1000 resultados para Doenças cardiovasculares Teses


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O interesse crescente pelos alimentos enriquecidos com esteris vegetais deve-se ao fato de que estes diminuem as concentraes sanguneas de colesterol sem efeitos adversos colaterais. Neste contexto, o enriquecimento de alimentos com esteris vegetais poder constituir uma ajuda importante na proteo da populao contra a aterosclerose e doenças cardiovasculares. As informaes sobre o comportamento alimentar so praticamente inexistentes em Portugal, pelo que se torna indispensvel perceber a importncia dos produtos funcionais nos hbitos de consumo. O presente trabalho pretendeu avaliar os hbitos de consumo de uma populao de Viseu relativamente aos leites fermentados com baixo teor de gordura enriquecidos com esteris vegetais e margarinas enriquecidas com fitoesteris. Para cada produto foram feitos 577 inquritos a indivduos escolhidos aleatoriamente numa populao que efetuava as suas compras semanais em vrios hipermercados da cidade de Viseu. Inquiriu-se sobre vrios parmetros respeitantes a leites fermentados com baixo teor de gordura enriquecidos com esteris vegetais e margarinas enriquecidas com fitoesteris. Os resultados preliminares obtidos mostraram que, para a maioria dos inquiridos a compra dos alimentos era condicionada pelo seu custo elevado. Os indivduos que afirmaram consumir os produtos eram maioritariamente mulheres com idade entre os 4065 anos. Relativamente aos parmetros avaliados no se observam diferenas estatisticamente significativas entre ambos os sexos. Estes inquiridos ingeriam maioritariamente o alimento 1vez/dia (leites fermentados, margarina (fatia/dia)) fazendo esta escolha por apresentarem colesterol elevado ou por lhes atriburem efeitos preventivos para a doena. Para alm disso quer os que estavam sob teraputica antidislipidmica quer os que no estavam declararam observar efeitos positivos na hipercolesterolemia. Parece evidente que so as preocupaes com a sade que influenciam a aquisio dos leites fermentados com baixo teor de gordura e margarinas enriquecidos com fitoesteris. As declaraes feitas sobre os nveis de colesterol, ingesto declarada e efeitos observados parecem sugerir uma ingesto com quantidade e frequncia suficiente. Tambm a faixa etria que mais consome parece estar de acordo com as recomendaes. A elevada taxa de no consumidores encontrada no estudo e que alega no necessidade e descrena de efeitos mesmo quando tal no acontece pode atribuir-se escassez de informao nos rtulos e/ou custo acrescido do produto. Esclarecer sobre a importncia da incluso destes produtos na dieta sozinhos ou como coadjuvantes de teraputica instituda poder ser uma forma de conseguir o equilbrio na gesto da hipercolesterolemia.

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A interveno educativa de enfermagem uma estratgia que pode ser til na alterao dos comportamentos de sade da pessoa. O internamento para cirurgia coronria constitui uma oportunidade valiosa para o enfermeiro concretizar essa educao direcionando-a promoo de comportamentos saudveis e preveno secundria da doena coronria e cardiovascular, uma vez que estas continuam a ser a causa de morte mais importante a nvel global. Os quatro principais comportamentos de sade associados aos fatores de risco da doena coronria so a alimentao, a atividade fsica, o consumo de lcool e de tabaco. Desta forma, o objetivo do presente estudo avaliar a influncia da interveno educativa de enfermagem na promoo de comportamentos saudveis da pessoa submetida a cirurgia coronria, nomeadamente ao nvel do comportamento alimentar, atividade fsica, consumo de lcool e tabaco e consequentemente sobre os valores antropomtricos (ndice de massa corporal e permetro da cintura). Nesse sentido desenvolveu-se um estudo quantitativo, longitudinal, do tipo quase experimental, com grupo de controlo. O grupo experimental foi sujeito a interveno educativa personalizada e estruturada, durante o internamento hospitalar, na consulta de acompanhamento de enfermagem (duas a trs semanas aps a cirurgia) e via telefone (dois meses aps a cirurgia). Realizaram-se duas avaliaes em cada grupo: a primeira, antes da cirurgia e a segunda, trs meses aps a cirurgia. Os instrumentos de colheita de dados incluram: o questionrio de caracterizao sociodemogrfica e clnica, a Escala de Hbitos Alimentares, o Questionrio da Atividade Fsica Habitual, o Teste de Identificao das Perturbaes do Consumo de lcool e o Teste de Fagerstrom sobre a Dependncia Tabgica. Os resultados demonstraram que a interveno educativa realizada contribuiu para uma melhoria significativa da atividade fsica no grupo sujeito a interveno. Verificou-se tambm uma melhoria do comportamento alimentar e uma reduo do ndice de massa corporal e do permetro da cintura. Sugerem-se estudos mais alargados e abrangentes na dimenso e tipo de amostra e no tempo de acompanhamento para verificao dos resultados e potenciar o sucesso dos mesmos.

