A luta da terra nas literaturas portuguesa e brasileira: a linha marcada no ch��o que une José Saramago e Euclides da Cunha

Dois romances escritos em pa��ses e em contextos hist��ricos distintos aparecem como um retrato da situa����o do campo atrav��s do tempo em Brasil e Portugal. O processo de uni��o dos homens em torno de um motivo comum, a oportunidade de sobreviv��ncia na terra atrav��s da garantia do trabalho, se transforma na luta desses contra a aliena����o e, posteriormente, contra a for��a armada que protege o Estado e o grande propriet��rio. As quest��es que envolvem a terra transcendem o car��ter comumente tel��rico uma vez que essa �� tamb��m personagem efetivamente ativo na vida dos homens do campo. Tamb��m personagem m��ltiplo �� esse homem, representado pelas figuras do sertanejo baiano e o campon��s alentejano: guardam em si a ambiguidade da fragilidade do corpo que, justamente, se torna em sua maior for��a. O movimento para a luta transforma homens e terra, muda a Hist��ria. Esse processo �� visto e traduzido por Euclides da Cunha em Os sert��es e por José Saramago em Levantado do ch��o. A campanha de Canudos e as lutas pelo direito ao trabalho no campo portugu��s s��o pr��ximas, desse modo, por representarem ambos, sob a perspectiva dos narradores desses dois romancistas, uma an��lise das injusti��as cometidas pelo poder do Estado contra os que nada possuem e o levantar desses por seus direitos, pela transforma����o do estado de coisas

Compara����o tridimensional dos efeitos dent��rios de duas mec��nicas para fechamento de espa��o: estudo preliminar

As m��s oclus��es de Classe I com biprotrus��o dent��ria s��o caracterizadas pela proje����o dos incisivos superiores e inferiores e podem ser corrigidas com extra����es de primeiros pr��-molares, permitindo reposicionar os incisivos, usando como ancoragem os dentes posteriores. Esse trabalho teve como objetivo comparar, por meio de superposi����o de modelos tridimensionais, a movimenta����o de molares e de incisivos com duas t��cnicas para fechamento de espa��os. Foram selecionados, tomografados (T0) e distribu��dos, aleatoriamente em dois grupos, seis pacientes com indica����o de exodontia de quatro primeiros pr��-molares. No grupo 1 (n=3) foi feito o fechamento dos espa��os das extra����es em uma ��nica etapa (fechamento em massa) e no grupo 2 (n=3), em duas etapas (distaliza����o de caninos seguida da retra����o de incisivos). Ap��s o completo fechamento dos espa��os foi solicitada nova tomografia (T1). Os modelos tridimensionais em T0 e T1 para os dois grupos foram superpostos para descrever e quantificar a movimenta����o ocorrida nos primeiros molares. A retra����o de incisivos foi avaliada de maneira bidimensional. Os molares superiores e inferiores do grupo 1 sofreram movimenta����o mesial de transla����o, enquanto os do grupo 2, apresentaram deslocamento de coroa maior do que de ��pice radicular, demonstrando movimento de inclina����o mesial de coroa. Ao se comparar o movimento mesial dos molares entre os dois grupos, observou-se que no grupo 1 houve maior movimenta����o mesial da raiz m��sio-vestibular dos molares superiores (p=0,009). No entanto, em ambos os grupos os molares superiores giraram sobre a raiz palatina. No arco inferior verificou-se maior movimento mesial de coroa para o grupo 2 (p=0,015). A an��lise da movimenta����o dos incisivos apresentou varia����es semelhantes para as medidas lineares e angulares dos incisivos superiores nos dois grupos. J��, para as medidas angulares dos incisivos inferiores, observou-se que o grupo 1 apresentou menor controle de torque. O tempo de tratamento de todos os pacientes da amostra foi superior a 30 meses, exceto um paciente que apresentou tempo de tratamento inferior a 24 meses. P��de-se concluir que a perda de ancoragem ocorreu por movimento de transla����o no fechamento de espa��os em massa, e por inclina����o mesial no fechamento de espa��os em duas etapas, para ambos os arcos. Parece haver maior movimenta����o mesial radicular nos molares superiores no fechamento em massa e maior movimento mesial de coroa dos molares inferiores para o fechamento em duas etapas. Sugere-se que n��o h�� diferen��a na retra����o dos incisivos superiores e maior retroinclina����o dos incisivos inferiores no fechamento de espa��os em duas etapas.

