977 resultados para Diversidades afetivo-sexuais


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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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INTRODUÇÃO: No Brasil, estudos mostram que a soroprevalência do HTLV entre gestantes varia de 0 a 1,8%. Contudo, esta soroprevalência era desconhecida no Estado do Pará, Brasil. O presente estudo descreve, pela primeira vez, a soroprevalência do HTLV entre gestantes do Estado do Pará, Norte do Brasil. MÉTODOS: 13,382 gestantes foram submetidas à triagem para HTLV durante o pré-natal, e aquelas com sorologia alterada para anti-HTLV foram submetidas ao teste de Western Blot (WB), para confirmar e discriminar portadoras do HTLV-1 e do HTLV-2. RESULTADOS: A soroprevalência do HTLV na população de gestantes foi de 0,3%, sendo o HTLV-1 identificado em 95,3% das pacientes. O perfil demográfico das portadoras do HTLV foi de: mulheres com idade entre 20-40 anos (78,4%); residentes na região metropolitana de Belém (67,6%) e com nível educacional igual ao ensino médio (56,8%). Outras variáveis relacionadas à infecção foram: início das relações sexuais compreendido entre 12-18 anos (64,9%), e ter sido aleitada mais de 6 meses (51,4%). A maior parte das mulheres estudadas teve ao menos duas gestações anteriores (35,1%); e nenhum aborto (70,3%). Co-infecções (sífilis e HIV) foram descritas em 10,8% (4/37) das gestantes. A soroprevalência da infecção pelo HTLV em gestantes atendidas em Unidades Básicas de Saúde do Estado do Pará, Norte do Brasil foi de 0,3% semelhante à descrita em outros estudos brasileiros. As variáveis relacionadas com a infecção são indicadores importantes na identificação de gestantes com maior tendência a soropositividade pelo HTLV, sendo uma estratégia de controle e prevenção, evitando a transmissão vertical.

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Historicamente, o controle social das políticas públicas como direito Constitucional foi uma conquista da sociedade civil, por meio de inúmeras reivindicações e lutas pela defesa do SUS, como garantia de direito à saúde para todos os cidadãos. A participação social surge também como resultado desse processo de luta popular, e a inserção de novos atores sociais na gestão das políticas públicas é reconhecido e legitimado com a promulgação da Constituição federal de 1988. Neste sentido, os Conselhos de Saúde têm apresentado um quadro favorável à inserção de diversos segmentos nas decisões da agenda governamental. Os Conselhos de Saúde da Região Metropolitana de Belém (RMB), especificamente os municípios Belém, Marituba e Benevides, foram objeto de pesquisa neste trabalho, que tem como objetivo central identificar a atuação dos Conselhos de Saúde da Região Metropolitana de Belém na fiscalização das ações do SUS. Os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa foram: a entrevista; a observação; o questionário de entrevista aplicado aos conselheiros; e a pesquisa documental e bibliográfica. Utilizamos também a análise de discurso e de conteúdo, considerando principalmente a análise de anunciação e a análise temática, configurando em uma pesquisa quali e quantitativa. Os resultados da pesquisa constataram que, por meio de dados empíricos e conceituais de organização, na perspectiva de Olson (1999) e Michels (1982), de participação social, controle social e fiscalização utilizada neste trabalho, os entraves de cunho ideológico, social e econômico interferem de forma direta ou indireta na ineficiência das ações dos Conselhos. Sobretudo, são as questões políticas que influenciam de forma expressiva na fiscalização dos CS, muitas vezes de maneira “silenciosa” nas decisões e, consequentemente, na ineficiência da participação da sociedade nos Conselhos em sua função que, apesar de ser inerente, não funciona – a função fiscalizadora. Portanto, contribuir conceitual e metodologicamente para a análise dos níveis de fiscalização existentes nos CS foi o grande desafio deste trabalho, realizado por meio da construção da matriz da fiscalização, a fim de alterar o quadro situacional da ineficiência dos Conselhos na atualidade, considerando as diversidades, divergências e convergências existentes entre os atores envolvidos no processo de construção da Política de Saúde Municipal. Os resultados da pesquisa refletem um panorama desfavorável à efetiva fiscalização dos Conselhos, quando nos remetemos aos resultados centrais da referida pesquisa: os CS não cumprem seu papel fiscalizador; não há relação direta entre o que é decidido nas plenárias pelos conselheiros e os serviços implementados nos municípios; e não existem prioridades estabelecidas no processo decisório das ações a serem implementadas pelo CS. Sendo assim, o nível de fiscalização dos CS da RMB é predominantemente o nível 1, isto é, sem fiscalização. Neste sentido, afirmamos que os Conselhos de Saúde, apesar de ser uma conquista de lutas populares pela ampliação da participação na gestão pública, ainda predomina um baixo nível de fiscalização ou até mesmo nenhuma fiscalização da política municipal de saúde, o que pode ser considerado um dos entraves à consolidação do SUS, como estratégia à concretização do Estado democrático no país.

