908 resultados para Taxas de juros - Brasil - Modelos econométricos
Resumo:
Este estudo visa contribuir para um maior entendimento de um fenmeno atual que atinge a indstria de aparelhos celulares. Ao que se percebe, as foras que regem a indstria tm se modificado nos ltimos anos, favorecendo estruturas desverticalizadas. Tal fenmeno pode vir a mudar toda cadeia de valor num futuro prximo, favorecendo a entrada de novas empresas, ao mesmo tempo que criando desafios aos tradicionais participantes desse mercado. O trabalho procura identificar as relaes causais entre verticalizao e competitividade para a indstria de aparelhos celulares no Brasil. Para tanto, foram analisados dois casos contrastantes: o de modelo tradicional (Motorola); e outro de modelo inovador em sua concepo da cadeia de valor (Gradiente). Atravs do estabelecimento de pressupostos tericos, foi adotada a tcnica de adequao ao padro de variveis dependentes. A coleta de dados foi extensa, incluindo entrevistas com representantes-chave da indstria, questionrios estruturados, anlise de documentos e observao participante. Em funo da anlise das variveis externas, criaram-se os fundamentos para se perceber como as foras podem favorecer, ou no, a verticalizao. Tal anlise foi feita utilizando-se as teorias de amadurecimento da indstria, verticalizao e cinco foras da indstria. Em seguida, foi feito um mapeamento da cadeia de valor do setor no Brasil, utilizando os conceitos de cadeia de valor, para se definir o modelo de negcio de cada um dos casos analisados. Por fim, foram analisadas as estratgias de cada um dos modelos de negcio para se perceber qual das estratgias seria mais adequada ao momento que a indstria vive, bem como das restries criadas pela indstria no momento, no mercado brasileiro. Nesse ponto, foram utilizadas como referncia as teorias de estratgias genricas, RBV, cadeia de fornecedores, disruptura e objetivos de desempenho em operaes. O setor passa por mudanas significativas que podem alterar completamente as regras anteriormente estabelecidas. Algumas das evidncias encontradas foram o amadurecimento do mercado que se aproxima, a difuso de tecnologia proprietria, a modularizao das arquiteturas de produto, a baixa especificidade dos ativos, a possibilidade de compra de escala de terceiros, a diminuio dos custos de coordenao - promovida pela massificao dos meios de comunicao modernos -, surgimento de players de nicho, comoditizao de uma grande parte dos segmentos de mercado, barreiras de entrada baixas para novos competidores e poderosos compradores que tm interesse no fomento de novos fornecedores.
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Esse trabalho se insere no campo de estudos sobre organizaes sem fins lucrativos. Nas duas ltimas dcadas do sculo XX, essas organizaes conheceram grande crescimento em receita, volume de trabalho e exposio na mdia. Tal crescimento foi motivado por fatores sociopolticos, socioeconmicos e sociodemogrficos. Observa-se que o crescimento veio acompanhado por mudanas em seus modelos de gesto, particularmente nas estruturas organizacional e de governana. O objetivo principal desse trabalho desenvolver relaes entre modelos de gesto de organizaes sem fins lucrativos e gerao de inovao social. O quadro terico foi construdo a partir de reviso bibliogrfica nos seguintes conceitos: nonprofit sector, cujo referencial tem origem anglo-sax, economia social, de origem francesa, inovao organizacional e inovao social. Trata-se de estudo qualitativo, exploratrio, cujos meios de investigao so estudos de dois casos de organizaes sem fins lucrativos. Os estudos de casos envolveram pesquisa de campo, investigao documental, observao participante e entrevistas com atores-chaves que trabalham nas respectivas organizaes. O primeiro caso ocorreu em uma associao localizada em So Paulo, Brasil, que possui uma escola de artes; o outro, deu-se em uma cooperativa de solidariedade localizada em Montreal, Quebec, Canad. Ao final do trabalho so indicados os resultados das anlises sobre as relaes entre modelos de gesto e gerao de inovao social.