N��o emudecer o gesto nos/dos/com os cotidianos da Educa����o de Jovens e Adultos: corporeidade e dan��a nos curr��culos pensadospraticados

Esta pesquisa buscou compreender o sentirpensar nos processos de tessitura do conhecimento nos/dos/com os cotidianos da Educa����o de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal José Maria dos Mares Guia, por meio da investiga����o de pr��ticas educativas de corporeidade e dan��a efetivadas no Projeto Lets Dance, durante oito anos. Assim, objetivou verificar a contribui����o destas experi��ncias para a sa��da das carteiras escolares, onde os indiv��duos s��o encerrados de modo prejudicial �� experimenta����o de a����es que propiciem sua forma����o ampla e a emancipa����o social. Encontrou nessas experi��ncias elementos que possibilitaram a identifica����o de tra��os de uma educa����o formalista, oferecida como compensat��ria, onde se elegem conte��dos a serem desenvolvidos nos quais a linguagem corporal dos sujeitos �� emudecida, numa cultura de repress��o ao movimento e tentativa de adestramento das emo����es.

Cons��rcio em sa��de mental: uma an��lise da experi��ncia de Quatis e Porto Real/RJ

A conjuntura atual referente �� pol��tica de sa��de mental Brasileira tem suas a����es, servi��os e estrat��gias de interven����o direcionadas pelos princ��pios do projeto da Reforma Psiqui��trica. Logo, h�� no Brasil uma s��rie de servi��os substitutivos ao hosp��cio que foram criados ao longo dos ��ltimos trinta anos para substituir em sua totalidade a perspectiva da psiquiatria cl��ssica, que pensa ser o isolamento social a ��nica maneira de cuidar e tratar o sujeito em sofrimento ps��quico. O presente trabalho tem por objetivo realizar uma reflex��o acerca de uma experi��ncia pol��tica no campo da Reforma Psiqui��trica Brasileira. O objeto de estudo se designa ao conhecimento do cons��rcio em sa��de mental existente entre os munic��pios de Quatis e Porto Real situados na regi��o M��dio-Para��ba interior do Estado do Rio de Janeiro. Utilizamos uma abordagem qualitativa, pois acreditamos que a mesma pode nos oferecer instrumentos de conhecimento da realidade que desejamos alcan��ar que s��o mais apropriados para desvendar os significados das a����es em sa��de mental e seus impactos na vida dos sujeitos envolvidos nesse processo. Para tal optamos por realizar uma observa����o participante no campo de pesquisa que se d�� no CAPS Sonho Real e tamb��m a realiza����o de dois grupos focais, um com usu��rios e outro com profissionais. Acreditamos que conhecer essa experi��ncia se constitui como tarefa de sua import��ncia para o fortalecimento e consolida����o do compromisso pol��tico assumido por esses dois munic��pios no que tange a modalidade de cons��rcio de servi��os de sa��de, sendo dois territ��rios que se referenciam a um ��nico dispositivo de sa��de.

As comunidades de anf��bios e lagartos dos remanescentes de restingas do estado do Esp��rito Santo: uma an��lise da ocorr��ncia e distribui����o das esp��cies

