834 resultados para Qualidade de Vida. Doença Crônica. Enfermagem.


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Timor Leste é um dos mais jovens países do mundo. É um território onde, não obstante as riquezas naturais que possui e a possibilidade de registar níveis elevados de crescimento económico, a população ainda se confronta com carências em muitos sectores fundamentais, como sejam infraestruturas básicas, acesso à saúde, à educação, ao trabalho entre outros, e ainda com uma grande desigualdade em termos de distribuição do rendimento, e que são os principais responsáveis pelas assimetrias existentes em termos de desenvolvimento humano. O combate a estas assimetrias encontra-se subjacente à construção democrática do país, envolvendo a participação da população, através de diversos mecanismos. O objetivo foi analisar as assimetrias na distribuição dos benefícios decorrentes do desenvolvimento humano, caracterizando o acesso à saúde, ao trabalho, à educação, e as infraestruturas básicas existentes. Para concretizar este objetivo, utilizou-se uma metodologia descritiva, de corte transversal, passando pela descrição da situação atual através da recolha de dados primários, obtidos a partir de inquérito por questionário especificamente elaborado para o efeito e aplicados a uma amostra, que contemplava a população urbana e a população rural. Os dados secundários necessários à pesquisa foram provenientes da revisão da literatura realizada sobre a temática em estudo. A análise dos resultados revelou diferenças significativas entre as populações rural e urbana, nomeadamente a nível do rendimento, das condições de vida, das habilitações literárias e do conhecimento do português, da ocupação profissional, identificando por isso um problema de desigualdade entre as duas populações.

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Na realização deste texto está a ideia de que a obtenção de um emprego para as pessoas com Deficiência Intelectual (DI) deve contribuir para melhorar a qualidade de vida, i.e., aumentar o bem-estar geral (físico, material e emocional). Neste caso analisou-se, a partir de uma amostra de 36 trabalhadores com DI, para determinar, compreender e explicar o mais aprofundadamente possível como é que, no tempo pós-inclusão no mercado de trabalho, se encontrava estruturada a participação comunitária, tendo especialmente em atenção atividades que decorrem das relações sociais e interpessoais. A abordagem teórica seguiu um registro microssociológico, e os dados usados foram recolhidos por meio de uma metodologia de vertente predominantemente qualitativa, com recurso a entrevistas e à observação direta. Os níveis de participação encontrados no estudo seguem um padrão que se pode ligar ao rendimento e ao capital cultural das famílias. As modalidades de participação mais praticadas são as que não exigem especiais competências e em que o custo pode ser reduzido e como tal suportável financeiramente. Existem, porém, diferenças muito sensíveis segundo o gênero. O nível global de participação das mulheres é mais reduzido que o dos homens, sobretudo nas atividades que implicam sair do espaço residencial ou exigem maior dispêndio monetário.

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A rápida urbanização e acelerada modernização da maioria das cidades dos países ditos de terceiro mundo, desencadeiam problemas que hoje são causadores de grandes conflitos, esses problemas por sua vez são decorrentes de falhas no planejamento urbano e ambiental, que por sua vez são resultantes do uso indevido dos recursos naturais e deficiente distribuição das riquezas dos municípios. A qualidade de vida está diretamente relacionada com problemas como enchentes, alagamentos, precariedade no sistema de saúde, educação e transporte; ocupação desordenada, construções habitacionais irregulares, poluição dos córregos, deficiência de saneamento básico, ausência de locais públicos de lazer, poluição do ar, sonora e visual; qualidade da água potável entre outros. Campinas como um dos canais de industrialização e concentração populacional do estado de São Paulo demonstra como o planejamento pode influenciar de forma expressiva no desenvolvimento social e econômico. Sendo assim, o presente trabalho, por meio de respaldo teórico multidisciplinar, analisa a qualidade de vida relacionada à qualidade ambiental, que por sua vez está atrelada à gestão dos recursos naturais e ao planejamento urbano, usando como recorte espacial alguns bairros da cidade de Campinas-SP e demonstrando o potencial que a geografia oferece para esses estudos

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O processo de urbanização trouxe para as cidades dois problemas graves: a exclusão social e a especulação imobiliária. No sentido de reverter a degradação do meio ambiente urbano, de acordo com o Estatuto da Cidade - Lei Federal 10.257, promulgada em 10 de julho de 2001,cabe ao administrador municipal fornecer os instrumentos necessários para planejar a cidade que desejamos e controlar o uso da propriedade, a fim de que não prejudique a qualidade de vida dos cidadãos O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre o conceito de qualidade de vida, destacando os possíveis indicadores e índices utilizados para avaliar tal qualidade e como os mesmos podem contribuir na evolução das Políticas Públicas voltadas para a problemática urbana e a qualidade de vida dos moradores citadinos em detrimento de uma acelerada urbanização, resultado de um processo desvinculado de ações mínimas de planejamento.no Distrito Administrativo de Icoaraci, pertencente a Região Metropolitana de Belém/Pará/Brasil.

