946 resultados para Etnografia de contextos educativos
Resumo:
Os movimentos feministas e LGBT no contexto mundial, latino-americano e brasileiro, assim como as perspectivas teórico-políticas pós-estruturalistas, têm questionado profundamente a família entendida sob os parâmetros da modernidade. Diante disso, são grandes os avanços no que tange aos direitos que garantem a proteção e estabilidade de famílias compostas por mães lésbicas, seja solteiras ou em casal, o que tem promovido que as filhas dessas famílias se desenvolvam em ambientes com mais referências jurídicas, midiáticas, educativas e inclusive religiosas sobre o reconhecimento de suas realidades familiares. Esse novo contexto, contudo, não as eximiu ainda de um constante confronto com os valores hegemônicos associados a gênero, família e sexualidade. A partir de um diálogo metodológico entre a cartografia e a etnografia, em convivência intensa com filhas de famílias homoparentais de diversas gerações e contextos, observam-se as negociações que se estabelecem com diferentes grupos sociais e no interior das próprias famílias, onde se criam campos de tensão na produção de subjetividades.
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Homenaje a Ignacio Barandiarán Maestu / coord. por Javier Fernández Eraso, Juan Santos Yanguas.
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Esta pesquisa parte da Carta das Cidades Educadoras para avaliar como o espaço urbano das periferias pode também ser usado como espaço para a educação e construção crítica dos alunos para não se configurar, no imaginário construído, apenas como espaços de exclusão e violência. O estudo aborda duas iniciativas no estado do Rio de Janeiro como paradigma: uma, anterior ao conceito de? Cidades Educadoras?, os Centros Integrados de Educação Pública, e outra, posterior e atual, o PEU Bairro-Escola de Nova Iguaçu. Os CIEPs foram utilizados como paradigma arquitetônico, principalmente por terem sido espaços diretamente pensados para o Programa Político Pedagógico da época e também por terem, ao longo de todos esses anos após sua criação, passado por sérias modificações em seu estado físico e em seu PPP, o que possibilitou uma reavaliação de sua posição como equipamento educacional e cultural. O PEU Bairro-Escola, e seus respectivos projetos, em aplicação no município de Nova Iguaçu, revelam uma iniciativa pública de reestruturação e requalificação urbanística de periferia, avaliando a relação ensino-aprendizagem dos discentes, dentro e fora dos edifícios escolares, procurando elencar os principais novos territórios onde estão acontecendo as ações educativas nas periferias.
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Um primeiro objetivo desse estudo foi apresentar uma revisão sobre o que a literatura científica atual fala acerca da bateria de inteligência WISC-III. Os referenciais teóricos que embasam a construção dos testes de inteligência, tais como o modelo de Cattell- Horn Caroll e abordagens mais recentes foram explicitados. A partir das concepções de inteligência fluída (Gf) e cristalizada (Gc), buscou-se um dialógo com pressupostos básicos da psicologia evolucionista do desenvolvimento, considerando os planos de análise ontogenético e filogenético. Foram apresentados aspectos culturais que influenciam desenvolvimento do nosso percurso cognitivo. Teoricamente discutiu-se sobre as causas culturais que embasam o efeito Flynn, efeito de defasagem de escalas, buscando evidencias se nos subtestes da Escala Verbal da bateria WISC-III, adaptada ao contexto brasileiro, existiu sua incidência. Um segundo objetivo deste estudo foi identificar se haveria correlação entre variáveis tais como o uso de tecnologias, o acesso a mídias pelas crianças, práticas de criação e nos resultados obtidos em subtestes da escala WISC-III em crianças de 6 a 11 anos que residem no Rio de Janeiro. Participaram do estudo 25 crianças e seus respectivos responsáveis. Os resultados indicaram que aspectos do cuidado parental e maior acesso a recursos tecnológicos correlacionaram-se com os índices de QI na escala verbal da bateria WISC-III, sugerindo uma indissociável relação entre cultura e inteligência. Acredita-se que tais exposições podem contribuir para ampliar a compreensão da interpretação dos escores fornecidos pela escala WISC-III adaptada ao contexto brasileiro.
