994 resultados para Vetores espaciais instantâneos
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tipo de substrato sobre a preferência, o enterramento e a atividade natatória de camarões (Litopenaeus vannamei). Juvenis (0,93±0,29 g) e adultos machos e fêmeas (10,05±1,18 g) foram observados durante 24 horas, por meio do método animal focal, com registros instantâneos. Foram testadas as seguintes granulometrias (tratamentos) dos substratos: I, 100% C; II, 50% C + 50% B; III, 50% A + 50% C; IV, 100% B; V, 50% B + 50% A; e VI, 100% A, em que as letras referemse ao diâmetro médio das partículas, A = 0,25-2,0 mm; B = 0,0625-0,25 mm; e C = <0,0625 mm. Foram aplicados seis tratamentos com 18 repetições para cada categoria: camarões juvenis, machos e fêmeas. Cada indivíduo foi exposto por 24 horas aos seis tipos de substrato, simultaneamente, e o seu comportamento foi observado nas fases clara e escura do dia. A natação ocorreu principalmente na fase escura e o enterramento, na fase clara, no substrato IV. Os camarões juvenis e adultos (machos ou fêmeas) preferem o substrato composto de areia fina e muito fina (0,0625-0,25 mm), tanto para permanência quanto para enterramento.
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A formação de mudas cítricas livres das principais doenças da citricultura e com certificação de origem faz parte da estratégia do setor para manter a continuidade e a competitividade do agronegócio citrícola brasileiro. As normas atuais de defesa sanitária vegetal do Estado de São Paulo determinam que a produção de mudas cítricas certificadas deve ser feita em ambiente protegido por tela à prova de insetos vetores e cultivadas em contêineres com substrato esterilizado. Já existe grande número de empresas produzindo mudas nestas condições, contudo não existem recomendações de doses e formas de manejo de fertilizantes. O ensaio foi conduzido num viveiro comercial, utilizando dois porta-enxertos e dois sistemas de adubação: fertirrigação e fertilizantes de liberação lenta. O período experimental compreendeu desde o transplante das mudas para os contêineres até a poda de formação das mudas, num total de 250 dias, com coletas mensais de plantas e semanais de solução. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial 2 x 2 x 8, com quatro repetições. Os resultados mostraram que existe tanto imobilização como liberação de nutrientes no substrato, os quais podem superar as perdas por lixiviação. Os balanços entre as quantidades de nutrientes aplicadas e os valores recuperados foram satisfatórios, apesar de não serem exatos devido às fontes de erros que começam na amostragem de volumes de solução por período longo até erros analíticos em laboratório. As perdas de N, P e K por lixiviação foram, respectivamente, de 8; 12 e 26% para a fertirrigação e 7; 10; 56%, para os fertilizantes de liberação lenta, portanto próximas, com exceção do potássio, cujas doses aplicadas foram diferentes entre os sistemas de manejo. Da mesma forma, as quantidades de nutrientes absorvidos também foram semelhantes, com exceções do potássio, manganês e zinco. Isso mostra que a estratégia de seleção do sistema de adubação deve considerar principalmente a questão dos custos dos fertilizantes, pois a principal vantagem apontada para os fertilizantes de liberação lenta, que é diminuir as perdas por lixiviação, não foi observada nesse estudo.
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Estudou-se o efeito da infecção pela bactéria Xylella fastidiosa, agente causal da Clorose Variegada dos Citros (CVC), sobre a taxa de ingestão de seiva do xilema de plantas cítricas por duas espécies de cigarrinhas vetoras (Hemiptera: Cicadellidae). Foram utilizados pés-francos de laranjeira-doce (Citrus sinensis) das variedades 'Pêra' e 'Valência', infectadas por X. fastidiosa da linhagem 9a5c, por meio de inoculação mecânica. Os insetos utilizados nos experimentos foram coletados em campo, sendo um representante da Tribo Cicadellini (Dilobopterus costalimai) e um da Proconiini (Oncometopia facialis). A taxa de ingestão de seiva do xilema por O. facialis foi quantificada nos ramos das plantas e a de D. costalimai nas folhas e ramos, por meio da avaliação do volume do líquido (honeydew) excretado por unidade de tempo. O consumo pela cigarrinha O. facialis nas plantas doentes foi menor do que nas plantas sadias. Na variedade 'Pêra' doente, o consumo foi baixo, não permitindo a quantificação da seiva eliminada. Na 'Pêra' sadia e na 'Valência' doente e sadia, O. facialis apresentou valores expressivos de excreção, com maior alimentação no período diurno. Nas plantas sadias das duas variedades, o consumo pela cigarrinha D. costalimai foi maior do que nas plantas com CVC. Comparando-se as variedades, o consumo foi superior na variedade 'Valência', e, em relação às partes da planta, folha e ramo, a taxa de ingestão foi maior no ramo das duas variedades, apresentando consumo maior no período diurno.
