1000 resultados para Moraes, Vinicius, 1913-1980 Crítica e interpretação
Resumo:
A presente dissertao consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na Esttica Transcendental (Crítica da Razo Pura, A26/B42) em defesa da no espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame est amplamente baseado na interpretação de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no dilogo com os textos do intrprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. So dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertao. O primeiro a compreenso da distino transcendental entre coisas em si mesmas e aparies [Erscheinungen] conforme a assim chamada teoria dos dois aspectos. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretação reza que a distino transcendental deve ser entendida no como uma oposio entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distino de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta a defesa de uma concepo moderada da tese da no espacialidade. Nessa verso moderada, diversamente da formulao mais forte qual a maioria dos intrpretes costuma aderir, a tese kantiana no estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam no-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo espacial. Os primeiros captulos da dissertao concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmao que as aparies do sentido externo so espaciais e a referida tese da no espacialidade. O trabalho de conciliao resume-se a esclarecer como possvel afirmar, sem contradio, que aparies e coisas em si mesmas so as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparies possuem certas propriedades (determinaes espaciais) que as coisas em si mesmas no possuem.A soluo dessa dificuldade resultou na identificao de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretação baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princpio do carter constitutivo da relao cognitiva, de outro, a admisso de uma estrutura judicativa peculiar: o juzo reduplicativo. O terceiro captulo trata, por fim, do sentido da tese da no espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretaes que pretendem fortalecer o peso lgico da tese. Essencial para essa fase crítica da argumentao foi a discusso de dois paradoxos recorrentes na literatura secundria: a clebre objeo suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliao entre as afirmaes da no espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegticos em favor de uma verso mais fraca da tese kantiana. Em sntese, a investigao pretendeu confirmar a proposio segundo a qual a no espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condies ontolgicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condies de representao, i.e., nas condies de atribuio dos contedos de uma representao consciente objetiva (cognio) ao representado.
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A presente tese objetivou analisar o discurso organizacional em recursos humanos e a relao da organizao com o indivduo, tendo em vista o imaginrio organizacional moderno e as relaes de poder nas organizaes. Considerando o fato de que as empresas ocupam lugar de destaque na vida dos indivduos, necessrio compreender como o indivduo se relaciona com elas, em que medida ele tem sua subjetividade manipulada e como determinados discursos organizacionais auxiliam na internalizao da cultura organizacional pelos membros da organizao. Nesse sentido, importante compreender o discurso organizacional no apenas como fator constitutivo da realidade social, mas tambm como prtica ideolgica, que contribui na construo das identidades sociais e individuais. O corpus da pesquisa composto de artigos da revista Exame, publicados entre 1990 e 2002. Por meio deles, buscou-se verificar e analisar o discurso organizacional em recursos humanos e o impacto desse discurso, em suas mais diversas categorias, no indivduo que trabalha nas organizaes na sociedade atual. a anlise dos artigos possibilitou identificar algumas categorias do discurso: o superexecutivo de sucesso nas organizaes, o discurso do comprometimento organizacional, os modismos gerenciais, o discurso da participao nas organizaes, o discurso da sade nas empresas e o discurso das melhores empresas para se trabalhar. Alm disso, o discurso organizacional em recursos humanos foi analisado no apenas do ponto de vista do que dito, mas tambm do ponto de vista do que no foi dito, e que pode ser analisado, a partir de um enfoque crtico. O resultado foi a identificao e a anlise de um conjunto de elementos que formam esse discurso organizacional e que permeiam intensamente as relaes de trabalho nas organizaes: o sucesso a qualquer custo, o sucesso que s se consegue com trabalho duro, a exclusividade das empresas na vida do indivduo, o trabalhador esportista e vencedor (sem espaos para frgeis e perdedores), a lealdade e o amor empresa, o valor do dilogo (nem sempre reflexo da participao efetiva do indivduo no processo decisrio). So esses alguns dos tpopicos que compem o discurso organizacional em recursos humanos da revista exame e que o presente trabalho se prope a analisar.
