1000 resultados para palavras e coisas
Resumo:
Na peça BN Esp E3/39-23 (o prefixo remete para o espólio de Fernando Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa; deixarei de o usar em todas as referências às cotas), em texto que põe problemas à fixação de que agora não curaremos, datado, ou ao menos datável, de 1912, Pessoa escreveu assim: Sombr/o a tinta preta\. Explico, para o que descodificarei os símbolos usados na Edição Crítica de Femando Pessoa: depois de uma primeira campanha, em que escreveu Sombra, no caso a tinta vermelha. Pessoa, agora a tinta preta, sobrepôs ao a um o. (Admito, mas não interessa isso agora, que a operação fosse induzida por um acrescento, esse a lápis roxo, havido num verso anterior que estava lacunar.) A sobreposição não parece ser mera melhoria de caligrafia, que redefinisse o desenho de letra mal saída à primeira, um o falhado em a que fosse preciso vincar de novo no devido o, ou, por outras palavras, não se trata de retoque de grafética, mas mudança de ordem grafémica. É sem dúvida uma sombra que o poeta quis transformar em sotiho (como o verso todo é Com os olhos de [...] fito o Mundo, estão afastadas as formas, em outra situação alegáveis, sonha, para a primeira campanha, ou, para a segunda campanha, sombra).
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Certas dermatoses, pertencentes ao grupo das síndromes paraneoplásicas mucocutâneas, podem ser o prenúncio de uma neoplasia previamente não conhecida. Tanto a síndrome de Sweet como a policondrite recidivante incluem-se neste grupo. A síndrome de Sweet e a PR são raramente encontradas em um mesmo paciente. A presença de policondrite recidivante e síndrome de Sweet em um mesmo paciente tem se revelado mais frequente em pacientes com neoplasias associadas, sobretudo hematológicas. Relata-se o caso de paciente do sexo masculino, 79 anos, com síndrome de Sweet e policondrite recidivante, em quem, subsequentemente, foi diagnosticada uma síndrome mielodisplásica. Palavras-chave: Policondrite recidivante; Síndrome de Sweet; Síndromes paraneoplásicas
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Objectivo: A síndrome de bexiga hiperactiva é um problema crescente. Reconhece-se agora que tem um impacto bastante relevante na qualidade de vida dos doentes, que se agrava com a idade. Os custos para a comunidade não são e mais ainda, não serão negligenciáveis no futuro. Material e Métodos: Foi realizada uma pesquisa numa base de dados de publicações médicas (Pubmed, Medline), limitada aos últimos 10 anos e com as palavras-chave: “overactive bladder” e “costs”. Todas as publicações que cumpriam os critérios desta pesquisa foram contabilizadas, tendo-se registado as suas conclusões, com vista ao cálculo dos custos presumíveis no futuro, relativos à bexiga hiperactiva e aos seus efeitos secundários estudados nestes últimos anos. Resultados: Foram seleccionados 109 artigos, 31 dos quais, artigos de revisão. É interessante verificar que apenas um foi encontrado com data anterior ao ano 2000. Foram identificados vários efeitos secundários associados à bexiga hiperactiva, que se somam aos custos directamente relacionados com esta situação. Conclusões: Este problema é objecto de estudo desde há pouco tempo. O número crescente de publicações reflecte uma maior consciencialização da parte dos profissionais de saúde. Os custos associados ao tratamento da bexiga hiperactiva bem como os custos associados ao tratamento das complicações associadas sugerem a necessidade urgente de considerar melhores políticas de tratamento.