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As taxas de cesrea tm apresentado elevao progressiva nos ltimos vinte anos em diversos pases, inclusive no Brasil. Esse estudo objetivou analisar os fatores associados escolha pela cesrea no sistema privado de sade brasileiro. Esta anlise foi feita por meio de entrevistas com 250 mulheres aps o parto e com 122 mdicos que prestaram assistncia a essas pacientes. Os resultados demonstraram associao significativa entre a realizao de cesreas, maior nvel de escolaridade, renda superior a 10 salrios mnimos e emprego entre as mulheres, que foram submetidas a essa cirurgia em 88% dos partos realizados. O principal fator envolvido na deciso pela cesariana para as pacientes foi a praticidade em agendar o parto. Para os mdicos, os principais fatores associados realizao da cirurgia foram a insegurana materna pelo parto vaginal, a solicitao de cesrea pela gestante, a forma de remunerao pelo procedimento e a formao mdica atual. Conclumos, a partir da percepo de dois agentes dessa cadeia de assistncia, que as taxas de cesrea atingem cifras ao redor de 90% em decorrncia da forma de organizao da prtica obsttrica inserida no modelo privado de sade brasileiro, das caractersticas scio-culturais das mulheres assistidas por esse sistema de sade e da formao dos profissionais de medicina.
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O cenrio que se desenha fortemente marcado pela informao intensiva e pelas redes, alm de evoluo acelerada da tecnologia e globalizao. Alm disso, o contnuo aumento da competio tem tornado mais difcil a diferenciao com base em custos ou qualidade, gerando uma oportunidade para que a introduo de novos produtos se destacasse e se transformasse em uma fonte de ganhos competitivos. Vrios so os exemplos de empresas que tiveram (e tm) sucesso em grande medida atravs de inovaes em seus produtos ou servios. O propsito desta pesquisa o estudo de instituies financeiras, particularmente a anlise de bancos de varejo no Brasil e seus respectivos processos de desenvolvimento de produtos e servios. As instituies financeiras, do qual o setor bancrio brasileiro faz parte, tm sofrido grandes e significativas transformaes nos anos recentes. Este segmento possui expressiva participao no cenrio nacional, apresentando taxas positivas de crescimento de ativos e lucros nos ltimos anos. Esse cenrio de intensas mudanas apresenta uma rara oportunidade de estudos nessa rea. Dessa maneira, conduziu-se uma pesquisa de cunho exploratrio que fez uso de estudos de casos mltiplos. Utilizou-se uma amostra de seis bancos que respondem por cerca de 50% do segmento no pas. Para a anlise dos casos, utilizaram-se alguns modelos conceituais clssicos a respeito de desenvolvimento de novos produtos, alm de referncias acerca do cenrio em que a amostra est imersa. Pela aplicao deste arcabouo aos estudos de casos, mapeou-se o processo de desenvolvimento de produtos, bem como suas etapas. A anlise possibilitou ainda a compreenso de questes subjacentes ao tema principal que surgiram ao longo do trabalho.
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O objetivo geral desta dissertao analisar a influncia do crdito imobilirio no desenvolvimento habitacional do Chile e Brasil, considerando tambm as diferenas institucionais e econmicas dos dois pases. O captulo 1 inicia a discusso dos fatores determinantes do desenvolvimento habitacional descrevendo a histria de financiamento imobilirio nos dois pases. dado destaque tambm para as polticas sociais e os arcabouos institucionais que afetam a dinmica do desenvolvimento habitacional. O segundo captulo apresenta os modelos tradicionais de equilbrio no mercado habitacional, todos baseados na premissa de mercado de capitais perfeito. Na seqncia da anlise, apresentada teoria de mercado de crdito racionado, proposta de Stiglitz e Weiss (1981), da qual se deriva um modelo de racionamento de crdito para projetos imobilirios. Nessa abordagem, a assimetria de informao, as restries de riqueza, a falta de liquidez, a no satisfao de direitos de propriedade e de salvaguardas legais que garantam o adimplemento de contratos tornam o crdito imobilirio racionado. Por fim, prope-se um modelo de equilbrio no mercado habitacional em que o crdito racionado. A taxa primria de juros, a disponibilidade de fundos e o desenvolvimento institucional determinam a taxa de juros de emprstimo, de forma independente do nvel de demanda por crdito, caracterizando um mercado em que a taxa de juros no opera como um instrumento automtico de eliminao da escassez relativa de habitaes. O captulo 3 avalia, do ponto de vista quantitativo, em que medida h racionamento de crdito no Chile e no Brasil. Primeiramente, discutida a metodologia empregada para medir o dficit habitacional e so apresentadas suas estimativas para os dois pases a partir de dados censitrios das ltimas trs dcadas. Ento, so apresentados o modelo economtrico e a metodologia empregada na pesquisa emprica, prosseguindo com a discusso de seus resultados. Nessa etapa da pesqu
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O presente estudo demonstra que o mercado brasileiro cambial de forward reflete adequadamente a viso dos economistas obtida junto a pesquisas de mercado realizadas periodicamente pelo Banco Central do Brasil quando se modela o prmio pelo risco cambial atravs de modelos auto-regressivos condicionais generalizados de heteroscedasticidade na Mdia (GARCH-M).
