823 resultados para Saúde pública Financiamento
Resumo:
OBJETIVO: Descrever o perfil clnico e epidemiolgico e a prevalncia da coinfeco tuberculose/HIV na Unidade Regional de Saúde do Tocantins, que envolve 14 municpios no estado do Maranho. MTODOS: Estudo epidemiolgico descritivo baseado em dados secundrios das fichas individuais de tuberculose do Sistema Nacional de Informao de Agravos de Notificao. Foram includos todos os casos notificados de coinfeco tuberculose/HIV, por municpio de residncia, no perodo entre janeiro de 2001 e dezembro de 2010. RESULTADOS: Foram notificados 1.746 casos de tuberculose no distrito. Dos pacientes testados para HIV, 100 eram coinfectados. equivalendo a uma prevalncia de 39%. Dos coinfectados, 79% eram do sexo masculino, 42% eram de cor parda, 64% tinham idade entre 20 e 40 anos, 31% tinham at quatro anos de estudo, e 88% residiam em Imperatriz. A forma clnica predominante foi a pulmonar (87%), e 73% eram casos novos. Dos coinfectados, 27% apresentaram resultados positivos na baciloscopia de escarro e 89% tinham imagem sugestiva de tuberculose na radiografia do trax. A cultura de escarro foi realizada em apenas 7% dos casos. CONCLUSES: Evidenciou-se que a situao clnica e epidemiolgica da coinfeco tuberculose/HIV ainda um grande problema de saúde pública no sudoeste do Maranho e impe uma maior articulao entre os programas de controle de tuberculose e de doenas sexualmente transmissveis/AIDS. Alm disso, so necessrios o compromisso e o envolvimento poltico dos gestores e profissionais de saúde no planejamento de aes e servios de saúde.
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http://www.scielo.br/pdf/csp/v29n9/a02v29n9.pdf
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O abortamento provocado praticado amplamente pelas mulheres, em contexto clandestino, no Brasil, sendo considerado uma questo de saúde pública. Neste estudo, prope-se a conhecer aspectos socio-demogrficos, comportamentais, clnicos, complicaes, e o tipo de abortamento praticado por adolescentes submetidas curetagem uterina. Foi utilizada metodologia descritiva, atravs de entrevistas por meio de questionrio estruturado no atendimento a 201 adolescentes com abortamento incompleto submetidas curetagem uterina, em um hospital do Sistema nico de Saúde (SUS), em Macei, Alagoas. Os principais determinantes para o abortamento foram: idade acima de dezesseis anos, com parceiro estvel; pardas; no planejaram a gestao; desejavam a gestao, primigestas; idade gestacional menor que 15 semanas; raras complicaes relacionadas ao abortamento, e utilizando a classificao da Organizao Mundial da Saúde, observou-se abortamento provocado em 98,01% dos casos. Entre os casos de abortamentos certamente provocados, 89,19% reportaram o uso do misoprostol, o que refora maior investimento pblico na assistncia ao uso de mtodos contraceptivos entre os adolescentes respeitando seus direitos sexuais e reprodutivos.
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Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das intervenes que so realizadas pelos psiclogos que atuam nas Unidades Bsicas de Saúde (UBS) do Grande ABC, bem como traar um perfil destes profissionais. Pretendeu-se fazer na Regio do Grande ABC este levantamento, baseando-se na tradio que a Psicologia tem de pesquisar-se como profisso, nos ltimos trinta anos. A anlise dos dados da pesquisa se deu atravs de quatro categorias levantadas a partir das mudanas que o exerccio da profisso nas UBS requer: 1) do mbito do atendimento, do individual para o coletivo; 2) do atendimento em consultrio para instituio pública; 3) do enfoque do trabalho, do curativo para o preventivo; 4) da rea de atuao, da saúde mental para a psicologia da saúde. Os resultados apresentados so oriundos de trinta e oito entrevistas realizadas com psiclogos das UBS s da Regio do Grande ABC, no decorrer do ano de 2002, que trazem as dificuldades para o desenvolvimento das atividades. Dentre elas, destaca-se as de ordem poltica, econmica e social, que independem do desejo dos profissionais. Alm destas, constatou-se dificuldades frente formao profissional e compreenso do papel e da funo do psiclogo nas UBS s.
