1000 resultados para Circulação de sementes e propágulos
Resumo:
Ormosia arborea (Vell.) Harms e Ormosia fastigiata Tul. são espécies similares em muitos caracteres morfológicos, o que resulta em dificuldade na sua identificação, tanto em campo quanto em material herborizado. Neste estudo foram descritas as características morfológicas das sementes e morfoanatômicas das plântulas e plantas jovens de O. arborea e O. fastigiata, coletadas em restinga e em mata ciliar, respectivamente. Sementes e plântulas foram processadas segundo técnicas usuais. As sementes de O. arborea são mais pesadas e têm germinação hipógea criptocotiledonar. O caule contém tricomas tectores esparsos e grande quantidade de lenticelas e, na raiz, nodulações. A folha apresenta parênquima paliçádico de células mais curtas, com base mais larga e presença de pigmentos vacuolares, espaços intercelulares conspícuos no parênquima esponjoso, tricomas tectores restritos à nervura principal e células epidérmicas da face adaxial maiores que as da face abaxial. A germinação de O. fastigiata é fanerocotiledonar, e a plântula possui muitos tricomas ao longo do caule e lenticelas restritas à região basal deste. As folhas apresentam tricomas tectores em todas as nervuras, com parênquima paliçádico de células tipicamente alongadas e parênquima esponjoso com espaços intercelulares reduzidos. Tais características são consistentes para separar as plântulas e sementes dessas espécies, que têm a mesma denominação popular e contribuem com informações úteis para o meio produtivo.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar diferenças genéticas entre três grupos de matrizes de Cedrela fissilis a partir de variáveis quantitativas juvenis em teste de progênies, para delinear zonas de coleta e uso de sementes da espécie na região de estudo, bem como avaliar a variabilidade genética do material amostrado. Instalou-se um teste de progênies, em viveiro, a partir de sementes de 48 matrizes amostradas nos Municípios de Rio Negrinho, Mafra e São Bento do Sul, no Estado de Santa Catarina; e em Lapa, Rio Negro, Campo do Tenente e Antonio Olinto, no Estado do Paraná. Das matrizes coletadas, 33 encontravam-se distribuídas em três grupos espaciais e 15 dispersas na região. O delineamento em blocos casualizados com oito repetições e 20 plantas por parcela foi empregado. Os dados avaliados incluíram: índice de velocidade de emergência, diâmetro do colo e altura das mudas (aos 61, 102 e 145 dias após a semeadura); sobrevivência, número de folhas por muda, massa seca da parte aérea e da raiz e área foliar da terceira folha totalmente expandida a contar do ápice. A metodologia de máxima verossimilhança restrita foi utilizada para a análise estatística, com o auxílio do software SELEGEN. Verificou-se que os caracteres juvenis apresentam elevado controle genético, podendo ser utilizados para avaliação da variabilidade genética de amostras de populações da espécie. Os três grupos de matrizes delimitados espacialmente não apresentam diferenças genéticas significativas, sendo possível inferir que as três áreas pertencem a uma mesma zona de coleta e uso de sementes
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Estudos que visam ao conhecimento da morfologia de sementes e plântulas contribuem para a identificação das espécies, facilitando o reconhecimento das fases iniciais do seu desenvolvimento. Assim, os objetivos deste trabalho foram caracterizar morfologicamente as estruturas externa e interna dos frutos e das sementes de Sideroxylon obtusifolium (Roem. e Schult.) Penn., além de descrever e ilustrar a morfologia externa da plântula. Para a descrição dos frutos foram observados detalhes externos e internos do pericarpo, referentes a textura, consistência, cor, pilosidade, brilho, forma, número de sementes por fruto e deiscência. Foram analisadas as seguintes variáveis externas das sementes: dimensões, cor, textura, consistência, forma e posição do hilo e da micrópila; e as internas: presença ou ausência de endosperma, tipo, forma, cor, posição dos cotilédones, eixo-hipocótilo-radícula e plúmula. A germinação foi considerada desde o intumescimento da semente até a emissão dos protófilos, sendo a plântula considerada estabelecida quando os protófilos já estavam totalmente expandidos. Os frutos de S. obtusifolium são dos tipos bacoide, globoso ou elipsoide, indeiscente e monospérmico. As sementes variam de globosas a elipsoides, e o embrião é do tipo cotiledonar e ocupa posição basal na semente. A germinação tem início no décimo segundo dia e pode ser encerrada no vigésimo primeiro dia após a semeadura.