Ecologicamente, comunidades s��o conjuntos de popula����es convivendo no mesmo espa��o e tempo. A forma como as esp��cies que comp��em estas comunidades, como elas se distribuem e como est��o estruturadas, depende de in��meros fatores, entre eles hist��ricos, biogeogr��ficos e evolutivos. Neste estudo, buscamos compreender como as comunidades de anf��bios anuros e de lagartos est��o estruturadas e quais fatores ambientais e de degrada����o s��o determinantes nesta estrutura����o. Amostramos cinco remanescentes de restinga no estado do Esp��rito Santo, utilizando m��todo de procura ativa em transec����es lineares nas diferentes fisionomias vegetais destes ecossistemas. Realizamos amostragens nas esta����es seca e de chuvas em todas as restingas, e somamos um total de 60 horas de esfor��o amostral para os anf��bios e 75 horas para os lagartos. Registramos um total de 32 esp��cies de anf��bios anuros conjuntamente nos cinco remanescentes de restinga, sendo duas destas esp��cies end��micas deste ecossistema: Scinax agilis e Melanophryniscus setiba. A restinga do Parque Paulo Cesar Vinha foi o remanescente com a maior riqueza de esp��cies de anuros, enquanto a restinga da Reserva Biol��gica de Comboios foi, comparativamente, o remanescente com menor riqueza de esp��cies. Em termos de composi����o de esp��cies, as restingas de Praia das Neves e Paulo Cesar Vinha foram as mais similares, enquanto a restinga de Comboios foi a mais distante na an��lise de agrupamento. Registramos no conjunto de restingas seis modos reprodutivos para as esp��cies de anuros, sendo 75% deles relacionados aos ambientes aqu��ticos. A disponibilidade de locais de desova esteve positivamente relacionada �� riqueza de esp��cies. Todos os mesoh��bitats das restingas, com exce����o das fitofisionomias de hal��fila-psam��fila, foram utilizados pelos indiv��duos registrados, entretanto, uma porcentagem consider��vel dos indiv��duos foi encontrada nos alagados. Em rela����o ��s comunidades de lagartos, adotamos al��m dos nossos dados, aqueles dispon��veis em Dias e Rocha (2014) e aqueles dispon��veis em Winck (2012). Registramos um total de 23 esp��cies de lagartos nos remanescentes de restinga amostrados nos estados do Rio de Janeiro, Esp��rito Santo e Bahia. Observamos que as comunidades presentes nos remanescentes estudados possuem consider��vel diferencia����o entre elas. A diversidade beta (β) foi elevada enquanto o grau de aninhamento foi intermedi��rio. Registramos ainda a presen��a do lagarto ex��tico invasor Hemidactylus mabouia em ambiente natural nos remanescentes de restinga estudados neste Tese. Encontramos 45 indiv��duos, distribu��dos em tr��s dos cinco remanescentes amostrados. Registramos ainda ovos de H. mabouia (2 deles eclodidos) em dois dos cinco locais estudados, indicando que o recrutamento de indiv��duos est�� ocorrendo com sucesso nas popula����es invasoras. A presen��a de H. mabouia esteve relacionada �� restingas com maior frequ��ncia de degrada����o ambiental. Consideramos que os dados obtidos nesta tese, fornecem informa����es de consider��vel import��ncia para o entendimento da estrutura das comunidades de anf��bios e lagartos nos ecossistemas de restinga ao longo da costa brasileira

Utiliza����o de descarte de res��duos t��xtil (poliamida/poliester), como agregado, em concreto

Neste trabalho s��o apresentadas algumas caracter��sticas f��sicas, vantagens e viabilidade do uso do p�� de tecido, proveniente do processamento de res��duos t��xteis que s��o descartados em confec����es em geral. A produ����o e utiliza����o desse tipo de p�� diminui o impacto ambiental e se mostra vi��vel economicamente, pois �� produzido facilmente a partir do processamento de res��duos, que seriam descartados na natureza. O presente trabalho mostra o estudo da produ����o do p�� de tecido e a sua substitui����o parcial do agregado mi��do natural na produ����o de concretos de cimento Portland convencionais. Para comprovar a viabilidade t��cnica e econ��mica do uso do p�� de tecido foram analisadas caracter��sticas do agregado como sua composi����o granulom��trica, e seu comportamento nos ensaios de abatimento tronco de cone (Slump Test). Uma rela����o ��gua-cimento tamb��m foi convencionada a um concreto usual com resist��ncia esperada de 27MPa. Com estes dados foi definido um tra��o para o concreto utilizando 5% e 15% de agregado p�� de tecido, substituindo a areia. A pesquisa apresenta os resultados de resist��ncia �� compress��o simples dos corpos de prova cil��ndricos de concreto aos 28 dias. Verificou-se que as amostras n��o apresentaram diferen��as significativas de resist��ncia entre si, t��o pouco com rela����o ��s resist��ncias de um concreto convencional produzido somente com agregado mi��do natural. Entretanto, houve uma melhora nos resultados dos ensaios �� compress��o, principalmente no concreto com 15% de p�� de tecido.

