923 resultados para Igualdade racial


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Para efeito dessa pesquisa, nos concentramos nas experiências vivenciadas na Escola Municipal Mauro Sérgio da Cunha, uma escola situada na periferia de Angra dos Reis (RJ), no bairro Campo Belo. Tomamos aqui a experiência como uma possibilidade de produção de conhecimentos e sentidos sobre a escola e os meninos e meninas que transitam em seu cotidiano, tendo, portanto, uma dimensão formativa. Isso implica que é preciso disposição para ouvir o outro sem a pretensão de transforma-lo em algo diferente. A escolha dessa escola evidencia a impossibilidade de distanciamento da pesquisadora. Sendo moradora do município e do bairro em questão e reivindicando as identidades de professora, mulher, negra e oriunda das classes populares, foi preciso, em alguns momentos, adotar a primeira pessoa do singular, já que não há possibilidade de excluir as implicações pessoais das opções realizadas. As alterações no uso dos pronomes, ora no singular, ora no plural, são tomadas não como falta de rigor, mas como uma expressão da complexidade da pesquisa. Desse modo, propomos discutir nessa dissertação de Mestrado, em diálogo com o cotidiano escolar, se as práticas dos sujeitos que circulam no cotidiano da escola podem se constituir como possibilidades curriculares promotoras de uma educação para a diferença. Nesse contexto, pressupomos que as práticas são constituintes e constituídas à partir de identidades coletivas da afrodiáspora. Ou seja, entre as práticas e as identidades não há uma relação unilateral, tratando-se de um processo de circularidade constante e dinâmica. Logo, as práticas são constituídas pelos processos identitários, ao mesmo tempo em que os modificam incessantemente, sobretudo nos territórios onde crianças e adolescentes tecem suas redes de conhecimentos, estando as mesmas marcadas por estigmas, discriminações e opressões. Consequentemente, como já citado, a questão racial atravessa esse texto, assim como o racismo permeia as relações sociais no Brasil. Em um primeiro movimento, buscamos explicitar o entendimento sobre as opções metodológicas voltadas para a produção de pesquisas com os cotidianos. Estabelecemos, posteriormente, um segundo movimento de discussão voltada para conceitos imprescindíveis, entre eles: colonialismo, diáspora, e raça atravessando a produção de imagens de corpos negros. No terceiro trabalhamos as possibilidades de produção de currículos voltados para a questão da diferença e da identidade a partir das interrogações surgidas das possibilidades de usos de imagens

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A pesquisa de doutorado que apresento teve como objeto de estudo cartas escritas por diferentes sujeitos, enviando ideias para a Constituição brasileira promulgada em outubro de 1988. As cartas selecionadas são todas documentos manuscritos por diferentes sujeitos, componentes de um largo acervo documental, que apresenta indícios de que seus autores não concluíram o ensino fundamental, do tempo e do espaço em que foram escritas, hoje parte do fundo patrimonial do Museu da República. Esta pesquisa inseriu-se na temática sobre pluralidade de conhecimentos/saberes que circulam socialmente, especialmente os traduzidos por expressões escritas de sujeitos jovens e adultos. Entendi essa produção como um processo de participação política, ou seja, minha hipótese central pode ser assim resumida: sujeitos, em seus processos de produção de cidadania, ao escreverem cartas à elaboração da Constituição, em exercício de participação política, se autoproduzem como cidadãos, pela escrita. Mais do que exercício de cidadania, a abordagem e interpretação que fiz das escritas epistolares mostraram também que os sujeitos tinham conhecimentos que talvez ignorassem, e que independiam de conhecimentos formais para expressaram outros sentidos de cidadania, afirmando direitos tantas vezes negados. Esse reconhecimento levou-me à certeza de que estava diante de práticas sociais em que a noção de justiça cognitiva podia ser identificada, pelo fato de as pessoas, fora do espaço do conhecimento formal, revelarem outros conhecimentos indispensáveis ao exercício da cidadania, demonstrando a condição de iguais a pessoas escolarizadas em espaços formais. Assim sendo, devo admitir que o conhecimento formal não é condição para o exercício da cidadania, e que a presença de outros conhecimentos para além dos formais da cultura escrita, constituídos em redes, porque forjados na vida, no cotidiano em que os sujeitos vivem, e enredados em suas mais diferentes histórias que os constituem, e assim representados no modo como escreviam, permitiu reconhecer politicamente esses sujeitos de direito, fora do espaço da chamada educação formal. Esse reconhecimento levou-me à certeza (sempre provisória) de uma prática social em que a justiça cognitiva podia ser identificada, pelo fato de as pessoas, fora do espaço do conhecimento formal, revelarem outros conhecimentos indispensáveis ao exercício da cidadania, porque se reconheciam em patamar de igualdade com pessoas escolarizadas.