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Introdução: o desenvolvimento de atividades turísticas em áreas com alterações antrópicas e o estudo da qualidade de vida das pessoas inseridas nestes espaços são temáticas de estudo de vários pesquisadores. Objetivos: identificar e descrever as atividades turísticas desenvolvidas em áreas próximas ao Município de Presidente Epitácio (extremo oeste do Estado de São Paulo, Brasil); apresentar estudo da qualidade de vida da população, destacando aspectos de melhoria, com vistas a amenizar os impactos causados pelas atividades turísticas. Procedimentos: identificação das atividades turísticas realizadas no local; análise dos dados e organização em quadros demonstrativos contendo informações das características ambientais, das potencialidades turísticas, dos eventos turísticos e apresentação de propostas que visam auxiliar tanto os administradores quanto a população local no complexo processo de tomada de decisões, de geração de emprego e renda, da inclusão social e da melhoria da qualidade de vida, tendo como base as atividades turísticas efetivas e potenciais; estudo da qualidade de vida da população, com base em pesquisa onde foram aplicados questionários sobre a temática. Resultados: descrições das atividades turísticas realizadas próximas ao local da área de estudo, com propostas de melhoria da qualidade de vida tanto para a população quanto para os visitantes.

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Foi realizada uma investigação sobre a percepção do ambiente para alguns moradores de dois bairros de Maringá-PR-Brasil, sendo um de classe média baixa e outro nobre. O objetivo desse trabalho foi interpretar a dinâmica da cidade e dos moradores, bem como investigar as paisagens valorizadas (topofílicas) e as não-valorizadas (topofóbicas). Primeiramente, fez-se o levantamento da revisão bibliográfica sobre o tema. Em seguida, foi realizada a pesquisa de campo utilizando um questionário com questões objetivas e direcionadas. Observou-se que grande parte dos moradores aceita que a cidade apresente boa qualidade de vida, contudo, ao serem analisadas as respostas percebeu-se que essa percepção coletiva é fruto de uma ideia criada pela mídia e que muitas vezes não representa a percepção de vivência dos moradores.

