An��lise bot��nica, qu��mica e biol��gica comparativa entre flores das esp��cies sambucus nigra L. e sambucus australis cham. & Schltdt. e avalia����o preliminar da estabilidade

Flores das esp��cies Sambucus nigra, de origem europ��ia, e Sambucus australis, nativa da Am��rica do Sul (Caprifoliaceae), denominadas sabugueiro e sabugueirodo- brasil, respectivamente, s��o utilizadas popularmente sob forma de infus��o, como antiinflamat��rias, laxativas e para condi����es febris resultantes de afec����es do trato respirat��rio. Estudos pr��vios para S. nigra indicam compostos fen��licos como principais constituintes qu��micos, sendo estes relacionados ��s principais atividades biol��gicas avaliadas. Objetivando comparar esta esp��cie com Sambucus australis, foram realizadas an��lises bot��nicas macro e microsc��picas das flores, identificando as principais diferen��as entre as esp��cies, tais como o n��mero de l��culos no ov��rio e presen��a de idioblastos cristal��feros em algumas estruturas, e observando os poss��veis contaminantes (pedicelos). Tamb��m foram determinados os par��metros farmacop��icos: cinzas totais e perda por desseca����o. Ap��s a an��lise qu��mica, foi escolhido o flavon��ide rutina como marcador das esp��cies, para realizar an��lises quantitativas nas 31 amostras adquiridas e / ou coletadas, utilizando m��todo de CLAE previamente validado. Solu����es hidroetan��licas apresentaram maior capacidade de extra����o do produto alvo. Os limites m��nimos de rutina observados para ambas as esp��cies foram de aproximadamente 0,65%. Tamb��m foram quantificados, por m��todo espectrofotom��trico, os flavon��ides totais expressos em quercetina, sendo 0,93% e 1,46% os teores m��nimos determinados para S.nigra e S. australis, respectivamente. O estudo da estabilidade acelerada (50��C �� 90% U.R.), avaliando a degrada����o dos constituintes qu��micos presentes permitiu sugerir a cin��tica de degrada����o de segunda ordem para da rutina nas duas esp��cies. Compara����es de atividades biol��gicas das esp��cies foram realizadas pelos ensaios das atividades antiinflamat��ria (inibi����o do edema em pata de rato induzido por carragenina) e antioxidante (DPPH). Os resultados para o primeiro ensaio demonstraram a����o equivalente em ambas as esp��cies para extratos hidroetan��licos a 80% (86% de inibi����o) e aquosos (81%), com atividade semelhante ao padr��o indometacina (~83%); para a atividade antioxidante os extratos hidroetan��licos a 80% foram mais ativos (CE50 = 16 ��g/ml) que os aquosos (CE50 = 27 ��g/ml) em S. australis, e ambos extratos, superiores ao 28 extrato padronizado Gingko biloba (CE50 = 40 ��g/ml) e aos extratos de S. nigra (CE50= 50 ��g/ml ��� hidroetan��lico e CE50= 32 ��g/ml ��� aquoso).

Simula����o num��rica da transfer��ncia simult��nea de energia e umidade atrav��s do solo em um sistema trocador-armazenador de calor