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OBJETIVO: Verificar, por meio da ultra-sonografia, os parâmetros espaciais do complexo hiolaríngeo na dinâmica da deglutição e a associação entre idade e efeitos. MATERIAIS E MÉTODOS: Neste estudo quantitativo e prospectivo foram incluídos 39 indivíduos sadios, de ambos os gêneros, na faixa etária de 20 a 70 anos (média, 45,56; desvio-padrão, 14,53). Avaliou-se a biomecânica da deglutição correspondente à medida da distância entre a porção superior do osso hióide e a borda superior da cartilagem tireóide, no momento de máxima elevação laríngea. As medidas foram realizadas com a ingestão de alimentos de consistências líquida e pastosa. RESULTADOS: A variação da distância da laringe ao hióide apresentou associação positiva com a idade, somente na deglutição de alimento pastoso, consistência na qual é solicitada maior atividade de propulsão lingual do que nos líquidos. CONCLUSÃO: É possível que o aumento da distância entre o hióide e a laringe, que representa menor elevação laríngea, na deglutição de pastosos, ocorra por efeito do envelhecimento, processo no qual se verifica diminuição de reservas funcionais, mesmo em indivíduos sadios. A ultra-sonografia pode detectar comportamentos relacionados a consistências alimentares, o que mostra sua possível potencialidade diagnóstica na avaliação da deglutição.
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OBJETIVO: Propõe-se avaliar os perfis de dose em profundidade e as distribuições espaciais de dose para protocolos de radioterapia ocular por prótons, a partir de simulações computacionais em código nuclear e modelo de olho discretizado em voxels. MATERIAIS E MÉTODOS: As ferramentas computacionais empregadas foram o código Geant4 (GEometry ANd Tracking) Toolkit e o SISCODES (Sistema Computacional para Dosimetria em Radioterapia). O Geant4 é um pacote de software livre, utilizado para simular a passagem de partículas nucleares com carga elétrica através da matéria, pelo método de Monte Carlo. Foram executadas simulações computacionais reprodutivas de radioterapia por próton baseada em instalações pré-existentes. RESULTADOS: Os dados das simulações foram integrados ao modelo de olho através do código SISCODES, para geração das distribuições espaciais de doses. Perfis de dose em profundidade reproduzindo o pico de Bragg puro e modulado são apresentados. Importantes aspectos do planejamento radioterápico com prótons são abordados, como material absorvedor, modulação, dimensões do colimador, energia incidente do próton e produção de isodoses. CONCLUSÃO: Conclui-se que a terapia por prótons, quando adequadamente modulada e direcionada, pode reproduzir condições ideais de deposição de dose em neoplasias oculares.
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OBJETIVO: Este artigo apresenta a avaliação dosimétrica da radioterapia por íons de carbono em comparação à protonterapia. MATERIAIS E MÉTODOS: As simulações computacionais foram elaboradas no código Geant4 (GEometry ANd Tracking). Um modelo de olho discretizado em voxels implementado no sistema Siscodes (sistema computacional para dosimetria em radioterapia) foi empregado, em que perfis de dose em profundidade e curvas de isodose foram gerados e superpostos. Nas simulações com feixe de íons de carbono, distintos valores de energia do feixe foram adotados, enquanto nas simulações com feixe de prótons os dispositivos da linha de irradiação foram incluídos e diferentes espessuras do material absorvedor foram aplicadas. RESULTADOS: As saídas das simulações foram processadas e integradas ao Siscodes para gerar as distribuições espaciais de dose no modelo ocular, considerando alterações do posicionamento de entrada do feixe. Os percentuais de dose foram normalizados em função da dose máxima para um feixe em posição de entrada específica, energia da partícula incidente e número de íons de carbono e de prótons incidentes. CONCLUSÃO: Os benefícios descritos e os resultados apresentados contribuem para o desenvolvimento das aplicações clínicas e das pesquisas em radioterapia ocular por íons de carbono e prótons.