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Objetivos: Avaliar os benefícios e morbilidade da linfadenectomia (LND) como componente integral da nefrectomia radical. Material e Métodos: Efetuámos uma pesquisa bibliográfica exaustiva com recurso a vários motores de busca informática, incluindo MEDLINE, PUBMED, GOOGLE SEARCH e AUA MEDSEARCH, correspondendo o período de análise aos últimos 30 anos, entre 1980 e 2010, e utilizando como palavras-chave, exclusivamente em terminologia anglosaxónica, as seguintes: lymph node dissection, lymphadenectomy, renal cell carcinoma, renal tumor, kidneyneoplasms, radical nephrectomy, staging e prognosis. Para uma validação rigorosa das publicações relevantes, utilizámos a Tabela de Níveis de Evidência e Graus de Recomendação de Oxford publicada em Março de 2009. Com base nestas informações, tentámos analisar em detalhe o papel da linfadenectomia no tratamento do carcinoma de células renais e o seu impacto em termos prognósticos. Resultados: Em mais de 150 artigos, considerados pelos autores como relevantes e bem estruturados, apenas 1 era um estudo prospetivo e aleatorizado (Nível de Evidência 1/Grau de Recomendação A). Neste estudo de 772 doentes N0 M0, a taxa de LND positiva foi de 4,0% em status ganglionar clinicamente negativo, não tendo havido qualquer vantagem na sobrevivência e, por isso, não foi recomendada por rotina. Embora a informação obtida da maioria dos estudos seja contraditória, vários estudos retrospetivos recomendam a LND como potencialmente benéfica em casos selecionados de tumor agressivo e em contexto de nefrectomia citorredutora seguida de terapêutica adjuvante,realçando alguns autores a remoção total, sempre que possível, de quaisquer adenopatias palpáveis. Conclusão: A LND não está recomendada, por rotina, em tumores renais com gânglios linfáticos clinicamente negativos. Terá algum benefício potencial em casos selecionados de tumor agressivo e em contexto de cirurgia citorredutora seguida de terapêutica adjuvante, incentivando-se nestas situações a remoção total, se possível, das adenopatias palpáveis. Consequentemente, o tipo de LND deverá ser individualizada e dependente do estadio/extensão da doença neoplásica. Será, provavelmente, útil em futuros protocolos de terapêutica adjuvante desde que associados a inquestionável melhoria da sobrevivência.
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Trabalho de projecto apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de mestre em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica
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Nas vésperas dos milênios todas as retrospectivas são legítimas, da mesma forma que a futurologia cria adeptos.Vive-se um tempo verdadeiramente intermédio, entre um certo passado mitificado e um futuro imaginário, mais ou menos aterrorizador, desvalorizando afinal o "nosso tempo" - aquele de que deverá nascer o real futuro, para o bem e para o mal. E com isto pretende-se apenas dizer duas coisas muito simples: 1ª questão: em todos os tempos houve quem imaginasse, desenhasse e implementasse o futuro - um futuro que, afinal, é o nosso passado; 2ª questão, decorrente da anterior: todos os dias estamos a estabelecer os alicerces do futuro, a criar (ou a negar) as condições para um evoluir, para um acertar de agulhas, para um ajuste entre instituições e sociedade, numa tendencial aproximação ao futuro, seja ele constmído em espiral, como querem algumas escolas, ou revele retrocessos, como o nosso próprio século mostrou que podem existir. Porque a história é uma ciência complexa, poderemos fixar uns tantos pontos de partida, isto é, deveremos estabelecer rigores metodológicos que balizem o nosso trabalho
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No final do livro VI das suas Histórias, Políbio afirma: "Quase nem é preciso dizer que a destruição e a mudança afectam todas as coisas existentes: na verdade, a lei da natureza é suficiente para estabelecer uma tal convicção; mas, dos dois modos existentes pelos quais se verifica que todo o gênero de constituição se destrói - um externo, outro que existe nos próprios estados - acontece que o externo tem uma explicação incerta, enquanto a do outro é determinada a partir deles."' Começo com esta afirmação somente porque ela confirma aquilo que o historiador já tentara demonstrar no início do livro - a efemeridade e a decadência de cada um dos tipos de constitiiição. De facto, o livro VI das Histórias de Políbio inicia-se por uma descrição dos diversos tipos de constitiiição^. Gostaria, contudo, de fazer um parêntesis relativamente ao termo usualmente fraduzido por 'constituição': estamos a falar do vocábulo TCoA-ixeDa, cujo sentido, em grego, é mais amplo do que o do nosso vocábulo constimição. Na verdade, se o termo grego pode significar 'constituição', nomeadamente por oposição à monarquia e à tirania, indica também a situação, a vida, do cidadão, bem como o conjunto de cidadãos. Do mesmo modo, o vocábulo Tío}S\xz\)\xa, que Políbio usa freqüentemente como sinônimo de nokví^a, para além do sentido de 'govemo', 'repúbUca', 'regime', pode assumir também o de 'comunidade'. Dado, contudo, fratar-se de uma fradução comum, optei por usar 'constituição' sem mais.