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Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das intervenes que so realizadas pelos psiclogos que atuam nas Unidades Bsicas de Saúde (UBS) do Grande ABC, bem como traar um perfil destes profissionais. Pretendeu-se fazer na Regio do Grande ABC este levantamento, baseando-se na tradio que a Psicologia tem de pesquisar-se como profisso, nos ltimos trinta anos. A anlise dos dados da pesquisa se deu atravs de quatro categorias levantadas a partir das mudanas que o exerccio da profisso nas UBS requer: 1) do mbito do atendimento, do individual para o coletivo; 2) do atendimento em consultrio para instituio pública; 3) do enfoque do trabalho, do curativo para o preventivo; 4) da rea de atuao, da saúde mental para a psicologia da saúde. Os resultados apresentados so oriundos de trinta e oito entrevistas realizadas com psiclogos das UBS s da Regio do Grande ABC, no decorrer do ano de 2002, que trazem as dificuldades para o desenvolvimento das atividades. Dentre elas, destaca-se as de ordem poltica, econmica e social, que independem do desejo dos profissionais. Alm destas, constatou-se dificuldades frente formao profissional e compreenso do papel e da funo do psiclogo nas UBS s.
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A presente pesquisa teve por objetivos analisar a consulta teraputica como tcnica de atendimento psicolgico da criana pequena na rotina ambulatorial e discutir seis casos emblemticos e representativos da populao constituda de 55 crianas, a partir do referencial terico de Winnicott. Foram levantados os pronturios de pacientes menores de cinco anos atendidos no Ambulatrio de Saúde Mental Infantil de So Bernardo do Campo, no perodo de janeiro a junho de 2007. O estudo clnico foi feito com 10% do total dos pronturios. A partir dos dados contidos no pronturio, foi feito um levantamento epidemiolgico registrando a idade dos pacientes assistidos e o diagnstico dos menores de cinco anos. Os pronturios dos pacientes menores de cinco anos foram selecionados a patir das hipteses disgnsticas psicopatolgica e psicodinmica. Foram apresentados as consultas teraputicas de seis casos identificados com hiptese diagnstica do grupo trs do diagnstico de Winnicott, complementados por Hisada, em A Clnica do Setting.(AU)
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A presente pesquisa teve por objetivos analisar a consulta teraputica como tcnica de atendimento psicolgico da criana pequena na rotina ambulatorial e discutir seis casos emblemticos e representativos da populao constituda de 55 crianas, a partir do referencial terico de Winnicott. Foram levantados os pronturios de pacientes menores de cinco anos atendidos no Ambulatrio de Saúde Mental Infantil de So Bernardo do Campo, no perodo de janeiro a junho de 2007. O estudo clnico foi feito com 10% do total dos pronturios. A partir dos dados contidos no pronturio, foi feito um levantamento epidemiolgico registrando a idade dos pacientes assistidos e o diagnstico dos menores de cinco anos. Os pronturios dos pacientes menores de cinco anos foram selecionados a patir das hipteses disgnsticas psicopatolgica e psicodinmica. Foram apresentados as consultas teraputicas de seis casos identificados com hiptese diagnstica do grupo trs do diagnstico de Winnicott, complementados por Hisada, em A Clnica do Setting.(AU)
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Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das intervenes que so realizadas pelos psiclogos que atuam nas Unidades Bsicas de Saúde (UBS) do Grande ABC, bem como traar um perfil destes profissionais. Pretendeu-se fazer na Regio do Grande ABC este levantamento, baseando-se na tradio que a Psicologia tem de pesquisar-se como profisso, nos ltimos trinta anos. A anlise dos dados da pesquisa se deu atravs de quatro categorias levantadas a partir das mudanas que o exerccio da profisso nas UBS requer: 1) do mbito do atendimento, do individual para o coletivo; 2) do atendimento em consultrio para instituio pública; 3) do enfoque do trabalho, do curativo para o preventivo; 4) da rea de atuao, da saúde mental para a psicologia da saúde. Os resultados apresentados so oriundos de trinta e oito entrevistas realizadas com psiclogos das UBS s da Regio do Grande ABC, no decorrer do ano de 2002, que trazem as dificuldades para o desenvolvimento das atividades. Dentre elas, destaca-se as de ordem poltica, econmica e social, que independem do desejo dos profissionais. Alm destas, constatou-se dificuldades frente formao profissional e compreenso do papel e da funo do psiclogo nas UBS s.