A pessoa �� para o que nasce: um estudo sobre mudan��a de status e rela����es de poder no candombl��

O presente trabalho tem o objetivo de explorar algumas das ambiguidades constituintes do universo religioso do candombl��, a partir da tem��tica da mudan��a de status e das rela����es de poder. Trata-se de um estudo de caso que evidencia a hist��ria de uma m��e de santo iniciante e o processo de consolida����o de seu terreiro, tendo como pano de fundo as ideias e regras gerais do candombl��. Antes de se tornar m��e de santo, Carla era equede em um terreiro angola comandado pelo seu pai biol��gico. A ruptura com o terreiro e a mudan��a de status de equede para m��e de santo geraram controv��rsias, na medida em que esta mudan��a n��o poderia ocorrer sem estar remetida a algum tipo de erro inici��tico. Contudo, �� sabido que esse tipo de mudan��a n��o �� incomum, por��m depende de uma s��rie de condi����es e situa����es que orientam as pr��ticas religiosas no candombl��. Al��m disso, pretende-se tamb��m, abordar quest��es relativas �� estrutura����o da fam��lia de santo e os conflitos decorrentes da interposi����o entre la��os de sangue e de santo, bem como a rela����o com o universo religioso umbandista e suas implica����es cosmol��gicas e rituais.

O emprego do Sistema de Informa����o de Custos do Governo Federal no ��mbito da Marinha do Brasil

O desenvolvimento dos meios de comunica����o e seu fortalecimento dentro de nossa sociedade, infelizmente, vem nos revelando fatos que est��o se tornando rotineiros, como por exemplo a neglig��ncia e o descaso cometidos por administradores p��blicos no desempenho de suas fun����es. A m�� utiliza����o do er��rio p��blico por gestores descompromissados impactam negativamente na imagem do Estado, obrigando-o �� a����es como a amplia����o de sua arrecada����o e o investimento em sistemas que promovam maior efici��ncia, economicidade e transpar��ncia na execu����o da despesa p��blica. Uma das solu����es apresentadas pelo Governo para minimizar esta problem��tica �� o Sistema de Informa����o de Custos do Governo Federal (SIC), uma ferramenta que tem por objetivo subsidiar decis��es governamentais e organizacionais, conduzindo o Estado �� aloca����o mais eficiente do gasto p��blico. Dentro deste contexto, o objetivo desta pesquisa consiste em avaliar o uso do Sistema de Informa����o de Custos do Governo Federal na produ����o de informa����es gerenciais dentro da atual pol��tica de gest��o de custos da Marinha do Brasil. Para tal, esta pesquisa classificada como aplicada, descritiva e qualitativa, depreendeu um estudo bibliogr��fico e documental, debru��ando-se sobre a literatura existente, relat��rios emitidos pelo sistema SIC e documentos da sistem��tica OMPS. Destarte o fato de que apenas as OMPS-I/C/H da Marinha do Brasil (MB), o que representa 26 Unidades Gestoras (UG) no universo de 151 do ��rg��o Comando da Marinha, possuem acompanhamento cont��nuo de suas gest��es com base em custos, o resultado desta pesquisa se limita �� estas Organiza����es, n��o se estendendo ��s demais Unidades da For��a Naval. Os resultados obtidos mostram que o Sistema de Informa����o de Custos do Governo Federal deixou de evidenciar custos considerados relevantes no atual processo de avalia����o econ��mico-financeira das OMPS-I/C/H, indicando que o mesmo n��o atende as necessidades da Diretoria de Finan��as da Marinha na produ����o de informa����es gerenciais destinadas �� Alta Administra����o Naval. Entretanto, o sistema SIC traz uma grande contribui����o para a Marinha do Brasil ao expandir o emprego da gest��o de custo como ferramenta de controle gerencial ��s demais 127 UG da MB, n��o inseridas na sistem��tica OMPS.

