998 resultados para Língua portuguesa Gramaticalização
Resumo:
O presente trabalho constitui um projecto de investigao aco realizado numa escola de primeiro ciclo do distrito de Lisboa, mais especificamente numa truma do 4 ano de escolaridade,desencadeado por dois alunos diagnosticados com dificuldades intelectuais e desenvolvimentais que integravam uma unidade de apoio e specializado a alunos com multideficincia e surdocegueira congnita . Paralelamente foram tambm mobilizados os docentes do ncleo de educao especial do agrupamento de escolas . A caraterizao destes trs contextos a turma, a unidade e o ncleo- realizou-se atravs da utilizao dos seguintei instrumentos de recolha de dados: anlise documental, observao naturalista, entrevista semi-estruturada e sociometria. A anlise dos mesmos permitiu fazer as seguintes constataes : turma bastante heterognea, diferentes nveis de aprendizagem, alunos de língua portuguesa no materna, de diferentes etnias, e nvel socioeconmico, problemas de relacionamento entre eles e alguma resistncia em aceitar os colegas considerados com dificuldades intelectuais e desenvolvimentais; passividade e pouca responsabilidade no ato de aprender; dificuldades no cumprimento de regras; participao escassa das famlias no processo de ensino/aprendizagem; um tipo de ensino preferencialmente expositivo ; trabalho essencialmente individualizado , por parte dos alunos; dificuldade em incluir aqueles cujas diferenas individuais so mais significativas - diferenciao pedaggica descontextualizada . Na unidade de apoio especializado verificou se a necessidade de um trabalho mais cooperado e convergente entre todos os intervenientes . No grupo de docentes de educao especial, constatou-se que as prticas de apoio aos sessenta alunos considerados com necessidades educativas especiais de carter permanente eram essencialmente centradas no apoio direto ao aluno, fora da sala de aula .Tendo como quadro concetual de referncia o paradigma da diversidade,a incluso, a escola e educao inclusivas, a diferenciao pedaggica inclusiva, a aprendizagem cooperativa, e , tal como j se referiu, uma abordagem assente nas permissas da investigao ao como um processo cclico de refletir para agir e refletir sobre a aco , desenvolveram se aes nos referidos contextos da interveno. Turmadiferenciao pedaggica inclusiva, utilizao de metodologias de ensino/aprendizagem cooperativa na rea da língua portuguesa Na unidade de apoio especializado interveno individualizada com os alunos caso para O desenvolvimento das competncias estipuladas nos seus currculos especficos individuais, tendo por base um trabalho coordenado e cooperativo entre professores, famlias, assistentes operacionais e tcnica de terapia da fala. No ncleo de educao especial ao de sensibilizao sobre a importncia do papel de parceria pedaggica com os docentes do ensino regular , para implementao de uma pedagogia diferenciada inclusiva e da aprendizagem cooperativa como estratgias de incluso . Considerando a complexidade dos contextos de interveno e a competncia profissional to necessria ao sucesso de todos os alunos e melhoria da escola , com a realizao deste projeto de investigao aco pelo enriquecimento profissional que proporcionou, pde constatar-se que este tipo de abordagem (o professor como investigador crtico e reflexivo), se apresenta de facto, como uma via importantssimade formao contnua. Neste caso, o desenvolvimento deste projeto, permitiu encontrar algumas respostas que contriburam para a melhoria profissional dos implicados e dos contextos em questo, atenuando os problemas identificados e perspetivar outras respostas . No entanto, esta abordagem no foi um processo fcil, pois esta capacidade de fazer juzos crticos sobre o prprio trabalho requer tempo de aprendizagem e principalmente a vontade de querer fazer, sempre, mais e melhor.