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Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das intervenes que so realizadas pelos psiclogos que atuam nas Unidades Bsicas de Saúde (UBS) do Grande ABC, bem como traar um perfil destes profissionais. Pretendeu-se fazer na Regio do Grande ABC este levantamento, baseando-se na tradio que a Psicologia tem de pesquisar-se como profisso, nos ltimos trinta anos. A anlise dos dados da pesquisa se deu atravs de quatro categorias levantadas a partir das mudanas que o exerccio da profisso nas UBS requer: 1) do mbito do atendimento, do individual para o coletivo; 2) do atendimento em consultrio para instituio pública; 3) do enfoque do trabalho, do curativo para o preventivo; 4) da rea de atuao, da saúde mental para a psicologia da saúde. Os resultados apresentados so oriundos de trinta e oito entrevistas realizadas com psiclogos das UBS s da Regio do Grande ABC, no decorrer do ano de 2002, que trazem as dificuldades para o desenvolvimento das atividades. Dentre elas, destaca-se as de ordem poltica, econmica e social, que independem do desejo dos profissionais. Alm destas, constatou-se dificuldades frente formao profissional e compreenso do papel e da funo do psiclogo nas UBS s.
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A presente dissertao tem por objetivo analisar os aspectos religiosos islmicos e as implicaes das relaes de gnero no islam sobre a assistncia de saúde s mulheres muulmanas, e atravs disto, discutir a importncia do conhecimento prvio do islamismo pelos profissionais de saúde para propor uma assistncia de saúde congruente a estas mulheres, tendo por referncia a Poltica Nacional de Ateno Integral Saúde da Mulher. Esta pesquisa tem abordagem qualitativa, com o desenvolvimento de pesquisa de campo e aplicao de um roteiro de perguntas semi-estruturado, com questes relacionadas ao islamismo e saúde das mulheres. Ao todo, foram entrevistadas dez pessoas, sendo estas: quatro mulheres revertidas ao islam, trs mulheres de famlia muulmana, dois sheiks e uma assistente social. As entrevistas foram realizadas no Centro de Divulgao do Islam para a Amrica Latina e o Caribe (CDIAL) e na Assemblia Mundial da Juventude Islmica na Amrica Latina (WAMY).
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Introduo: A preocupao e a incorporao da problemtica da saúde mental infantil nas polticas públicas de saúde so recentes, assim como o desenvolvimento de aes voltadas a esse cuidado. Preconiza-se que essa ateno se proceda a partir de uma rede composta por servios atuando de modo articulado a outros setores. Objetivo: Analisar os processos e as condies de produo de cuidados em saúde mental de criana na perspectiva do modo psicossocial na Rede de Ateno Psicossocial. Mtodo: Pesquisa qualitativa, com referencial terico-metodolgico oriundo da Anlise Institucional, desenvolvida por meio de Observao Participante em (1) espaos de articulao entre servios de saúde, (2) Unidade Bsica de Saúde e (3) Centro de Ateno Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) no municpio de Mau, So Paulo. A Observao Participante permitiu reconhecer os procedimentos de cuidados no cotidiano dos servios. Para aprofundamento da investigao, foram realizados Grupos Focais com profissionais da Estratgia de Saúde da Famlia e do CAPSi, com familiares de crianas que frequentam o CAPSi e com crianas usurias do servio. Os dados foram analisados e interpretados a partir de conceitos advindos da psicanlise winnicottiana, do modo de ateno psicossocial e da anlise institucional. Resultados e Discusso: O interesse, o investimento poltico e o direcionamento das aes e da organizao dos servios, coerentes com a lgica de ateno psicossocial, tm propiciado um terreno frtil para a construo de prticas transformadoras de cuidado em saúde mental. A incorporao desse cuidado na Ateno Bsica, ainda que apresente desafios e tenses entre o modelo institudo (departamentalizado em especialidades) e instituinte (saúde mental integrante da saúde geral), levou a mudanas nas aes e concepes dos profissionais. Contudo, o