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A interveno educativa de enfermagem uma estratgia que pode ser til na alterao dos comportamentos de sade da pessoa. O internamento para cirurgia coronria constitui uma oportunidade valiosa para o enfermeiro concretizar essa educao direcionando-a promoo de comportamentos saudveis e preveno secundria da doena coronria e cardiovascular, uma vez que estas continuam a ser a causa de morte mais importante a nvel global. Os quatro principais comportamentos de sade associados aos fatores de risco da doena coronria so a alimentao, a atividade fsica, o consumo de lcool e de tabaco. Desta forma, o objetivo do presente estudo avaliar a influncia da interveno educativa de enfermagem na promoo de comportamentos saudveis da pessoa submetida a cirurgia coronria, nomeadamente ao nvel do comportamento alimentar, atividade fsica, consumo de lcool e tabaco e consequentemente sobre os valores antropomtricos (ndice de massa corporal e permetro da cintura). Nesse sentido desenvolveu-se um estudo quantitativo, longitudinal, do tipo quase experimental, com grupo de controlo. O grupo experimental foi sujeito a interveno educativa personalizada e estruturada, durante o internamento hospitalar, na consulta de acompanhamento de enfermagem (duas a trs semanas aps a cirurgia) e via telefone (dois meses aps a cirurgia). Realizaram-se duas avaliaes em cada grupo: a primeira, antes da cirurgia e a segunda, trs meses aps a cirurgia. Os instrumentos de colheita de dados incluram: o questionrio de caraterizao sociodemogrfica e clnica, a Escala de Hbitos Alimentares, o Questionrio da Atividade Fsica Habitual, o Teste de Identificao das Perturbaes do Consumo de lcool e o Teste de Fagerstrom sobre a Dependncia Tabgica. Os resultados demonstraram que a interveno educativa realizada contribuiu para uma melhoria significativa da atividade fsica no grupo sujeito a interveno. Verificou-se tambm uma melhoria do comportamento alimentar e uma reduo do ndice de massa corporal e do permetro da cintura. Sugerem-se estudos mais alargados e abrangentes na dimenso e tipo de amostra e no tempo de acompanhamento para verificao dos resultados e potenciar o sucesso dos mesmos.

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Resumo As doenças cardiovasculares so a principal causa de mortalidade em Portugal e a sua incidncia e prevalncia tem vindo a aumentar na mulher. Um dos seus principais fatores de risco a HTA, um problema invisvel e silencioso. A preveno a estratgia chave na reduo da sua incidncia. Realizamos um estudo quantitativo, exploratrio e descritivo-correlacional com objetivo de descrever os fatores preditores para o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. A amostra constituda por 406 mulheres dos 20 aos 69 anos, residentes na regio centro. O instrumento de recolha de dados envolve: Caracterizao sociodemogrfica; avaliao antropomtrica; clculo do risco de HTA; escala de hbitos alimentares e teste de batalha. Verificamos que as mulheres apresentam um risco significativo de desenvolver Hipertenso Arterial a 1, 2 e 4 anos. As com mais idade, vivas ou casadas, residentes em meio rural, inativas profissionalmente, fumadoras e com conhecimento sobre a HTA, so as que apresentam maior risco. Contrariamente, as com peso normal ou baixo peso, composio corporal ectomorfa e TA ptima ou normal, revelaram baixo risco. No se verificou evidncia estatstica de que os Hbitos Alimentares influenciam o risco. Conclumos que a idade, escolaridade, estado civil, o emprego, o IMC e Tenso Arterial acima de valores normais so os principais fatores preditores para o desenvolvimento de HTA. Este estudo contribuir para identificar e compreender os fatores de risco da HTA a 1,2 e 4 anos, constituindo uma mais-valia para a preveno e reduo da sua incidncia e desenvolver novas estratgias teraputicas.