O presente trabalho pesquisa o fen��meno da transfer��ncia simult��nea de calor e umidade em solos insaturados que envolvem dutos enterrados. Estes dutos e o solo envolvente comp��em o chamado sistema trocador-armazenador de calor no solo, que �� muitas vezes utilizado como fonte complementar de aquecimento em estufas solares agr��colas. O funcionamento do sistema trocador-armazenador de calor �� baseado na energia armazenada no solo durante os hor��rios de m��xima insola����o, sendo que durante a noite parte desta energia �� recuperada. Durante o dia o ar quente do meio interno da estufa solar �� bombeado para dentro do feixe de tubos enterrados, que devolvem o ar mais frio na outra extremidade. Por outro lado, durante a noite o ar mais frio do meio interno da estufa �� bombeado para dentro dos dutos, os quais efetuam troca t��rmica com o solo envolvente, que neste hor��rio possui a temperatura mais elevada do sistema. O objetivo geral deste trabalho �� resolver o problema transiente peri��dico e tridimensional da transfer��ncia simult��nea de calor e umidade em solos n��o-saturados, que comp��em o sistema trocador-armazenador de calor, utilizando a simula����o num��rica. Como objetivos secund��rios t��m-se: o melhoramento do sistema de troca t��rmica, a quantifica����o da parcela de calor transportado pela difus��o da umidade no solo e a an��lise dos campos de temperatura e de conte��do de umidade, sendo que a an��lise dos campos de umidade permite verificar se existe forma����o de frentes de secagem significativas na vizinhan��a dos dutos durante os sucessivos per��odos de aquecimento e resfriamento a que o sistema �� submetido. Na resolu����o do problema em quest��o �� empregado o modelo cl��ssico de Philip e De Vries para a transfer��ncia simult��nea de calor e massa em meios porosos insaturados Neste modelo, as equa����es de conserva����o de energia e massa obtidas trazem explicitamente as influ��ncias combinadas dos gradientes de temperatura e de conte��do de umidade nos processos de transporte de calor e umidade. O sistema de equa����es diferenciais governantes do problema em quest��o �� resolvido numericamente utilizando o M��todo dos Volumes Finitos e na discretiza����o destas equa����es �� usada uma integra����o temporal totalmente impl��cita. Todas as propriedades difusivas e termof��sicas empregadas s��o consideradas vari��veis com a temperatura e o conte��do de umidade. Os dutos de se����o transversal circular do sistema trocadorarmazenador de calor no solo, s��o modelados como dutos de se����o transversal quadrada de ��rea equivalente para que coordenadas cartesianas possam ser utilizadas nos modelos analisados. Neste trabalho s��o simulados quatro modelos computacionais associados ao sistema trocador-armazenador de calor no solo. Estes modelos s��o compostos por: um duto isolado, um duto com convec����o, dois dutos isolados e dois dutos com convec����o. A varia����o da temperatura do ar na entrada do(s) escoamento(s), assim como a temperatura do meio ambiente, para os modelos com convec����o, �� dada por uma sen��ide com uma amplitude de 14 ��C. No modelo de um duto isolado, s��o realizadas simula����es utilizando v��rias combina����es dos par��metros do modelo em quest��o e os resultados, assim obtidos, s��o comparados com aqueles encontrados na literatura Visando melhorar o sistema de troca t��rmica dos modelos computacionais investigados, s��o selecionados valores e intervalos de valores recomendados para os par��metros do modelo de um duto isolado. Para este modelo, com um di��metro de 0,1 m, s��o escolhidos valores (ou intervalos de valores) recomendados: de 4 m/s para a velocidade do escoamento interno dentro do duto, de 0,25 para o conte��do de umidade do solo, de 5 at�� 20 metros para o comprimento do duto e de 0,20 at�� 0,30 m para a dist��ncia entre centros do dutos. As simula����es dos quatro modelos computacionais realizadas utilizando as v��rias combina����es dos valores recomendados para os par��metros destes modelos, mostrou que n��o h�� diferen��a significativa entre os valores de calor volum��trico armazenado no solo empregando a resolu����o acoplada das equa����es de energia e de massa e a resolu����o da equa����o da temperatura. Mesmo para os modelos de um e de dois dutos com convec����o a diferen��a percentual encontrada foi insignificante. Finalmente, s��o apresentados e analisados os campos de temperatura e de conte��do de umidade para os quatro modelos computacionais avaliados. Os perfis de temperatura e de conte��do de umidade em diferentes hor��rios mostraram que, durante o dia, o solo absorve calor dos escoamentos internos de ar e, uma vez que, junto �� superf��cie dos dutos tem-se regi��es de maior temperatura, h��, conseq��entemente, uma migra����o da umidade nestas regi��es. Durante a noite, ocorre o contr��rio, o solo fornece calor aos escoamentos dentro dos dutos, e, desta forma, as regi��es pr��ximas aos dutos apresentam n��veis de conte��do de umidade superiores ao inicial. Ainda, os perfis de conte��do de umidade para todas as situa����es analisadas mostraram que, n��o h�� forma����o de frentes de secagem significativas nas proximidades dos dutos que comp��em os quatro modelos computacionais avaliados.

