resultados permitiram a elaboração de um diagnóstico retrospectivo e prospectivo a respeito das diversas mudanças ocorridas na gênese da identidade territorial e proporcionou aos participantes uma abertura dialógica, onde puderam expressar suas opiniões e preocupações, permitindo assim, um ensaio das escolhas, deveres e responsabilidades, a partir de indicações e formulação de propostas para fortalecimento do sentimento de terrafilia.

O círculo da escrita : o texto argumentativo e a consciência (meta)linguística no ensino secundário

O projeto que se apresenta tem por finalidade investigar processos de aperfeiçoamento da competência de escrita do texto argumentativo de alunos do Ensino Secundário. Considerou-se as contribuições convergentes das teorias e técnicas da psicologia cognitiva e de perspetivas sociais da linguagem. Em consequência, associou-se o modelo de revisão de Hayes e Flower (1983; 1980), e de Hayes, Flower, Schriver, Stratman e Carey (1987), ao modelo de análise do discurso de Bronckart (2004; 1996) e à proposta linguística de Adam (2006; 1992). A hipótese que sustenta a investigação é que a consciência (meta)linguística pode facilitar a revisão textual e o aperfeiçoamento da competência de escrita de textos argumentativos, em contexto de Oficina de Escrita. A investigação conjugou duas fases. Na fase intensiva do estudo de caso, os alunos do 11.º ano de Português de uma Escola do Porto progrediram, através de trabalho continuado em Oficina de Escrita. Após a experiência, mesmo alunos com dificuldades revelaram domínio de metalinguagem, mais consciência (meta)linguística na revisão e autorregulação da sua aprendizagem. Na fase extensiva, foi aplicado um inquérito por questionário a uma amostra probabilística de professores do Secundário, igualmente do Porto. Os docentes valorizaram os aspetos supracitados, bem como a leitura de textos argumentativos e o treino do conhecimento explícito da língua. Contudo, em triangulação, as respostas indiciam um ensino centrado no professor, pouco aberto a projetos de escrita, a novas tecnologias e à divulgação de textos à Escola e ao meio. Os resultados indicam que a competência de escrita de textos argumentativos é passível de aperfeiçoamento em Oficina de Escrita, através de interiorização do género textual e aprofundamento da competência (meta)linguística. No contexto do estudo, comprova-se a influência de um treino de escrita inserido em Projetos de Escola, tendo o aluno como sujeito da sua própria aprendizagem, em interação com o meio.

Orientação sexual como tema transversal em escolas públicas de Curralinhos-PI

Este estudo objetivou analisar a prática docente relacionada à orientação sexual enquanto tema transversal em escolas públicas no munícipio de Curralinhos-PI, e neste encalço, identificar as formas de práticas docentes relacionadas à orientação sexual enquanto tema transversal; caracterizar os fatores condicionantes para a realização da abordagem da orientação sexual em sala de aula; verificar a contribuição das oficinas do Programa Saúde e Prevenção na Escola (SPE) na formação continuada da prática docente e, a percepção de professores e alunos, quanto à relevância da abordagem do tema em questão de forma sistemática e transversal nas referidas escolas. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa e quantitativa com função de complementaridade, realizada em duas escolas públicas (X e Y) do município de Curralinhos-PI, de ensino fundamental e ensino médio, respectivamente, envolvendo uma amostra de 8 (oito) professores, que participaram das oficinas do SPE e 116 alunos, sendo 54 da escola X e 62 da escola Y. Os instrumentos da coleta de dados foram a entrevista e o questionário semiestruturados, originários de um roteiro de questões-guia. A coleta de dados foi realizada no segundo semestre de 2011, nos meses de agosto a setembro. Os resultados apontaram que é grande a necessidade de se discutir e implementar a orientação sexual no espaço escolar, pois embora a maioria dos professores entrevistados reconheçam a importância de se trabalhar a orientação sexual como tema transversal e demonstrarem conhecer esta proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), ainda são difusas as práticas incorporadas em suas atividades pedagógicas. Quanto aos alunos, evidenciaram que ainda se fazem presentes dúvidas e angústias, assim como dificuldades para a lida com o tema da sexualidade.

The role of siblings in the habilitation of families with children who are deaf or hard-of-hearing

Siblings play a vital role in the health of a family as they adjust to having a child who is deaf or hard-of-hearing. In this project, a series of workshops has been designed for the siblings of children with a hearing loss to help better understand hearing loss and foster healthy sibling relationships.