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INTRODUO: Consciencializar a populao para Estilos de Vida Saudveis (EVS) cada vez mais importante, podendo prevenir Doenças Cardiovasculares (DCV's) que so a principal causa de morte para toda a populao Portuguesa. Cabe aos enfermeiros, enquanto agentes de educao em sade, promover EVS e prevenir e controlar DCV's. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil de Estilos de Vida (EV) e o perfil scio-demogrfico; Identificar fatores de risco atravs da avaliao dos resultados de parmetros clnicos; Analisar relaes estatisticamente significativas; Promover comportamentos promotores da sade EVS. METODOLOGIA: Foi aplicado um instrumento de recolha de informao composto por uma caracterizao scio-demogrfica; antecedentes pessoais, avaliao de determinados parmetros clnicos e aplicao da escala SCORE. DISCUSSO/RESULTADOS: Os participantes maioritariamente vivem no meio urbano (53,8%) e 53,2% no possui habilitaes literrias ou tem apenas o ensino bsico ou secundrio, e 46,2 % possui a licenciatura. Dos participantes em estudo, cerca de 53,8% no possui colesterol de risco, no entanto 25% dos participantes possui o risco elevado de colesterolmia. Em relao ao IMC cerca de 55,8% encontra-se em sobrepeso, obesidade de grau I e II, enquanto que 44,2% possui um peso normal. A mdia do IMC de 26,62%. Quanto ao permetro abdominal 69,2% possui risco aumentado e muito aumentado, enquanto que apenas 30,8% no possui qualquer risco, dentro dos parmetros normais. Dos participantes no estudo a maioria no tem diabetes (86,5%) e no so hipertensos (59,68%), apresentando um valor mdio de glicemia de 111,96mg/dL, e um valor mdio de tenso arterial de TAS de 134,88mmHG e de TAD de 78,87mmHg. A nvel do score da escala SCRE obtivemos uma mdia de 3,85%. Foram encontradas correlaes significativas entre: EV e TA; IMC e PA, TA e Glicmia. Estes resultados evidenciam que a populao alvo encontra-se com um score de 3,85% correspondendo a um risco cardiovascular moderado. Assim, devemos continuar a investir na interveno de Enfermagem, a nvel de sensibilizaes/rastreios com consulta de enfermagem para a comunidade, no sentido de promover a sade e prevenir o agravamento da doena, com o intuito de aumentar a qualidade de vida destas pessoas, com base nas orientaes cientficas das instituies nacionais e internacionais.

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Introduo: As doenças cardiovasculares (DCV) so a mais importante causa de mortalidade em Portugal, pelo que uma rea de interveno prioritria (Direo-Geral da Sade [DGS], 2014). Sendo uma doena que se carateriza por estar associada ao estilo de vida, existe um enorme potencial de interveno para os enfermeiros, enquanto agentes promotores de estilos de vida saudveis, atuando na sua promoo e preveno da doena. Apesar da evoluo nos tratamentos, as taxas de mortalidade, EAM e reinternamento de doentes com Sndrome Coronria Aguda (SCA) continuam altas (European Society of Cardiology [ESC], 2011). Para alm disso, uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovasculares (obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e hipertenso), assim como a adeso teraputica, uma vez que na prtica tem-se verificado que os doentes frequentemente no aderem teraputica, mantendo comportamentos de risco cardiovascular. Nesse sentido, evidencia-se a pertinncia do acompanhamento de enfermagem para fomentar o controlo dos fatores de risco, atravs de um estilo de vida saudvel e da adeso ao regime teraputico proposto. Objetivo(s): O objetivo geral desta investigao foi analisar os efeitos de um programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, nos doentes a quem foi diagnosticada SCA; e o objetivo especfico, analisar a influncia do programa de ensino sobre o ndice de massa corporal (IMC), permetro abdominal (PA), tenso arterial (TA), frequncia cardaca (FC), glicemia capilar, colesterol total (CT), adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico, literacia acerca da sua situao clnica e estilo de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, longitudinal, randomizado, do tipo experimental, "antes-aps", com grupo testemunho. Utilizou-se um mtodo de amostragem probabilstico: a amostragem aleatria simples. Os participantes foram distribudos aleatoriamente pelos grupos, sendo que o grupo experimental (GE) foi acompanhado durante 6 meses, com uma consulta de enfermagem mensal. Existiram duas avaliaes em cada grupo: no incio, antes do programa de consultas e no