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O presente trabalho trata da importância da intersecção entre a comunicação para a saúde e a atividade física como fatores de ressocialização, de melhoria da qualidade de vida e da autonomia do segmento carente da terceira idade. Objetivo é verificar se a realização de atividades físicas em grupo, se a comunicação interpessoal advindas destas atividades e as trocas de informação sobre qualidade de vida, doença e saúde podem ser consideradas como fatores relevantes para a sociabilidade e a melhoria da saúde dos idosos carentes que participam dessas oportunidades de interação. Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada por meio de aplicação de questionário, cujas entrevistas, foram realizadas pessoalmente, além de pesquisa bibliográfica. A principal conclusão é que embora idosos mereçam ter acesso a uma rede de apoio em saúde interdisciplinar, é necessária ainda, ressaltar a urgência em organização de serviços de atendimento a essa população e uma maior ênfase na comunicação voltada para os idosos.(AU)

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Pós-graduação em Fisiopatologia em Clínica Médica - FMB

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Introdução: A hipertensão arterial (HTA) surge como uma problemática atual, resultante do estilo de vida e condições sociais existentes no mundo moderno. Esta encerra em si um elevado custo social na saúde devido às co morbilidades associadas, tais como as doenças cerebrovasculares, patologias cardíacas e complicações renais que conduzem à incapacidade e à morbidade. De acordo com o estudo efetuado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (2014) a HTA é uma doença que acomete 42,2% dos portugueses, sendo que a maior parte são pessoas em idade economicamente ativa, aumentando consideravelmente os custos sociais por invalidez e absentismo laboral (Carrilho e Patrício, 2008). A discussão da problemática entre a hipertensão arterial versus qualidade de vida mantém-se e continua estreitamente associada à qualidade dos cuidados de enfermagem, no que respeita ao controlo e gestão desta doença crónica (Erikson [et al]., 2004; Kiran [et al.], 2010, Saboya [et al.],2010). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os fatores de risco etiologicamente associados à doença crónica advêm do estilo de vida, geradas através das opções individuais ao longo do ciclo vital (Direção Geral de Saúde, 2003). Nesta medida, intervir sobre estes determinantes surge como uma estratégia de saúde fundamental, que permitirá obter ganhos significativos, quer na redução da prevalência de doenças crónicas, quer nos custos económicos sociais e individuais que lhe estão associados. Entenda-se como estilo de vida, o conjunto de hábitos e comportamentos de resposta às situações do dia-a-dia, aprendidos através do processo de socialização e constantemente reinterpretados e testados ao longo do ciclo de vida e em diferentes situações sociais (Idem). Objetivos Caracterizar o perfil da população hipertensa inscrita na Consulta do Hipertenso da Consulta Externa do Serviço de Cardiologia de um centro hospitalar central segundo as variáveis sociodemográficas, clínicas, estilo de vida e perceção da qualidade de vida; Compreender a relação entre o estilo de vida e a perceção da qualidade de vida; Analisar as dimensões da qualidade de vida e estilo de vida mais afetadas e correlacioná-las entre si; Validar culturalmente o instrumento de medida Mini Questionário da Qualidade de Vida na Hipertensão Arterial (MINICHAL), para a população portuguesa. Metodologia Foi efetuado um estudo descritivo, analítico de corte transversal e abordagem quantitativa com a utilização do instrumento específico de avaliação de qualidade de vida (Mini Questionário da Qualidade de Vida em Hipertensão - MINICHAL) e estilo de vida (Estilo de Vida Fantástico de McMaster University). Para a recolha de dados utilizou-se um instrumento com duas partes, sendo uma a caracterização sociodemográfica e clínica dos sujeitos e a outra composta pelas duas escalas supra referidas. População/Amostra: Utentes hipertensos inscritos na Consulta do Hipertenso na Consulta Externa (CE) de um centro hospitalar central. Amostra do tipo não-probabilística acidental.Critérios de Inclusão: Aceitar participar voluntariamente do estudo; Ter mais de 18 anos; Saber ler, escrever e interpretar o texto; Ter condições clínicas e psicológicas para participar no estudo; Ter o diagnóstico clínico de HTA. Procedimentos Éticos: Comissão ética da ESEnfC; Comissão ética CHUC/HUC; Consentimento informado e esclarecido. Resultados: Características da amostra: média de 62,7 anos; 50,5% sexo masculino; 61% provenientes do meio rural; Casado (67,6%), viúvo (21,9%), solteiro (6,7%) e divorciado (3,8%); 42,9% possuem o quarto ano de escolaridade, 14,3% licenciatura, 10,5% o 12ºano de escolaridade, 8,6% sem habilitação; 49,5% dos indivíduos inativos. Caracterização clínica da amostra: Média da PA normal alta (Sociedade Portuguesa de Cardiologia, 2007), 58 com patologia associada: 11,4% diabetes mellitus, 7,6% problemas ósseos; 6,7% dislipidémia, 4,8% antecedentes de AVC, 3,8% neoplasias, 2,9% patologia endócrina, 2,9% SAOS, 1,9% miocardiopatia dilatada, 1,9% IRC, 1% arritmias, 1% aterosclerose, 1% ICC; 41% score de risco cardiovascular muito alto; periodicidade de avaliação da PA: 34,3% semanalmente, 21% mensalmente, 13,3% diariamente, 12,4% em SOS, 11,4% mais do que um mês entre avaliações e 7,6% não avalia; Avaliação da PA: 30,5% o próprio, 23,8% pelo enfermeiro, 20% por familiar, 7,6% pelo médico bem como por ajudantes remunerados, 6,7% por outros sujeitos não identificáveis e 3,8% por vizinhos; 88,6% cumpre terapêutica anti-hipertensora, contrapondo-se os 6,7% que não tomam. 