1000 resultados para relações fonte-dreno
Resumo:
Ao ler o Contrato social de Rousseau, tendemos a nos concentrar em seu objetivo explícito, que é o de investigar e estabelecer uma regra de administração legítima e segura para uma comunidade política individual. Em conformidade com o próprio caráter abstrato da obra, somos levados a ver essa comunidade como alguma coisa pré-existente e isolada, sem perguntar o que já havia inicialmente de comum a esses indivíduos que decidem submeter-se à regra de sua vontade geral, e como esse corpo político assim constituído se relaciona com os que não são eles mesmos, mas "os outros", isto é, com as demais sociedades com as quais terá inevitavelmente de conviver. Tais questões tinham grande importância para Rousseau, e só o caráter fragmentário e inconcluso do Contrato social explica por que não receberam o tratamento aprofundado que lhes seria devido. Pretendo, em minha exposição, explorar alguns aspectos das soluções que Rousseau deixou esboçadas em outras obras, especialmente no Emílio e em seu Extrato e Julgamento, do projeto de paz perpétua do Abbé de Saint-Pierre, e que apontam para uma compreensão muito lúcida do problema das relações entre as nações, e para uma solução que tem, surpreendentemente, muito em comum com a que propôs, no Contrato social, para a questão das relações entre indivíduos. Pretendo mostrar que há, em Rousseau, o gérmen de uma concepção das relações internacionais que não as reduz ao mero jogo de forças proposto pelo "realismo" hobbesiano e, ao mesmo tempo, viabiliza a convivência civilizada e regulada, sem impor a uniformidade de valores e perspectivas característica do cosmopolitismo kantiano.
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O texto traz uma análise sobre algumas das várias interpretações que defendem a existência de uma relação entre a filosofia moderna e o experimentalismo e a física ockhamianas. Buscando esclarecer alguns dos pressupostos dessas interpretações, o presente artigo sugere apontar alguns de seus limites, visando a uma descrição mais acurada do problema por elas enfrentado
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O presente artigo apresenta, na tentativa de produzir uma interpretação filosófica do pensamento de Freud, uma problematização acerca de uma gama de noções como subjetividade, realidade, princípio de prazer, princípio de realidade, pulsão de morte, fonte e sustentação da vida individual e grupal, entre outras. Investigando as condições de constituição da subjetividade humana, privilegiamos, entre outras vias possíveis, pelo apoio em diversos textos do psicanalista sobre hipnose. Pretendemos esclarecer, a partir dela e das relações que comporta, as condições em que os laços sociais, vale dizer libidinais, são estabelecidos, além do que proporcionam, a saber, a própria sustentação da vida pela oposição que oferecem à agressividade e autodestrutividade primária postulada por Freud. Com esse recurso, pretendemos sustentar nossa tese de que toda constituição da subjetividade como a sustentação da vida se dão por uma articulação entre interior e exterior que se opõe, por um período determinado de tempo, à conservadora pulsão de morte que subsiste em todo organismo.
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Nosso objetivo é destacar algumas questões concernentes ao problema da matéria e do movimento na filosofia de Bergson. Questões presentes em seu segundo livro, Matéria e memória, as quais indicam uma nova orientação de sua filosofia: a passagem da psicologia à metafísica; mais precisamente, a introdução do tema do movimento e da duração "fora de nós". O primeiro capítulo do livro, ao caracterizar o universo material como um conjunto de imagens, desempenha um papel fundamental nessa passagem, a qual efetivamente se dá no quarto capítulo, momento em que elabora uma metafísica da matéria. Para além desse contexto, é na direção de seu terceiro livro, A evolução criadora, que essa metafísica da matéria consequentemente aponta.
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Este artigo trata sobre o livro didático como fonte de pesquisa em História da Educação. Compreende-o como possuidor de valores que se desejou fossem transmitidos num dado momento histórico, ao mesmo tempo em que é portador de um projeto de nação a ser construído por meio da educação escolar. Entende que esse tipo de material faz parte do universo da cultura escolar residindo aí a importância da sua utilização para a compreensão das práticas escolares no interior das instituições educativas ao longo da história da educação. Tece considerações sobre sua produção e sua comercialização como elementos a considerar na sua organização.
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UANL
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Fundamentação: Considerando a prevalência da depressão em pessoas idosas, torna-se importante conhecer mais sobre as manifestações de sintomas depressivos nessa fase da vida. Objetivo: Este estudo se propôs a verificar possíveis relações entre medidas de sintomas depressivos, considerando as variáveis sexo e idade em idosos. Método: Fizeram parte do estudo 183 idosos, divididos em dois grupos, G1 - asilares, e G2- nãoasilares praticantes de atividades físicas. Após eliminar os participantes com indicador de demência por meio do Exame Mental Mini-Mental- MMSE e outros critérios de inclusão da amostra, restaram 69 participantes, nos quais foram aplicadas a Escala de Depressão Geriátrica – GDS e a Escala Baptista de Depressão em Idosos - EBADEP -I. Resultados: Os resultados demonstraram um índice de correlação excelente entre as duas medidas e pouca variação quando controlados sexo e idade. Na amostra pesquisada os homens apresentaram escores maiores nas duas medidas, bem como os idosos asilados e os acima de 75 anos.
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Resumen basado en el de la publicación
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La utilización de la fuente oral por parte de los estudiantes les permite intervenir a lo largo del proceso de aprendizaje, involucrándose en la búsqueda de información y en la elaboración de las conclusiones. De esta manera, consiguen aproximarse a la historia de una manera más real. La fuente oral se utiliza para poder trabajar la historia reciente de una localidad, y poder así obtener unas referencias concretas que aportan información sobre las condiciones de vida y trabajo de la época objeto de estudio. En este artículo, se desarrolla la metodología a seguir para llevar a cabo este tipo de trabajo, y se dan unas pautas de actuación a través de una serie de recomendaciones y consideraciones básicas.
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O texto propõe uma reflexão sobre as aprendizagens construídas e/ou adquiridas pelos trabalhadores rurais sem-terra na sua experiência junto ao Movimento dos Sem Terra (MST), no Brasil. A primeira parte identifica as origens sociais dos sem-terra que constituem o MST em Santa Catarina, região sul do país; a segunda reflete sobre alguns dos aprendizados constituídos nas principais experiências de luta do Movimento, desde a ocupação de terras, passando pelo acampamento, até a organização dos assentamentos; a terceira e última parte analisa estas aprendizagens com base na categoria experiência, fundamentada em E. P. Thompson. As experiências vividas pelos sem-terra provocam um conjunto de aprendizagens com grande significado pessoal, social e político, a partir do embate entre uma história de vida ausente de participação social e política e a entrada num movimento que se sustenta pela organização de massa e pela capacidade de autogestão nos acampamentos e assentamentos.