final. Utilizaram-se vrios instrumentos de colheita de dados: questionrio de caraterizao sociodemogrfica, Medida de Adeso aos Tratamentos, Instrumento de Autocuidado Teraputico, Teste de Batalla, conjunto de questes verdadeiro/falso e Questionrio Estilo de Vida Fantstico. A amostra constituda por 24 participantes, 13 no GE e 11 no grupo de controlo (GC). Resultados: Procurou-se assegurar a homogeneidade dos grupos em termos sociodemogrficos, sendo que existiam 72,73% de homens e 27,27% de mulheres no GC e 69,23% de homens e 30,77% de mulheres no GE. Quanto idade, a mdia no GE era 68,08 anos (s 11,74) e no GC 67,55 (s 10,24) anos. Verificou-se um predomnio dos doentes casados/unio de facto (63,64% no GC e 61,54% no GE) e a maioria dos doentes vivia com familiares (72,73% no GC e 76,92%). Relativamente ao nvel de escolaridade, verificou-se que a maioria dos doentes apresentava at o 1 ciclo de ensino bsico (45,45% no GC 45 e 46,15% no GE). Quanto situao profissional, a maioria dos doentes pertencia categoria de reformados (72,73% no GC e 61,55% no GE). Verificou-se uma elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares nos grupos, nomeadamente hipertenso (92,31% no GE e 81,81% no GC), dislipidmia (84,62% no GE e 81,81% no GC), diabetes (46,15% no GE e 27,27% no GC), excesso de peso (69,23% no GE e 90,9% no GC), histria familiar (38,46% no GE e 54,55% no GC) e tabagismo (15,38% no GE). O acompanhamento dos doentes do GE com uma consulta de enfermagem por ms, durante 6 meses, ter contribudo para a reduo do IMC e do PA. No se verificaram diferenas estatisticamente significativas, entre os grupos, no que respeita influncia do programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, no controlo da TA, FC, glicemia capilar e CT, na melhoria do estilo de vida, na adeso teraputica farmacolgica, na capacidade de autocuidado teraputico nem na literacia acerca da sua situao clnica. Verificou-se, no GE, um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas da avaliao inicial para a avaliao final. Houve ainda um aumento estatisticamente significativo do score de estilo de vida, de adeso teraputica farmacolgica, de capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica, no GE. No se verificou influncia do programa de ensino estruturado na evoluo do GE quanto FC e CT. Discusso: No que se refere s caratersticas da amostra, os dados encontrados vo de encontro s caratersticas da prpria DCV aterosclertica, que possui uma origem multifatorial, afetando maioritariamente homens e cuja incidncia aumenta com a idade. Relativamente ao sexo, os dados so concordantes com os apresentados por Ijzelenberg et al. (2012) e Eshah (2013), j na idade, os estudos referidos apresentam uma mdia etria inferior da presente investigao. Verificou-se ainda uma maior prevalncia de doentes casados/unio de facto, que residem com familiares, factos concordantes entre si e com os resultados apresentados em vrios estudos (Holmes-Rovner et al., 2008, Ijzelenberg et al., 2012; Eshah, 2013). Neste estudo, por se tratar de preveno secundria da DCV, todos os elementos da amostra j tinham apresentado pelo menos um evento cardiovascular, pelo que se trata de uma amostra com elevada prevalncia de fatores de risco. De notar que os doentes do GC apresentavam valores mais elevados relativamente obesidade e histria familiar de doena cardaca. Esta elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares concordante com a apresentada nos estudos de Holmes-Rovner et al. (2008) e Eshah (2013). No sentido de averiguar se os doentes que seguiram um programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, apresentavam valores mais baixos de IMC e PA, do que aqueles que no seguiram o referido programa, verificou-se que o acompanhamento dos doentes do GE contribuiu para a reduo do IMC e do PA. Estes resultados vo de encontro ao que referido por vrios autores, nomeadamente Ijzelenberg et al. (2012) que verificaram que os doentes do GE, que foram acompanhados durante 6 meses, com o objetivo foi modificar fatores de risco cardiovasculares associados ao estilo de vida, apresentaram uma reduo significativa do peso, IMC e PA. Tendo sido verificada a existncia de diferenas com significado estatstico, entre o GE e o GC, para o IMC e o PA aps os 6 meses de acompanhamento, seria expectvel que houvesse impacto no controlo da TA, glicemia capilar e CT, contudo tal no se verificou no presente estudo, provavelmente devido reduzida dimenso da amostra e s diferenas clnicas que se verificaram entre os grupos, sobretudo