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A opo pelas alianas estratgicas como forma de sobrevivncia empresarial tem se tornado cada vez mais comum, principalmente a partir da dcada de 1980. Dentre as alianas que vm sendo formadas, um modelo chama a ateno por suas caractersticas peculiares: as alianas estratgicas entre empresas concorrentes. Essas alianas, tambm conhecidas como Alianas Horizontais, trazem em si um elemento de cooperao e competio simultneos, criando um aparente paradoxo. Compreender como os gestores lidam com essa dualidade uma tarefa interessante que nos leva a trafegar em um espectro de posies estratgicas que vo desde a competio extrema at a irrestrita cooperao, passando por uma viso co-opetitiva, onde as relaes de mercado podem ser, ao mesmo tempo, de competio e cooperao, em um complexo jogo de percepes e impresses onde a fronteira da concorrncia torna-se cada vez mais nebulosa. Esta pesquisa buscou compreender como se d a criao de sentido (sensemaking) nos processos de formao e gesto de alianas estratgicas entre empresas concorrentes atravs das etapas de busca, percepo e interpretação propostas por Daft e Weick (1984). Para tal, foi necessrio compreender os conceitos de Alianas Estratgicas e de criao de sentido (sensemaking), bem como entender o processo de criao de sentido acerca dessas oportunidades de alianas. Foi tambm importante investigar se essas alianas so formadas com intuitos instrumentais e imediatos ou se so vistas como estratgicas para a organizao e de longo prazo. Utilizou-se neste trabalho uma estratgia de pesquisa com base em Estudo de Casos Mltiplos, valendo-se para tal de Anlises de Antenarrativas e utilizou-se o Mtodo do Incidente Crtico para orientar a anlise. Anlises de Antenarrativas buscam construir a narrativa dos casos atravs de fragmentos de falas e notcias. Por se tratar de uma construo focada na cognio dos gestores e reconhecendo a dificuldade de se captar essas questes, as antenarrativas forneceram um arcabouo material valioso para a construo dos casos. Foram estudadas as alianas entre TAM e Varig, quando realizaram operaes de code-share durante cerca de 2,5 anos no incio da dcada, e a Credicard, joint venture formada na dcada de 70 por Ita, Unibanco e Citibank, para a expanso do mercado de cartes de crdito no pas. Os casos utilizados foram escolhidos por duas razes principais: fornecem um ciclo completo de duas alianas diferentes, em setores diferentes, porm realizadas entre concorrentes; so casos emblemticos na economia brasileira, com desfecho recente. Foi possvel verificar que, para os casos citados, o sentido da aliana se altera ao longo do tempo, alterando tambm as aes tomadas por cada um dos parceiros em funo da percepo que eles tem do ambiente e dos prprios parceiros. Enquanto muda a percepo, muda o proprio jogo da aliana. Dessa forma, possvel supor que o significado das alianas que vai mudando ao longo do tempo pode ser, em dado momento, instrumental e, em outro, estratgico.
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Nos anos 1950 dois grupos de intelectuais pblicos, organizados em torno da CEPAL, em Santiago do Chile, e do ISEB, no Rio de Janeiro, pensaram a Amrica Latina de forma pioneira de um ponto de vista nacionalista. A CEPAL criticou a lei das vantagens comparativas e suas implicaes antiindustrializantes e imperialistas; o ISEB concentrou sua ateno na coalizo de classes por trs da estratgia nacional de desenvolvimento proposta. A existncia de uma burguesia nacional era fundamental para esta interpretação. Entretanto, a Revoluo Cubana e os golpes militares modernizantes que se seguiram abriram espao para a crítica dessas ideias pela interpretação marxista da dependncia que logo se dividiu em dois grupos. Os dois rejeitaram equivocadamente a possibilidade de uma burguesia nacional nos pases latino-americanos, mas enquanto uma derivava dessa premissa equivocada a necessidade e possibilidade de uma revoluo socialista, o outro, associado escola de sociologia de So Paulo (USP) concluiu pela associao com os pases em ricos. Ambos ignoraram o carter ambguo e contraditrio da burguesia da regio e enfraqueceram o nacionalismo econmico que caracteriza a formao dos estados-nao e seu desenvolvimento econmico
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A partir da compreenso da historicidade de duas teorias sobre os fundamentos da Educao Musical (EM) a Filosofia da Educao Musical (FEM) e a Nova Filosofia da Educao Musical (NFEM) a tese busca tensionar e ampliar as concepes sobre a natureza da experincia com msica, polarizadas entre as duas filosofias como educao esttica e como atividade procedural. A crítica se d quanto pretenso de projeto das filosofias, que pretendem fixar uma natureza para a experincia musical e justificar sua incluso nos currculos escolares, a partir de pressupostos cognitivistas. Embora apresentem-se em uma oposio entre uma concepo de educao da sensibilidade esttica (FEM) e outra praxial (NFEM), a historicidade que as constitui revela em ambas as filosofias a influncia de pelo menos trs idias sobre a experincia musical: a metfora das formas sonoras em movimento (Hanslick, 1989); a analogia com a linguagem, do ponto de vista da comunicabilidade de significados e do ponto de vista do anlogo formal da vida afetiva (Langer, 1980); a multidimensionalidade, surgida nas filosofias a partir da influncia da teoria do significado musical (Meyer, 1956, 1967). Estas trs idias constituem a base dos ideais pedaggicos das filosofias analisadas e produzem diferentes efeitos em cada uma delas, provocando a polaridade entre produto musical e processo musical e entre audio e performance.