Facebook & Blackboard: comparison of learner perspectives

Different systems, different purposes – but how do they compare as learning environments? We undertook a survey of students at the University, asking whether they learned from their use of the systems, whether they made contact with other students through them, and how often they used them. Although it was a small scale survey, the results are quite enlightening and quite surprising. Blackboard is populated with learning material, has all the students on a module signed up to it, a safe environment (in terms of Acceptable Use and some degree of staff monitoring) and provides privacy within the learning group (plus lecturer and relevant support staff). Facebook, on the other hand, has no learning material, only some of the students using the system, and on the face of it, it has the opportunity for slips in privacy and potential bullying because the Acceptable Use policy is more lax than an institutional one, and breaches must be dealt with on an exception basis, when reported. So why do more students find people on their courses through Facebook than Blackboard? And why are up to 50% of students reporting that they have learned from using Facebook? Interviews indicate that students in subjects which use seminars are using Facebook to facilitate working groups – they can set up private groups which give them privacy to discuss ideas in an environment which perceived as safer than Blackboard can provide. No staff interference, unless they choose to invite them in, and the opportunity to select who in the class can engage. The other striking finding is the difference in use between the genders. Males are using blackboard more frequently than females, whilst the reverse is true for Facebook. Interviews suggest that this may have something to do with needing to access lecture notes… Overall, though, it appears that there is little relationship between the time spent engaging with Blackboard and reports that students have learned from it. Because Blackboard is our central repository for notes, any contact is likely to result in some learning. Facebook, however, shows a clear relationship between frequency of use and perception of learning – and our students post frequently to Facebook. Whilst much of this is probably trivia and social chit chat, the educational elements of it are, de facto, contructivist in nature. Further questions need to be answered - Is the reason the students learn from Facebook because they are creating content which others will see and comment on? Is it because they can engage in a dialogue, without the risk of interruption by others?

Reflections: 50 Years of Medieval Archaeology, 1957-2007

This volume celebrates the 50th anniversary of the Society for Medieval Archaeology (established in 1957), presenting reflections on the history, development and future prospects of the discipline. The papers are drawn from a series of conferences and workshops that took place in 2007-2008, in addition to a number of contributions that were commissioned especially for the volume. They range from personal commentaries on the history of the Society and the growth of the subject, to historiographical, regional and thematic overviews of major trends in the evolution and current practice of medieval archaeology in Britain. Critical overviews are presented of the archaeology of medieval landscapes, buildings and material culture; new developments in the scientific study of medieval health, diet and materials; and innovations in social approaches to medieval archaeology. A series of papers on southern Europe provide a comparative perspective, featuring overviews on medieval archaeology in Italy, Spain and southeastern Europe.

Surface wave processes in air-sea interaction

We review briefly recent progress on understanding the role of surface waves on the marine atmospheric boundary layer and the ocean mixed layer and give a global perspective on these processes by analysing ERA-40 data. Ocean surface waves interact with the marine atmospheric boundary layer in two broad regimes: (i) the conventional wind-driven wave regime, when fast winds blow over slower moving waves, and (ii) a wave-driven wind regime when long wavelength swell propagates under low winds, and generates a wave-driven jet in the lower part of the marine boundary layer. Analysis of ERA-40 data indicates that the wave-driven wind regime is as prevalent as the conventional wind-driven regime. Ocean surface waves also change profoundly mixing in the ocean mixed layer through generation of Langmuir circulation. Results from large-eddy simulation are used here to develop a scaling for the resulting Langmuir turbulence, which is a necessary step in developing a parametrization of the process. ERA-40 data is then used to show that the Langmuir regime is the predominant regime over much of the global ocean, providing a compelling motivation for parameterising this process in ocean general circulation models.

A multi-scale framework for strategic management of diffuse pollution

A multi-scale framework for decision support is presented that uses a combination of experiments, models, communication, education and decision support tools to arrive at a realistic strategy to minimise diffuse pollution. Effective partnerships between researchers and stakeholders play a key part in successful implementation of this strategy. The Decision Support Matrix (DSM) is introduced as a set of visualisations that can be used at all scales, both to inform decision making and as a communication tool in stakeholder workshops. A demonstration farm is presented and one of its fields is taken as a case study. Hydrological and nutrient flow path models are used for event based simulation (TOPCAT), catchment scale modelling (INCA) and field scale flow visualisation (TopManage). One of the DSMs; The Phosphorus Export Risk Matrix (PERM) is discussed in detail. The PERM was developed iteratively as a point of discussion in stakeholder workshops, as a decision support and education tool. The resulting interactive PERM contains a set of questions and proposed remediation measures that reflect both expert and local knowledge. Education and visualisation tools such as GIS, risk indicators, TopManage and the PERM are found to be invaluable in communicating improved farming practice to stakeholders. (C) 2008 Elsevier Ltd. All rights reserved.