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Este trabalho tem como proposta pensar os processos identitários da afrodiáspora, a partir dos diálogos com a Capoeira Angola e as narrativas de suas/seus praticantes. Apresentamos a Capoeira Angola como prática cultural de matriz africana, significada por um processo histórico de luta e resistência das populações negras na diáspora. Procuramos discutir quais identidades são reivindicadas, tecidas e enunciadas nessa prática, com especial atenção às identidades angoleiras, às identidades negras e ao pertencimento etnicorracial enunciado por suas/seus praticantes. O processo histórico de escravização das populações negras no Brasil resultou na discriminação racial de mulheres e homens negras/os e na visibilização estereotipada das suas práticas e epistemologias, produzindo diferenciações hierárquicas. A cultura como enunciação e diferença permite através do ato enunciativo, a produção de novos sentidos e significados para as populações negras, que ressignificam suas identidades e tensionam às lógicas e racionalidades hegemônicas. As identidades são compreendidas como processos de identificação, permitidos pelo dinamismo da cultura e pelas práticas discursivas. O agenciamento coletivo reivindica outras identificações, de modo que o ato enunciativo pode produzir novos sentidos para às significações atribuídas às populações negras, sendo a linguagem um importante mecanismo de circulação da palavra e o indicador mais sensível de transformações sociais.

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O presente trabalho tem o objetivo geral de estudar a permanência do positivismo criminológico no Brasil e sua parcela de contribuição para a naturalização da desigualdade característica da seletividade de nosso sistema de controle social. Tendo como pano de fundo a hegemônica ideologia da democracia racial, a pesquisa pretende afastar ocultações de harmonia racial e demonstrar como, a despeito delas, a incorporação da criminologia positivista carregou a reificação da distinção racializada no olhar para a questão criminal, se enraizando no sistema penal. Partindo de um problema presente o componente racista da seleção preferencial do sistema penal brasileiro a pesquisa busca na recuperação histórica a leitura das traduções realizadas pelos intelectuais brasileiros que, problematizando a nacionalidade e a cidadania no momento de transição representado pela Primeira República, construíram ideias sobre o crime, o criminoso e a defesa social a partir de critérios de distinção ancorados em visões racializadas, gerais e individualizantes. Para tanto, coloca-se em questão a inserção do positivismo na polícia, dentro do contexto das reformas policiais do início do século XX. Chama-se a atenção para o papel de determinados tradutores traidores do positivismo chamados de intelectuais de polícia no campo policial, assim como para a forma de introdução dessa criminologia, usando-se a ideia de luta simbólica pela mudança da prática policial. Pretendendo, desse modo, contribuir com o estudo da questão criminal e com a compreensão do sistema penal brasileiro a partir do diálogo entre criminologia, história e sociologia, as conclusões do trabalho apontam para a oportunidade da abordagem da polícia como um campo social dotado de um habitus específico. Essa visão possibilita, por um lado, a interpretação das pretensões modernizantes dos intelectuais de polícia alinhadas com o pensamento positivista como pressões sobre as estruturas desse campo, passíveis de rejeição e de retradução no interior desse mundo social específico. De outro, admitindo-se a possibilidade de tensionamento e reestruturação do habitus policial como resultado dessas demandas externas, pode-se encontrar nessas disposições duráveis elementos da permanência do positivismo que imprimiram na prática policial as desigualdades ocultadas pelo mito da democracia racial.