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O objetivo desse trabalho verificar evidncias empricas do canal de crdito como transmissor da poltica monetria no Brasil no perodo de janeiro de 2000 a maro de 2007. A metodologia utilizada baseou-se na relao entre as sries temporais agregadas de variveis de poltica monetria, mercado de crdito, mercado monetrio e inflao. Os testes econométricos foram realizados com os dados agregados utilizando-se os modelos VAR (vetor autoregressivo) e VEC (vetor de correo de erros) para analisar as sries temporais. Foi observado o comportamento do mercado de emisso de dvida como fonte alternativa de financiamento externo das empresas, alm do crdito bancrio, de modo a se avaliar se h um deslocamento para outras fontes de financiamento externo pelo efeito de um choque monetrio. A concluso que emerge dos testes econométricos indica a importncia do crdito bancrio na transmisso da poltica monetria, identificada atravs dos efeitos de causalidade e as reaes de impulso-resposta encontradas. A observao do aumento nas emisses privadas das empresas para atender suas necessidades de financiamento externo d indicao de que a reduo do crdito, aps contrao monetria, ocorre pelo lado da oferta de crdito pelos bancos.
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Nos ltimos anos, a indstria eltrica brasileira passou, basicamente, por duas reestruturaes setoriais, implantadas segundo polticas e ideologias divergentes, mas que convergiram para o mesmo objetivo final: a busca por investimentos privados para dar suporte expanso do sistema. Esse o grande desafio do novo modelo institucional de 2004, que surge em um ambiente conturbado, de forte percepo de riscos e incertezas. A prpria instabilidade regulatria a grande responsvel pelo recuo e ponderao na hora de investir. Contudo, a pergunta que se faz na presente pesquisa objetiva identificar os fatores motivadores da nova reestruturao setorial. S assim, pode-se correlacionar os fatos do passado com a recente reforma, identificando possveis deficincias e fatores crticos de sucesso. Para tanto, o presente estudo recorreu literatura existente, assim como a entrevistas semi-estruturadas com especialistas do setor eltrico brasileiro. Os dados foram analisados qualitativamente, por meio de categorias estabelecidas a posteriori, buscando-se aceitar ou refutar suposies. As evidncias sugerem que, apesar de a nova reforma institucional ter realizado avanos, ao introduzir mecanismos absorvidos, principalmente, a partir das experincias regulatrias dos ltimos anos, dificuldades ainda permanecem e devem ser enfrentadas, especialmente no que tange mitigao dos riscos ambientais e regulatrios, este ltimo, percebido com maior intensidade a partir de 2004. Sendo assim, cabe ao governo federal, representado pelo Ministrio de Minas e Energia (MME), conseguir atrair investimentos e proporcionar estabilidade regulatria, a fim de afastar o fantasma do racionamento.
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Esta dissertao procurou identificar as diretrizes de superviso dos mercados futuros no Brasil frente s prticas de regulao utilizadas em outros pases do mundo, basicamente aqueles cujas economias e mercados so maiores do que o brasileiro, em volume de contratos negociados. O desenvolvimento do tema se deu de maneira a estimular o uso de tais prticas na estrutura local de superviso, com vistas a uma melhoria da atividade dos rgos reguladores e ao crescimento do mercado de capitais brasileiro. Dentre as referidas prticas, destacou-se a utilizao de modelos estatsticos de precificao dos contratos negociados no sentido de balizar a atuao dos departamentos de fiscalizao na investigao de condies artificiais de mercado. A abordagem desses modelos abrangeu desde a definio de conceitos fundamentais at a apresentao de um estudo de caso com opes sobre aes, passando pela caracterizao dos principais modelos e formas de calcular a volatilidade no preo desses ttulos. Os resultados de pesquisa foram relacionados s origens legais e ao desenvolvimento econmico recente do Brasil, que levaram sofisticao dos mecanismos de financiamento do mercado de capitais nacional, no se limitando ao simples apontamento dos pontos fracos da estrutura local de superviso. Finalmente, a pesquisa evoluiu para as necessidades prticas da atividade de superviso a serem atendidas pelo regulador, segundo as caractersticas operacionais dos principais mercados, a fim de que a bolsa de futuros brasileira reforce sua posio competitiva no cenrio mundial.