desenvolvimento de aes intersetoriais e a construo de uma rede ampliada de ateno tm sido limitados pela escassez de servios e profissionais da rede e por diferentes concepes que atravessam o campo. Os participantes da pesquisa expressam viso conflitante em relao concepo acerca de problemas de saúde mental e das expectativas quanto ao cuidado, sendo observada forte presena de uma cultura psiquitrica, que se acentua nas falas dos familiares e na articulao com outros servios, e uma inclinao a favor da ateno psicossocial, mais presente nas expresses dos profissionais. Nos servios de saúde, h movimentos instituintes que enfatizam a integralidade da ateno, a interdisciplinaridade do cuidado, a multideterminao do processo saúde-doena, alinhados ao modo de ateno psicossocial. O acolhimento, o vnculo, a escuta e a confiana, importantes elementos do cuidado esto presente nas aes dos servios. As intervenes teraputicas tm sido desenvolvidas a partir da singularidade dos casos por meio de Projetos Teraputicos Individuais, embora sejam consideradas aqum das necessidades das crianas, limitaes advindas da escassez de profissionais e servios da rede. Consideraes Finais: Embora os servios de saúde atuem na direo do cuidado alicerado no modo psicossocial, eles tm atuado de forma pouco articulada com outros setores. A hegemonia da cultura psiquitrica um desafio a ser enfrentado. So urgentes aes que possam promover mudanas nessa cultura predominante e no imaginrio social no que toca aos problemas de saúde mental e aceitao das diferenas.
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Esta pesquisa discute a Comunicao em Saúde no contexto das Prticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema nico de Saúde (SUS), no que concerne ao tratamento do cncer realizado num hospital pblico de Campinas. O arcabouo terico se debrua sobre as diretrizes do iderio da Promoo da Saúde e sobre as discusses da Educao em Saúde, por serem premissas fundamentais para que a Comunicao em Saúde seja participativa e democrtica, e que a Comunicao das PIC conquiste maior espao na Saúde Pública. O objetivo geral foi investigar o processo de comunicao entre profissionais de saúde e usurios do SUS participantes do Projeto de Construo do Cuidado Integrativo (PCCI). A metodologia utilizada foi a qualitativa tendo como instrumentos pesquisa documental e entrevistas semi-estruturadas para a coleta dos dados. Os participantes do estudo foram usurios que fizeram parte do grupo de Acupuntura e de Fitoterapia e usaram prticas complementares ao tratamento convencional do cncer, e tambm os profissionais de saúde envolvidos no PCCI realizado no Hospital de Clnicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)/SP. Os dados foram analisados por meio da anlise temtica de contedo de Bardin, que permitiu identificar as seguintes categorias: Medo da interveno, Analgesia como resultado, Continuidade do tratamento, Falta de informao e Divulgao das prticas. Os resultados mostraram que houve dificuldades de comunicao, indicando lacunas importantes em relao infraestrutura, falta de divulgao e continuidade do tratamento complementar com as PIC, a falta de valorizao da participao popular e estmulo autonomia como preconiza o iderio da Promoo da Saúde. Concluiu-se que o modelo de saúde vigente, de base biomdica, no tem permitido a participao dos usurios, e, mais ainda, tem dificultado o desenvolvimento da comunicao democrtica, humanizada e solidria. O Projeto (PCCI) foi importante em sua execuo, uma vez que trouxe resultados positivos com o uso das PIC por melhorar as condies da qualidade de vida dos usurios e ter promovido analgesia, conferido maior disposio e recuperao dos movimentos. Entretanto, o Projeto (PCCI) no teve potencial o suficiente para provocar uma mudana na lgica do tratamento convencional que est hegemonicamente imerso no modelo biomdico, com isso limitando a insero e a comunicao das PIC na Saúde Pública e dificultando a abertura para o dilogo entre os diferentes saberes. Entende-se que este um dos principais desafios da Medicina Tradicional e Complementar (MTC).