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Estudos atuais mais sistemticos sobre avaliao educacional tm, sucessivamente, privilegiado o exame do seu carater tcnico. Uma srie de tericos filiam-se a este tipo de postura que se resume em operacionalizar a prtica de avaliaao, indicando um conjunto de procedimentos a serem seguidos, para transform-la num processo objetivo e eficaz. No Brasil, a projeo desse modo de pensar uma constante nos escritos examinados de alguns estudiosos sobre o assunto, e se apresenta ostensivamente nas diretrizes emanadas dos rgos oficiais de educao. Tanto num,como noutro caso, observa-se a aceitao incondicional do quadro terico definido nos estudos de tendncia tecnicista, projetados sobre a avaliao. A partir destas constataes tentou-se relacionar a tendncia de apresentar a avaliao educacional como um problema de carter exclusivamente tcnico com a matriz terica que o engendra. Esta matriz foi localizada no quadro de explicao teleolgico ou funcional, subordinada lgica formal, cujo contedo permite tornar legitimo o tratamento da avaliao como um problema de caracteristicas predominantemente tcnicas. Porm, ao ser assim tratada, a avaliao fica sujeita a alguns limites. So os limites a ela impostos decorrentes da matriz teorica adotada pelos estudiosos da avaliao de tendncia tecnicista, cuja parcialidade impede a anlise do conjunto de implicaes incidentes sobre a prtica de avaliao. A estes somam-se os limites reais. A superao de alguns limites impostos avaliao e ducacional ensejam a investigao, no conjunto de relaes sociais vigentes nas sociedades, das funes sociais cumpridas pelo aparelho escolar. Neste contexto possivel imputar a avaliao o desempenho de diferentes papis conforme a perspectiva politica a ela atribuida e escola. Mas o caminho de superaao das restries da prtica de avaliao encontra-se na prpria escola, quando ela se transforma no instrumento real de formao do homem enquanto ser coletivo e que participa efetivamente da construo da sociedade.
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Este estudo faz uma anlise crítica da educao e do trabalho nos Planos Nacionais de Desenvolvimento, via aoes coordenadas pela Superintendncia do Desenvolvimento da Amaznia (Sudam), com sua poltica de desenvolvimento regional, que significa expanso da acumulao capitalista - desenvolvimento em nome da regio. A natureza "verdadeira" desta relao (educao e trabalho), no plano real, est contida muito mais nos programas econmicos do que nos formalmente enquadrados como educativos. Se a Amaznia dependesse do ensino formal para modificao das estruturas dominantes e para transformao das relaes antagnicas de apropriao e expropiaao, permaneceria inalterada, como ocorreu at 1960, antes da construo da rodovia Belm-Braslia e implantao dos grandes projetos de desenvolvimento deslanchados pelo Estado. A poltica de desenvolvimento regional dirigiu-se a favor da classe dominante, que tem seu locus hegemnico no Centro-Sul do Brasil. A ao pedaggica dos grandes projetos econmicos - pedagogia do capital - foi to ou mais efetiva do que a da escola, exatamente pela "ausncia" desta na Amaznia. A rede escolar da regio est em torno de 11.626 escolas para atender a uma populao escolarizvel de cerca de 2 milhes de crianas. Na zona rural se atende a 37% da demanda. Hoje, pouco ou quase nada se tem de uma tpica comunidade amaznica: o espao-homem ou homem-espao outro, com pletamente diferente; novos hbitos foram incorporados, h novas maneiras de viver e/ou morrer, prprias do "urbano"; os tipos e formas de produo tambm se transformaram, as culturas de subsistncia, por exemplo, esto sendo gradativamente substitudas por outras de maior valor para exportao, corno caf, cacau, pimenta-do-reino, juta etc.; as tradies culturais esto sendo vilipendiadas, at no tratamento de doenas, atravs da alopatia convencional; h descaracterizao das manifestaes folclricas etc. Todas essas transformaes ocorridas se integram ao projeto maior de desenvolvimento, como produto da entrada da Amaznia no mundo do "progresso". As aes implementadas pelo Estado se articulam e se completam nos empreendimentos econmicos da iniciativa privada. Em suma, trata-se de um "progresso" que, ao contrrio de representar um meio de melhoria das condies de vida, representa para a grande maioria dos trabalhadores urna radicalizao da degradao destas condies.