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No princípio, porque de um escritor se frata, devia estar o verbo. Lamento dizê-lo, mas no meu caso está a imagem: José Cardoso Pires, vestido casualmente, casacão grosso, cigarro pensativo, pela praia despida. Isto foi, salvo erro, por ocasião do lançamento de Balada da Praia dos Cães, em 1982. Na altura, ainda não era muito um cUchê, esta imagem do escritor, não em Portugal, pelo menos. O escritor solitário, fumegante, maciço, caminhando pelo areai desolado, o horizonte recortado a preto e branco, preto no branco, ao fundo e em fundo. A imagem ainda não estava gasta pelo uso, e Cardoso Pires encamava-a à perfeição. O lobo soUtário, lutando com as palavras, fazendo longos passeios - solitários, pois então - por uma praia invemil. O tempo, a época do ano é aqui fundamental: se fosse no verão, a fotografia seria um fiasco: a roupa inapropriada, e a areia branca estaria decerto pejada de corpos adolescentes, namorando o bronze. A praia só é do escritor quando enfregue a si própria.
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Cognição e Linguagem são importantes em Geografia, desde as origens, perante a pertinente interrogação sobre a superfície da Terra e a localização relativa, suscitando uma linguagem por palavras ou descrições escritas e mapas esboçados, como linguagem específica da Geografia acerca das configurações da superfície terrestre. Cognição e Linguagem expressa por palavras e mapas suscitaram controvérsia que foi acentuada pela Revolução Copemiana. Com a Renascença, as idéias de Humanismo e Utopia infiuenciaram a configuração de mapas sobre espaços e territórios, em que se sobrepunha a linguagem e representação num só plano sem diferenciações de distâncias e contrastes. Ao mesmo tempo, alargava-se o conhecimento sobre o Mundo, assim como a representação e linguagem pelos portulanos e mapas, até que no século XVII o périplo mun-, dial foi completado.
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Nestes Encontros Interdisciplinares, subordinados ao tema "Cognição e Linguagem", pareceu-me oportuno pensar a noção que representa um ideal, perseguido e talvez nunca atingido, para todo o nosso conhecimento e sua expressão: a evidência, ou a doação total e absoluta daquilo que se nos apresenta. Evidência significa luminosidade, transparência, imediatez, visão intuitiva, e conota certeza, convicção, crença inabalável. Apercebemo-nos com evidência do mundo das coisas que estão à nossa disponibilidade, que se nos dão a si mesmas; apercebemo-nos com mais evidência ainda de nós próprios, da nossa interioridade, da experiência íntima. Só na auto-percepção se dá a idenddade e imediatez absolutas, sem intervenção de nenhum outro factor que não seja o próprio cogito na apreensão instantânea de si mesmo. Esta auto-consciência que nos ilumina por dentro tem a forma de uma presença e de uma doação de si a si mesmo.
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Este estudo apresenta uma comparação entre as experiências de famílias de acolhimento de Portugal e Espanha, avaliando-se a sua satisfação com a informação recebida antes do acolhimento; a preparação da criança para o acolhimento; os apoios técnico e fi nanceiro; e a evolução do processo de acolhimento. Pretende-se contribuir para melhorar e promover a medida de acolhimento familiar nos dois países. Os processos de acolhimento familiar dependem de fatores históricos e culturais que produzem diferenças importantes nos diversos contextos internacionais. Assim, foram realizadas entrevistas em duas amostras aleatórias constituídas por 52 famílias de acolhimento em Portugal e 46 na Espanha, cujos resultados foram comparados através de testes estatísticos paramétricos e não paramétricos. Os acolhedores, em ambos os países, mostraram um elevado grau de satisfação com o processo de acolhimento. No entanto, em Portugal, existe maior preocupação com o fraco apoio fi nanceiro, as informações não fornecidas pelos serviços de acolhimento ou a má preparação da criança para o acolhimento. Por fi m, são apresentadas sugestões para a melhoria da gestão e implementação desta resposta social. Palavras-chave: Bem-estar da criança, acolhimento familiar, satisfação dos acolhedores, estudo comparativo.