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O estudo foi realizado na floresta de galeria do Córrego Bacaba, no Parque Municipal do Bacaba (14º43'12,2S e 52º21'36,7"W), em Nova Xavantina, MT. A dispersão de sementes foi analisada e comparada entre três porções da floresta (alto, meio e baixo), distantes cerca de 200 m entre si, em um gradiente topográfico. Foram distribuídos, aleatoriamente, 20 coletores circulares de 0,3 m² em cada porção de floresta, sendo as coletas de sementes realizadas quinzenalmente, entre junho de 2007 e maio de 2008. O material foi submetido à secagem em estufa até peso constante e as sementes, separadas em duas categorias, baseando-se na presença de estruturas de voo (V) e na ausência dessas estruturas (NV). O número de morfoespécies e de sementes e a biomassa foram comparados entre as porções de floresta e entre os períodos seco e chuvoso. Coletaram-se 20.965 sementes em 24 quinzenas, sendo 777 do tipo V e 20.188 do tipo NV. Na porção do alto ocorreram 52 morfoespécies de sementes, no meio 55 e no baixo 49. A diversidade de morfoespécies de sementes foi inferior à diversidade de espécies de plantas lenhosas na mesma área. Considerando o padrão sazonal de dispersão de sementes, tanto para as V (número, morfoespécies e biomassa) quanto para as NV (biomassa), recomenda-se um controle no fluxo de visitantes no Parque do Bacaba, especialmente nos meses de pico de dispersão de sementes, no final do período seco e início do chuvoso (setembro-dezembro). Medidas de excursionismo de mínimo impacto poderão trazer benefícios para o estabelecimento de sementes e plântulas e garantir a sustentabilidade da floresta.
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O objetivo deste trabalho foi caracterizar o banco de sementes de um trecho de Floresta Estacional Semidecidual Secundária, por meio da análise florística e da densidade de sementes. Denominado Mata da Praça de Esportes, o fragmento está situado no Campus da UFV, em Viçosa, MG, cuja área corresponde a 10,65 ha em regeneração há 75 anos. A área amostral foi subdividida em 40 parcelas de 3 x 5 m, distribuídas em quatro transectos paralelos. Amostras compostas foram feitas em 20 dessas parcelas e posteriormente distribuídas dentro de 40 caixas de madeira, em viveiro. O montante foi dividido, submetendo-se cada metade a sombreamentos de 11,5% e 60%. A germinação total e das espécies arbustivo-arbóreas foi comparada nas duas condições de sombreamento, utilizando-se o teste t para amostras independentes. O banco de sementes foi constituído predominantemente por ervas invasoras, pertencentes, em sua maioria, às famílias Asteraceae (15 espécies), Solanaceae (4 espécies) e Poaceae (3 espécies). Foram quantificadas 5.194 plântulas, com predomínio das pioneiras arbustivo-arbóreas das famílias Melastomataceae e Cecropiaceae. A germinação das sementes conduzida sob sombra foi significativamente maior do que no ambiente de menor sombreamento (luz). Espécies zoocóricas foram mais abundantes, indicando a importância dos fragmentos florestais como fonte de recurso e abrigo para a fauna local. A alta densidade de indivíduos de espécies arbóreas e arbustivas pioneiras, como Cecropia hololeuca, as espécies de Melastomataceae, Asteraceae e Piperaceae, importantes para a regeneração da floresta, reflete a capacidade de resiliência da área estudada, na ocorrência de distúrbios.
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Samanea tubulosa (Bentham) é uma árvore de grande porte, com fruto de sabor adocicado - o que a privilegia como potencial apícola - contendo de 5 a 31 sementes, que apresentam dormência devido à impermeabilidade do tegumento. Dessa forma, objetivando selecionar métodos que proporcionem a superação dessa dormência, esta pesquisa foi realizada em laboratório e em ambiente telado, sem controle das condições ambientais, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba. Os tratamentos utilizados foram: T1: controle; T2: desponte; T3, T4 e T5: imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5, 10 e 15 min, respectivamente; e T6, T7, T8: imersão em água quente por 1 min, nas temperaturas de 60, 70 e 80 ºC, respectivamente. Os parâmetros avaliados foram porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência (IVE) e comprimento e massa seca de plântulas. Com base nos resultados, os tratamentos que se destacaram na superação da dormência das sementes de Samanea tubulosa (Bentham) foram a escarificação ácida (ácido sulfúrico concentrado durante 5, 10 e 15 min) e o desponte, os quais foram responsáveis pelos melhores resultados de qualidade fisiológica das plântulas. Contudo, na prática, recomenda-se a utilização da escarificação com ácido sulfúrico concentrado durante 5 min ou, mesmo, do desponte.