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CPLP A Cultura Como Principal Factor de Coeso uma dissertao que analisa a histria da Comunidade dos Pases de Língua Portuguesa (CPLP), no sentido de descobrir qual ser o elemento mais preponderante na sua unidade e coeso. Incentivar a difuso da língua portuguesa, da criao intelectual e artstica, e contribuir para o reforo da solidariedade e fraternidade entre todos os povos que tm essa língua como um dos fundamentos da sua identidade especfica so os seus objectivos. Investigou-se o grau e o modo do cumprimento desses propsitos. Da comparao dos dados ressaltou uma concluso inequvoca: a cultura o elo mais forte na coeso da CPLP, embora no se vislumbrem estratgias assumidas com rigor quer da poltica da língua portuguesa, quer da poltica das culturas lusfonas. Confirmou-se que a CPLP nasceu como Comunidade de língua e culturas e no como comunidade econmica. Tentou-se caracterizar a identidade lusfona. Para tal, percorreu-se a histria da expanso, os processos de colonizao, as caractersticas de miscigenao fsica e intercultural, enquanto se chamavam as mais recentes teorias sociolgicas para uma caracterizao do conceito de cultura lusfona: ecolgica de saberes, de fronteira, intercultural e tradutora de culturas. So apontadas melhorias estratgicas.
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Foi assim que Fernando Pessoa apelidou Vieira, tal a elevao e qualidade do seu uso da língua portuguesa. Sobretudo nos Sermes de matriz barroca, em que, contrariamente moda do tempo, foi sempre fiel a duas dinmicas fundamentais: a da retrica clssica, e a da temtica bblica e litrgica que deu normalmente ttulo a toda a sua actividade parentica.Tambm Embaixador junto das principais Cortes europeias, este missionrio jesuta foi o grande apstolo do Brasil contra a escravatura: na Bahia, pregando a suavizaodos cativeiros dos negros, porque no podia afront-la directamente; no Maranho, impedindo a escravizao dos ndios. Personalidade excepcional e multiforme, aliava ao realismo das actuaes concretas o gnio do sonhador utpico, imaginando um Quinto Imprio religioso que Pessoa viria a transformar em Quinto Imprio da Língua Portuguesa.
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O trabalho analisa alguns trechos da carta que Vieira escreveu ao Geral da Companhia de Jesus em 1626, sua primeira obra escrita, em que o novio e ainda no-ordenado padre relata a invaso dos holandeses e transmite as notcias dos diversos colgios das provncias ao Geral da Companhia de Jesus. Por meio da fortuna crtica e das marcas textuais do corpus, desponta o reprter e o sermonista em formao.Entre os objetivos do trabalho, destacam-se o resgate do corpus como fonte de pesquisa primria para estudiosos de e da literatura em sentido amplo, e do prprio trabalho como fonte secundria para o entendimento da obra de Vieira como um todo e sua insero no cnone da literatura em Língua Portuguesa. O estudo se justifica por explorar a face reprter do Padre Antnio Vieira, poca da escritura ainda um jovem de 18 anos que gesta a utopia do Quinto Imprio a partir da experincia brasileira, alm de apresentar algumas concluses pertinentes presenado gnero pico como composio, os relatos de viagem, a perspectiva informativa e interpretativa, os articuladores orais e gestuais, a composio da mscara e da voz.
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Sumaria este artigo o contexto do aparecimento da OIT em 1919, descreve a estrutura central e deconcentrad da Organizao, reala o seu modo de funcionamento tripartido e os principais traos da sua atividade ao longo de mais de noventa anos de existncia. Sistematiza as relaes de Portugal com a OIT, relevando o perodo do Estado Novo em que Pas froi criticado por ausncia de liberdade sindical e o perodo posterior Revoluo de 1974. As relaes intensidicaramse no quadro democrtico, consuzindo abertura de um escritrio da OIT m Lisboa que, em articulao com a CPLP, promove o papel da língua portuguesa no seio da Organizao e na cooperao tcnica com os oito pases lusfonos espalhados pelos continentes com cerca de 250 milhes de falantes.