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Objective: To investigate the association of complement C4 null genes (C4QO, including C4AQO and C4BQO) and C2 gene with systemic lupus erythematosus (SLE) in southwest Han Chinese; 136 patients with SLE and 174 matched controls were genotyped. Methods: C4 null genes were determined by a polymerase chain reaction (PCR) procedure with sequence specific primers (PCR-SSP). The 2 bp insertion in exon 29, which was previously identified in non-Chinese populations and caused defective C4A genes, was directly typed by sequencing the whole exon 29 using exon specific primers. The exon 6 of complement C2 was also sequenced in both the patients and controls. Results: The frequency of homozygous C4AQO allele was 12.5% (17/136) in patients with SLE compared with 1.1% (2/174) in controls (p<0.001, odds ratio (OR)=12.286, 95% confidence interval (95% CI) 2.786 to 54.170). There was no significant difference for homozygous C4BQO allele between patients with SLE and controls (p=0.699). Patients with the C4AQO gene had an increased risk of acquiring renal disorder, serositis, and anti-dsDNA antibodies compared with those without C4AQO (for renal disorder, p=0.018, OR=8.951, 95% Cl 1.132 to 70.804; for serositis, p=0.011, OR 4.891, 95% CI 1.574 to 15.198; for anti-dsDNA, p=0.004, OR 7.630, 95%Cl 1.636 to 35.584). None of the patients or controls had the 2 bp insertion in exon 29 of the C4 gene. The type I C2 deficiency was not detected in the 3 10 samples. Conclusion: It is suggested that deficiency of C4A (not due to a 2 bp insertion in exon 29), but not C4B or C2, may be a risk factor for acquiring SLE in south west Han Chinese; this results in increased risk of renal disorder, serositis, and anti-dsDNA antibodies in patients with SLE. Racial differences seem to be relevant in susceptibility to SLE.

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A pecuária de corte do Estado do Acre, caracterizava-se por deficiência de comercialização, abastecimento e uma sensível carência alimentar do rebanho. Após a década de setenta, começaram a ser construídas estradas,no Estado, para interligá-lo a outros centros produtores o país o que ocasionou a imigração de pessoas para Rondônia e Acre. A maioria das pessoas que vieram para o Acre, usaram a terra como reserva de valor, ficando o capital produtivo em Rondônia que, por essa razão, é considerado hoje um dos maiores centros produtores de alimentos de primeira necessidade das regiões Norte e Centro-Oeste. Em termos de pecuária de corte, o rebanho do Estado sofreu introdução de várias raças, e com isso, o rebanho não teve uma padronização racial que favorecesse rendimentos de carcaças satisfatórios.

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Price, Roger, A Concise History of France (Cambridge: Cambridge University Press, 2005), pp.xiii+491 RAE2008

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The problem of refugees is a phenomenon characteristic of contemporary international relations. It can take an individual form (as a result of individual persecutions of a racial, religious, national or political character) or the form of mass relocations, especially in the face of military conflicts or general breaching of human rights. The purpose of this paper is to present the refugee question as an international global problem that may appear in any region of the world, impacting the situation of states and societies, that is perceived as both a threat and a fundamental challenge for the entire international community.

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Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária

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This study documents, analyzes, and interprets Korean American United Methodist (KAUM) clergywomen‘s experiences in and understandings of the church. It examines contributions these (and potentially, other) clergywomen might make to Wesleyan ecclesiology generally, and particular ways United Methodists live out their faith in transitional, diverse, and global contexts. The project attempts to re-vision existing Wesleyan ecclesial discourse in the United Methodist Church (UMC) by recognizing and incorporating the contributions of racial-ethnic clergy as expressed through their leadership and practices of faith. A "practice-theory-practice" model of practical theology was used to pay systematic attention to the practical locus of the inquiries. Twenty Korean American United Methodist clergywomen were interviewed by telephone, using a voluntary sampling technique to ascertain how they both experienced the church and understood and lived out various practices of faith, including preaching, participation in and administration of the sacraments, preparation for ordained ministry, and other spiritual practices such as prayer, worship, retreats, and journaling. The dissertation summarizes those findings, provides contextual and historical interpretation, and then analyzes their responses in relation to Wesleyan theology, MinJung (mass of people) theology, and the theology of YeoSung (women who display dignity and honor as human beings). This study identifies the extraordinary call of the KAUM clergywomen interviewees to be bridge builders, strong nurturers, wounded healers, committed educators, breakers of old stereotypes, persistent seekers to fulfill God‘s call, and ecclesial leaders with ―tragic consciousness‖ who can disrupt marginality and facilitate the creative transformation of Han (a deep experience of suffering and oppression) into a constructive energy capable of shaping a new reality. According to this study, KAUM clergywomen‘s experiences and practices of faith as ecclesial leaders strengthen Wesleyan ecclesiology in terms of the UMC‘s efforts to be an inclusive church through connectionalism, and its commitment to social justice. MinJung theology and the theology of YeoSung, in their respective understandings of the church, broaden Wesleyan ecclesiology and enable the Church to be more relevant in a global context by embracing those who have not been normative theological subjects.