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As sementes no solo desempenham o importante papel de promover a regeneração da vegetação e a conservação da biodiversidade local, mas, a despeito dessa importância, estão sujeitas a fatores bióticos e abióticos que podem inibir sua germinação, entre eles efeitos alelopáticos desencadeados pelas plantas que estão presentes no ambiente do solo. Neste trabalho foi testada a hipótese de que a germinação das sementes presentes no banco do solo sob vegetação de Floresta Estacional Semidecidual (FES) é inibida sob o dossel de espécies arbóreas exóticas. Foram coletadas 50 amostras simples de 0,25 x 0,25 x 0,05 m do solo em um fragmento de FES, que foram homogeneizadas, constituindo amostra composta. Desta, foram retiradas amostras que foram submetidas a quatro tratamentos: depositadas em casa de vegetação (SMN-CV); devolvidas ao fragmento de mata (SMN-MN); depositadas sob dossel homogêneo de Pinus elliottii (SMN-P); e alocadas sob plantio homogêneo de Eucalyptus sp. (SMN-E). Foram coletadas, também, amostras de solo sob dossel de P. elliotti (SP-CV) e de Eucalyptus sp. (SE-CV), que foram transferidas para casa de vegetação. A cada 15 dias, o número de plantas foi contado em cada amostra e as plantas obtidas, identificadas quando possível. Foram obtidas, ao todo, 515 plantas de 15 famílias botânicas, 21 gêneros e 13 morfoespécies. A análise de variância dos dados e a comparação das médias pelo teste de Tukey-Kramer a 0,01% evidenciaram que não existem diferenças estatisticamente significativas entre o número de plantas obtidas em cada local. Esses resultados indicam que a baixa densidade e diversidade de plantas frequentemente verificadas no subosque de P. elliotti e Eucalyptus sp. não estão diretamente relacionadas com efeitos supressores promovidos pela presença dessas espécies, suportando dados recentes da literatura que apontam os plantios florestais de espécies exóticas como possíveis áreas de conservação da biodiversidade, em oposição à alcunha de "desertos verdes" que lhe são atribuídos.
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A Guazuma ulmifolia Lam. possui sementes com acentuada impermeabilidade a água, o que dificulta sua germinação. Avaliou-se o efeito do período de imersão das sementes em ácido sulfúrico (0, 4, 8, 12 e 16 min) e em água a 60 ºC por 0, 4, 8, 12 e 16 min, na emergência de plântulas, início da emergência e índice de velocidade de emergência. O experimento foi realizado em Laboratório de Biologia, em delineamento inteiramente casualizado em fatorial 2 (tratamento pré-germinativo) x 5 (períodos de imersão), com três repetições de 20 sementes. O precondicionamento das sementes em ácido sulfúrico como em água mostrou-se eficiente na superação da dormência dessa espécie, promovendo aumento na porcentagem de emergência de plântulas e velocidade de emergência e redução no tempo para o início da germinação. A eficiência do tratamento químico com ácido sulfúrico foi obtida com um tempo de imersão de 8 min, enquanto no tratamento físico com água a 60 ºC a eficiência foi obtida com o tempo de imersão de 16 min.