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Introduo O nvel de atividade fsica (NAF) insuficiente e estado nutricional (EN) inadequado conferem risco de desenvolvimento de hipertenso arterial e diabete, bem como dificultam o controle destas doenas. Assim, infere-se que os custos despendidos pelo SUS com medicamentos, internaes e consultas de hipertensos e diabticos apresentem relao inversa com NAF, incluindo a prtica de caminhada e EN. Entretanto, estudos epidemiolgicos que descrevam estes custos e analisem essas associaes na populao idosa so inexistentes no Brasil, o que dificulta a fundamentao para a implementao de polticas publicas para a economia de recursos. Objetivo Descrever os custos com procedimentos de saúde de idosos hipertensos e diabticos e verificar qual a sua associao com NAF e EN, segundo sexo e grupos etrios. Mtodos A amostra foi constituda por 806 idosos com autorreferncia hipertenso e/ou diabete ( 60 anos) residentes no municpio de So PauloSP, participantes das trs coortes do Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento SABE - em 2010. A varivel dependente custo total anual (em Reais), foi estimada com base nos dados autorreferidos sobre uso de medicamentos, uso dos servios ambulatoriais e internaes hospitalares, retroativos a um ano da coleta de dados. A variveis explanatrias: i) NAF foi estimada a partir de entrevista utilizando o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ, verso curta), classificando os idosos segundo durao da realizao de atividades fsicas moderada, em ativos ( 150 minutos/semana) e insuficientemente ativos (< 150 minutos/semana); ii) Prtica de caminhada, categorizada segundo frequncia semanal: a) 4 dias/ semana; b) 1 a 3 dias/semana; c) no caminha. iii) EN, identificado pelo ndice de massa corporal (IMC), classificando os idosos em dois grupos: a) IMC < 28 kg/ m; b) IMC 28 kg/ m (excesso de peso); as variveis de controle foram o sexo, grupos etrios (a. 70 anos; b. 65 a 69 anos; c. 60 a 64 anos); estado civil (a. casado; b. outros) e, escolaridade (a. sem escolaridade; b. 1 ano). A descrio dos custos segundo as NAF e EN foi representada pelos valores de mdia e IC95 por cento , mediana e P25 P75, valores mnimos e mximos. Modelos de regresso logstica mltipla foram empregados para analisar as associaes entre variveis dependentes e explanatrias. O nvel de significncia foi estabelecido em 5 por cento e todas as anlises foram realizadas considerando amostras complexas, por meio do software Stata, 13.0. 9 Resultados: A mdia de custo total anual por pessoa foi de R$ 732,54 e a soma dos custos relativa a 12 meses para os 806 idosos foi de R$ 609.587,20, sempre superiores para idosos em excesso de peso, com NAF insuficiente e para idosos que no caminham. Idosos em excesso de peso apresentaram chance 50 por cento superior de estarem no grupo de maior custo total anual (OR 1.49, IC95 por cento 1.01 2.18) e mais de 70 por cento superior de maior custo com medicamentos (OR 1.71, IC95 por cento 1.18 2.47). A ausncia de caminhada significou a chance superior para maiores custos anuais com medicamentos (OR 1.63, IC95 por cento 1.06 2.51) e custos totais (OR 1.82, IC95 por cento 1.17 2.81). Todas as anlises ajustadas por sexo e idade. O NAF no se associou aos custos totais e custo com medicamentos (p>0.05). Concluso: Os custos para o controle de HAS e DM em idosos so altos e se associam inversamente prtica de caminhada e ao estado nutricional, especialmente em relao ao custo com o uso de medicamentos antihipertensivos e hipoglicemiantes.