quanto presena de HTA e diabetes. No estudo desenvolvido por Ijzelenberg et al. (2012), verificaram que no existia diferena estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na TA e CT, como na hemoglobina glicada, aos 3 e 6 meses. Por outro lado, existem estudos onde se verificou uma reduo significativa do CT. sabido que a DCV possui uma componente significativa associada ao estilo de vida, e como tal, potencialmente modificvel. Contudo, tambm conhecida a dificuldade que existe em modificar comportamentos. Eshah (2013), evidencia o papel da educao para a sade na adoo de um estilo de vida mais saudvel, que consequentemente conduz a um impacto positivo na sade dos doentes, ajudando-os a prevenir novos eventos cardacos. Tambm Ijzelenberg et al. (2012) com a sua interveno compreensiva do estilo de vida, verificaram que, para alm da reduo do peso, IMC e PA no GE, tambm existiu um aumento significativo da atividade fsica. No entanto, no mesmo estudo, no se verificaram diferenas relativamente alterao de hbitos alimentares e hbitos tabgicos. O estilo de vida engloba diversos domnios, pelo que provavelmente cada um deles exigir uma interveno especfica e direcionada. Tal como o estilo de vida, tambm a adeso teraputica um fenmeno multifatorial, pelo que os resultados encontrados nos estudos analisados tambm no so concordantes entre si. Num estudo realizado por Holmes-Rovner et al. (2008), em que foi feito o acompanhamento com 6 sesses de aconselhamento telefnico, efetuadas por enfermeiros, em doentes aps SCA, no foi possvel encontrar diferenas quanto ao uso de medicao entre os GE e GC, tal como sucedeu na presente investigao. referido por alguns autores que doentes com melhor apoio social, com consultas com frequncia inferior a 3 e 6 meses e com mais conhecimentos acerca da sua situao de sade, apresentam melhor adeso teraputica. Relativamente capacidade de autocuidado, esta relaciona-se com a literacia que a pessoa possui acerca da sua situao clnica, nomeadamente no que se refere identificao de sinais e sintomas e formas de controlo, tornando o doente mais apto para o seu autocuidado. semelhana do sucedido em outros estudos, na presente investigao foi possvel obter resultados positivos ao nvel da preveno secundria da DCV, atravs do contributo que a literacia pode trazer para o controlo de fatores de risco cardiovasculares, melhoria do estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica e capacidade de autocuidado teraputico. Apesar de continuar indeterminada a combinao tima de intervenes, incluindo o contedo, modo de aplicao, frequncia e durao, uma interveno mais intensiva, com consultas mais frequentes, contribui para melhorar o controlo de fatores de risco (ESC, 2012). Eshah (2013) referindo vrios estudos realizados, afirma que a educao para a sade contribui para modificar comportamentos de sade e melhorar o conhecimento dos doentes. Neste sentido, os resultados obtidos no presente estudo so congruentes entre si, uma vez que, com a melhoria da literacia, ter sido possvel contribuir tambm para a melhoria do estilo de vida e, consequentemente, IMC e PA mais adequados. Concluso: Os resultados desta investigao levam a concluir que a implementao de um programa estruturado de ensino em doentes aps SCA, parece constituir uma boa metodologia na melhoria do IMC, PA, estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica. Apesar de no existirem diferenas estatisticamente significativas, verificou-se que no GE existiu um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas. O programa no influenciou o controlo da FC nem do CT. Consideram-se como principais limitaes deste estudo a reduzida dimenso da amostra; o facto dos doentes que aceitaram participar no estudo poderem estar mais predispostos para alteraes comportamentais do que os que recusaram e ter havido muitos doentes que recusaram participar ou que no foi possvel contactar. De referir ainda, a dificuldade em garantir a homogeneidade da amostra em termos clnicos, a toma e eventuais ajustes de medicao e a existncia de outros eventos agudos. Por fim, importa ressalvar a fragilidade implicada pela utilizao das questes verdadeiro/falso para avaliao da literacia acerca da DCV aterosclertica, por se tratar de um instrumento construdo pela investigadora, embora recorrendo literatura e opinio de peritos, mas que no se encontra validado. Espera-se com esta investigao alertar para o papel preponderante dos enfermeiros no mbito da educao para a sade e o seu impacto na preveno secundria da DCV.