M��todos sem malha: aplica����es do M��todo de Galerkin sem elementos e do M��todo de Interpola����o de Ponto em casos estruturais.

Apesar de serem intensamente estudados em muitos pa��ses que caminham na vanguarda do conhecimento, os m��todos sem malha ainda s��o pouco explorados pelas universidades brasileiras. De modo a gerar uma maior difus��o ou, para a maioria, fazer sua introdu����o, esta disserta����o objetiva efetuar o entendimento dos m��todos sem malha baseando-se em aplica����es atinentes �� mec��nica dos s��lidos. Para tanto, s��o apresentados os conceitos prim��rios dos m��todos sem malha e o seu desenvolvimento hist��rico desde sua origem no m��todo smooth particle hydrodynamic at�� o m��todo da parti����o da unidade, sua forma mais abrangente. Dentro deste contexto, foi investigada detalhadamente a forma mais tradicional dos m��todos sem malha: o m��todo de Galerkin sem elementos, e tamb��m um m��todo diferenciado: o m��todo de interpola����o de ponto. Assim, por meio de aplica����es em an��lises de barras e chapas em estado plano de tens��o, s��o apresentadas as caracter��sticas, virtudes e defici��ncias desses m��todos em compara����o aos m��todos tradicionais, como o m��todo dos elementos finitos. �� realizado ainda um estudo em uma importante ��rea de aplica����o dos m��todos sem malha, a mec��nica da fratura, buscando compreender como �� efetuada a representa����o computacional da trinca, com especialidade, por meio dos crit��rios de visibilidade e de difra����o. Utilizando-se esses crit��rios e os conceitos da mec��nica da fratura, �� calculado o fator de intensidade de tens��o atrav��s do conceito da integral J.

Estudo da microcircula����o na hansen��ase usando videomicroscopia (Microscan) e laser-Doppler associado �� iontoforese: um modelo de disautonomia vascular por denerva����o

A hansen��ase �� uma doen��a infecciosa com caracter��sticas ��nicas, dentre elas o fato de atingir intensamente a inerva����o da pele e seus anexos. Entremeando estes anexos, est�� a microcircula����o cut��nea, que a principio tamb��m tem sua inerva����o comprometida. V��rios artigos apontam para altera����es de disautonomiamicrocirculat��ria. O presente estudo se prop��e a avaliar a microcircula����o cut��nea na hansen��ase tubercul��ide. Utilizamos a videomicroscopia de campo escuro (Microscan), a an��lise de Fourier do sinal do laser Doppler para estudo da vasomotricidade e o laser Doppler fluxometria associado �� iontoforese de subst��ncias vasoativas (acetilcolina e nitroprussiato de s��dio) para avalia����o da reatividade vascular. Sete pacientes portadores de hansen��ase tubercul��ide, sem outras co-morbidades que pudessem alterar os par��metros microcirculat��rios, foram avaliados pelos m��todos descritos e seus resultados foram comparados, com controles realizados nos pr��prios pacientes em ��rea contralateral com pele s��. Em rela����o �� vasomotricidade foi observada altera����o estatisticamente significativa entre os grupos, apenas no componente endotelial. Em rela����o �� iontoforese de subst��ncias vasoativas n��o se constatou diferen��as entre as manchas e os controles. No Microscan, observamos as maiores altera����es. Os resultados apresentados sugerem que, provavelmente devido �� altera����o inervat��ria decorrente da hansen��ase tubercul��ide, estes pacientes apresentam uma altera����o quantitativa de vasos e tamb��m da reatividade vascular da microcircula����o cut��nea.