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Introdução: O mutismo selectivo (MS) é um distúrbio da comunicação, caracterizado por incapacidade persistente em falar em situações sociais específicas apesar do discurso fluente ser possível noutras circunstâncias. A prevalência estimada é de 0,7 a 2%, sendo habitualmente identificado entre os 6-8 anos de idade. É ligeiramente mais frequente no sexo feminino (ratio feminino:masculino 1,2:1). A duração varia de alguns meses até vários anos, embora na maioria dos casos se observe remissão da sintomatologia de forma espontânea. Apesar desta aparente remissão, podem persistir quadros de ansiedade e de fobia social, além de alterações permanentes nos hábitos de conversação. A escola é o local onde mais frequentemente são manifestados os sintomas de MS, por oposição ao contexto familiar, onde os sintomas são menos evidentes. Métodos: Pesquisadas palavras-chave “mutismo selectivo” e “mutismo electivo” na PubMed. Foram seleccionados os artigos considerados relevantes e artigos de revisão publicados desde 2001. Resultados/Conclusões: Observaram-se alterações significativas na conceptualização do MS nos últimos anos, descrito como entidade clinicamente heterogénea e para cuja etiologia contribuem inúmeras variáveis. É possível que vulnerabilidades do neurodesenvolvimento predisponham ao MS, expresso em contexto de padrões de interacção desajustados. Outcomes a longo prazo são ainda incertos e a literatura sugere que estas crianças apresentam risco de desenvolvimento de perturbações fóbicas na idade adulta. Como abordagens terapêuticas mais comuns e estudadas permanecem a terapia individual e familiar, intervenções escolares e farmacológicas. Mais estudos são necessários para compreensão dos factores de vulnerabilidade.
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Objetivo: O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade. Carateriza-se pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e na comunicação, por um repertório de atividades e interesses marcadamente restritos, por dificuldades de flexibilidade de pensamento e de comportamento, que se exibem em comportamentos estereotipados e rígidos, associados a dificuldades na aceitação de alterações de rotinas. Dentro da grande variação possível na severidade do autismo, encontram-se crianças sem linguagem verbal e com dificuldades na comunicação por qualquer outra via, assim como se encontram crianças que apresentam linguagem verbal com um vocabulário restrito, repetitivo e não comunicativo. O objetivo principal deste trabalho é analisar e potenciar o desenvolvimento da linguagem, a aquisição de palavras e frases na criança autista, tendo em vista a generalização dos resultados. Para isso, foi realizado um estudo de caso de uma criança de 4 anos de idade com comportamentos que sugerem uma Perturbação Pervasiva do Desenvolvimento. Utilizou-se o recurso aos instrumentos de observação e entrevistas, procedendo-se à sua análise e ao desenho da intervenção a realizar. Foi implementada a intervenção “Ensinar crianças com autismo a fazer perguntas sobre objetos escondidos” na qual são utilizados brinquedos de interesse para a criança, motivacionais para a concretização do objetivo do estudo.
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Numa era de globalização, de desenvolvimento tecnológico exponencial e de consumismo exacerbado, a publicidade conquistou o quotidiano das sociedades modernas e seduziu, também, as nossas crianças. Subjacente ao paradigma de que o comportamento humano dá respostas favoráveis a estímulos adequados e apresentados com oportunidade e habilidade (Caetano et al., 2011), colocamos a hipótese de utilização didática de anúncios publicitários na aula de Inglês para o desenvolvimento de competências comunicativas. Este projeto assentou no aproveitamento do potencial que a publicidade oferece, tendo em conta, por um lado, a envolvência sedutora que a torna um meio privilegiado para captar a atenção e veicular informação e, por outro, a prevalência de palavras em Inglês que nela se observa. O estudo, de natureza qualitativa, é o resultado de uma investigação-ação, na qual adotamos uma metodologia baseada num modelo descritivo e interpretativo, através de métodos qualitativos de recolha de dados e análise de informação, que teve como participantes crianças do 4.º ano de escolaridade. Desenvolvemos questionários, como instrumentos de recolha de dados, aplicados a professores e alunos. Construímos, igualmente, guiões de atividades com sugestões de exploração da publicidade no ensino da língua. Comprovamos que a publicidade, aliada ao Inglês, pode ser um valioso recurso no desenvolvimento e aprendizagem das crianças, pois é um material autêntico, motivador, atrai a atenção, possibilita o contacto com situações reais, envolve linguagem verbal e não-verbal e permite a exploração de diferentes temas, o que contribui, certamente, para a compreensão intercultural, a mobilização de saberes e o desenvolvimento do espírito crítico.
Resumo:
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Informática