Pressupostos e proposta de modelo para a remunera����o do trabalho do m��dico cirurgi��o nas operadoras de planos de sa��de

Os prestadores de servi��os de sa��de e, para este estudo, principalmente o m��dico, cuja atua����o interfere diretamente tanto nos resultados da terap��utica institu��da, como tamb��m na determina����o dos custos dos diversos sistemas de sa��de, t��m a remunera����o profissional como prioridade na agenda dos diversos participantes do setor, quer seja no Sistema ��nico de Sa��de, quer principalmente no setor de sa��de suplementar. Devido ao ritmo inflacion��rio do setor e ��s exig��ncias estabelecidas pela regulamenta����o dos planos de sa��de, os valores de remunera����o dos prestadores de servi��os t��m crescimento menor que os ��ndices inflacion��rios gerais. Os modelos de remunera����o existentes, de forma isolada, n��o suprem as expectativas de todos os recursos credenciados, e, mesmo em um ��nico sistema de sa��de, os diferentes mecanismos de pagamento podem combinar-se, n��o sendo obrigat��ria a exist��ncia de somente um m��todo de remunera����o para cada sistema, pois mesmo na remunera����o do m��dico, por esta remunera����o n��o atender ��s expectativas das diversas especialidades, poder�� levar a um desequil��brio entre oferta e demanda de profissionais de certas ��reas da Medicina. O objetivo deste trabalho �� elencar, dentre os diversos modelos de pagamento, os pressupostos b��sicos para a remunera����o do m��dico-cirurgi��o, levando-se em considera����o os recursos empregados no tratamento, bem como o risco inerente de cada paciente tratado, tentando traduzir tais pontos em uma f��rmula de c��lculo padr��o e comparar este novo valor com os valores atuais de remunera����o. O modelo de remunera����o deve fomentar a efici��ncia do tratamento institu��do e a equidade do pagamento, al��m de ser de f��cil implanta����o e compreens��o pelos players do setor, bem como ter neutralidade financeira entre o principal e o agente, mantendo a qualidade e a acessibilidade aos servi��os, a fim de que os m��dicos sejam incentivados a promover um tratamento eficiente aos benefici��rios. Deve ser baseado no tratamento de doen��as em si e n��o na realiza����o de procedimentos, bem como estar atrelado a ��ndices de desempenho e ao risco assumido pelo profissional. Enfim, o trabalho m��dico deve ser remunerado de forma diretamente proporcional �� quantidade de horas trabalhadas, por profissionais que possuam equivalente n��vel de gradua����o e qualifica����o, e ao risco inerente a cada paciente tratado. A f��rmula encontrada leva em considera����o n��o somente a idade do paciente a ser tratado, bem como os riscos inerentes ao tratamento deste paciente, e tem como base de remunera����o a doen��a a ser tratada, e n��o os procedimentos que ser��o necess��rios, ou indicados pelos m��dicos para tratamento desses pacientes. Desta forma, a valoriza����o do trabalho m��dico cresce com o aumento do risco de tratar o paciente, quer seja pelo risco inerente �� pr��pria idade do paciente, quer seja pelo risco inerente ao procedimento anest��sico, quer seja pelo risco card��aco, havendo, portanto, uma melhor proporcionalidade entre a remunera����o hospitalar dos pacientes com mais gravidade, em que s��o utilizados, ou colocados �� disposi����o, mais recursos, com a remunera����o crescente, tamb��m neste caso, dos profissionais que estariam tratando tais pacientes.