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O universo que envolve os adolescentes em conflito com a lei tem sido bastante explorado nas mais diversas áreas das ciências humanas: procura-se descobrir as causas do aprisionamento dos adolescentes, da criminalidade, da criminalização ou o perfil da população que povoa as instituições destinadas à execução das medidas socioeducativas. Com esta tese, procurou-se estabelecer um diálogo com estes trabalhos, por meio da sistematização dos mundos (cf. Boltanski e Thévenot, 1991) observados em duas unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) responsáveis pela aplicação das medidas de internação e semiliberdade às meninas acusadas de infringirem leis: o Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (CRIAAD) de Ricardo de Albuquerque e o Educandário Santos Dumont, ambos na cidade do Rio de Janeiro. Intentou-se conhecer como agentes, técnicos e adolescentes organizam e justificam suas experiências, como hierarquizam as coisas e as pessoas e como qualificam os seres humanos e não humanos. A pesquisa empírica realizada para esta tese nos leva a perceber que há uma pluralidade de situações, de formas de ajustamento e investimento pelas quais passam as adolescentes, constatando que algumas delas são contraditórias e questionam constantemente as personalidades, potencialidades e tendências a elas atribuídas. Verifica-se que as adolescentes estão sob contínua provação atendendo aos mais diversos critérios de legitimidade, mantidos seja pelos técnicos seja pelos agentes seja pelas próprias adolescentes durante o tempo que duram suas medidas socioeducativas.
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A partir de um estudo etnográfico, pretendemos investigar as representações sobre a gravidez e a maternidade em mulheres que são mães durante o cumprimento da pena na Penitenciária Talavera Bruce, no Rio de Janeiro. Estas mães, que convivem com seus filhos durante seis meses, têm os vínculos interrompidos após o período de amamentação. Todavia, os presídios não são designados para propiciar o vínculo familiar, pois, se pensarmos as prisões como instituições cujas práticas ocorrem à margem da lei e, mais do que isso, que geram atributos estigmatizantes aos sentenciados, é evidente que a presença dessas crianças produz um conflito entre o direito das mesmas ao convívio familiar e as funções punitivas das prisões.
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O presente trabalho se insere nos estudos de diversidade sexual e de gênero na sua relação com a implementação do Programa Rio sem Homofobia como parte do processo de cidadanização de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no contexto Fluminense. O Programa instituiu a fundação de Centros de Cidadania LGBT (CC) que contam com profissionais para atenderem essas pessoas. O trabalho de campo teve por objetivo principal a observação da interação entre profissionais e usuário (as) nos atendimentos e acompanhamentos realizados nestes locais. Através desta observação, buscou-se compreender os processos pelos quais se constroem demandas a serem encaminhadas para outros serviços. Inspirada em reflexões pós-estruturalistas e pós-colonialistas, tentou-se refletir sobre o processo de cidadanização LGBT e processos sociais globais, em que o Estado brasileiro aparece como ator-chave na formulação de políticas identitárias, ou "focalistas", o que para muitos profissionais no campo das políticas sociais torna-se o foco de um intenso debate. Observou-se a interação entre profissionais e usuário (as) a partir de conceituações de Strauss (1997) sobre identidade como sendo construídas no decorrer da interação. Ao longo do trabalho apresentam-se os casos emblemáticos em que há uma perturbação na interação e em seu status, como uma forma de ruído na comunicação entre os envolvidos no atendimento.