4,8% são atribuídos aos utentes que se esquecem do seu cumprimento; 26,7% referiram ter tido um evento cardíaco; 55,2% refere ter necessidade de cuidados médicos regulares (tratamentos, medicação, análises) e 6,7% refere ter deixado de comprar medicamentos ou fazer tratamentos mesmo tendo receita médica; justificações acerca da não adesão terapêutica: financiamento (2,9%), experiências negativas (1,9%), medo (1%) ou desaparecimento dos problemas (1%). Mini Questionário da Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial (MINICHAL): O score total da QV foi em média 10,26. Uma vez que para valores aproximados do zero (0) correspondem uma melhor perceção de QV e sendo que o valor máximo do MINICHAL se situa no score 51, podemos evidenciar uma boa perceção de QV para a nossa amostra. Estilo de Vida Fantástico: Média de 83,2. Os elementos da amostra situam-se entre um bom estilo de vida proporcionando muitos benefícios para a saúde e um excelente estilo de vida, proporcionando uma ótima influência para a saúde. Os domínios atividade física/associativismo, nutrição, tabaco e comportamentos de saúde e sexuais, são aqueles que evidenciaram piores scores e, consequentemente, aqueles que deverão ser trabalhados de forma a otimizar o seus estado de saúde. Validação MINICHAL: A análise global evidenciou boa sensibilidade (medidas de tendência central variam entre 0,2 e 1,019); o valor de significância do teste de Bartlett mostrou-se menor que 0,0001, o que possibilita confirmar a possibilidade e adequação do método de análise factorial; a Correlação anti-imagem: podemos verificar que todos os valores de medida de adequação de amostragem (MSA) são superiores a 0,5, o que indica que a análise pode seguir sem remoção de itens; as Comunalidades associadas a cada variável são aceitáveis; As Matrizes de componentes foram adequadas; revelou boa consistência interna, revelando um bom alfa de Cronbach (?) para o total dos 10 itens da referida dimensão (?=0,799). Os valores de consistência interna apresentam um bom alfa de Cronbach (?) para o total das dimensões do MINICHAL (?=0,859). A correlação entre ambas as partes é de 0,653 e o coeficiente Spearman Brown revela boa consistência (0,790), assim como o coeficiente Guttman Split-Half com 0,790. Nesta linha de orientação, o MINICHAL apresenta boa homogeneidade. Na figura seguinte é evidenciada a análise inferencial (fatores preditores para o MINICHAL (estado mental e manifestações sométicas). Discussão / Conclusões A qualidade de vida é uma conceção subjetiva que sofre influência de inúmeros fatores próprios da existência humana, sendo que a qualidade de vida relacionada com a saúde procura delimitar esses fatores para aqueles mais diretamente ligados à condição física, psíquica e social do indivíduo. A medida da qualidade de vida em pessoas com hipertensão, a partir do MINICHAL, corresponde a uma tentativa de avaliação dos principais fatores ligados à condição clínica que podem influenciar a sensação de bem-estar, permitindo orientar as intervenções de saúde para aspetos que possam impactar positivamente a qualidade de vida. Esta investigação, para além de ter permitido adaptar e validar um questionário, possibilitou averiguar e analisar a perceção da qualidade de vida relacionada com o estilo de vida, chegando-se às seguintes conclusões: a perceção da qualidade de vida é influenciada positivamente com estilos de vida salutares nomeadamente nas dimensões relacionadas com o apoio social (família e amigos); repouso e evicção de stress; análise positiva sobre si e sobre a sua vida (introspeção); comportamentos de saúde e sexuais responsáveis. Por outro lado, evidenciámos que o tabagismo e o consumo de álcool tiveram uma relação direta com a perceção da qualidade de vida, ou seja, indivíduos com referência a consumo de substâncias referiram melhor perceção de qualidade de vida. Esta ocorrência pode ser sugerida pelo facto de que tais hábitos propiciam gratificação emocional, de modo que o indivíduo busca alívio da angústia através de substitutos que proporcionam satisfação. Uma vez que a população estudada se insere numa consulta de hipertensão onde os utentes têm a sua situação clínica monitorizada e, dado que estes apresentam globalmente uma boa perceção de qualidade de vida e estilos de vida adequados, leva-nos a considerar que tal facto se pode dever precisamente à especificidade do acompanhamento efetuado pela equipa multidisciplinar.