O gerenciamento de projetos e o planejamento de opera����es de guerra do Ex��rcito brasileiro

A presente pesquisa teve como objetivo verificar como a metodologia de gerenciamento de projetos, preconizada pelo Project Management Institute ��� PMI poderia contribuir para a moderniza����o da metodologia de planejamento das opera����es de guerra do Ex��rcito Brasileiro. Para tanto, desenvolveu-se um estudo comparativo entre os processos dos grupos de inicia����o e de planejamento definidos pelo PMI no seu Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos ��� PMBOK e o processo de planejamento de opera����es de guerra do Ex��rcito Brasileiro denominado Estudo de Situa����o. O trabalho foi desenvolvido com base em pesquisa bibliogr��fica e documental que contemplou renomados autores como Kerzner, Cleland, Vargas, Lima, Maximiano, Valeriano, Prado e Xavier, al��m dos manuais doutrin��rios do Ex��rcito Brasileiro pertinentes ao tema abordado e o pr��prio PMBOK. Contextualizando o trabalho foi feita a equipara����o de uma opera����o militar de guerra a um projeto civil, e a caracteriza����o do Estudo de Situa����o como um processo de planejamento e tomada de decis��o equivalente ao conjunto de processos dos grupos de inicia����o e de planejamento do gerenciamento de projetos. No estudo realizado verificou-se que as ��reas de Custos, de Recursos Humanos e de Aquisi����es, em fun����o das peculiaridades que envolvem uma opera����o de guerra s��o tratadas de forma t��o diferenciadas do gerenciamento de projetos que n��o poderiam ser inclu��das no estudo. Al��m disso, p��de-se constatar que o processo de planejamento militar �� executado com uma grande parcela de intui����o decorrente da aplica����o de conhecimento t��cito por parte dos seus executantes, o que n��o ocorre no gerenciamento de projetos onde o uso de um grande n��mero de ferramentas de base l��gica e matem��tica d�� ao processo de planejamento dos projetos um maior grau de imparcialidade e precis��o. Verificou-se tamb��m que o processo de planejamento militar produz um grande n��mero de documentos gr��ficos que permitem uma ���vis��o gr��fica��� de v��rias ��reas ou aspectos do problema que, por sua vez, facilitam o uso da intui����o na tomada de decis��o. Enfim, depois de identificados os processos de gerenciamento de projetos que interessavam ao estudo e as peculiaridades da metodologia de planejamento em uso no Ex��rcito Brasileiro, chegou-se a conclus��o, como se havia suposto, que a metodologia de gerenciamento de projetos efetivamente possui recursos que podem contribuir para a moderniza����o do processo de planejamento de opera����es de guerra do Ex��rcito Brasileiro denominado Estudo de Situa����o. Esses recursos est��o relacionados na conclus��o do trabalho.

Rela����es comerciais entre Brasil e China : uma an��lise de bem-estar a partir de um modelo de equil��brio geral comput��vel

O prop��sito deste trabalho �� examinar poss��veis ganhos de bem-estar provenientes de arranjos comerciais entre Brasil e China sob a ��tica de um modelo de equil��brio geral comput��vel, o chamado ���modelo GTAP��� (sigla para Global Trade Analysis Project). Com base em uma descri����o extensiva das estruturas econ��micas e comerciais dos pa��ses e das Vantagens Comparativas de cada um deles, �� poss��vel simular acordos preferenciais de com��rcio e analisar os resultados de bem-estar por meio da medida de Varia����o Equivalente. Outro aspecto referente ao com��rcio sino-brasileiro que pode ser avaliado pela medida de bem-estar �� o desalinhamento cambial dos dois pa��ses e as consequ��ncias deste para as transa����es comerciais entre ambos. Utilizando o mesmo ferramental anteriormente citado, o trabalho busca avaliar o impacto de tal desalinhamento no bem-estar dos pa��ses, uma vez que o c��mbio seja corrigido via ajuste tarif��rio.