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No contexto internacional de considerar que, no que tange a uma maior interaco entre os povos, necessrio ter em conta que a propagao da língua factor-chave. A língua faz com que os povos se entendam e construam conhecimentos, pois, no contacto de culturas, o pensar, o agir, o falar e o conviver, ao mesmo tempo que diferenciam, tambm servem para unir os mais distintos povos, sendo que no se deve recear essas diferenas ou diversidades culturais porque no representam uma ameaa. No que concerne língua, a utilizao de um idioma comum o portugus deve ser encarada como um elo de comunicao entre os vrios pases e povos lusfonos, a exemplo daquilo que se passa com o ingls e o francs nas respectivas comunidades. A língua portuguesa oferece um vasto leque de possibilidades, ou seja, possui um potencial muito forte e ligado a vrios sectores, desde o econmico, o social, o cultural e jurdico at ao tcnico-cientfico. Porm, para que a língua portuguesa se venha a universalizar, acredita-se que seja necessria uma maior vontade poltica por parte dos governantes.
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Foi com muita satisfao que recebemos o convite para a publicao nos Cadernos de Sociomuseologia, tanto pelo fato de consider-lo uma importante publicao na rea da Museologia em língua portuguesa como, tambm, pela razo de termo-nos amparado, inmeras vezes, nas reflexes de profissionais de Portugal no que diz respeito temtica abordada, ou seja, a programao museolgica. Embora este trabalho tenha sido inicialmente apresentado como monografia de concluso das actividades acadmicas no mbito do Curso de Especializao em Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de So Paulo, realizadas entre os anos de 2001 e 2002, sofreu mnimas alteraes. A escolha pelo tema deu-se em virtude das inquietaes e reflexes profissionais e discentes no sentido de buscar a experimentao de metodologias passveis de contribuio s necessidades no campo da Museologia dentro da realidade brasileira. Tem, como estudo de caso, um trabalho de consultoria realizado para a Diviso de Iconografia e Museus do Departamento do Patrimnio Histrico da Secretaria Municipal de Cultura de So Paulo e da Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de So Paulo, que consistia em diagnosticar o acervo pertencente Anhembi visando implantao do Centro de Memria do Samba de So Paulo. (Monografia apresentada para concluso do CEAM do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de So Paulo)
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Traduo para portugus de Handbook of Standards. Documenting African Collections International Council of African Museums AFRICOM & International Committee for Documentation (CIDOC) - ICOM / Culturlia / TERCUD-ULHT. A traduo para portugus do Manual de Normas Documentando Acervos Africanos o qual foi em boa hora realizado pelo AFRICOM Conselho Internacional dos Museus Africanos, vem facilitar a imensa tarefa dos Museus dos pases de língua portuguesa em favor da defesa e da valorizao dos patrimnios culturais em particular no domnio da Documentao Museolgica. Trata-se de disponibilizar um importante recurso de trabalho destinado a apoiar, tanto os museus existentes data da Independncia, como aqueles que desde ento foram criados, no s nas grandes cidades mas tambm nos municpios mais afastados e com menos recursos. No momento em que se edita este manual, importa prestar a devida homenagem a todos aqueles, profissionais de museologia e amigos dos museus, que durante os muitos anos de guerra civil souberam manter esses museus abertos e salvaguardar suas coleces em condies de extrema dificuldade, contra a violncia daqueles que tentaram impedir por todos os meios que Angola, Moambique e mais tarde a Guin-Bissau, seguissem o caminho da paz e do progresso aps a Independncia. Este manual ajudar, certamente, organizao, o controlo e gesto das colees que sempre ocuparo um lugar central nos Museus, quer se trate de Museus mais tradicionais ou de Museus mais envolvidos com o desenvolvimento local e nos quais as coleces so, sobretudo, um referencial de identidade e uma razo para criar parcerias e redes para a paz e o progresso da incluso social.
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Este documento apresenta uma introduo educao virtual, abordando as suas principais caractersticas, as vantagens e desvantagens desta metodologia, analisando igualmente alguns exemplos de adequao em vrias reas de ensino e graus acadmicos. Sero igualmente apresentadas algumas reflexes sobre o uso das Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs), do Ensino Distncia (EAD) e do E-Learning. Em particular sero analisadas as motivaes, as condies e o potencial da contribuio da EAD na melhoria do ensino. Tambm ser referenciado o E-Learning como a alternativa mais correta e adequada para este tipo de ensino. A desmotivao e a falta de relao interpessoal podero ser um grande obstculo a este tipo de ensino (EAD). O E-Learning vem colmatar essa desvantagem, apoiando-se nas vantagens da educao tradicional e nas do Ensino Distncia juntando-as para se tornar num ensino recorrente vivel. Como caso prtico ser acompanhada e analisada uma experincia em curso na Universidade Lusfona, destinada a promover ensino distncia no espao lusfono, com o objectivo de provar que promover a longo prazo a integrao de alunos de outros pases de língua portuguesa definitivamente uma mais-valia para todos os intervenientes.
