994 resultados para Mulheres no cinema - Brasil - 1896-1928
Resumo:
Este artigo analisa o comércio ilegal do medicamento abortivo misoprostol no Brasil, com base no estudo de dez casos que alcançaram o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entre 2004 e 2010. Os dados foram assim organizados: 1. história das mulheres; 2. perfil dos vendedores; 3. casos de morte materna. Os resultados mostram que: 1. mulheres jovens, em relacionamento afetivo, fazem uso doméstico do misoprostol sozinhas ou com auxílio dos vendedores. Das sete mulheres indiciadas, três foram denunciadas ao chegar ao hospital público para finalização do aborto; 2. os vendedores são funcionários de farmácias e referências locais para o comércio do misoprostol. Eles informam as mulheres sobre uso do medicamento e prevenção de infecções, mas se recusam a socorrê-las em caso de emergência. Os traficantes atuam pela internet e possuem um estoque mais amplo de medicamentos; 3. houve duas mortes maternas por métodos invasivos combinados ao misoprostol. As principais causas de óbito são a demora em buscar auxílio médico por medo de denúncia policial e o uso combinado do misoprostol com métodos de alto risco.
Resumo:
O abortamento provocado é praticado amplamente pelas mulheres, em contexto clandestino, no Brasil, sendo considerado uma questão de saúde pública. Neste estudo, propõe-se a conhecer aspectos socio-demográficos, comportamentais, clínicos, complicações, e o tipo de abortamento praticado por adolescentes submetidas à curetagem uterina. Foi utilizada metodologia descritiva, através de entrevistas por meio de questionário estruturado no atendimento a 201 adolescentes com abortamento incompleto submetidas à curetagem uterina, em um hospital do Sistema Único de Saúde (SUS), em Maceió, Alagoas. Os principais determinantes para o abortamento foram: idade acima de dezesseis anos, com parceiro estável; pardas; não planejaram a gestação; desejavam a gestação, primigestas; idade gestacional menor que 15 semanas; raras complicações relacionadas ao abortamento, e utilizando a classificação da Organização Mundial da Saúde, observou-se abortamento provocado em 98,01% dos casos. Entre os casos de abortamentos certamente provocados, 89,19% reportaram o uso do misoprostol, o que reforça maior investimento público na assistência ao uso de métodos contraceptivos entre os adolescentes respeitando seus direitos sexuais e reprodutivos.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar tendências temporais e padrões de distribuição espacial do aborto inseguro no Brasil. MÉTODOS: Estudo ecológico realizado com base nos registros das internações hospitalares de mulheres por abortamento no Brasil, no período de 1996-2012, obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde. Estimou-se o número de abortos inseguros segundo local de residência, utilizando-se técnicas de estimativas indiretas. Foram calculados os indicadores: razão de aborto inseguro por 100 nascidos vivos e coeficiente de aborto inseguro por 1.000 mulheres em idade fértil. As tendências temporais foram analisadas por regressão polinomial e a distribuição espacial utilizando os municípios brasileiros como unidade de análise. RESULTADOS: Foram registradas 4.007.327 internações hospitalares por abortamento no Brasil no período. Estimou-se um total de 16.905.911 abortos inseguros, com média anual de 994.465 abortos (coeficiente médio de aborto inseguro de 17,0 abortos/1.000 mulheres em idade fértil e razão de 33,2 abortos inseguros/100 nascidos vivos). O aborto inseguro apresentou tendência de declínio em nível nacional (R2: 94,0%; p < 0,001), com padrões desiguais entre as regiões. As regiões Nordeste (R2: 93,0%; p < 0,001), Sudeste (R2: 92,0%; p < 0,001) e Centro-Oeste (R2: 64,0%; p < 0,001) apresentaram tendência de declínio, enquanto a região Norte (R2: 39,0%; p = 0,030), tendência de aumento, e a região Sul (R2: 22,0%; p = 0,340), de estabilidade. A análise espacial identificou a presença de clusters de municípios com altos valores de abortos inseguros, localizados especialmente em estados das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. CONCLUSÕES: O aborto inseguro se mantém como problema de saúde pública no Brasil, com marcantes diferenças regionais e concentradas nas regiões socioeconomicamente menos favorecidas do País. A qualificação da atenção à saúde da mulher, em especial aos aspectos reprodutivos e de atenção aos processos pré e pós-abortamento, são estratégias necessárias e urgentes.
Resumo:
O presente relatório tem como objetivo apresentar os resultados finais do projeto “Transformar as ondas do rádio: informações seguras sobre aborto inseguro”. O projeto foi executado pelo Grupo Curumim e teve como objetivos: Fomentar entre as mulheres jovens um debate acerca do impacto da ilegalidade do aborto na saúde e vida das mulheres e na efetivação de direitos e políticas públicas relacionadas aos direitos sexuais e direitos reprodutivos; Produzir spots de rádio sobre aborto e os serviços de atendimento ao aborto legal; Articular comunicadores/as populares e divulgar informações sobre o aborto e os serviços de atendimento ao abortamento legal
Resumo:
O presente texto trata-se do relatório final do projeto “Conhecer para transformar: qualificar a informação sobre o aborto seguro entre jovens dos movimentos sociais de Pernambuco, Brasil”. O projeto foi coordenado e executado pelo Grupo Curumim Gestação e Parto e teve como objetivos: -Fomentar entre as mulheres jovens um debate acerca do impacto da ilegalidade do aborto na saúde e vida das mulheres e na efetivação de direitos e políticas públicas relacionadas aos direitos sexuais e direitos reprodutivos; -Trabalhar a construção de material informativo sobre aborto por meio de oficinas com mulheres jovens e desenvolver e divulgar informações sobre o aborto e os serviços de atendimento ao abortamento legal.