Desempenho produtivo e comportamento de vacas holandesas com a utiliza����o de duas fontes prot��icas na alimenta����o

O trabalho experimental foi desenvolvido em uma propriedade de produ����o leiteira no munic��pio de Camargo, na regi��o fisiogr��fica denominada de Planalto M��dio do RS, com o objetivo de estudar e quantificar o efeito da substitui����o do componente prot��ico (farelo de soja) da ra����o, comumente fornecida aos animais, por pastejo controlado de trevo branco (Trifolium repens L.) em animais mantidos em pastagens de azev��m (Lolium multiflorum L.), na performance produtiva, comportamento e qualidade do leite de vacas holandesas. Para tal, foram utilizados dois grupos de animais agrupados de forma homog��nea ap��s estratifica����o por produ����o, per��odo de lacta����o e peso corporal, em um delineamento experimental completamente casualizado em blocos. Os dois grupos eram mantidos em pastagens de azev��m, por um determinado per��odo de tempo durante o dia (aproximadamente 5 horas). Um grupo recebia diariamente 3 kg de suplemento energ��tico constitu��do de farelo de milho, farelo de trigo, casca de soja e sal mineral (subtra��da de farelo de soja) e tinha acesso controlado �� pastagem de trevo branco (aproximadamente 2,5 horas), denominado tratamento TB; outro recebia a mesma quantidade de suplemento, adicionada de quantidade de prote��na equivalente ao consumo di��rio no tratamento anterior via trevo, na forma de farelo de soja, denominado tratamento FS. As medi����es eram realizadas em avalia����es quinzenais, procedendo-se controles leiteiros individuais, medidas de per��metro tor��cico, coletas de amostras de sangue e leite dos animais e registro de atividades dos animais em pastejo. Os resultados demonstraram semelhan��as significativas entre os dois tratamentos, para a maioria das vari��veis estudadas, com exce����o do teor de prote��na do leite que foi maior para o tratamento TB, e os valores de teor de lactose, tempo de pastejo e freq����ncia de bocados maiores para o tratamento FS. Estes resultados indicam que a utiliza����o do trevo branco, como fonte prot��ica para os animais, foi tecnicamente vi��vel e eficiente.

Trade Liberalization and Regional Impacts on Residual Wage Inequality: Evidence from Brazil

O objetivo deste trabalho �� entender mais sobre o papel da liberaliza����o sobre a desigualdade salarial, mais precisamente, sobre a desigualdade residual dos sal��rios. Usando a abertura comercial brasileira, a extensa redu����o tarif��ria que ocorreu entre 1987 e 1995, �� investigado empiricamente se os diferentes n��veis de exposi����o ao com��rcio entre os estados contribu��ram para os diferentes movimentos da desigualdade. Os resultados indicam que estados mais expostos �� liberaliza����o comercial experimentaram um aumento relativo da desigualdade residual dos sal��rios ou, de forma equivalente, uma menor redu����o. Estes resultados enriquecem a discuss��o dos efeitos da abertura comercial sobre a desigualdade.

Corros��o do a��o induzida por ��ons cloreto : uma an��lise cr��tica das t��cnicas eletroqu��micas aplicadas ao sistema a��o-concreto com ou sem pozolana