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Trata-se da meta-avaliao de um processo avaliativo desenvolvido por secretrios e assessores tcnicos municipais de uma regio de saúde do estado de So Paulo, com foco nos critrios de utilidade e participao. uma pesquisa qualitativa, cuja base emprica foi 1) o material produzido em sete oficinas realizadas com os representantes municipais, com vistas avaliao de um aspecto da linha de cuidados em saúde sob a tica da integralidade; e 2) as entrevistas semiestruturadas realizadas com os mesmos atores aps a finalizao do processo avaliativo. Para a avaliao do critrio de utilidade, utilizou-se principalmente o referencial de KIRKHART (2000), com o objetivo de ampliar a anlise para alm do uso instrumental dos achados avaliativos e foc-la na identificao de influncias mltiplas exercidas por um fenmeno complexo como um processo avaliativo. A anlise do critrio participao se deu com base no referencial de COUSINS e WHITMORE (1998), buscando a identificao no material emprico de decises ou aspectos contextuais que fizeram com que a opo participativa fosse aprofundada ou limitada no processo em foco. O trabalho destaca a importncia de explicitar pressupostos que baseiam a metodologia da avaliao/ meta-avaliao escolhida, e a necessidade de se buscar referenciais tericos de anlise compatveis com a opo realizada, frisando a inexistncia de posturas neutras ou estudos totalmente objetivos; e a importncia de capacitar avaliadores a acompanharem a demanda dos participantes de um processo participativo com a flexibilidade necessria para conferir-lhe o maior aproveitamento possvel. Conclui-se pela viabilidade, com vantagens, da realizao de processos participativos locais com gestores na Saúde Pública, destacando a possibilidade de ganhos em formao e o enriquecimento dos processos de negociao em nvel do territrio, de forma coerente poltica de construo das regies de saúde no SUS.
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Um territrio, uma substncia e trs Polticas Públicas atuando sobre uma mesma populao. O trabalho tem como objetivo oferecer uma anlise das Polticas Públicas para usurios de Crack instaladas no territrio da \"Cracolndia\" paulista, localizado no Bairro da Luz (So Paulo-SP). A criao do Programa Crack Possvel Vencer em 2010, articulada emergncia de discursos que especulavam sobre uma possvel epidemia e crescente interesse dos meios de comunicao sobre a populao usuria, abriu a possibilidade de criao de espaos institucionais para que o Estado intervisse sobre os usurios de crack. Dentro desse contexto, e articuladas a esse Programa do Governo Federal, surgem duas Polticas Públicas: Programa Recomeo de gesto Estadual e Programa De Braos Abertos de gesto Municipal. As aes dessas duas polticas durante os anos 2014 e 2015 constituem o foco do recorte emprico do presente trabalho. O esforo de pesquisa foi no sentido de investigar como as novas Polticas Públicas que se propunham a operar no campo da Saúde Pública e do cuidado iriam se materializar no territrio, como o discurso institucional iria se traduzir enquanto prticas. Em especial, interessava observar se as novas aes iriam inibir o movimento histrico de higienizao do territrio e expulso dos usurios. Visando contemplar na pesquisa ponto de vistas, experincias e discursos que no se limitassem ao relato institucional, foram utilizadas trs fontes de dados: pesquisas realizadas na regio, reportagens e documentos lanados pela mdia e pesquisa de campo. Foi realizada uma leitura e descrio detalhada de trs etnografias feitas na regio, com o objetivo de comparar as intervenes passadas com o contexto atual; atravs da anlise de duas personagens miditicas, que surgiram nos meios de comunicao em 2015, traou-se a imagem do usurio de crack que veiculada socialmente. E atravs de observao participante no territrio, foram descritos os eventos acontecidos durante o perodo de tempo delimitado, distribudos em trs eixos: Saúde, Represso e Resistncia. partir desse itinerrio de pesquisa, foi elaborada uma discusso que pontua as diferenas entre o discurso e a prtica. Dentre as consideraes finais, destaca-se a diferena dos modelos de tratamentos propostos pelas Polticas Públicas internao e Reduo de Danos e a forma como essa disputa se materializa no cuidado aos usurios de crack. Embora tenha ocorrido um crescimento de ofertas de saúde, tambm ocorreu um aumento progressivo no nmero de agentes de segurana e equipamentos de vigilncia na Cracolndia, instaurando aquilo que chamado de Confinamento dos usurios, composto de prticas de limpeza das ruas, retirada de bens dos usurios e filmagem dos usurios. Uma estratgia de gentrificao foi detectada e descrita, ao cujo protagonista uma empresa de seguros que, no perodo delimitado, se mostrou excessivamente atuante no territrio, mobilizando as aes estatais. E por fim, tambm foram descritas as aes de resistncia dos usurios frente criao das Polticas Públicas e das outras formas de interveno estatal, aes tais como a construo das favelinhas e a atuao dos profissionais e militantes da regio. Espera-se que esse trabalho contribua para uma maior compreenso da Cracolndia paulista e fornea subsdios para que melhores Polticas Públicas sejam criadas no territrio.