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Este trabalho objetivou verificar o desempenho de homens e mulheres em uma tarefa de discriminação perceptiva de sons e o efeito de aprendizagem anterior sobre esta discriminação. O experimento foi realizado com 17 homens e 17 mulheres, submetidos individualmente a uma sessão de coleta de dados composta de questionário padronizado e de teste de discriminação com vinte tentativas gravadas em um CD-ROM. A análise estatística dos dados indicou diferenças de desempenho entre pessoas com e sem experiência musical prévia [F(1,33)=14,69, p<0,001]. Embora não significativo, as mulheres apresentaram melhor desempenho no grupo sem experiência prévia, e no grupo com experiência, os homens apresentaram melhor desempenho. Os dados indicam que, embora haja diferenças sexuais na percepção sonora, a experiência parece ser o fator mais importante neste tipo de discriminação.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR

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A infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV) é a principal causa para o desenvolvimento de lesões precursoras e processos neoplásicos na cérvice uterina. O câncer cervical representa a segunda maior causa de óbito por câncer em mulheres brasileiras, constituindo-se em uma das principais causas de morbimortalidade feminina na região Norte do Brasil. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiológicos da infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV) em mulheres de população urbana e rural oriundas de duas regiões distintas da Amazônia Oriental Brasileira. Para tanto foi conduzido um estudo Transversal analítico com 444 mulheres de 13 a 74 anos que se submeteram ao exame preventivo do câncer do colo uterino, sendo 233 urbanas oriundas de uma unidade básica de saúde da cidade de Belém do Pará e 211 rurais provenientes das margens direita e esquerda do lago da U.H.T de Tucuruí - PA, no período de janeiro de 2008 a março de 2010. Amostras da cérvice uterina foram coletadas para a realização da colpocitologia convencional e para a detecção do DNA do HPV através da reação em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotídeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulário clínico e epidemiológico. Para análise das associações epidemiológicas entre os fatores de risco e a infecção pelo HPV dividiu-se a amostra em três faixas etárias, sendo obtidas a Razão de Chances de Prevalência (ORp) com IC95%, com sua significância verificada por meio do teste do qui-quadrado ou exato de Físher, além do emprego final do modelo de regressão logística multivariado. Entre as 444 mulheres analisadas, a prevalência geral de infecção genital pelo HPV foi de 14,6%, variando entre 15,0% para a amostra urbana e 14,2% para a rural. A faixa etária mais acometida foi a de 13 a 25 anos (17,9%), tanto na amostra urbana (19,0%) quanto rural (17,2%). O DNA do HPV foi detectado em 13,6% das mulheres com citologia normal e em 41,6% daquelas com citologia alterada, sendo este resultado mais significativo para a porção urbana do estudo com idades compreendidas entre 26 a 44 anos. Anormalidades colpocitológicas, início precoce da atividade sexual, situação conjugal, número de parceiros sexuais novos e antigos, o uso pregresso de anticoncepcionais orais e preservativos, história de DST e de sintomas genitais, além de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados à infecção genital pelo HPV de maneira diferenciada nas três faixas etárias analisadas entre amostras urbana e rural da Amazônia Oriental Brasileira.