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A cultura de segurana do paciente tem recebido crescente ateno no campo das organizaes de sade. Os cuidados de sade, cada vez mais complexos, elevam o potencial de ocorrncia de incidentes, erros ou falhas, particularmente em hospitais.Uma cultura de segurana fortalecida no mbito hospitalar emerge como um dosrequisitos essenciais para melhorar a qualidade do cuidado de sade. Avaliar o status da cultura de segurana no hospital permite identificar e gerir prospectivamente questes relevantes de segurana nas rotinas de trabalho. O objetivo central deste estudo foi realizar a adaptao transcultural do Hospital Survey on Patient SafetyCulture (HSOPSC) instrumento de avaliao das caractersticas da cultura de segurana do paciente em hospitais para a Língua Portuguesa e contexto brasileiro. Secundariamente, objetivou-se avaliar as caractersticas da cultura de segurana nos hospitais participantes. Adotou-se abordagem universalista para avaliar a equivalnciaconceitual, de itens e semntica. A anlise de confiabilidade do instrumento foi realizada por meio da anlise da consistncia interna das dimenses, atravs do coeficiente alfa de Cronbach. A validade de constructo foi realizada por meio das Anlises Fatorial Confirmatria e Exploratria. A cultura de segurana do paciente foi avaliada com a aplicao do questionrio na populao do estudo. A amostra foicomposta por 322 profissionais que trabalham em dois hospitais de cuidados agudos. A aplicao do instrumento ocorreu entre os meses de maro e maio de 2012. O questionrio foi traduzido para o Portugus e sua verso final incluiu 42 itens. Nas etapas iniciais desta adaptao a populao-alvo avaliou todos os itens como de fcilcompreenso. A verso adaptada para Língua Portuguesa dos HSOPSC apresentou alfa de Cronbach total de 0,91.
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Esta reviso integrativa da literatura tem como objetivo conhecer as publicaes de enfermagem referente assistncia de enfermagem ao paciente colostomizado. Foram utilizados descritores e combinaes na língua portuguesa: assistncia de enfermagem and colostomia; colostomia and enfermeiro, resultando em nove artigos publicados na base de dados LILACS e MEDLINE. Os resultados mostraram uma variao de assuntos, que focavam aspectos psicossociais, assistncia de enfermagem no momento pr e ps-operatrio e tcnicas exclusivas sobre colostomia e seus cuidados, mas ainda com uma grande lacuna de material cientfico disponvel e a necessidade de maior interesse no assunto por parte dos profissionais enfermeiros.
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Esta reviso integrativa da literatura tem como objetivo conhecer as publicaes de enfermagem referente assistncia de enfermagem no uso dos cateteres venosos. Foram utilizados descritores e combinaes na língua portuguesa: cateter venoso and enfermagem; cateter venoso and enfermeiro and cateter venoso and assistncia de enfermagem, resultando em dezesseis artigos publicados na base de dados LILACS e SCIELO. Os resultados mostraram uma variao de assuntos, que focavam na educao na equipe de sade, cuidados com os curativos dos cateteres, aperfeioamento dos profissionais que realizam o procedimento com o PICC, falhas infusionais, e manejo de cateter venoso central totalmente implantado.