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Os pacientes idosos em hemodiálise (HD) são altamente suscetíveis ao desenvolvimento de sarcopenia, devido ao processo natural de envelhecimento e ao catabolismo induzido pelo procedimento de HD. O objetivo deste estudo foi primeiro, avaliar a prevalência de sarcopenia, dinapenia e atrofia muscular em um grupo de pacientes idosos em HD; o segundo, avaliar se os critérios aplicados para o diagnóstico de sarcopenia, propostos por sociedades internacionais, são capazes de distinguir os pacientes com pior condição clínica, estado nutricional e qualidade de vida. Este estudo multicêntrico e transversal incluiu 94 pacientes idosos em HD (> 60 anos) de cinco centros de diálise. Todos os participantes foram submetidos à avaliação antropométrica, de composição corporal, força de preensão manual (FPM), laboratorial e avaliação da condição nutricional através da avaliação subjetiva global de 7 pontos (AGS-7p). Adicionalmente, os participantes responderam um questionário de qualidade de vida. Para o diagnóstico de sarcopenia, foram adotados os critérios propostos por sociedades internacionais, que englobam os parâmetros indicativos de baixa massa muscular e baixa função muscular. Para a massa muscular adotou-se o índice de massa magra (IMM) < percentil 20 para o gênero e faixa etária de uma população de referência, avaliado a partir da massa magra obtida pelo somatório de dobras cutâneas. Para o critério de baixa função muscular, adotou-se a FPM < percentil 10 para o gênero, faixa etária e o braço utilizado de uma população de referência. Os pacientes foram classificados como Sarcopênicos (baixo IMM associado à baixa FPM); Dinapênicos (baixa FPM) e Atrofia muscular (baixo IMM). A sarcopenia estava presente em 13.8% dos pacientes, enquanto a dinapenia foi observada em 37.2% e a atrofia muscular em 35.1%. A sarcopenia foi capaz de distinguir os pacientes que possuíam maior comprometimento do estado nutricional e da composição corporal. O critério de função muscular (isoladamente ou em combinação com a massa muscular) também identificou os pacientes com pior qualidade de vida. Em conclusão, a prevalência de sarcopenia foi observada em 13,8% do grupo. Entretanto, ao usar apenas critérios que indicam redução da força ou massa muscular, esta prevalência aumentou para 30%. A condição de sarcopenia distinguiu pacientes com pior estado nutricional e qualidade de vida.