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A podridão negra causada por Xanthomonas campestris pv. campestris, e a alternariose causada por Alternaria brassicicola constituem importantes doenças do repolho no estado de Pernambuco. Em virtude do desconhecimento sobre a epidemiologia dessas doenças a nível regional, foi efetuada a análise comparativa das epidemias com ênfase nos aspectos temporais e espaciais, em 1997 e 1998, cada ano em uma área de plantio diferente, localizadas no município de Camocim de São Félix, Agreste de Pernambuco. Em cada área, a intervalos semanais, foram avaliadas 1.920 plantas quanto à incidência e severidade das duas doenças, bem como efetuado o mapeamento espacial de plantas assintomáticas e sintomáticas. Os valores iniciais (y o) e máximos (y max) de incidência e severidade, as taxas estimadas de progresso da doença (k) e as áreas abaixo das curvas de progresso das doenças (AACPD), apresentaram pequena variação entre as doenças, sendo as diferenças mais evidentes entre os anos de plantio. As maiores intensidades das doenças foram observadas em 1998, uma vez que próximo à área de plantio havia grande quantidade de plantas e restos culturais infetados, o que não ocorreu em 1997. Pelas análises de "ordinary runs", ajuste à distribuição beta-binomial e autocorrelação espacial, na maioria das situações, foi constatado um arranjo aleatório de plantas doentes nas avaliações iniciais, evoluindo posteriormente para um arranjo agregado, indicando que as doenças podem ter sido originadas de aloinfecções pela chegada de inóculo externo, seguidas de autoinfecções decorrentes da disseminação planta-a-planta.
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Este trabalho objetivou esclarecer se o progresso da Clorose Variegada dos Citros (CVC) diferia entre três regiões de São Paulo, distintas quanto à incidência da CVC em citrus (Citrus spp.). Foram avaliadas três áreas, Noroeste, Centro e Sul de São Paulo, durante dois anos, em avaliações quinzenais, quando eram mapeadas as plantas sintomáticas. Tentou-se o ajuste de nove modelos ao progresso da doença, além do ajuste de três modelos a segmentos das curvas originais. Foram estimadas também as diferenciais e as diferenciais secundárias de cada curva de progresso. Apenas quando as curvas foram divididas é que foram obtidos bons ajustes aos modelos de progresso. A diferencial (velocidade da doença) e diferencial secundária (aceleração do aparecimento de novas plantas doentes) apresentaram diversos picos ao longo do tempo. Esses picos ocorreram em meses de Primavera e Verão. Levanta-se aqui a hipótese de que os picos de diferencial - incomuns na quantidade encontrada - estejam relacionados a determinados picos de emissão de brotações, já que as novas brotações são o local preferido de alimentação dos vetores de Xylella fastidiosa.
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Caracterizou-se a evolução de variáveis relacionadas à clorose variegada dos citros em plantas de três regiões do Estado de São Paulo (Noroeste, Centro e Sul), visando determinar diferenças no padrão sazonal do patógeno, dos vetores, do hospedeiro e da doença. Foram avaliadas mensalmente 20 plantas sintomáticas em talhões de laranja (Citrus sinensis) 'Pêra' enxertada em limão (Citrus limonia) 'Cravo', em três regiões do Estado de São Paulo, no período de dezembro de 1998 a dezembro de 2000, utilizando-se as seguintes variáveis: número de brotações novas (bn); percentagem de ramos sintomáticos (prs); percentagem de ramos assintomáticos infetados (prai); percentagem total de ramos infetados (ptri) e estimativa de concentração bacteriana (ecb). Em cada região foram obtidas as variáveis temperatura mínima, temperatura máxima, precipitação pluviométrica e número de cigarrinhas capturadas em armadilha amarela. Para a determinação de correlação entre variáveis, utilizou-se a análise de Lags Distribuídos e para a comparação de regiões e estações do ano, a análise de Kruskal-Wallis, Friedman e o teste de Nemenyi (p<0,005). As variáveis relacionadas à doença (prs, prai, ptri e ecb) apresentaram padrões sazonais, mas não se observou diferença estatística entre as estações do ano. O pomar da Região Noroeste apresentou maior quantidade de brotações novas e maior quantidade de ramos sintomáticos. O pomar da Região Sul apresentou maior quantidade de ramos com infecção assintomática. Não houve diferença de concentração bacteriana entre os pomares das três regiões.