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Noventa pacientes soropositivos para o HIV-1 foram estudados, visando-se a descrição de manifestações clínicas e de marcadores de outras doenças sexualmente transmissíveis, assim como de fatores demográficos e comportamentais que possam estar relacionados com a infecção pelo HIV-1 e em pacientes com SIDA/AIDS. A maioria dos entrevistados (83,3%) foi do sexo masculino, apresentou a média de idade 31,4 anos (variando entre 18 e 60 anos) e a distribuição da renda familiar mensal mostrou que 79,5% tinham um ganho inferior a cinco salários mínimos. Pelos menos um tipo de droga, foi consumido por 51,1%, sendo que 20.7% usaram droga não medicamentosa de uso injetável. Destes, 94,4% referiram antecedentes de doenças sexualmente transmissíveis. A observação dos hábitos sexuais revelou que 41,6% eram bissexuais, 38,2% heterossexuais e 20,2% eram homossexuais. Cerca de 51,1% dos bissexuais usaram drogas injetáveis e todos referiram a prática de sexo anal e foram positivos para a presença de anticorpos para Chlamydia. A média de idade da primeira relação sexual com penetração foi de 14.7 anos, enquanto que a média de idade em que ocorreu a primeira doença sexualmente transmissível foi de 20.6 anos. A quase totalidade (95,5%) dos entrevistados tiveram múltiplos parceiros sexuais, antes do conhecimento da soropositividade para o HIV-1. Dentre os 90 soropositivos, 73,3% referiram antecedentes de doenças sexualmente transmissíveis. Destes, 82,2% referiram a presença de secreção uretraI, de sífilis e de herpes simples. No momento da avaliação, 36,6% (33/90) apresentaram secreção uretral, anal e/ou vaginal, lesão genital, anal, perianal e/ou adenopatia inguinal, assim discriminado: Secreção (51,1%), vesículas (18,1%), lesão verrucosa (18,1%), Adenopatias iguinais ( 18,1% ), úlceras ( 12,1 %) e pápulas (6% ). A reação do VDRL foi positiva em 13,7% (11/80), sendo que neste grupo, 90,9% referiram a prática do sexo anal e 81,8% revelaram antecedentes de DST. Cerca de 96,4% (81/84) apresentaram anticorpos para Chlamydia, sendo que 81,8% revelaram a prática do sexo anal e 72,8% relataram antecedentes de DST .

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Estudiosos apontam a escola como local estratégico para o fortalecimento da ação de enfrentamento ao abuso sexual de crianças e adolescentes. A partir de 2000, com a elaboração do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, a política pública destinada ao tratamento desse problema ganhou maior visibilidade e organicidade no Brasil. O abuso sexual de crianças e adolescentes é a principal ocorrência registrada pelo Disque Direitos Humanos (2011) e pelos Conselhos Tutelares de Belém (2010). O bairro do Guamá – Belém/PA apresenta o maior índice de denúncias dessa natureza e as meninas são a maioria das vítimas. Esse contexto revela a relevância social do problema. A presente tese tem como objeto de estudo da avaliação da implementação da política pública de enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes em escolas públicas de ensino fundamental do Guamá. Para conseguir imprimir uma análise contextual a pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa apoiada nas técnicas de análise documental e entrevistas semiestruturadas. Os dados de pesquisa são documentos relativos aos planos, programas e projetos governamentais que tem em seu escopo o enfrentamento a esse tipo de violência e são voltados às escolas. Também foram realizadas entrevistas nas treze escolas públicas de ensino fundamental do bairro com diretores ou funcionários indicados por eles. A análise do material se deu por meio da técnica de análise de conteúdo dividida nas etapas da pré-análise, descrição analítica e a interpretação inferencial. A análise dos dados apontaram que: 1) as políticas formuladas em âmbito federal na área da formação dos profissionais da educação e dos materiais didáticos pedagógicos elaborados com a finalidade de subsidiá-los na apropriação da temática não chegaram às escolas pesquisadas; 2) planos/projetos que têm entre os seus objetivos o enfrentamento a esse tipo de violação devido a problemas de infraestrutura e de pessoal não foram executados como planejados; 3) nove entrevistados consideram que há a abordagem da temática no currículo das escolas, porém, não como conteúdo específico, mas como uma discussão pontual em meio a outras questões. Conclui-se dessa maneira, que pelas debilidades apresentadas a política pública de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes não foi implementada nas escolas públicas de ensino fundamental do Guamá – Belém/PA. Crianças e adolescentes, em idade escolar obrigatória, são as principais vítimas de violência sexual. Por isso, a importância da inserção efetiva da escola na rede de enfrentamento com condições para identificar e notificar casos dessa natureza. Mas, para isso, é preciso fazer com que às políticas elaboradas com essa finalidade cheguem às unidades escolares, sobretudo a política de formação e que tenha intersecção com a política educacional.