Elementos finitos em fluidos dominados pelo fen��meno de advec����o: um m��todo semi-Lagrangeano.

Os escoamentos altamente convectivos representam um desafio na simula����o pelo m��todo de elementos finitos. Com a solu����o de elementos finitos de Galerkin para escoamentos incompress��veis, a matriz associada ao termo convectivo �� n��o sim��trica, e portanto, a propiedade de aproxima����o ��tima �� perdida. Na pr��tica as solu����es apresentam oscila����es esp��rias. Muitos m��todos foram desenvolvidos com o fim de resolver esse problema. Neste trabalho apresentamos um m��todo semi- Lagrangeano, o qual �� implicitamente um m��todo do tipo upwind, que portanto resolve o problema anterior, e comparamos o desempenho do m��todo na solu����o das equa����es de convec����o-difus��o e Navier-Stokes incompress��vel com o Streamline Upwind Petrov Galerkin (SUPG), um m��todo estabilizador de reconhecido desempenho. No SUPG, as fun����es de forma e de teste s��o tomadas em espa��os diferentes, criando um efeito tal que as oscila����es esp��rias s��o drasticamente atenuadas. O m��todo semi-Lagrangeano �� um m��todo de fator de integra����o, no qual o fator �� um operador de convec����o que se desloca para um sistema de coordenadas m��veis no fluido, mas restabelece o sistema de coordenadas Lagrangeanas depois de cada passo de tempo. Isto prev�� estabilidade e a possibilidade de utilizar passos de tempo maiores.Existem muitos trabalhos na literatura analisando m��todos estabilizadores, mas n��o assim com o m��todo semi-Lagrangeano, o que representa a contribui����o principal deste trabalho: reconhecer as virtudes e as fraquezas do m��todo semi-Lagrangeano em escoamentos dominados pelo fen��meno de convec����o.

Diferencia����o gen��tica do golfinho-de-dentes-rugosos, Steno bredanensis (Cuvier in Lesson, 1828) (Cetartiodactyla: Delphinidae): taxonomia molecular e estrutura populacional

O g��nero Steno pertence �� Ordem Cetartiodactyla, Fam��lia Delphinidae, e compreende apenas uma esp��cie: o golfinho-de-dentes-rugosos, Steno bredanensis. O golfinho-de-dentes-rugosos �� encontrado nos Oceanos Atl��ntico, Pac��fico e ��ndico, em ��guas profundas tropicais, subtropicais e temperadas quentes. Entretanto, em algumas localidades como as regi��es Sudeste e Sul do Brasil, esta esp��cie �� conhecida por apresentar h��bitos costeiros, o que a torna suscet��vel a amea��as antropog��nicas como a degrada����o do h��bitat, as capturas acidentais e diversos tipos de polui����o. Conhecer a magnitude destes impactos e o grau de diferencia����o gen��tica das popula����es usando marcadores moleculares s��o aspectos importantes para a conserva����o da esp��cie. Os marcadores moleculares s��o segmentos espec��ficos de DNA que podem ou n��o fazer parte de um gene e que apresentam grau de polimorfismo adequado para responder quest��es sobre as rela����es gen��ticas de indiv��duos, popula����es ou diferentes esp��cies. O DNA mitocondrial �� um dos marcadores moleculares mais utilizados em estudos sobre estrutura populacional, sistem��tica e filogenia de cet��ceos. Estudos gen��ticos t��m mostrado que v��rias esp��cies de delfin��deos apresentam estrutura populacional gen��tica, entre e dentro das bacias oce��nicas. No presente estudo foi investigada a diferencia����o gen��tica do golfinho-de-dentes-rugosos usando sequ��ncias da regi��o controle mitocondrial de v��rias localidades em todo o mundo (Oceano Pac��fico Centro-Sul: N=59; Pac��fico Tropical Leste: N= 4; Pac��fico Noroeste: N=1; Oceano ��ndico: N=1; Atl��ntico - Caribe: N=3; Atl��ntico Sudoeste: N=44; N total = 112). An��lises preliminares indicaram grande diferencia����o gen��tica entre os Oceanos Atl��ntico e Pac��fico/��ndico (dist��ncia p = 0,031), que foram posteriormente investigadas utilizando sequ��ncias do citocromo b e mitogenomas completos. As an��lises filogen��ticas de Neighbor-Joining e Bayesianas n��o foram conclusivas sobre a exist��ncia de especia����o cr��ptica em Steno. No entanto, a grande diferencia����o entre as bacias oce��nicas merece uma an��lise mais aprofundada, utilizando outros marcadores gen��ticos (por ex., sequ��ncias nucleares) bem como dados morfol��gicos. N��o obstante, as an��lises AMOVA e FST par-a-par revelaram forte diferencia����o populacional, n��o s�� entre os oceanos Atl��ntico e Pac��fico, mas tamb��m no Atl��ntico, onde foram detectadas tr��s popula����es: Caribe, regi��o Sudeste e regi��o Sul do Brasil. As popula����es detectadas no Atl��ntico Sudoeste devem ser aceitas como Unidades de Manejo (Management Units, MU) e dados demogr��ficos b��sicos precisam ser levantados para essas MU, a fim de possibilitar uma melhor avalia����o dos impactos antr��picos sobre elas. Este estudo fornece a primeira perspectiva sobre a diferencia����o gen��tica mundial de S. bredanensis.