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O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma metodologia para a propagação vegetativa do pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha) por meio da técnica de estaquia, avaliando-se a sobrevivência e capacidade produtiva das cepas em coletas sucessivas de estacas em jardim clonal e a sobrevivência, enraizamento, altura, vigor e biomassa radicular e foliar das estacas, em função da aplicação de diferentes dosagens (0, 2.000 e 6.000 mg L-1) do regulador de crescimento ácido indolbutírico (AIB), do tipo de substrato (vermiculita e composto orgânico Mecplant®) e da posição das estacas (apical, intermediária e basal). Os melhores resultados foram evidenciados com as estacas apicais, utilizando o composto orgânico como substrato; no entanto, nas intermediárias e basais, a aplicação de AIB, na concentração de 6.000 mg L-1, foi a que mostrou valores médios mais elevados nas características avaliadas, em casa de vegetação, casa de sombra e pleno sol. A sobrevivência das cepas foi de 100%, tendo a produção de brotações com tendência crescente nas sucessivas coletas. Conclui-se que a propagação vegetativa do pau-jacaré, pela técnica de estaquia com propágulos oriundos de mudas produzidas por sementes, foi tecnicamente viável, principalmente quando se utilizaram estacas apicais ou intermediárias e basais, aplicando 6.000 mg L-1 de AIB e composto orgânico como substrato.
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Anadenanthera colubrina (Vell.)Brenan), uma Leguminosae da sub-família Mimosoideae, popularmente conhecida como angico, é uma espécie nativa do bioma caatinga, bastante conhecida pelo teor de tanino encontrado em sua casca, por sua utilização na construção civil, na indústria de curtume e na recuperação de áreas degradadas. Considerando a importância da espécie, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de diferentes substratos na germinação de sementes de angico. Os estudos foram conduzidos na casa de vegetação do Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para tanto, realizou-se experimento com quatro tratamentos incluindo quatro repetições com 100 sementes por tratamento e temperatura média de 26 ºC. Foram realizadas contagens diárias durante 30 dias. Os tratamentos utilizados foram: T0-vermiculita, T1-húmus, T2-areia e T3-areia barrada. Foram analisadas as seguintes variáveis: porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência de plântulas e tempo médio de germinação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Observou-se que, quanto à porcentagem de emergência, a vermiculita, o húmus e areia apresentaram diferença significativa, com melhor desempenho em relação à areia barrada; quanto ao índice de velocidade de emergência e ao tempo médio de germinação, estatisticamente, não houve diferença significativa entre os substratos. Portanto, diante dos resultados pôde-se observar que A. colubrina apresenta um bom potencial germinativo em qualquer um dos substratos avaliados, exceto em areia barrada. Contudo, para a germinação e emergência de plântulas de angico recomenda-se a utilização dos substratos vermiculita, areia ou húmus.
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Atualmente, a árvore mais plantada no Brasil é o Eucalyptus spp., ocupando 81,6% das florestas plantadas. Sua produtividade em 2009 foi de 44,2 m³ de eucalipto com casca/ha, gerando aproximadamente 46.850 empregos diretos. Estudos de bactérias benéficas, como as Rizobactérias Promotoras de Crescimento de Plantas (RPCPs), vêm sendo desenvolvidos há mais de um século. Este trabalho objetivou avaliar estirpes de bactérias extremófilas facultativas que possuam potencial na promoção de crescimento do eucalipto. As sementes do híbrido "urograndis" foram microbiolizadas com uma suspensão de 10(9) UFC/mL das 10 estirpes bacterianas, através da agitação a 150 rpm, em incubador rotativo a 28 ºC, por 24 h. Em seguida, foram plantadas em sementeiras e mantidas em casa de vegetação. Após 60 dias, avaliou-se o peso de matéria seca da parte aérea e das raízes. O peso de matéria seca da parte aérea revelou que todas as estirpes bacterianas resultaram em ganhos quando comparado com o da testemunha, variando entre 11,3 e 78,0%. Entretanto, as estirpes UnB 1366, UnB 1371, UnB 1375, UnB 1370 e UnB 1373 foram as que se diferiram significativamente. Em contrapartida, a estirpe UnB 1368 (Bacillus sp.) destacou-se individualmente no incremento (130,0%) da biomassa radicular. Tais estirpes devem ser mais bem estudadas, quanto a formas de veiculação, combinações, formulações etc., para que possam ser utilizadas na otimização da produção de mudas.
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Objetivou-se neste trabalho avaliar o substrato e a disponibilidade de água no potencial germinativo das sementes de uvaia (Eugenia pyriformis). Os substratos avaliados foram: areia (A), latossolo + areia (L + A) (1:1), latossolo + areia + cama de frango semidecomposta (L + A1 + CF) (1:1:0,5), latossolo + areia + cama de frango semidecomposta (L + A2 + CF) (1:2:0,5), latossolo + Bioplant® (L + B) (1:1) aliados aos seguintes níveis de irrigação 25, 50, 75 e 100% da capacidade de retenção de água. As maiores porcentagens de emergência e melhor crescimento de plântulas foram observados no substrato latossolo + areia + cama de frango (1:2:0,5), na capacidade de retenção de água de 50%.