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Introduo: As doenças cardiovasculares so a principal cauda de mortalidade em Portugal e na maioria dos pases desenvolvidos. Uma reflexo sobre esta temtica entra em acordo com a perspetiva de Ski et al. (2011); Shirato e Swan (2010) e Fogel e Wood (2008), em que estudo das doenças cardiovasculares durante muito tempo, foi mais direcionado para o homem, pelo que a investigao no gnero feminino se revela recente e ainda com algumas fragilidades. De acordo com WHO (2011), h evidncias de que a mesma subdetectada em mulheres e que h atrasos no diagnstico e tratamento invasivo em relao aos homens. Neste domnio, imprescindvel um olhar mais atento e com uma perspetiva mais complexa sobre a mulher. A reforar a pertinncia de um estudo sobre a mulher neste domnio, Ferreira (2012), num estudo sobre a evoluo temporal dos fatores de risco cardiovascular na populao portuguesa, revela a presena de desigualdades de gnero, evidenciando que a mulher representa uma tendncia crescente para a sua prevalncia. Por sua vez, WHO (2013) evidencia um dos principais fatores de risco para a doena cardiovascular a hipertenso, que assume um lugar de destaque, uma vez que j afeta um bilho de pessoas em todo o mundo, sendo mesmo considerada como um assassino invisvel e silencioso que raramente causa sintomas. Objetivos Conhecer e analisar o risco a curto prazo de Hipertenso Arterial das mulheres para 1, 2 e 4 anos; Analisar fatores sociodemogrficos e correlacion-los com o risco de com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Analisar os hbitos alimentares, perfil antropomtrico e somatotipo das mulheres e correlacionar com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Comparar o risco de hipertenso arterial na mulher da regio centro entre o meio rural e urbano. Analisar o nvel de conhecimento sobre a hipertenso arterial e correlacionar com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Metodologia Estudo quantitativo, exploratrio e descritivo-correlacional com objetivo de descrever os fatores preditores para o risco de desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. A amostra constituda por 406 mulheres dos 20 aos 69 anos, residentes na regio centro. Instrumento de recolha de dados: Caracterizao sociodemogrfica; avaliao antropomtrica (inclui 17 medies divididas em cinco categorias: medidas bsicas (peso e altura), pregas cutneas, permetros, larguras e dimetros, o registo destas avaliaes, permite a aplicao de diferentes equaes que determinam, entre outros, a composio corporal e o somatotipo); clculo do risco de HTA; escala de hbitos alimentares e teste de batalha. O tratamento estatstico foi realizado informaticamente com o programa de SPSS (Statistical Package for the Social Science) verso 2.0. O tamanho da amostra foi efetuada atravs do clculo da OpenEpi, que um programa gratuito e de cdigo aberto para estatsticas epidemiolgicas para a Sade Pblica, encontrando-se acessvel no site: http://www.openepi.com/v37/Menu/OE_Menu.htm. Foi utilizada a verso 3.01, atualizada em 6/04/2013. De acordo com dados do INE, na regio centro residem 767583 mulheres entre os grupos etrios 20-69 anos de idade, no ano de 2012 (ltimo ano com dados publicados). Assim, o tamanho da amostra com um intervalo de confiana de 95%, no pode ser inferior a 384 mulheres. Procedimentos ticos: Comisso tica da ESEnfC; Consentimento informado e esclarecido a todas as participantes e s instituies/locais de recolha de informao. Resultados: A amostra constituda por 406 mulheres residentes na regio centro, que apresentam uma idade mnima de 20 anos e mxima de 69, mdia de 42,3 anos. Nvel de escolaridade, das 406 mulheres da amostra,15,8 % possuem o 1 ciclo, 12,6% o 2 ciclo, 17,2% 3 ciclo, 34,2%, o nvel secundrio, 1,7% Bacharelato,15,3% Licenciatura, 2,5% Mestrado e 0,7 % Doutoramento. Maioritariamente so casadas (57,9%), seguidamente solteiras (20,4%), divorciadas (10,8%), em unio de facto (5,7 %) e, por fim, vivas (5,2%), sendo que 200 mulheres residem em meio rural e 206 mulheres em meio urbano. Nas classes de ndice de Massa Corporal (IMC), verifica-se que 1,7 % das mulheres tm baixo peso, 42,4 % apresentam peso normal, 35,5 % tm sobrepeso, 13,3 % Obesidade grau I, 5,9% Obesidade grau II e 1,2% Obesidade grau III. Assim 55,9% das mulheres apresentam elevado IMC, o que revela peso superior ao normal, sendo que 50,5% tendem a ser endomorfas, 45,5 % mesomorfas e apenas 3% tendem a ser ectomorfas. 