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O objetivo deste estudo volta-se para uma anlise a nvel terico,da construo de normas. constitutivas do sistema moral aptas a direcionarem a conduta humana. Trs referenciais bsicos foram estabelecidos como pla taformas para o estudo: A Crítica da Razo Prtica de I. Kant e a avaliao do carter neces5rio da norma. bem como a dificuldade de transpor para o plano histrico e emprico. critrios de universalidade inerentes ao "imperativo categrico". A categorizao dos valores de E. Spranger forneceu elementos para proceder a uma anlise da sociognese das normas, partindo de critrios valorativos. culturalmente estabelecidos, aptos a quantificar contedos para a moral. Finalmente. a perspectiva piagetiana ofereceu as bases para uma avaliao da psicognese como construo formal dos sistemas de regras, que compem a moral humana. O estudo aqui realizado estabelece seus prprios limites dentro dos trs contextos acima selecionados por constituirem uma interpretação prefixada que viza harmonizar tais posioes. Estas fronteiras. assim definidas. justificam portanto o carter circunscrito. e sem pretenses de ser exaustivo na matria que o presente trabalho se prope evidenciar.
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Esta monografia analisa as caractersticas da consulta tributria no Estado do Rio de Janeiro, abordando suas principais caractersticas e efeitos, com enfoque na interpretação das hipteses em que o Estado do Rio de Janeiro no conhece a consulta tributria, em especial no artigo 165, inciso III, do Decreto Estadual n 2.473/1979. Antes de analisar como o referido dispositivo legal deve ser interpretado, foi defendido que o artigo 165 do Decreto Estadual n 2.473/1979 foi recepcionado como lei pela Constituio Federal de 1988, com base em decises do Supremo Tribunal Federal que entenderam (i) que uma mesma lei poderia ter dupla natureza jurdica e que (ii) um decreto anterior Constituio Federal de 1988 foi recepcionado como lei pela atual Constituio. Alm disso, foi defendido que a legislao tributria, incluindo o artigo 165, inciso III, do Decreto Estadual n 2.473/1979, no pode ser interpretada exclusivamente de acordo com o silogismo jurdico, razo pela qual as normas jurdicas, sempre que tiverem mais de uma interpretação e/ou limitarem e/ou violarem direitos fundamentais, devem ser interpretadas de acordo com o ps-positivismo jurdico. A concluso deste estudo a de que o artigo 165, inciso III, do Decreto Estadual n 2.473/1979 deve ser interpretado conforme a Constituio, de forma que a consulta tributria s no ser conhecida nos casos em que a situao descrita em ato normativo for flagrantemente impossvel de gerar quaisquer dvidas sobre a interpretação da legislao tributria.