O objetivo deste estudo foi investigar o processo de corros��o no a��o embutido nos concretos com rela����o a/agl 0,40; a/agl 0,50 e a/agl 0,70, com substitui����o parcial do cimento por 30% de cinza da casca de arroz (CCA), 25% ou 50% de cinza volante (CV), expresso por massa de cimento, obtendo-se concretos convencionais com resist��ncia mec��nica variando entre 17 e 51 MPa, aos 28 dias de idade. O processo de corros��o foi induzido pelos ��ons cloreto, por exposi����o aos ciclos de imers��o em solu����o com 3,5% NaCl e secagem ao ar, durante um longo per��odo de exposi����o (5 anos). Foram apresentados os resultados obtidos das propriedades f��sicas (resist��ncia mec��nica �� compress��o axial, ��ndice de vazios e absor����o de ��gua) e propriedades el��tricas (queda ��hmica, resist��ncia e capacit��ncia do concreto e interfacial). Foram discutidas as t��cnicas eletroqu��micas usadas para avaliar o processo de corros��o, tais como o monitoramento do potencial de corros��o (Ecorr), resist��ncia de polariza����o (Rp), espectroscopia de imped��ncia eletroqu��mica (EIS) e curvas de polariza����o. A t��cnica de interrup����o de corrente foi usada para obter-se informa����es sobre a queda ��hmica no sistema. No presente estudo foram utilizados diferentes m��todos de determina����o da velocidade de corros��o (icorr), tais como Rp e EIS. Ambas as t��cnicas foram relativamente adequadas para a determina����o do valor da icorr, quando o a��o se encontrava no estado de corros��o ativa. O valor da icorr obtida pela extrapola����o das retas de Tafel (retas tangentes ��s curvas de polariza����o) tendeu ser mais baixo. Observou-se que a t��cnica de Rp �� relativamente simples, r��pida e quantitativa, mas requer a determina����o da compensa����o da queda ��hmica no sistema, o qual pode variar com o tempo de exposi����o, conte��do de umidade, teor de ��ons cloreto e com o grau de hidrata����o. A t��cnica EIS pode fornecer informa����es precisas sobre a icorr, processo de difus��o envolvido, heterogeneidade ou porosidade da matriz e interfaces do concreto. Todavia, pode criar um espectro de dif��cil interpreta����o, al��m de consumir muito tempo para a aquisi����o dos resultados. A dificuldade na t��cnica EIS ficou tamb��m relacionada com a obten����o direta da resist��ncia de transfer��ncia de carga (Rt) no diagrama de Nyquist. A evolu����o do processo de corros��o pode ser mais bem avaliada pelo acompanhamento da diminui����o da inclina����o da curva log |Z| x log �� no diagrama de Bode, sendo esta diretamente proporcional �� Rt. Para a an��lise dos dados de imped��ncia, um circuito equivalente foi proposto, auxiliando na interpreta����o f��sica do processo de corros��o acontecendo no sistema a��o-concreto sem pozolana. Os resultados obtidos tamb��m demonstraram que os concretos com mais baixa rela����o a/agl estudada e com pozolana (30% CCA, 25% CV ou 50% CV, por massa de cimento) foram mais eficientes no controle da inicia����o do processo de corros��o, induzida por ��ons cloreto, quando monitorado pela medida do Ecorr.

Apropria����o de transfer��ncias intergovernamentais pela burocracia : um estudo para os munic��pios brasileiros

Ao contr��rio do que seria esperado em uma previs��o te��rica simples, diversos trabalhos emp��ricos t��m verificado que um aumento das transfer��ncias intergovernamentais gera um gasto p��blico maior do que uma eleva����o equivalente na renda dos indiv��duos. Uma das hip��teses para este fen��meno, conhecido com o flypaper effect, �� de que a burocracia se apropria das transfer��ncias por meio de sal��rios, o que �� condizente com o pressuposto de que os burocratas estariam interessados em maximizar seu pr��prio or��amento, e se aproveitariam da assimetria de informa����o e poder em rela����o ao eleitorado. Este trabalho tem o objetivo de investigar se tal pressuposto se comprova empiricamente para os munic��pios brasileiros, verificando a rela����o entre as transfer��ncias incondicionais e o diferencial de sal��rios entre as esferas p��blica e privada. Para tanto, utilizamos um painel de munic��pios que cobre o per��odo de 2002 a 2011 e um modelo econom��trico de vari��vel instrumental. Para medir o diferencial de sal��rio, foi usada a Decomposi����o de Oaxaca, que separa o efeito das caracter��sticas individuais daquele que seria gerado pela apropria����o. Os resultados apontam para a ocorr��ncia de apropria����o, considerando n��o s�� o setor p��blico e privado formal como um todo, mas tamb��m seus subsetores.