Resumo:
Ao estudar povos que sofreram perseguiçoes ao longo da história o enfoque dado pelos pesquisadores quase sempre é a experiência em si, o que é muito importante. Contudo a imigraçao, que geralmente é a consequência das perseguiçoes, também tem uma conotaçao de experiência, muitas vezes marcada por um forte nível de stress de aculturaçao, raramente é focada. O significado da imigraçao para os judeus que sofreram perseguiçoes ainda foi pouco explorado, e, portanto, pouco compreendido. Assim este trabalho uniu duas pesquisas realizadas durante o mestrado da primeira autora: A pesquisa da dissertaçao, que teve o objetivo de estudar as experiências de aculturaçao dos judeus europeus que sobreviveram ao nazismo, e outra pesquisa que o foco foram, além dos judeus que sobreviveram ao nazismo, os judeus que imigraram antes para o sul do Brasil (para o estado do Rio Grande do Sul). Como os estudos encontrados sobre judeus que sobreviveram às perseguiçoes raramente têm um olhar para as mulheres, nesse trabalho buscamos analisar algumas experiências dos imigrantes sob o ponto de vista das relaçoes de gênero. O objetivo foi analisar se havia diferenças e/ou semelhanças nas relaçoes de gênero que os imigrantes acharam no Brasil em comparaçao com as relaçoes de gênero em que estavam inseridos na Europa. Como resultados encontramos que a imigraçao pode levar à articulaçoes de desigualdades, assim como de mudanças para igualdades, seja se tratando dos judeus que imigrara
Resumo:
Ao estudar povos que sofreram perseguiçoes ao longo da história o enfoque dado pelos pesquisadores quase sempre é a experiência em si, o que é muito importante. Contudo a imigraçao, que geralmente é a consequência das perseguiçoes, também tem uma conotaçao de experiência, muitas vezes marcada por um forte nível de stress de aculturaçao, raramente é focada. O significado da imigraçao para os judeus que sofreram perseguiçoes ainda foi pouco explorado, e, portanto, pouco compreendido. Assim este trabalho uniu duas pesquisas realizadas durante o mestrado da primeira autora: A pesquisa da dissertaçao, que teve o objetivo de estudar as experiências de aculturaçao dos judeus europeus que sobreviveram ao nazismo, e outra pesquisa que o foco foram, além dos judeus que sobreviveram ao nazismo, os judeus que imigraram antes para o sul do Brasil (para o estado do Rio Grande do Sul). Como os estudos encontrados sobre judeus que sobreviveram às perseguiçoes raramente têm um olhar para as mulheres, nesse trabalho buscamos analisar algumas experiências dos imigrantes sob o ponto de vista das relaçoes de gênero. O objetivo foi analisar se havia diferenças e/ou semelhanças nas relaçoes de gênero que os imigrantes acharam no Brasil em comparaçao com as relaçoes de gênero em que estavam inseridos na Europa. Como resultados encontramos que a imigraçao pode levar à articulaçoes de desigualdades, assim como de mudanças para igualdades, seja se tratando dos judeus que imigrara
Resumo:
Ao estudar povos que sofreram perseguiçoes ao longo da história o enfoque dado pelos pesquisadores quase sempre é a experiência em si, o que é muito importante. Contudo a imigraçao, que geralmente é a consequência das perseguiçoes, também tem uma conotaçao de experiência, muitas vezes marcada por um forte nível de stress de aculturaçao, raramente é focada. O significado da imigraçao para os judeus que sofreram perseguiçoes ainda foi pouco explorado, e, portanto, pouco compreendido. Assim este trabalho uniu duas pesquisas realizadas durante o mestrado da primeira autora: A pesquisa da dissertaçao, que teve o objetivo de estudar as experiências de aculturaçao dos judeus europeus que sobreviveram ao nazismo, e outra pesquisa que o foco foram, além dos judeus que sobreviveram ao nazismo, os judeus que imigraram antes para o sul do Brasil (para o estado do Rio Grande do Sul). Como os estudos encontrados sobre judeus que sobreviveram às perseguiçoes raramente têm um olhar para as mulheres, nesse trabalho buscamos analisar algumas experiências dos imigrantes sob o ponto de vista das relaçoes de gênero. O objetivo foi analisar se havia diferenças e/ou semelhanças nas relaçoes de gênero que os imigrantes acharam no Brasil em comparaçao com as relaçoes de gênero em que estavam inseridos na Europa. Como resultados encontramos que a imigraçao pode levar à articulaçoes de desigualdades, assim como de mudanças para igualdades, seja se tratando dos judeus que imigrara