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Esta pesquisa procurou demonstrar que o aspecto progressivo representa a opo disponibilizada pela língua portuguesa para que o falante, diante de determinadas situaes, possa se referir apenas ao fragmento manifesto, revelando, assim, o seu desejo de se comprometer somente com a parte da verdade evidenciada pela situao. Quando uma situao apresentada com um verbo de estado, os falantes de língua inglesa, para atingir o mesmo objetivo, utilizam perfrases dos verbos de estado. Foram selecionados verbos de estado que expressam estados mentais/cognitivos para testar as hipteses, porque a mitigao de comprometimento revelou ser mais claramente observvel em enunciados com este tipo de verbos. Os resultados obtidos evidenciaram que os falantes de ambas as línguas distinguem situaes completas de incompletas e que optam por mais de uma forma para expressar menor comprometimento, e no somente pela forma do aspecto progressivo quando, aps interpretar uma situao como incompleta, desejam manifestar-se a respeito dela. Os falantes de ambas as línguas tambm utilizaram formas no perfectivo + perfrase modalizadora e perfrases dos verbos de estado no progressivo. A opo pelo uso destas formas, para ser fiel verdade de sua interpretao da situao como no-completa, indiciou que h uma avaliao de grau de comprometimento por parte do falante. Os resultados apontam para a possibilidade de que o aspecto progressivo atue como um modal epistmico, no obstante o fato de o falante poder expressar comprometimento parcial tambm atravs de outras formas.
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Proponho, com este trabalho, uma anlise da variao da manuteno da marca de concordncia verbal de segunda pessoa do singular em Pelotas (RS). Considero, para tanto, os aspectos lingsticos e, sobretudo, os aspectos sociais dessa variao. Almejo, assim, auxiliar na descrio de fenmenos de concordncia verbal. Apio esta anlise na Teoria da Variao Laboviana e em vises de classes sociais que levam em conta princpios socioeconomicistas, marxistas, econolingsticos, ocupacionais e das condies estruturais de manuteno das desigualdades sociais. Analisei dados de concordncia de segunda pessoa do singular em noventa entrevistas do Banco de Dados Sociolingsticos Variveis por Classe Social VarX que foram realizadas em Pelotas (RS) em 2000 e 2001. O VarX possui uma diviso equilibrada de informantes por gnero, faixa etria e classe social. Das entrevistas realizadas na casa do informante, afloram falas espontneas sobre histrias familiares, peripcias do passado. Utilizei, para a anlise dos dados, metodologia quantitativa com base na interface Windows para o Varbrul e em formulrio de codificao de dados. Alm dos dados de fala do VarX, utilizei como fonte de pesquisa o Questionrio do VarX e os resultados do Censo 2000 do IBGE. Os resultados, com relao concordncia de segunda pessoa do singular em Pelotas, apontam na direo de que: ocorra apagamento varivel da desinncia nmero-pessoal em virtude de uma regularizao do paradigma verbal em que so privilegiadas formas neutras; o apagamento da marca de segunda pessoa do singular sofra influncia de condicionadores lingsticos (salincia fnica, interlocuo entrevistado/entrevistador, ausncia do pronome-sujeito e tipo de frase) e sociais (h indcios de que: a utilizao de marca tenha prestgio, mas sua no-utilizao no sofra estigma; o fenmeno esteja em fase de consolidao e se configure como uma mudana lingstica quase completada; as mulheres resistam ao processo de apagamento da marca de concordncia mais do que homens).
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Este estudo diz respeito ao acento do latim e do portugus arcaico. Interpretado o acento luz da Fonologia Mtrica, admitimos, seguindo Jacobs (1990, 1997), que o troqueu irregular caracteriza melhor o latim clssico do que o troqueu mrico. Depois de discutir o acento do latim clssico e dar especial ateno s enclticas, que ampliam o domnio do acento e sobre as quais, com respeito a seu papel no acento, defendemos uma posio contrria de anlises mais recentes, citadas neste trabalho, passamos ao acento em latim vulgar e, aps, ao acento em portugus arcaico. Nessa trajetria, observa-se a perda das proparoxtonas por sncope em latim vulgar e, subseqentemente, a perda da vogal final por apcope em algumas palavras em portugus arcaico, resultando palavras terminadas em slaba pesada. A simplicidade conduz a evoluo do latim clssico ao vulgar, passando o sistema acentual do troqueu irregular ao troqueu silbico, mas, do latim vulgar ao portugus arcaico, h uma volta ao troqueu irregular, em virtude da ocorrncia de palavras terminadas em slaba pesada. Essas ltimas linhas encerram a tese que esta anlise sustenta.