Os custos dos congestionamentos na cidade de S��o Paulo

Em apenas dez anos, entre 2002 e 2012, 1,6 milh��o de carros passaram a circular na cidade de S��o Paulo. Isso equivale a uma m��dia de 13 mil autom��veis a mais todo m��s nas ruas do munic��pio. Por outro lado, os investimentos em infraestrutura vi��ria e no transporte coletivo de alta capacidade foram insuficientes para atender o aumento da demanda por locomo����o na cidade. Esse descompasso tornou inevit��vel a crise de mobilidade no munic��pio, causando congestionamentos e implicando em perdas bilion��rias de dois tipos: o tempo ocioso das pessoas no tr��nsito e os gastos pecuni��rios impostos �� sociedade. A crise de mobilidade em S��o Paulo custa por ano mais de R$ 40 bilh��es, valor equivalente a 1% do PIB brasileiro e 7,5% do PIB paulistano. Reduzir esse desperd��cio �� um desafio aos gestores p��blicos.

O efeito da diversifica����o na minera����o

Neste trabalho, medimos os efeitos da diversifica����o sob o aspecto de risco e retorno entre os grandes players globais de minera����o. Para avaliar a diversifica����o, primeiramente, foi criado um ranking que relaciona risco, grau de diversifica����o e retorno das empresas. Foi necess��rio montar um banco de dados com s��ries de receita e de proxies de gera����o de caixa por neg��cios, o qual n��o se encontra prontamente dispon��vel na Bloomberg, Econom��tica ou em outras bases de dados p��blicas. Estimamos os efeitos da diversifica����o fazendo o uso do CAPM para calcular o beta das empresas e das estat��sticas b��sicas das s��ries hist��ricas de retornos para encontrar o ��ndice de Sharpe. Examinamos os demonstrativos financeiros das empresas para entender com maior profundidade seus neg��cios para uma amostra equivalente a 50% do valor de mercado das top 100 empresas de minera����o do mundo para o per��odo entre 2002 e 2014. Por fim, abordamos, sob a forma de estudo de caso, quest��es relevantes na diversifica����o como a efici��ncia e a disciplina na aloca����o de capital. Nosso estudo confirmou que existe uma correla����o negativa entre o risco e o grau de diversifica����o e que h�� sinais que sugerem que as companhias mais focadas possuem maior disciplina na aloca����o do capital, e, com isso geram mais valor para seus acionistas.

Cria����o de mercado de cr��ditos de biocombust��vel avan��ado para gera����o de economia financeira e ambiental no com��rcio de etanol entre Brasil e Estados Unidos

O com��rcio de etanol entre Brasil e Estados Unidos �� fortemente guiado por uma assimetria regulat��ria, que agrega valor ao etanol brasileiro ao gerar uma de-manda americana pelo produto derivado da cana de a����car. A demanda adv��m dos mandatos de consumo de biocombust��veis estabelecidos no programa americano conhecido como Renewable Fuel Standard (RFS). A assimetria emerge pelo fato de RFS dar ao etanol brasileiro a classifica����o de Biocombust��vel Avan��ado, tornando-o para os Estados Unidos um produto mais nobre que o etanol derivado do amido de milho produzido domesticamente. Apesar dos processos produtivos tornarem os dois produtos diferenciados quanto ao teor de emiss��o de CO2 em seus ciclos de vida, o produto final �� o mesmo: etanol anidro combust��vel. Portanto, quando a aquisi����o de etanol brasileiro pelos Estados Unidos �� tal que torna o balan��o do-m��stico de oferta e demanda deficit��rio no Brasil, faz-se necess��ria a importa����o brasileira de etanol americano. Esse vai e vem do produto ocorre de forma simult��-nea e, por isso, considera-se a exist��ncia de um fluxo redundante de etanol, geran-do custos log��sticos, transacionais e emiss��es de CO2 que poderiam ser evitados. Dado que o objeto do interesse americano pelo produto brasileiro �� o baixo ��ndice de emiss��es de CO2 no ciclo de vida do etanol de cana de a����car, o fluxo redun-dante de etanol pode ser substitu��do por transa����es de Cr��ditos de Biocombust��vel Avan��ado, uma nova ideia que �� desenvolvida ao longo deste trabalho. Para cada Cr��dito transacionado, os Estados Unidos contabilizar��o em seu balan��o a emiss��o de CO2 correspondente ao volume equivalente de etanol de cana de a����car, trans-ferindo para o Brasil as emiss��es correspondentes ao mesmo volume de etanol de-rivado do amido de milho. A substitui����o do fluxo f��sico pela transa����o de contratos �� a fonte de economia proposta no t��tulo deste trabalho.