43,6% das mulheres da regio centro apresentam Tenso Arterial(TA) tima, 30,3 % TA dentro de parmetros normais, 13,79% com a classificao Normal Alta, 9,61% HTA nvel I, 2,27% % HTA nvel II e 0,5 % HTA nvel III. 45,81% no tm Ascendentes diretos com HTA, 39,41% um e 14,78% dois ascendentes diretos com HTA. De uma forma mais pormenorizada, observmos que na realidade mais de metade da amostra, nomeadamente 54,14 % das mulheres apresenta um ou dois ascendentes diretos com HTA. Relativamente ao risco de desenvolver HTA a 1 ano, constata-se que 88,2 % das mulheres apresenta de 0 - 25 % de risco, e contrariamente, apenas 4,9 % apresentam de 75- 100% de risco. Contudo, no que refere ao risco de desenvolver HTA em 4 anos; 66,5 % das mulheres apresentam de 0- 25% de risco e 11,6% apresentam de 75-100% de risco. Analisaram-se as respostas do teste de Batalha - conhecimento sobre a doena, verifica-se que apenas 49,5 % da totalidade da amostra responderam acertadamente s trs questes, pelo que podemos inferir que nvel de conhecimento sobre a HTA baixo. 37,4% respondeu acertadamente a duas questes, 10,6% a uma questo, e apenas 2,5% no conseguiu cumprir o teste, apresentando zero respostas certas. Os resultados relativos aos hbitos alimentares das mulheres da regio centro, de acordo a aplicao da Escala de hbitos alimentares, podemos verificar que a mdia foi 97,57, sendo de salientar que o valor da escala mais baixo encontrado foi de 58 e mximo 140. Importa ainda evidenciar que nenhuma mulher atingiu o score mximo. Considera-se que quanto mais elevada for a pontuao mdia de todos os itens, mais adequados sero os hbitos alimentares. Nesta conformidade, e considerando que a escala tem valores entre o e 180, podemos inferir que as mulheres constituintes da amostra apresentam hbitos alimentares so pouco satisfatrios. Discusso / Concluses A realizao desta investigao permitiu-nos concluir que as mulheres da regio centro de Portugal apresentam um significativo risco de desenvolver Hipertenso Arterial a 1, 2 e 4 anos, existindo um conjunto de fatores que influencia positiva ou negativamente este resultado. Deste modo, constatamos que as mulheres com mais idade, vivas ou casadas, residentes em meio rural, inativas profissionalmente, fumadoras e com conhecimento sobre a HTA, so as que apresentam maior risco de Desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. Contrariamente, as mulheres com peso normal ou baixo peso, de composio corporal com tendncia a ser mais ectomorfa e com TA ptima ou normal, revelaram baixo risco de desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. Apesar de os hbitos alimentares serem pouco satisfatrios, no se verificou evidncia estatsticas de que os mesmos influenciam o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Verificamos na anlise inferencial que, a idade, escolaridade, o emprego, o IMC e a Classificao de Tenso Arterial so os principais fatores preditores para o desenvolvimento de HTA. Nesta acepo, conclumos que este estudo um excelente contributo para a efetividade de estratgias de preveno, desde o planeamento at fase de implementao, na medida em que permite identificar fatores preditivos e definir grupos de risco para o desenvolvimento HTA. Consideramos por isso que os nossos resultados so satisfatrios e coadjuvantes com as metas lanadas pela WHO (2013), para atingir at 2025 nomeadamente: reduo de 25% nas taxas de mortalidade global por doenças cardiovasculares e reduo de 25% na prevalncia de presso arterial elevada na populao. Conclumos assim, semelhana da opinio de Marques e Serra (2012) que urgente e necessrio identificar subgrupos de risco e aplicar scores de risco para melhor deciso das necessidades de interveno. Por outro lado, identificar e compreender quais os fatores de risco que influenciam o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos, com certeza uma mais-valia para as etapas de preveno e reduo da incidncia de HTA.

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Foram abordados no painel aspetos referentes ao papel de diferentes profissionais na preveno da DCV. A importncia de um trabalho interdisciplinar em cuidados de sade primrios.