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Tese de doutoramento, Enfermagem, Universidade de Lisboa, com a participação da Escola Superior de Enfermagem, 2014

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RESUMO: A reabilitação respiratória (RR) é uma intervenção abrangente e interdisciplinar dirigida aos doentes respiratórios crónicos e inclui o treino de exercício, programas de educação e de modificação comportamental, entre outros, desenhados individualmente para melhorar o desempenho físico e psicossocial e promover a adesão a longo prazo a comportamentos promotores de saúde. A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença comum, afetando cerca de 210 milhões de pessoas em todo o mundo, com elevada mortalidade e com custos económicos significativos decorrentes do agravamento progressivo da doença, das hospitalizações e de reinternamentos frequentes. Apesar do crescente conhecimento da DPOC e do papel da RR nos benefícios para a saúde, existem aspetos ainda não esclarecidos que têm impacto na prática clínica e de investigação e nas decisões das autoridades de saúde. A primeira parte desta tese focou a DPOC e o seu impacto negativo e incluiu: o estudo da prevalência da DPOC em Portugal; os fatores clínicos e funcionais que se associam à mortalidade em doentes com DPOC avançada; a morbilidade, impacto funcional e risco dos doentes se tornarem dependentes para as atividades diárias e a influência da inflamação sistémica. A prevalência estimada da DPOC de 14,2% indica que esta é uma doença comum em Portugal e alerta para a necessidade de uma maior sensibilização da população, dos profissionais de saúde e autoridades de saúde com vista a um diagnóstico precoce e à alocação dos recursos terapêuticos adequados. A elevada taxa de mortalidade em doentes com DPOC avançada - 36,6% em 3 anos - associou-se a insuficiência respiratória, a elevado número de exacerbações, ao cancro do pulmão e a reduzida capacidade funcional para a marcha, salientando a importância da referenciação precoce para RR, a identificação e o tratamento das comorbilidades e a prevenção das exacerbações. A aplicação de um questionário que avaliou as atividades da vida diária básicas e instrumentais, permitiu identificar um marcador clínico do risco de dependência, complementando as avaliações funcionais e associando-se a outros marcadores de mau prognóstico, como as exacerbações. Em doentes com DPOC, com FEV1 médio de 46,76% (desvio padrão: 20,90%), 67% da categoria D do GOLD, verificou-se uma associação positiva entre a expressão de genes inflamatórios avaliada pela reação em cadeia da polimerase (ARN mensageiro de IFNg, IL1b, IL6, IL8, TNFa, TGFb1, iNOS) e o índice de massa corporal em repouso, acentuando-se após o exercício. Este estudo aponta a inflamação como o potencial elo de ligação entre a obesidade e a inflamação sistémica em doentes com DPOC. A segunda parte da tese focou a RR, nomeadamente os seus efeitos em doentes das categorias GOLD A, B, C e D; o impacto das comorbilidades nos resultados da RR e os resultados de diferentes intensidades de treino aeróbio. Após o programa de RR, verificaram-se melhorias significativas na capacidade de exercício funcional e de endurance e no estado geral de saúde dos doentes de todas as categorias GOLD. Esta classificação não distingue os doentes que melhor poderão beneficiar desta intervenção, indicando que devem ser referenciados para RR, os doentes sintomáticos ou com repercussão na qualidade de vida, independentemente da categoria da DPOC a que pertençam. A prevalência das comorbilidades no grupo de doentes com DPOC que é referenciado para RR, é elevada, sendo as mais frequentes, as cardiovasculares, as respiratórias e as psicológicas. Apesar de poderem diminuir o impacto da RR, os resultados desta foram semelhantes independentemente do número de comorbilidades. A identificação e o tratamento sistemáticos das comorbilidades conferem maior segurança clínica a esta intervenção terapêutica a qual, por apresentar bons resultados, não deve limitar a referenciação dos doentes. Com o programa de RR, verificou-se melhoria significativa em todos os resultados centrados no doente para ambas as intensidades de treino aeróbio, a 60% e a 80% da potência aeróbica máxima (Wmax), com melhoria do estado geral de saúde, nos sintomas e na capacidade para o exercício, o que questiona a indicação sistemática de elevadas intensidades de treino em doentes com DPOC para a obtenção de benefícios a curto prazo. Na terceira e última parte da tese foi estudado o papel da atividade física na DPOC, focando os fatores que influenciam a atividade física diária; a evolução da capacidade funcional e o estado de saúde 2 anos após um programa de RR e o papel da telemonitorização na quantificação e monitorização da atividade física. Confirmámos que os doentes com DPOC são marcadamente sedentários e os fatores que se associaram ao sedentarismo nestes doentes foram a dispneia e a distância percorrida na prova de marcha de seis minutos. Este estudo sublinha a importância do controlo sintomático, nomeadamente da dispneia, bem como, mais uma vez, o potencial papel da reabilitação respiratória no aumento da capacidade funcional para o exercício e na aquisição de hábitos de vida fisicamente ativa. Verificámos que, apesar de os doentes com DPOC apresentarem benefícios clinicamente significativos na capacidade funcional para o exercício e no estado geral de saúde com o programa de RR, apenas os que se mantêm ativos, podem, no final dos dois anos de seguimento, manter os efeitos benéficos desse programa. O sistema de telemonitorização que combina a oximetria e a quantificação da atividade física provou ser clinicamente útil na avaliação da necessidade de oxigenoterapia de longa duração (OLD) e na aferição do débito de oxigénio em repouso, no esforço e no sono, podendo contribuir para uma melhor adequação da prescrição da OLD. A monitorização dos níveis de atividade física regular é um importante instrumento de avaliação dos programas de RR e o seu uso potencial na telereabilitação permitirá prolongar a eficácia dos programas e reduzir os custos associados aos cuidados de saúde.