Coupled simulations of the Indian monsoon intraseasonal oscillation using a fine-resolution mixed-layer ocean model

The intraseasonal variability (ISV) of the Indian summer monsoon is dominated by a 30–50 day oscillation between “active” and “break” events of enhanced and reduced rainfall over the subcontinent, respectively. These organized convective events form in the equatorial Indian Ocean and propagate north to India. Atmosphere–ocean coupled processes are thought to play a key role the intensity and propagation of these events. A high-resolution, coupled atmosphere–mixed-layer-oceanmodel is assembled: HadKPP. HadKPP comprises the Hadley Centre Atmospheric Model (HadAM3) and the K Profile Parameterization (KPP) mixed-layer ocean model. Following studies that upper-ocean vertical resolution and sub-diurnal coupling frequencies improve the simulation of ISV in SSTs, KPP is run at 1 m vertical resolution near the surface; the atmosphere and ocean are coupled every three hours. HadKPP accurately simulates the 30–50 day ISV in rainfall and SSTs over India and the Bay of Bengal, respectively, but suffers from low ISV on the equator. This is due to the HadAM3 convection scheme producing limited ISV in surface fluxes. HadKPP demonstrates little of the observed northward propagation of intraseasonal events, producing instead a standing oscillation. The lack of equatorial ISV in convection in HadAM3 constrains the ability of KPP to produce equatorial SST anomalies, which further weakens the ISV of convection. It is concluded that while atmosphere–ocean interactions are undoubtedly essential to an accurate simulation of ISV, they are not a panacea for model deficiencies. In regions where the atmospheric forcing is adequate, such as the Bay of Bengal, KPP produces SST anomalies that are comparable to the Tropical Rainfall Measuring Mission Microwave Imager (TMI) SST analyses in both their magnitude and their timing with respect to rainfall anomalies over India. HadKPP also displays a much-improved phase relationship between rainfall and SSTs over a HadAM3 ensemble forced by observed SSTs, when both are compared to observations. Coupling to mixed-layer models such as KPP has the potential to improve operational predictions of ISV, particularly when the persistence time of SST anomalies is shorter than the forecast lead time.

Scalability of efficient parallel K-Means

Clustering is defined as the grouping of similar items in a set, and is an important process within the field of data mining. As the amount of data for various applications continues to increase, in terms of its size and dimensionality, it is necessary to have efficient clustering methods. A popular clustering algorithm is K-Means, which adopts a greedy approach to produce a set of K-clusters with associated centres of mass, and uses a squared error distortion measure to determine convergence. Methods for improving the efficiency of K-Means have been largely explored in two main directions. The amount of computation can be significantly reduced by adopting a more efficient data structure, notably a multi-dimensional binary search tree (KD-Tree) to store either centroids or data points. A second direction is parallel processing, where data and computation loads are distributed over many processing nodes. However, little work has been done to provide a parallel formulation of the efficient sequential techniques based on KD-Trees. Such approaches are expected to have an irregular distribution of computation load and can suffer from load imbalance. This issue has so far limited the adoption of these efficient K-Means techniques in parallel computational environments. In this work, we provide a parallel formulation for the KD-Tree based K-Means algorithm and address its load balancing issues.

Global observed changes in daily climate extremes of temperature and precipitation

A suite of climate change indices derived from daily temperature and precipitation data, with a primary focus on extreme events, were computed and analyzed. By setting an exact formula for each index and using specially designed software, analyses done in different countries have been combined seamlessly. This has enabled the presentation of the most up-to-date and comprehensive global picture of trends in extreme temperature and precipitation indices using results from a number of workshops held in data-sparse regions and high-quality station data supplied by numerous scientists world wide. Seasonal and annual indices for the period 1951-2003 were gridded. Trends in the gridded fields were computed and tested for statistical significance. Results showed widespread significant changes in temperature extremes associated with warming, especially for those indices derived from daily minimum temperature. Over 70% of the global land area sampled showed a significant decrease in the annual occurrence of cold nights and a significant increase in the annual occurrence of warm nights. Some regions experienced a more than doubling of these indices. This implies a positive shift in the distribution of daily minimum temperature throughout the globe. Daily maximum temperature indices showed similar changes but with smaller magnitudes. Precipitation changes showed a widespread and significant increase, but the changes are much less spatially coherent compared with temperature change. Probability distributions of indices derived from approximately 200 temperature and 600 precipitation stations, with near-complete data for 1901-2003 and covering a very large region of the Northern Hemisphere midlatitudes (and parts of Australia for precipitation) were analyzed for the periods 1901-1950, 1951-1978 and 1979-2003. Results indicate a significant warming throughout the 20th century. Differences in temperature indices distributions are particularly pronounced between the most recent two periods and for those indices related to minimum temperature. An analysis of those indices for which seasonal time series are available shows that these changes occur for all seasons although they are generally least pronounced for September to November. Precipitation indices show a tendency toward wetter conditions throughout the 20th century.