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O vírus da meleira, transmitido por Bemisia tabaci, é um dos maiores problemas da cultura do mamoeiro (Carica papaya), sendo responsável por perdas de até 100% na produção. Com o objetivo de compreender melhor sua epidemiologia e gerar subsídios para estudos da influência de fatores culturais e bioecológicos na dinâmica da doença, avaliou-se a distribuição espacial de plantas afetadas pela meleira em zonas de Trópico Úmido e Trópico Semi-árido, em 15 plantios comerciais em Eunápolis-BA e Petrolina-PE, entre jan. 2000 e mar. 2001. As áreas foram mapeadas anotando-se a posição de cada planta e a presença ou ausência de sintomas. Foram consideradas doentes aquelas que apresentavam frutos com exsudação espontânea do látex, látex muito fluido, frutos borrados e/ou folhas do ápice com o bordo necrosado. Pelas análises de seqüências ordinárias, índice de dispersão, áreas isópatas e ajuste dos logaritmos das variâncias binomial e de acordo com a lei de Taylor, observaram-se maior agregação nas linhas de plantio que entre linhas e uma agregação de mediana a forte em sub-áreas (1,4 < ID < 3,1). Na maioria dos lotes, as áreas de maior incidência concentraram-se nas bordas dos talhões, o que indica que a migração de vetores assume um papel importante na disseminação da doença. Em alguns casos foi possível detectar a presença de focos isolados no interior dos lotes, o que sugere a formação de colônias dos vetores e transmissão planta a planta a partir de inóculo secundário. Não foram observadas diferenças significativas na distribuição espacial de plantas doentes entre as áreas das duas regiões.
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A morte súbita dos citros (MSC) é uma nova e destrutiva doença que afeta laranjeiras doces (Citrus sinensis) e algumas tangerineiras (C. reticulata) enxertadas em limoeiro 'Cravo' (C. limonia). Sua etiologia e mecanismos de transmissão são ainda desconhecidos e estudos epidemiológicos foram iniciados recentemente. Com o objetivo de caracterizar a disseminação da MSC, foi empregada a técnica de análise da dinâmica e estrutura de focos (ADEF) em 166 mapas de distribuição espacial de plantas com sintomas de MSC, provenientes de 51 talhões do norte do Estado de São Paulo e sul do Triângulo Mineiro. Pela ADEF, as epidemias de MSC se iniciam com focos unitários distribuídos de maneira aleatória no talhão. Em talhões com até 2% de incidência, 85% dos focos continham uma planta. Posteriormente, o progresso da doença ocorreu mais pelo aumento de novos focos, que pelo aumento do tamanho dos focos, indicado pelo aumento do número de focos até 18% de incidência e pelo número reduzido de plantas por foco (menos de quatro plantas por foco a 20% de incidência). Na maioria dos casos (71,5%), os focos apresentaram maior expansão na direção da linha de plantio que entre as linhas. A diminuição da compacidade dos focos com o aumento da incidência da MSC sugere que os focos maiores tendem a ser menos compactos e que a disseminação da doença não ocorre de forma homogênea e contínua ao redor da primeira planta afetada. Estes padrões são similares aos padrões de doenças causadas por um agente infeccioso, transmitido por vetores.
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Visando selecionar acessos e progênies de melancia (Citrullus spp.) como fontes de resistência aos potyvirus: Papaya ringspot virus tipo watermelon (PRSV-W), Watermelon mosaic virus (WMV) e Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV), oito genótipos foram avaliados, sendo seis dos acessos (87-019, 87-029, 91-080, PI-244018, 91-043 e PI-195927) e dois do acesso PI-244019 (PI-244019A e PI-244019B) do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de cucurbitáceas do Nordeste brasileiro, da Embrapa Semi-Árido em Petrolina-PE. Também foram avaliadas progênies endogâmicas e de polinização livre derivadas desses acessos. As avaliações foram realizadas em de casa de vegetação, mediante inoculações mecânicas, e avaliação por Elisa, no Laboratório de Virologia Vegetal da UFC. As plantas não infetadas foram selecionadas e cultivadas na Estação Experimental de Bebedouro na Embrapa Semi-Árido em Petrolina-PE, onde ocorreram inoculações naturais de vírus por vetores. Foram constatadas plantas não infetadas com o PRSV-W nos acessos 87-019, PI-244019A, 91-080, PI-244018, PI-244019B e PI-195927; plantas não infetadas com o WMV nos acessos 87-019 e 87-029 e plantas não infetadas com o ZYMV nos acessos PI-244019A, 87-029, 91-080, 91-043, PI-244019B e PI-195927. As progênies apresentaram comportamento diferenciado, com percentagem de plantas selecionadas variando de 20 a 100% nas progênies avaliadas para resistência a PRSV-W e 60 a 100% nas progênies avaliadas para resistência a WMV. Nenhuma das progênies testadas apresentou resistência ao ZYMV, evidenciando possível diferença entre a resistência ao PRSV-W e ao WMV apresentada nas progênies e a resistência apresentada ao ZYMV, visto que as progênies foram submetidas ao mesmo número de autofecundações.