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O objetivo deste estudo foi investigar o processo de corroso no ao embutido nos concretos com relao a/agl 0,40; a/agl 0,50 e a/agl 0,70, com substituio parcial do cimento por 30% de cinza da casca de arroz (CCA), 25% ou 50% de cinza volante (CV), expresso por massa de cimento, obtendo-se concretos convencionais com resistncia mecnica variando entre 17 e 51 MPa, aos 28 dias de idade. O processo de corroso foi induzido pelos ons cloreto, por exposio aos ciclos de imerso em soluo com 3,5% NaCl e secagem ao ar, durante um longo perodo de exposio (5 anos). Foram apresentados os resultados obtidos das propriedades fsicas (resistncia mecnica compresso axial, ndice de vazios e absoro de gua) e propriedades eltricas (queda hmica, resistncia e capacitncia do concreto e interfacial). Foram discutidas as tcnicas eletroqumicas usadas para avaliar o processo de corroso, tais como o monitoramento do potencial de corroso (Ecorr), resistncia de polarizao (Rp), espectroscopia de impedncia eletroqumica (EIS) e curvas de polarizao. A tcnica de interrupo de corrente foi usada para obter-se informaes sobre a queda hmica no sistema. No presente estudo foram utilizados diferentes mtodos de determinao da velocidade de corroso (icorr), tais como Rp e EIS. Ambas as tcnicas foram relativamente adequadas para a determinao do valor da icorr, quando o ao se encontrava no estado de corroso ativa. O valor da icorr obtida pela extrapolao das retas de Tafel (retas tangentes s curvas de polarizao) tendeu ser mais baixo. Observou-se que a tcnica de Rp relativamente simples, rpida e quantitativa, mas requer a determinao da compensao da queda hmica no sistema, o qual pode variar com o tempo de exposio, contedo de umidade, teor de ons cloreto e com o grau de hidratao. A tcnica EIS pode fornecer informaes precisas sobre a icorr, processo de difuso envolvido, heterogeneidade ou porosidade da matriz e interfaces do concreto. Todavia, pode criar um espectro de difcil interpretação, alm de consumir muito tempo para a aquisio dos resultados. A dificuldade na tcnica EIS ficou tambm relacionada com a obteno direta da resistncia de transferncia de carga (Rt) no diagrama de Nyquist. A evoluo do processo de corroso pode ser mais bem avaliada pelo acompanhamento da diminuio da inclinao da curva log |Z| x log no diagrama de Bode, sendo esta diretamente proporcional Rt. Para a anlise dos dados de impedncia, um circuito equivalente foi proposto, auxiliando na interpretação fsica do processo de corroso acontecendo no sistema ao-concreto sem pozolana. Os resultados obtidos tambm demonstraram que os concretos com mais baixa relao a/agl estudada e com pozolana (30% CCA, 25% CV ou 50% CV, por massa de cimento) foram mais eficientes no controle da iniciao do processo de corroso, induzida por ons cloreto, quando monitorado pela medida do Ecorr.
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O tema central dessa pesquisa identificar gargalos da legislao brasileira por meio de reviso das principais leis, decretos e instrues normativas que norteiam o ambiente regulatrio para os biofertilizantes, e propor medidas que facilitem o desenvolvimento do setor. O insumo faz parte da legislao brasileira desde a publicao da primeira lei de fertilizantes em 1980, e tem seu uso descrito em trabalhos acadmicos. No entanto, a falta de registros de produtos biofertilizantes junto ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) at o final do ano de 2014 merece ateno do setor de insumos e das lideranas que legislam. O entendimento das implicaes e efeitos da legislao na adoo do insumo, bem como as implicaes para a reviso das normas, presentes no trabalho, apoiam o setor de insumos, as lideranas polticas e a pesquisa na adequao das normas e procedimentos tcnicos que viabilizem o registro das solues do setor de biofertilizantes e o acesso facilitado por parte dos agricultores. O trabalho revisou a legislao brasileira relevante para o insumo biofertilizante, e entrevistou lideranas polticas, institucionais e de empresas no que diz respeito s principais dificuldades enfrentadas para o melhor desenvolvimento do setor. Investigou-se tambm a situao apresentada em outros pases, como Estados Unidos, Canad e pases da Unio Europia atravs da reviso de leis e documentos, e de entrevistas com profissionais do setor de insumos e representantes de instituies atuantes nos mercados mencionados. Apesar de diferenas nas definies propostas pelos vrios pases e outras classificaes congruentes, as dificuldades que empresas do setor de nutrio enfrentam no registro de biofertilizantes correspondem aos desafios tambm enfrentados por empresas para criar a classe de bioestimulantes nos Estados Unidos, e principalmente queles da maioria dos pases europeus analisados. Identificou-se que a legislao vigente e sua interpretação, e exigncias para o lanamento de novos produtos no atendem plenamente o setor produtor de biofertilizantes, o qual ademais no possui a mesma expertise regulatria que o setor agroqumico para melhor definir seus protocolos de validao junto ao rgo anuente. Mudanas na legislao, melhor articulao da cadeia produtiva no entendimento das necessidades, e maior interao das entidades representativas com o Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) se fazem essenciais para viabilidade do insumo biofertilizante.