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As doenças sexualmente transmissíveis (DST) estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo, principalmente entre os adolescentes, pois eles são mais vulneráveis em relação à sexualidade, tanto em países industrializados como nos em desenvolvimento. Este estudo tem por objetivo investigar a prevalência de doenças sexualmente transmissíveis em escolares da rede pública municipal de ensino da área urbana do município de Porto Velho, Estado de Rondônia. Foram investigados 122 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Joaquim Vicente Rondon, na faixa etária de 11 a 19 anos, através de questionário de autopreenchimento e coleta de amostras de sangue, secreção uretral e vaginal. O método sorológico ELISA (Ensaio imunoenzimático) e a bacterioscopia pelo método de Gram foram os testes utilizados para detecção e identificação de DST. 84,4% dos estudantes responderam saber o que é uma DST, 82,8% informaram que usavam preservativo durante as relações sexuais para prevenir DST, 11,5% não utilizavam o preservativo e 5,7% afirmaram que selecionavam seus parceiros sexuais. Foram examinadas 83 amostras de soro pelo teste ELISA e 41 esfregaços corados pelo método de Gram. A prevalência encontrada para Chlamydia foi de 65,3% no sexo feminino e 34,6% no sexo masculino. Os agentes biopatogênicos encontrados com mais freqüência foram Gardnerella vaginalis, Candida albicans e Trichomonas vaginalis.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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A infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV) é considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comum, representando um importante problema na Saúde Pública, além de estar diretamente relacionado à promoção do câncer de colo uterino. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiológicos da infecção genital pelo HPV em dois grupos distintos: mulheres de população geral e mulheres encarceradas. Para tanto foi conduzido um estudo transversal analítico com 423 mulheres a partir dos 18 anos que se submeteram ao exame preventivo do câncer do colo uterino, sendo 233 mulheres da população geral oriundas de uma unidade básica de saúde da cidade de Belém do Pará e 190 provenientes do Centro de Reeducação Feminino em Ananindeua no mesmo Estado, no período de janeiro de 2008 a março de 2010. Amostras da cérvice uterina foram coletadas para a realização da colpocitologia convencional e para a detecção do DNA do HPV através da reação em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotídeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulário clínico e epidemiológico. Entre as 423 mulheres analisadas, a prevalência geral de infecção genital pelo HPV foi de 13,0% com variação entre 15,0% para a amostra geral e 10,5% para a carcerária. A faixa etária mais acometida foi a de 13 a 25 anos (19%) na amostra geral; e em mulheres com 45 anos ou mais (21,1%), nas carcerárias. Anormalidades Colpocitológicas, situação conjugal, número de parceiros sexuais novos, o uso de anticoncepcionais orais, história de DST e de sintomas genitais, além de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados à infecção genital pelo HPV de maneira diferenciada entre amostras da população geral e carcerária.

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Este estudo investigou o significado dos grupos de brincadeiras na rua como um contexto da cultura de pares, percebendo-os não apenas como espaços de expressão e reprodução da cultura de gênero, mas principalmente como contexto de reconstrução e co-construção destes aspectos: papéis sexuais, identidade de gênero e ideologia de papéis sexuais. O estudo incluiu 689 sujeitos entre 0 e 18 anos (440 meninos – 249 meninas), que brincavam juntos, sendo moradores ou visitantes de três ruas num bairro da periferia de Belém- Pará, durante um ano. Os dados foram coletados através de três procedimentos: descrição dos aspectos sócio-demográficos da área através de um formulário; identificação quantitativa das atividades dos grupos de brincadeira utilizando a técnica de varredura (scan sampling) e a descrição qualitativa das atividades através da filmagem de episódios. Os resultados revelam diferenças de gênero quanto à participação na rua e à variedade da subcultura lúdica. Observou-se predominância dos meninos na rua, segregação e tipificação sexual nas brincadeiras e estratégias diferenciadas de interação entre os dois grupos de gênero. Houve maior aproximação das meninas naquilo a que se denominou subcultura masculina, configurando estratégias de subversão das ideologias e papéis de gênero. A partir de três modelos explicativos do desenvolvimento humano (Hinde, 1979, 1987 e 1997; Bronfenbrenner, 1977, 1994 e 1999 e Rossetti-Ferreira, Amorin, Silva & Carvalho, 2003), busca-se discutir a relação entre macro e microdeterminações na construção da cultura dos gêneros dentro dos grupos de brincadeiras. Os dados sobre composição dos grupos, segregação, tipificação e preferência por brincadeiras e conteúdo e qualidade das interações entre os grupos de sexo/gênero confirmam o caráter relacional da construção do gênero e levam à proposição de um padrão de aproximação unilateral entre estes grupos, sendo que este padrão é protagonizado pelas meninas.