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Os dois principais vírus que infectam o milho no Brasil são o Sugarcane mosaic virus (SCMV) e o Maize rayado fino virus (MRFV), cujos principais vetores são o afídeo Rhopalosiphum maidis e a cigarrinha Dalbulus maidis, respectivamente. O MRFV é freqüentemente encontrado em infecções mistas com fitoplasmas e espiroplasmas, causando as doenças denominadas enfezamentos do milho. Em uma lavoura de milho próxima a Santo Antonio da Posse, SP, cercada por campos de cana-de-açúcar, foi encontrada alta incidência de plantas apresentando mosaico, riscas, nanismo e espigas com falhas no enchimento de grãos. Análises serológicas com anti-soros específicos detectaram a presença do SCMV e MRFV nessas plantas. A infecção pelo SCMV também foi confirmada por RT-PCR com primers específicos e análise de seqüências. Em observações de preparações contrastadas negativamente em TEM, partículas flexuosas (ca.770 nm) e isométricas (ca.30 nm) foram detectadas. Em cortes ultrafinos, inclusões citoplasmáticas, típicas de Potyviridae, foram observadas; não foi encontrada a presença de espiroplasmas nem de fitoplasmas. Esses resultados mostram que a infecção conjunta por SCMV e MRFV pode ser responsável pelos danos encontrados nessa lavoura.
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O objetivo desse trabalho foi caracterizar os padrões temporal e espacial do Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV) em tomatais cultivados em condições de campo, no município de Sumaré, e de estufa plástica, na região de Elias Fausto, Estado de São Paulo. No ensaio de campo, plantado com a variedade Alambra, foram avaliadas 4.032 plantas, distribuídas em oito blocos. Em oito estufas plásticas, com plantios escalonados da variedade Ikram, foram avaliadas 6.016 plantas. As avaliações foram feitas com base nos sintomas característicos induzidos por esse vírus. A confirmação da identidade do vírus foi feita por meio da análise da seqüência de nucleotídeos de parte do DNA-A viral (genes AV1 e AC3). No ensaio em condições de campo, a incidência da doença evoluiu lentamente, desde um mínimo de 0,002 (proporção de plantas sintomáticas) até um máximo de 0,0497. Mesmo assim, foi possível constatar um efeito de borda, pois a incidência média de plantas doentes nos blocos situados nos bordos da área foi 2,1 vezes maior do que naqueles internos. O progresso da incidência da doença foi linear, o que indica que novas infecções foram devidas principalmente a um influxo constante de vetores virulíferos de fora para dentro da área avaliada. Nos plantios em estufas plásticas, os níveis finais de doença foram fortemente dependentes da época de plantio, com médias variando de 4,8% a 69,3%. A distribuição espacial de plantas sintomáticas nesses plantios foi fortemente agregada. Essa agregação provavelmente não se deve a infecções secundárias dentro das estufas plásticas, mas sim à concentração de plantas sintomáticas nos bordos das estufas, conseqüência da migração de vetores virulíferos a partir de áreas externas à estufa. Com base nesses resultados, sugere-se a eliminação de fontes de inóculo representadas por plantios mais velhos de tomateiro e por hospedeiras do vírus na vegetação espontânea como uma das principais medidas para o manejo da doença.
Resumo:
Este trabalho descreve os resultados do primeiro momento do projeto da Caem/Abem no eixo Projeto Pedagógico, um dos cinco eixos relevantes para avaliação das tendências de mudanças na escola médica. Analisa como os atores envolvidos com o curso de graduação percebem e situam a escola na sociedade ao estabelecerem sua missão política e pedagógica. Ao referir a tipologia do grupo de 28 escolas médicas, seguindo uma das três alternativas predominantes (tradicional, inovadora, avançada), esse eixo mostra a predominância de situação avançada, seguida da inovadora relativa aos vetores Perfil Biomédico e Epidemiológico-Social do profissional que pretende formar, e da aplicação da tecnologia. Quanto aos vetores da produção de conhecimentos, mostram dificuldades em produzir e ampliar as linhas de pesquisa para além das áreas biomédicas. Também mostram não ter facilidade para articular os cursos de graduação, pós-graduação e a educação permanente com vista às necessidades de saúde da população.