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O objeto principia ressaltando que a principal causa de mortalidade na populao adulta hoje no Brasil so as doenças cardiovasculares. Lembra que os pilares da preveno so elementos de uma vida saudvel: alimentao, atividade fsica regular, manuteno do peso corporal ideal e afastamento do tabagismo. Segue detalhando que a preveno clnica de doena cardiovascular (DCV) deve acontecer diariamente. Explica o risco vascular global, guia ou ferramenta que auxilia a definir se um individuo ter ou no benefcio de determinada interveno. Mostra indicadores de alto risco e indicadores intermedirios de risco. Menciona que indivduos mais jovens, sem manifestao de doena ou sintomas e sem nenhum dos fatores intermedirios descritos, so caracterizados como sendo de baixo risco e que outros casos devem ter seu risco cardiovascular calculado por meio do Escore de Framinghan. Finaliza salientando que para o clculo atravs deste instrumento preciso considerar a glicemia de jejum e do perfil lipdico e que, a partir do risco calculado por meio do escore, o paciente pode ser considerado de risco baixo, mdio e alto para desenvolver doenças cardiovasculares em 10 anos. Unidade 5 do mdulo 7 que compe o Curso de Especializao em Sade da Famlia.

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O objeto Parada Cardiorrespiratria inicia a abordagem destacando que As doenças cardiovasculares esto entre os principais motivos de bito em todo o mundo. Estima-se que, por ano, inesperadamente, mais de dois milhes de habitantes morram por essas causas. Fala que o atendimento de pessoas com parada cardiorrespiratria e as manobras utilizadas para reanimao so estudada desde os tempos antigos, mas somente a partir do sculo XVIII, tiveram incio as observaes cientficas. Elenca a evoluo histrica falando que nos anos 60 deu-se inicio a sistematizao das manobras de reanimao, nos anos 70 foram criados os cursos sobre suporte avanado de vida em cardiologia, em 1992 foi criada a Aliana Internacional dos Comits de Ressuscitao e em 2005, depois de uma reviso dos procedimentos, foi divulgado orientaes gerais para a RCP. Na sequencia, o objeto conceitua PCR, como sendo uma incapacidade do corao de garantir um dbito eficaz, com uma interrupo imediata da circulao sangunea e uma supresso do aporte de sangue oxigenado a todos os rgos, e consequente perda da funo cardaca, respiratria e cerebral; acompanhada de uma parada respiratria e perda da conscincia. Elenca os sintomas que precedem a uma PCR e alerta que o atraso no diagnstico, o procedimento tardio e a falta de conhecimento do protocolo so os principais motivos de insucessos em situaes de PCR. Para finalizar, o objeto destaca que a PCR pode levar a morte sbta, conceituando e classificando-a. Unidade 2 do mdulo 15 que compe o Curso de Especializao em Sade da Famlia.

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Este senhor foi consulta de pronto atendimento na UBS trazido por sua filha, conta que o pai estava tomando o caf da manh e deixou a xcara cair ao cho, h cerca de 40 min. O paciente conta que nota o brao esquerdo pesado, e no consegue ergu-lo. No usou seu medicamento anti-hipertensivo hoje, porque costuma ingeri-lo depois do caf.

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Paciente hipertensa e diabtica com varizes nos membros inferiores, tendo como queixa lcera venosa em membros inferiores h 10 meses.

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A.A.M j fez uso de vrias medicaes para controlar a presso arterial, estava em uso de Hidroclorotiazida 25mg/dia e Enalapril 20mg/dia no ltimo ano. H aproximadamente 20 dias parou de tomar a medicao, pois estava sentindo-se bem e por ter lido na bula que um dos medicamentos poderia causar tosse.

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A ateno bsica, para ser resolutiva, deve ter tanto capacidade ampliada de escuta (e anlise) quanto estratgias para lidar com a complexidade de sofrimentos, adoecimentos, demandas e necessidades de sade s quais as equipes esto constantemente expostas. Neste contexto, o 'acolhimento' um dos temas que se apresenta com alta relevncia e centralidade. Noes a respeito da elaborao de um plano de aes voltadas para o melhor atendimento de pacientes, enfatizando a importncia da utilizao da epidemiologia, a partir dos sistemas de informaes disponveis, como instrumento para o conhecimento dos principais agravos e, consequentemente, para preveno e tratamento dos problemas bucais mais prevalentes. Fazem parte do processo de organizao e classificao de risco dos pacientes a identificao de doenças, sejam elas crnicas no trasmissveis (cncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratrias crnicas, diabetes) ou trasmissveis (AIDS, dengue, clera, tuberculose, hansenase). Alm destes, existem tambm outros agravos como o sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e imunizaes de doenças infecciosas. Do ponto de vista odontolgico, esses agravos devem ser levados em considerao para que o dentista responsvel saiba os cuidados e necessidades que cada paciente deve ter. Outros problemas tambm fazem parte do cotidiano dos cirurgies-dentistas, como a crie dentria, doenças periodontais, traumatismo dental e at o cncer de boca