---------------------------------------------------------------------------------------------------ABSTRACT: Pulmonary rehabilitation (PR) is a comprehensive interdisciplinary intervention that includes, but is not limited to, exercise training, education, and behavior change, individually designed to improve physical and psychological conditions of people with chronic respiratory disease and to promote long-term adherence to health-enhancing behaviors. Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a common disease, affecting about 210 million people worldwide, with high mortality and significant health-related costs due to disease progression, hospitalizations and frequent hospital readmissions. Although the increasing knowledge about COPD and benefitial outcomes of PR, some aspects with impact in clinical practice, research and health authorities’ decisions, remain to be clarified. The first part of this thesis focused on COPD and its negative impact, including the study of COPD prevalence in Portugal; clinical and functional factors associated with mortality in advanced COPD patients; morbidity, functional impact and risk of others’ dependance to perform activities of daily living; and the role of systemic inflammation. The evidence of 14.2% estimated COPD prevalence as a common disease in Portugal raises the need of an increasing awareness of population, health care professionals and health authorities towards an earlier diagnosis and apropriate treatment resources allocation. High mortality in patients with advanced COPD – 36.6% in 3 years - was associated with respiratory failure, high frequency of exacerbations, lung cancer and a low functional capacity in walking. This highlightens the importance of an earlier referral to PR, comorbidity identification and treatment, and prevention of exacerbations. A questionnaire evaluated basic and instrumental activities of daily living, and identified a clinical marker of the risk of becoming dependent. This clinical marker complemented other functional evaluations and was associated with prognosis markers such as the number of exacerbations. In COPD patients with a mean FEV1 46.76% (SD 20.90%), 67% belonging to GOLD grade D, we found a positive association between inflammatory gene expression evaluated by polymerase chain reaction (IFNg, IL1b, IL6, IL8, TNFa, TGFb1, iNOS RNA messenger) and body mass index at rest, and a further increase with exercise. This study evidenced obesity as one potential link between COPD and systemic inflammation. The second part of this thesis focused PR, namely its outcomes in patients of GOLD categories A, B, C and D; comorbidities impact in PR outcomes, and the impact of different exercise training intensities in patient related outcomes. xviii With PR intervention, we found significant improvement in functional exercise capacity, endurance exercise capacity and health status in patients of all GOLD categories. This classification did not differentiate which patients would benefit more from PR, hence all symptomatic patients with a negative impact in health status should be referred to PR, regardless of the GOLD category they belong to. There is a high prevalence of comorbidities in COPD patients referred to PR, being cardiovascular, respiratory and psychological, the most prevalent. Although some comorbidities might reduce PR impact, the results were similar regardless of the number of comorbidities. Systematic comorbidities identification and treatment provides safety to PR intervention, and its good results should not preclude patients referral. With PR intervention we found a significant improvement in all patient reported outcomes for exercise training intensities at 60% and 80% maximum work rate (Wmax), namely in health status, symptoms and exercise capacity. These findings challenge the current systematic indication of high exercise training intensities to achieve PR short-term benefits. In the third and last part of the thesis, the role of physical activity in COPD was studied, focusing factors that may influence daily physical activity; the evolution of functional capacity and health status two years after a PR program, and the role of a telemonitoring system in physical activity quantification and monitoring. We confirmed that COPD patients are markedly inactive and factors associated with a sedentary lifestyle are dyspnea and 6 minute walking distance. This study emphasized the importance of symptom control, namely of dyspnea, as well as, once again, the potential role of PR in functional exercise improvement and in integrating physically active habits in daily life. We verified that, although COPD patients improve functional exercise capacity and health status after a PR program, only those who kept physical activity habits were able to maintain those effects after 2 years of follow-up. A telemonitoring system that combines oximetry and physical activity quantification proved to be clinically useful in the evaluation of long-term oxygen therapy (LTOT) indication, as well as in the titration of oxygen levels at rest, exertion, and sleeping, which might contribute to a more adequate LTOT prescription. Monitoring of daily physical activity levels is an important PR evaluation instrument and its potential use in telerehabilitation might allow lengthening programs efficacy, while reducing health-care costs.