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Investiguei a arte como estratgia de ensino/aprendizagem e como esta prtica estabelece quebra de paradigmas e incentivo autonomia discente. Para tanto fiz uma breve descrio histrica acerca do panorama terico correlacionado com o percurso das inovaes educacionais desde o final da Idade Mdia at a contemporaneidade, buscando identificar de que forma o acmulo terico-metodolgico gerado por este itinerrio influenciou na disciplina Arte/Educao e no seu potencial inovador. Observei ainda como a ilustrao textual, produzida pelos educandos, funciona como veculo de reelaborao crítica de suas realidades mediata e imediata. Esta investigao teve como sujeitos alunos do nono ano do Ensino Fundamental II, no decorrer de 2011, na escola autogestionria Waldorf Micael, em Fortaleza, Cear, Brasil. Ao longo das observaes, procurei responder s seguintes questes: De que maneira a ilustrao textual se configura na qualidade de mediadora de processos interpretativos no contexto de ensino/aprendizagem em arte e literatura? De que forma, ela, no contexto da sistemtica pedaggica, se revela como ferramenta de inovao pedaggica? Qual a sua importncia no desenvolvimento do senso crtico do educando, e como tal fato se configura inovador? Como interfere na apreenso da realidade do educando, no seu aspecto esttico, poltico e social? Os dados da investigao foram obtidos por meio de entrevistas, anlise documental e observao participante; dessa forma esta pesquisa configurou-se como qualitativa, do tipo etnogrfica e de base hermenutica.
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O presente trabalho analisou as prticas pedaggico-culturais voluntrias no contexto social de crianas em situao de pobreza em Caruaru PE Brasil, organizadas por meio de uma abordagem qualitativa de natureza etnogrfica. Foram objetivos especficos da pesquisa: explicitar os princpios e pressupostos predominantes destas prticas; analisar as atividades artstico-culturais como meio de construo do conhecimento; analisar se essas prticas pedaggico-culturais so inovadoras. Apoiamos a pesquisa nas perspectivas da interao scio-cultural de Vygotsky (2007; 2009; 2004), da aprendizagem significativa de Ausubel (1979), da inovao pedaggica de Fino (2000; 2001; 2003; 2005; 2007; 2008; 2009; 2011), da crítica escola atual de Toffler (1973) e dos novos contextos de ensino de Papert (2008). Participaram desta pesquisa trs professoras do 1, 2 e 3 ciclo e seus respectivos alunos. Como procedimentos de construo dos dados, adotamos o estudo de caso de acordo com Yin (2010) e Macedo (2006). E, como instrumentos, a anlise documental de Bardin (2004), Macedo (2009), Ldke e Andr (2004); a entrevista semiestruturada (Macedo, 2006; Marcuschi, 1999; Lapassade, 2005), a observao (Macedo, 2006) e a videografia (Andr, 2008; Macedo, 2006). No tratamento dos dados, utilizamos a anlise de contedo (Bardin, 2004; Macedo, 2009) e a anlise microgentica (Meira, 1994; Moraes, 1999). Os resultados demonstraram prticas pedaggicas inovadoras em que as atividades artstico-culturais humanizam e subsidiam a construo do conhecimento pelo aluno. Na anlise documental apresenta-se uma prtica diferenciada da escola formal. Na anlise e interpretação das entrevistas, a docncia mostrou-se engajada na afetividade, compromisso com os alunos, autoria compartilhada, reconhecimento como professora pesquisadora e o papel de mediadora na construo do conhecimento, construdo com vnculo pessoal com os alunos e destes com a instituio.
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The 1980s, at UFRN represented a moment of resumption of student struggles. The major goals of the student movement in this period was the fight against the authoritarian regime and for the democracy within and outside the university. In this context, events, activities, artistic and cultural productions were organized in order to make a critical policy for the procedure, trying to establish a dialogue between the university community and the population. Our work has made a research on cultural practices of the student movement in the 1980s. We did an analysis on the process of democratic transition in Brazil, the political participation of youth, their cultural practices in the country, society and politics in the RN, the student movement at UFRN and its cultural practices. We also discussed the concept of culture and cultural practices, but also pointed each of the the main activities and cultural productions organized by students of UFRN in that period. As methodological resource, were used the oral sources, the academic literature on the subject and newspaper pieces, newsletters and advertisement material of the students