Crescimento de mudas de moringa em função da salinidade da água e da posição das sementes nos frutos
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A escolha das sementes é de fundamental importância para a obtenção de mudas de qualidade, principalmente quando são produzidas sob condições ambientais adversas. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a influencia da salinidade sobre o desenvolvimento de mudas de moringa provenientes de sementes localizadas em diferentes posições no fruto. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 3 x 4 e quatro repetições. Os tratamentos resultaram da combinação de três posições de sementes no fruto (basal, mediana e apical) com quatro níveis de salinidade da água de irrigação (0,5; 2,0; 3,5; e 5,0 dS m-1). Foram avaliadas as seguintes características de crescimento: altura (ALT), diâmetro do caule (DC), diâmetro da raiz principal (DRP), número de folhas (NF), área foliar (AF), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca do sistema radicular (MSR) e massa seca total (MST). Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, para o efeito da posição da semente no fruto; e por análise de regressão, para os dados provenientes da salinidade. Houve interação significativa na maioria das características avaliadas. A salinidade da água de irrigação diminuiu em todas as variáveis. As mudas provenientes de sementes localizadas na porção basal dos frutos foram mais afetadas pela salinidade da água de irrigação.
Resumo:
Os objetivos deste trabalho foram: avaliar a qualidade fisiológica de sementes de cedro (Cedrela fissilis), procedentes de localidades do sul do Brasil, através de testes de vigor e avaliar diferentes tratamentos nas sementes para controle de patógenos e para promoção da germinação da espécie. Para tanto, foram utilizadas seis amostras com procedências dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, as quais foram submetidas à determinação de teor de água, teste de germinação e primeira contagem, envelhecimento acelerado (testando períodos de exposição às condições de envelhecimento), emergência em viveiro e tratamento de sementes. Os tratamentos utilizados para controle de patógenos foram: testemunha (T0); físico com calor seco a 70°C±3°C por 48 horas (T1); extrato aquoso de alho (Allium sativum) (T2); biológico à base de Trichoderma spp. - Agrotich Plus® (T3); e químico com fungicida protetor Captan (T4). A germinação variou de 56 a 87%; o período de 48 h sob temperatura de 41 °C foi o mais eficiente para estratificar as amostras em níveis de vigor; a emergência variou de 51 a 88% e as variáveis de desempenho de plântulas analisadas conseguiram estratificar as amostras em níveis de vigor. Quanto ao tratamento de sementes, o calor seco e o tratamento à base de extrato de alho se mostram eficientes no controle de microrganismos em semente de cedro, sem prejuízos ao vigor destas.
Resumo:
Os objetivos deste trabalho consistiram em descrever e ilustrar os aspectos morfoanatômicos de sementes e plântulas de Amburana cearensis, relacionando o desenvolvimento dos tecidos às fases de germinação das sementes, para verificar as mudanças que ocorreram durante esse processo. Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Estudos em Meio Ambiente da Universidade Católica de Salvador (LEMA/UCSal). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro repetições de 25 sementes por tratamento. A curva de embebição foi elaborada com base no peso fresco das sementes durante o processo de embebição, em períodos variando entre 0 e 318 h. Para análise morfológica das sementes e plântulas, ambas foram observadas a olho nu e ao microscópio estereoscópico, a fim de confeccionar a prancha. As secções anatômicas foram feitas com o auxílio do micrótomo rotativo, utilizando-se para tal as sementes durante as fases da germinação. Quanto à análise morfológica, as sementes são esternospermáticas e o embrião axial, sendo a germinação do tipo epígea e fanerocotiledonar. Quanto aos aspectos anatômicos, pôde-se verificar que as sementes de A. cearensis são bitegumentadas e exotestais e apresentam os cotilédones como principal tecido de reserva. O tegumento é composto por um estrato de macroesclereídes e por estratos de osteoesclereídes e possui compostos fenólicos, o que confere às sementes certo grau de dormência por impermeabilidade do tegumento, dificultando, assim, a absorção de água.