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Esse trabalho analisa as caractersticas do mercado de aluguel de aes no Brasil entre agosto de 2007 e agosto de 2010, e busca identificar quais fatores contribuem, ou influenciam, na formao do preo cobrado para se alugar uma ao. Os resultados mostram que o volume de negcios das aes, a varivel de risco relativo ao mercado, o fato de possurem opes negociadas com base no ativo objeto, se esto prestes a pagar juros sobre capital prprio, se consideradas empresas de pequeno porte, e se pertencem a determinados setores de negcios, apresentam influencia estatstica sobre a formao da taxa de aluguel.
Resumo:
O objetivo deste trabalho investigar a ancoragem das expectativas de inflao de longo prazo no Brasil, medidas por intermdio das taxas de inflao implcitas nos ttulos indexados ao IPCA. Para isso, so extradas as curvas de juros reais e nominais dos preos do mercado secundrio de ttulos pblicos, e uma vez de posse destes valores, so calculadas as taxas de inflao implcitas observadas diariamente no mercado brasileiro. Utilizando um modelo simples, estimado por Mnimos Quadrados Ordinrios (MQO) robusto, testa-se a sensibilidade de alguns vrtices das taxas de inflao implcita em relao s variaes mensais de indicadores macroeconmicos relevantes para a trajetria de curto prazo da inflao e poltica monetria. Desta maneira, pretende-se avaliar se o comportamento da inflao implcita nos preos de mercado dos ttulos pblicos pode oferecer evidncias de que as expectativas esto bem ancoradas no Brasil, no mbito do regime de metas de inflao.
Resumo:
Este trabalho traz avaliao emprica a respeito do canal de crdito no Brasil, feita com base no artigo de Holtemller (2002). Para tanto, foi feita anlise descritiva sobre a evoluo do crdito no pas, bem como testes econométricos utilizando dados monetrios, de crdito e economia real. Observamos o aumento da importncia do crdito nos ltimos anos, assim como o aumento do endividamento corporativo via emisso de ttulos. Portanto, seria natural esperar que o canal de crdito no mecanismo de transmisso da poltica monetria tambm se tornasse mais importante. Contudo, a anlise emprica mostra que seus efeitos sobre a atividade econmica so limitados. Aps estimaes feitas para o canal monetrio tradicional, a partir de vetores autorregressivos estruturais (SVAR) com vetores de correo de erros (VEC), inclumos variveis de crdito para avaliar o impacto sobre o produto. Apesar de concluirmos que choques de poltica monetria possuem efeitos sobre a oferta de crdito, o impacto de condies creditcias restritivas sobre a produo industrial pequeno. Alguns fatores como a existncia de crdito corporativo direcionado via BNDES, maior importncia da captao via mercado de capitais, medidas macroprudenciais adotadas e aumento do prazo mdio concorrem para esse resultado.
Resumo:
O trabalho testa o poder de previso da volatilidade futura, de cinco modelos : um modelo ingnuo, do tipo martingale, o modelo sugerido pelo JPMorgan em seu RiskMetrics, o modelo GARCH-Generalized Autoregressive Conditional Heteroscedasticity, o modelo da volatilidade implcita e combinaes de Risk:MetricsTM com volatilidade implcita e de GARCH com volatilidade implcita. A srie estudada a volatilidade para vinte e cinco dias, dos retornos dirios do contrato futuro de Ibovespa, negociado na BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros. Particularidades brasileiras so introduzidas na. estimao dos parmetros do modelo GARCH. O poder de previso testado com medidas estatsticas, envolvendo equaes de perdas (loss functions) simtricas e assimtricas, e com uma medida econmica, dada pelo lucro obtido a partir da simulao da realizao de operaes hedgeadas, sugeridas pelas previses de volatilidade. Tanto com base nas medidas estatsticas como na medida econmica, o modelo GARCH emerge como o de melhor desempenho. Com base nas medidas estatsticas, esse modelo particularmente melhor em perodo de mais alta volatilidade. Com base na medida econmica, contudo, o lucro obtido no estatisticamente diferente de zero, indicando eficincia do mercado de opes de compra do contrato futuro de Ibovespa, negociado na mesmaBM&F.