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Since the age of colonisation, the territory of New Mexico has been exposed to a diversity of cultural influence. Throughout recorded history various forces have battled for control of this territory, resulting in a continuous redefinition of its political, geographic and economic boundaries. Early representations of the Southwest have been defined as “strategies of negotiation” between Anglo, Hispanic and Native populations, strategies that are particularly evident in the territory of New Mexico. The contemporary identity of regions like northern New Mexico have destabilised the notion of what constitutes racial purity in regions which are defined by diversity. This thesis aims to evaluate the literary history of northern New Mexico in order to determine how exposure to a diversity of cultural influence has affected the region’s identity. An analysis of Anglo and Native writers from northern New Mexico will illustrate that these racial groups were influenced by the same geographic landscape. As such, their writing displays many characteristics unique to the region. In providing a comparative analysis of Native and Anglo authors from northern New Mexico, this thesis seeks to demonstrate commonalities of theme, structure and content. In doing so this research encourages a new perspective on New Mexico writing one which effectively de-centres contemporary notions of what the American canon should be.

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BACKGROUND: Body image (BI) and body satisfaction may be important in understanding weight loss behaviors, particularly during the postpartum period. We assessed these constructs among African American and white overweight postpartum women. METHODS: The sample included 162 women (73 African American and 89 white) in the intervention arm 6 months into the Active Mothers Postpartum (AMP) Study, a nutritional and physical activity weight loss intervention. BIs, self-reported using the Stunkard figure rating scale, were compared assessing mean values by race. Body satisfaction was measured using body discrepancy (BD), calculated as perceived current image minus ideal image (BD<0: desire to be heavier; BD>0: desire to be lighter). BD was assessed by race for: BD(Ideal) (current image minus the ideal image) and BD(Ideal Mother) (current image minus ideal mother image). RESULTS: Compared with white women, African American women were younger and were less likely to report being married, having any college education, or residing in households with annual incomes >$30,000 (all p < 0.01). They also had a higher mean body mass index (BMI) (p = 0.04), although perceived current BI did not differ by race (p = 0.21). African Americans had higher mean ideal (p = 0.07) and ideal mother (p = 0.001) BIs compared with whites. African Americans' mean BDs (adjusting for age, BMI, education, income, marital status, and interaction terms) were significantly lower than those of whites, indicating greater body satisfaction among African Americans (BD(Ideal): 1.7 vs. 2.3, p = 0.005; BD(Ideal Mother): 1.1 vs. 1.8, p = 0.0002). CONCLUSIONS: Racial differences exist in postpartum weight, ideal images, and body satisfaction. Healthcare providers should consider tailored messaging that accounts for these racially different perceptions and factors when designing weight loss programs for overweight mothers.

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We provide evidence that college graduation plays a direct role in revealing ability to the labor market. Using the NLSY79, our results suggest that ability is observed nearly perfectly for college graduates, but is revealed to the labor market more gradually for high school graduates. Consequently, from the beginning of their careers, college graduates are paid in accordance with their own ability, while the wages of high school graduates are initially unrelated to their own ability. This view of ability revelation in the labor market has considerable power in explaining racial differences in wages, education, and returns to ability.

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BACKGROUND: Variation in brain structure is both genetically and environmentally influenced. The question about potential differences in brain anatomy across populations of differing race and ethnicity remains a controversial issue. There are few studies specifically examining racial or ethnic differences and also few studies that test for race-related differences in context of other neuropsychiatric research, possibly due to the underrepresentation of ethnic minorities in clinical research. It is within this context that we conducted a secondary data analysis examining volumetric MRI data from healthy participants and compared the volumes of the amygdala, hippocampus, lateral ventricles, caudate nucleus, orbitofrontal cortex (OFC) and total cerebral volume between Caucasian and African-American participants. We discuss the importance of this finding in context of neuroimaging methodology, but also the need for improved recruitment of African Americans in clinical research and its broader implications for a better understanding of the neural basis of neuropsychiatric disorders. METHODOLOGY/PRINCIPAL FINDINGS: This was a case control study in the setting of an academic medical center outpatient service. Participants consisted of 44 Caucasians and 33 ethnic minorities. The following volumetric data were obtained: amygdala, hippocampus, lateral ventricles, caudate nucleus, orbitofrontal cortex (OFC) and total cerebrum. Each participant completed a 1.5 T magnetic resonance imaging (MRI). Our primary finding in analyses of brain subregions was that when compared to Caucasians, African Americans exhibited larger left OFC volumes (F (1,68) = 7.50, p = 0.008). CONCLUSIONS: The biological implications of our findings are unclear as we do not know what factors may be contributing to these observed differences. However, this study raises several questions that have important implications for the future of neuropsychiatric research.