O empreendedor e a contribui����o do profissional de contabilidade: uma an��lise emp��rica sobre o processo decis��rio das micro e pequenas empresas

O crescente aumento da atividade empreendedora no pa��s, e por consequ��ncia o aumento do n��mero de organiza����es de micro e pequeno porte, fonte geradora de grande parte dos postos de trabalho no pa��s motivaram este estudo que tem como principal objetivo contribuir para o entendimento do papel do profissional de contabilidade no processo decis��rio das organiza����es, assim como investigar o entendimento dos empreendedores em rela����o �� contribui����o do profissional de contabilidade no processo decis��rio das organiza����es de micro e pequeno porte. Buscou-se tamb��m identificar as ferramentas de controle gerencial utilizadas no processo decis��rio. Para isso foram realizadas entrevistas com dez empreendedores. Atrav��s de um question��rio de pesquisa aplicado, verificou-se que para 9 dos 10 empreendedores entrevistados, os profissionais de contabilidade n��o os auxiliam no processo decis��rio. Para eles a contribui����o dos profissionais de contabilidade se restringe ao c��lculo e gera����o de guias de impostos, assim como prestar assessoria fiscal e trabalhista. A contabilidade como fonte provedora de informa����es confi��veis e seguras n��o �� valorizada pelos empreendedores. Apenas um deles citou a utiliza����o de demonstrativos cont��beis como pr��tica na organiza����o para fins de tomada de decis��o.

Evidencia����o de princ��pios de governan��a nos relat��rios de auditoria elaborados pelo ��rg��o de controle interno da Marinha do Brasil