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A reabilitação pulmonar interdisciplinar, tem sido a melhor alternativa de tratamento para os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, DPOC. Este ensaio clínico estudou o efeito do exercício sobre os níveis de ansiedade, depressão e autoconceito de 30 pacientes com DPOC ( média de idade 63,66+11,62 ; 80% sexo masculino) Os pacientes participaram do estudo por 12 semanas e foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o grupo experimental (G1) e o grupo controle (G2). Os pacientes de G1 (n=14) tiveram: 24 sessões de fisioterapia respiratória; 12 sessões de acompanhamento psicológico; 3 sessões de educação e 24 sessões de exercício. Os pacientes de G2 (n=16) tiveram: 24 sessões de fisioterapia respiratória; 12 sessões de acompanhamento psicológico e 3 sessões de educação. Este grupo não realizou as sessões de exercício. Antes e após a intervenção, os pacientes passaram por uma avaliação que incluía os seguintes instrumentos: BAI (Inventário de Beck de ansiedade); BDI (Inventário de Beck de depressão), ERA (Escala Reduzida de Autoconceito); Teste de 6 minutos de caminhada e '’The St. George’s Respiratory Questionnaire”. Ambos os grupos demonstraram diferença estatisticamente significante (p<0,05), incluindo diminuição da ansiedade e depressão, aumento do autoconceito, melhora no desempenho do teste de 6 minutos de caminhada e melhora na qualidade de vida. A análise estatística foi realizada através do teste t de student e do teste do Qui-quadrado. Não foram observadas diferenças significativas no tratamento entre os grupos.

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The therapeutic possibilities for chronic renal failure closely are related to the biological and social condition, and in this perspective the renal transplant is considered the best option, for providing quality of life better. This study it objectified to apprehend, by means of the rescue of the verbal history of life of the kidney transplant patients, the experiences lived since the diagnosis of the renal to the current with the current therapeutic modality. One is about a study of qualitative boarding, exploratory and descriptive, having the verbal history of life as a technique and method. The colony was formed with the ten first kidney transplant patients of the Rio Grande of the North, taken care of in the clinic of the Nephrology in the University Hospital Onofre Lopes-UFRN, located in the city of Christmas-RN. The net was composed for collaborators of both the sex, in the age band between 21 and 56 years of age, submitted it more than has one year to the renal transplant and that, in some cases, together of its familiar ones, they had voluntarily accepted to participate of the study. The first collaborator interviewed for this was excluded not to desire to participate the study more than. After approval for the Committee of Ethics in Search of the UFRN, we carry through the collection of data, by means of a halfstructuralized interview, recorded individually, in environment chosen for the collaborators. We carry through the transcription of the interviews and later we return to the interviewed ones so that the same ones made the conference, what it made possible in them to carry through the transcriation, after consecutive readings. We analyze the stories by means of the analysis of content of Bardin. Guiding the analysis of the stories of the collaborators, we find three axles thematic: Impact in the social relations, Impact in the social condition and Behavior front the illness and treatment. We conclude in this study that the loss of the renal function reed-echo drastically in the life of the collaborators, but that the acceptance of the pathological condition emerged, mainly for the support of the family and in the belief in God. The renal transplant was seen as the chance for a new life, however, so that they reach an improvement in the quality of life, other questions must be optimized, as the guarantee of constitutional laws, the rescue of the citizenship and offer of bigger support of the professionals of the health, family and society for the confrontation of the problems generated for the chronic renal illness and its treatments