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Três espécies de sabiás se substituem ecologicamente nas florestas primárias e secundárias na Amazônia Oriental: Turdus albicollis, T. fumigatus e T. leucomelas . Estas três espécies são monocromáticas, isto é, machos e fêmeas possuem plumagem semelhante. O que não se conhecia é se estas espécies são também monomórficas, isto é, se machos e fêmeas possuem tamanho igual. Estudos nas florestas mexicanas indicam que algumas aves monocromáticas Neotropicais são de fato cripticamente dimórficas, ou seja, machos e fêmeas diferem estatisticamente em tamanho quando técnicas estatísticas apropriadas são usadas. Este trabalho teve três objetivos principais: (a) avaliar o padrão de dimorfismo sexual quanto ao tamanho em T. albicollis phaeopygus, T. fumigatus fumigatus e T. leucomelas albiventer; (b) contribuir para o estudo do dimorfismo sexual quanto ao tamanho em aves monocromáticas Neotropicais e (c) fornecer subsídios para o estudo ecológico-evolutivo do gênero Turdus , em particular, e da família Turdidae, em geral. A hipótese de trabalho era que as três espécies de Turdus analisadas seriam cripticamente dimórficas, tais como os outros passeriformes florestais estudados nas florestas mexicanas. Concluiu-se que das três espécies estudadas, duas são monomórficas ( T. f. fumigatus e T. a. phaeopygus ) e uma é cripticamente dimórfica ( T. l. albiventer ). Na única espécie cripticamente dimórfica, machos diferem significativamente das fêmeas quanto ao comprimento da asa, cauda, tarso e unha do quarto dedo. Mesmo assim, a função linear discriminante gerada, não permite uma sexagem segura dos espécimes. A razão de as três espécies de Turdus mostrarem-se monomórficas ou cripticamente dimórficas talvez esteja associada ao seu comportamento pré-reprodutivo. Durante o período de acasalamento, a vocalização seria um instrumento mais importante de atração de fêmeas e determinação do território do que a plumagem ou o tamanho. Assim, existiria forte pressão seletiva sobre a vocalização dos machos é fraca ou inexistente pressão seletiva sobre o tamanho do corpo. Sugere-se a realização de mais estudos de dimorfismo sexual em outras espécies de Turdus e de análise filogenética deste gênero, para se esclarecer a evolução dos padrões de dimorfismo sexual em sabiás.

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Foi analisado um total de 249 espécimes das subespécies de Liophis reginae que ocorrem no Brasil (Liophis reginae macrosomus e Liophis reginae semilineatus), com o objetivo de caracterizar morfologicamente os dois táxons e verificar a validade de Liophis oligolepis, táxon considerado sinônimo de Liophis reginae semilineatus. Foram considerados 22 dados merísticos e 18 morfométricos. Os complexos osteológicos e cefálicos, assim como os hemipênis foram analisados comparativamente entre os táxons. Foram identificadas, utilizando MANOVA, diferenças sexuais significativas em variáveis mensuradas da cabeça e do corpo. Uma análise da função discriminante (AFD) foi utilizada em sexos separados para maximizar a separação, num espaço rnultivariado, dos três táxons definidos a priori: Liophis regime semilineatus, Liophis reginae macrosomus e Liophis oligolepis. Os escores dos espécimes machos separaram claramente Liophis reginae semilineatus de Liophis oligolepis no eixo da primeira função discriminante e Liophis reginae semilineatus de Liophis reginae macrosomus na segunda função. Em fêmeas, a primeira função discriminante separou Liophis oligolepis de Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus. Na AFD de Liophis oligolepis e Liophis reginae semilineatus, considerando os dois sexos juntos, houve uma diferenciação entre os dois táxons na primeira função discriminante. A mesma análise foi feita para Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae rnacrosomus, sendo observado uma separação destes táxons na primeira função discriminante. Verificou-se alguns exemplares de Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus além das áreas de distribuição registradas para essas subespécies. Para verificar se estes e os outros exemplares, ocorrentes nas áreas de distribuição citadas em bibliografia, formavam o mesmo grupo, foi feita uma análise da função discriminante. Os resultados indicam que as novas ocorrências pertencem ao mesmo grupo de espécimes previamente estabelecidos. A morfologia hemipeniana não diferiu entre Liophis reginae semilineatus, Liophis oligolepis e Liophis reginae macrosomus. Os três táxons apresentam crânios semelhantes no aspecto geral, porém existem diferenças, no osso parietal de Liophis reginae semilineatus e Liophis oligolepis. O status taxonômico de Liophis oligolepis foi definido na categoria específica com base nos caracteres meristicos, morfométricos e morfológicos. As subespécies Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus deverão ser reavaliadas no futuro, para a verificação de seus status. Com a análise de mais exemplares e a inclusão de Liophis reginae regime e Liophis reginae zweiftli nas análises.