Proposta de constru����o de uma nova fam��lia de ��ndices de commodities para o mercado financeiro brasileiro

Este trabalho levantou a seguinte quest��o central: �� poss��vel a cria����o de um ��ndice de commodities referenciado no mercado de derivativos brasileiro, onde agentes financeiros consigam replicar o retorno deste, que sirva como benchmark para decis��es estrat��gicas de investimentos, e para decis��es temporais de hedge para empresas que tem seus neg��cios fundamentados em commodities?

Com cortes na Defesa e no Judici��rio, leitores simulam R$ 23 bi de super��vit em 2016

Fossem os pol��ticos de Bras��lia, os leitores que j�� participaram do Simulador Or��ament��rio - ferramenta lan��ada pelo Valor e pela Funda����o Getulio Vargas (FGV) - a pe��a or��ament��ria de 2016, em vez de um d��ficit de R$ 30 bilh��es, como enviado pelo governo federal ao Congresso, teria um super��vit de R$ 23 bilh��es - equivalente a 0,4% do PIB estimado.

Plataforma empresas pelo clima : simula����o de sistema de com��rcio de emiss��es SCE EPC : relat��rio anal��tico mar��o a agosto de 2015 (vers��o sint��tica)

Com objetivo de promover ao setor empresarial brasileiro a oportunidade de experimentar um instrumento econ��mico para precifica����o de carbono, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Funda����o Getulio Vargas (GVces) promove desde 2013, no ��mbito de sua iniciativa empresarial EPC (Plataforma Empresas pelo Clima), uma simula����o de sistema de com��rcio de emiss��es- SCE EPC. Em 2015, ocorre o segundo ciclo operacional desta iniciativa que conta, atualmente, com a participa����o de 23 empresas de diversos setores da economia brasileira: produ����o florestal, papel e celulose; servi��os; el��trico; log��stica; ind��stria de transforma����o; constru����o civil; extrativista; e ��gua, esgoto e gest��o de res��duos. As empresas operam neste ciclo com o objetivo final de conciliar suas emiss��es do ano vigente (2015) com t��tulos transacionados no SCE, em especial, a permiss��o de emiss��o, cada um equivalente a 1 tonelada de CO2 equivalente (tCO2e). Este relat��rio tem como objetivo apresentar os n��meros e resultados dos seis meses iniciais (mar��o a agosto) de opera����o do SCE EPC 2015, bem como analisar as estrat��gias e performances adotadas pelas empresas participantes. Al��m disso, apresenta um estudo sobre cap relativo. Cap �� o limite de emiss��es de gases de efeito estufa (GEE) estipulado para o grupo de empresas que comp��em a abrang��ncia de um sistema de com��rcio de emiss��es do tipo cap and trade, sendo este limite convertido no volume de t��tulos que s��o inseridos no mercado para negocia����o. O cap pode ser relativo, o qual estabelece a intensidade carb��nica a uma taxa pr��-determinada com base nas emiss��es de GEE por alguma unidade econ��mica (como por exemplo, o PIB ou produ����o f��sica), ou absoluto, representando o limite de emiss��es totais buscado para o conjunto de fontes contemplado pelo sistema.