O controle interno est�� associado ao contexto da governan��a das organiza����es. Na administra����o p��blica brasileira, compete aos Poderes Executivo, Legislativo e Judici��rio a manuten����o de um sistema de controle interno integrado, conforme previsto na Constitui����o Federal. Os aspectos relacionados �� governan��a s��o contemplados na Teoria da Ag��ncia, em que a rela����o entre principal e agente �� marcada pela assimetria de informa����es e pelos conflitos de interesse. O objetivo deste estudo �� investigar a evidencia����o de princ��pios de governan��a nos relat��rios de auditoria elaborados pelo ��rg��o de controle interno da Marinha do Brasil. Trata-se de pesquisa descritiva, documental e ex post facto, conduzida pelo m��todo de estudo de caso no Centro de Controle Interno da Marinha (CCIMAR). Devido �� quantidade de material disponibilizado pelo ��rg��o, o estudo foi limitado �� investiga����o dos relat��rios de auditoria de avalia����o da gest��o de 2012, tendo as unidades auditadas sido previamente selecionadas pelo Tribunal de Contas da Uni��o (TCU). Em 2012, o CCIMAR produziu seis relat��rios de auditoria de avalia����o da gest��o, representando, portanto, a amostra de conveni��ncia desta pesquisa. Para orientar a investiga����o, definiu-se um quadro de refer��ncia contemplando e integrando os princ��pios de governan��a abordados pelos seguintes estudos: Cadbury Committee (1992); Nolan Committee (1995); Minist��rio das Finan��as da Holanda Timmers (2000); IFAC (2001); ANAO (2003); OECD (2004); e IBGC (2009). Os princ��pios finalmente selecionados para investiga����o foram Accountability, Equidade, Integridade e Transpar��ncia, associados, respectivamente, ��s palavras-chave presta����o (��es) de contas / prestar contas, tratamento justo, confiabilidade / fidedignidade das informa����es / dos dados e disponibilidade / divulga����o das informa����es / dos dados, definidas pelos contextos dos significados destacados no quadro de refer��ncia. Sendo assim, os princ��pios e as palavras-chave formaram o referencial de an��lise para investigar os relat��rios de auditoria e receberam tratamento quanti-qualitativo. Ap��s exame das ocorr��ncias dos princ��pios e das palavras-chave nos relat��rios compulsados, os resultados indicaram que: (1) o princ��pio da Accountability estava associado ao cumprimento de prazos e formalidades legais requeridas nos processos de presta����o de contas p��blicas; (2) o princ��pio da Equidade foi evidenciado, essencialmente, na perspectiva interna das unidades auditadas, sendo percebido nas recomenda����es que contemplavam a atua����o mais consistente e efetiva dos respectivos conselhos de gest��o no gerenciamento das organiza����es; (3) o princ��pio da Integridade foi abordado nos relat��rios tanto como atributo pessoal (integridade moral) dos agentes p��blicos, quanto como caracter��stica necess��ria das informa����es reportadas nos documentos emitidos pelos ��rg��os p��blicos; e (4) a Transpar��ncia foi mencionada como o princ��pio que proporciona a diminui����o da assimetria informacional entre os stakeholders, permitindo que tenham acesso ��s informa����es relevantes, tais como a aplica����o dos recursos p��blicos destinados ��s organiza����es da Marinha do Brasil.

Estudo da economicidade na despesa de custeio referente ao or��amento de 2012 na Marinha do Brasil

As constantes den��ncias de superfaturamento nas compras do governo, o excesso de burocratiza����o nos procedimentos licitat��rios, entre outras motiva����es, fazem com que a qualidade do gasto p��blico seja cada vez mais discutida e questionada. Pesquisas acad��micas analisam os princ��pios da efici��ncia, da efic��cia, da efetividade e da economicidade na gest��o p��blica e mostram que o processo de compra p��blica �� ineficiente. E �� neste contexto, que esta disserta����o teve como objetivo avaliar o cumprimento do princ��pio da economicidade nas licita����es ocorridas em 2012 na Marinha do Brasil, para a realiza����o de suas despesas de custeio. Para isto, foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva e com a utiliza����o do m��todo quanti-qualitativo. O universo da pesquisa �� constitu��do de todas as 2.192 Ordens de Compras emitidas pelo Centro de Obten����o da Marinha no Rio de Janeiro (COMRJ), no exerc��cio de 2012 e de todas as empresas cadastradas no Sistema Integrado de Administra����o de Servi��os Gerais (SIASG) que tenha participado de algum processo licitat��rio nos anos de 2011, 2012 ou 2013. Os resultados obtidos evidenciaram que a Marinha do Brasil conseguiu, nas suas aquisi����es de 2012, selecionar a proposta mais vantajosa, cumprindo assim o princ��pio constitucional da economicidade. Os resultados tamb��m sugerem que, mesmo a Marinha do Brasil tendo conseguido ser econ��mica nas suas aquisi����es, os fatores de custos apresentados na pesquisa, se melhor estudado e trabalhado, podem possibilitar uma redu����o ainda maior nos pre��os dos produtos adquiridos.