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Este trabalho é um estudo sociológico sobre o dia a dia de um grupo de indivíduos envolvidos na e pela realização conjunta e simultânea de um processo coletivo de produção, isto é, pela coordenação de ações a um só tempo com vistas a um objetivo coletivo comum. Quando se entende o coral da Escola JXa como uma equipe goffmaniana, este objetivo coletivo comum passa a ser a manutenção de uma impressão diante de um público através da produção musical. Assim, busca-se descrever aqui como os integrantes daquele coral conjugavam seus esforços para parecerem músicos apresentando músicas para uma audiência. Necessariamente, isso implica na mobilização proficiente de parâmetros culturais já estabelecidos como musicais em determinada sociedade. Deste modo, para que aquela equipe pudesse almejar a manutenção de uma impressão, seus integrantes precisariam ter aprendido a entender e a reproduzir convenções musicais. Daí a importância para a análise de se considerar a longa duração de um campo bourdieusiano. No caso do coral da Escola JXa, as convenções de produção musical eram sintetizadas pela formação SATBar, através da qual se dividia funcionalmente o coral em quatro tipos de cantores − soprano, contralto, tenor e barítono. Além desta categorização, de origem europeia e renascentista, a presença de uma regente e de um conjunto de instrumentistas também se apresentava como condicionamento histórico da produção musical daquela equipe. Assim, tenta-se entender como se construíam identidades individuais − de músicos - e coletiva − de um coral − através da atualização situacional de um cânone secular. Além disso, busca-se caracterizar as dinâmicas entre o dia a dia daquele coral e instituições macrossociais mais amplas - como a classificação heteronormativa dos gêneros −, mediadas pelas convenções musicais. Finalmente, descreve-se como se manifestava o imperativo categórico situacional dos integrantes do coral − manter-se leal à manutenção da identidade da equipe − imediatamente antes, durante e imediatamente depois das apresentações em público.
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Las plantas integran interacciones con múltiples especies mutualistas y antagonistas. Recientemente, se ha comenzado a considerar a los microorganismos simbiontes y en particular a hongos endofitos como moduladores de otras interacciones y, en consecuencia, de la estructura y el funcionamiento de las comunidades. El objetivo de esta tesis fue evaluar los efectos de la simbiosis entre pastos y hongos endofitos asexuales (Neotyphodium spp., Clavicipitaceae) sobre las comunidades del suelo y las relaciones de retroalimentación planta-suelo. Se postuló que la simbiosis Lolium multiflorum-N. occultans modifica la estructura de las comunidades aéreas a través de cambios en el suelo, y que estos efectos pueden variar con el contexto ecológico. Se realizaron ocho experimentos (en mesocosmos y a campo) en los que se manipuló la proporción de plantas con endofitos bajo distintas condiciones ambientales generadas por el pastoreo o la historia de uso. La presencia de la simbiosis redujo las tasas de descomposición y modificó la estructura de las redes tróficas del suelo, probablemente a través de la actividad radicular de la planta hospedante. La simbiosis generó respuestas de retroalimentación negativa sobre otras especies herbáceas, mejoró la capacidad invasora de L. multiflorum, aumentó la riqueza de especies vegetales y redujo la cobertura de pastos nativos y exóticos. Sin embargo, estos efectos sobre las comunidades aéreas y subterráneas fueron evidentes solo bajo ciertas condiciones dadas por el pastoreo y la historia de uso del suelo. Las interacciones múltiples que establecen las plantas y la historia del ambiente deberían ser consideradas en los modelos que describen los mecanismos que determinan la estructura y el funcionamiento de las comunidades. Esta tesis sostiene que la simbiosis pasto-endofito es más que un mutualismo defensivo ya que modula interacciones múltiples entre componentes aéreos y subterráneos e influye sobre la invasión y el ensamble de las comunidades
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Este documento se elabora a partir de una revisión inicial de literatura donde se analizaron los Lineamientos Curriculares, los Estándares Básicos de Competencia y algunos estudios e investigaciones en el campo de la variación y la trigonometría. Desde los elementos teóricos observados en la literatura se hizo indispensable un análisis de algunos libros de texto frente al tipo de ejercicios que se proponía para abordar la trigonometría plana; de este análisis surgió la necesidad de diseñar propuestas alternativas en las cuales se haga hincapié en la visualización de relaciones funcionales entre los ángulos y los lados de un triángulo; de este modo, se espera aportar elementos para superar la idea de que las relaciones trigonométricas son “fórmulas” para calcular datos fijos y desconocidos de un triángulo.
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En el programa de licenciatura en Matemáticas de la Universidad Pedagógica Nacional, se realiza una práctica educativa denominada: “práctica en aula”, en la cual los profesores en formación realizan propuestas para la enseñanza y aprendizaje de contenidos matemáticos. En este trabajo se presenta de manera general el desarrollo de una propuesta de enseñanza y aprendizaje de las concepciones de la Probabilidad en grado undécimo del Instituto Pedagógico Nacional en la ciudad de Bogotá. Esta propuesta generó incentivo para ahondar en el estudio de las concepciones de la probabilidad de estudiantes de secundaria con el fin de iniciar la validación de actividades para este tema como aporte a un currículo específico.
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Los números usualmente se han trabajado, tanto en los cursos de Primaria como en Secundaria, como instrumentos para realizar actividades en el aula sin tener en cuenta, en muchos casos, que se encuentran en el entorno y se utilizan usualmente en la vida cotidiana. Por ello se presentarán actividades extraídas de situaciones reales en que los números estén en contextos cotidianos que potencien la discusión, la toma de decisiones y que establezcan un enlace entre los centros educativos y el entorno. De esa manera se pretende reflexionar sobre el concepto de número en la práctica educativa diaria con la esperanza de que se considere un instrumento que facilite a los estudiantes vivir en su propio entorno y les ayude a desarrollarse como ciudadanos.
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En el escrito se presentan algunos resultados obtenidos en un trabajo de investigación enmarcado en la teoría socioepistemológica. Particularmente se discute un análisis de los aprendizajes matemáticos asociados a la noción de función como relación entre variables, en jóvenes de bachillerato desde una perspectiva contextual del conocimiento. Se infiere que el contexto guarda estrecha relación con las formas en que estudiantes movilizan su matemática y su pensar, por lo que el aprendizaje se caracteriza como un proceso relacional epistémico contextual.
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En este trabajo presentamos una caracterización del currículo matemático de nivel medio en el Estado de Yucatán, en tanto su estructura y la orientación de sus componentes con el fin de dar indicios sobre la planificación, qué matemáticas estudiar y cómo hacerlo. Este estudio se basó, entonces, en un análisis de su evolución y de la identificación de las incongruencias e inconsistencias, en cuanto a aspectos como organización y estructura que se plantean en los planes y programas de matemáticas de bachillerato.
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La periodicidad como propiedad es identificada de manera natural por los individuos y resulta habitual el uso de los significados creados de forma compartida y que éstos se trasladen en contextos diferentes en donde son aplicados. Los resultados obtenidos en investigaciones como Buendía (2004, 2005a) y Alcaraz (2005) aportan no sólo elementos de corte cognitivo, sino herramientas que fungen como argumentos válidos en el reconocimiento de la naturaleza periódica. Lo periódico puede conformar todo un lenguaje, abarcando los ámbitos culturales, históricos e institucionales y procurándole un carácter útil al conocimiento matemático. La unidad de análisis es el elemento que tiende un puente entre un tratamiento empírico de la periodicidad y uno científico (Montiel, 2005), lo cual favorece una construcción significativa del conocimiento matemático. Nuestro marco teórico es la aproximación socioepistemológica la cual centra su atención en el examen de las prácticas sociales, entendidas como las acciones o actividades realizadas intencionalmente con un objetivo de transformación y con ayuda de herramientas que favorecen la construcción del conocimiento matemático, incluso antes que estudiar a los conocimientos mismos.