1000 resultados para Brasil - História administrativa


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Este estudo analisa o Ensino Superior Agrcola Brasileiro ESAB, como campo (Bourdieu, 1983a), diante do cenrio do mundo cambiante em que vivemos, com os seguintes objetivos: (i) resgatar parte da história, destacando dois momentos de inflexo vividos pelo ESAB: o primeiro a partir da dcada de 1960, quando, dentro do projeto urbano-industrialista, foram lanadas as bases do conhecimento e das estruturas acadmicas (ainda hegemnicos) para a modernizao da agricultura. O segundo na virada do Sculo XX, quando existe uma multiplicidade de propostas e no h mais um modelo a ser copiado; (ii) sugerir alguns dos caminhos possveis e suas implicaes para as instituies do ESAB, que pretendam encontrar novo sentido social no seu trabalho; (iii) analisar a influncia das Universidades Norte-americanas no ESAB, tendo em vista sua importncia no perodo de 60 e como essa influncia se manifesta no segundo momento. Um college norte-americano (College of Agricultural and Environmental Science da University of California Davis) e uma faculdade brasileira (Faculdade de Agronomia da UFRGS) foram escolhidos, como centros de formao e de pesquisa importantes e com participao destacada nos intercmbios bilaterais. Essas instituies servem como testemunhas exemplares da dinmica geral. Em ambas foram realizadas investigaes e foram ouvidos atores destacados (professores-pesquisadores), atravs de questionrios e entrevistas ao vivo Nas duas universidades os professores mostraram-se conscientes sobre as mudanas em curso, mas na UFRGS parece que o debate est menos desenvolvido. Diante das tendncias que se apresentam, a Agricultura Sustentvel e a Biotecnologia foram eleitas como plos aglutinadores de diferentes projetos em disputa no incio do Milnio. O estudo conclui que ou as escolas de agronomia se modificam ou no se justificam e tambm que, as mudanas podem ou no se vincular busca de uma ruptura paradigmtica (Santos, 1997). Conclui ainda, que seria importante cada instituio explicitar sua proposta, mesmo que esta seja de convivncia entre os diferentes projetos. Finalmente opina que, Agricultura Sustentvel parece ser estrategicamente mais interessante; tendo em vista ser mais adequada realidade social e ambiental do Brasil.

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O presente trabalho analisa a manuteno/transformao das concepes de conhecimento e de sociedade, nos currculos de cincias agrrias, no Brasil e nos cursos de Veterinria e de Agronomia da UFRGS. Parte do pressuposto de que ir s razes da regulao social e procurar opes, necessariamente envolve o questionamento das grandes reformas, como as que foram levadas a efeito pelos cursos objeto desta investigao, para delas derivar possibilidades de futuro. Esta tese organizada em trs partes: a primeira traz uma descrio histrica da problemtica curricular das carreiras agrrias no Brasil, com foco na Veterinria e na Agronomia. Tambm introduz a retomada dos questionamentos formao profissional que, ao final dos anos 90, se depara com o aprofundamento das contradies no resolvidas e potencializadas no momento atual; a segunda parte busca as razes da formao profissional, contextualizando o projeto scio-cultural da modernidade na sua articulao com o capitalismo enquanto modo de produo e, tambm, nas suas relaes com a produo cientfica, a educao geral e o ensino agrcola superior; a terceira parte resgata panoramicamente as relaes entre os currculos e a história da educao universal para embasar a anlise da metodologia de construo dos projetos curriculares da Veterinria e da Agronomia da UFRGS, localizar seus conflitos e suas contradies, a par de aventar possibilidades que possam estar postas para esses cursos, na busca de rupturas com a racionalidade cognitivo-instrumental, hegemnica no ensino, na pesquisa e na extenso.

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O gnero Ctenomys (famlia Ctenomyidae) compreende 50 a 60 espcies de animais conhecidos popularmente como tuco-tucos. De hbito fossorial, este grupo representa os mamferos dominantes na explorao do nicho subterrneo na Regio Neotropical. A distribuio das espcies bastante fragmentada, influenciada por vrios fatores limitantes como barreiras ecolgicas e geogrficas. Seu pequeno poder de dispersao (baixa vagilidade) causa uma restrio ao fluxo gnico. Ctenomys minutus, a espcie alvo deste trabalho, habita campos arenosos e dunas da Plancie Costeira do Sul do Brasil, do Rio Grande do Sul at Santa Catarina. Uma interessante caracterstica da espcie a ampla variao cariotpica, apresentando onze diferentes caritipos. A fixao destes polimorfismos, bem como a distribuio desta espcie, esto amplamente relacionada a história de formao geolgica da regio que habita, especialmente a existncia de barreiras geogrficas. Atualmente, cruzando a rea norte de sua distribuio encontram-se a rodovia RS 030, uma via de ligao do interior do estado ao litoral, e o Rio Mampituba, uma barreira geogrfica de origem recente. A fim de entender os nveis de fluxo gnico entre populaes de Ctenomys minutus e testar a efetividade destas barreiras, este trabalho utilizou quatro loci de microssatlites como marcadores moleculares na determinao da estrutura gentica das populaes Foram selecionados seis locais de estudo correspondentes a seis populaes ao longo da distribuio da espcie. Quatro pontos esto prximos ao Municpio de Osrio e correspondem a duas populaes que margeiam a RS 030, Campo Amaral e Campo Weber, ambos situados a uma distncia de menos de 100 metros em lados opostos da rodovia (distantes entre si em 1Km), e a Maribo A e Maribo B, populaes sem barreira aparente entre si (afastadas em 700m). Outros dois locais esto localizados nos municpios de Torres (RS) e Sombrio (SC) correspondendo as populaes do Parque da Guarita e da Praia da Gaivota, respectivamente. Esto separados pelo Rio Mampituba e distantes em 25Km. A obteno de um fragmento de pele da cauda para posterior extrao de DNA foi realizada com a captura dos animais (auxlio de armadilhas do tipo oneida-vitor n0), retirada do material e devoluo dos animais vivos toca de origem. A amostra contou com 227 indivduos, sendo 50 para a populao de Weber, 50 para Maribo A, 52 para Amaral, 38 para Maribo B,19 para Gaivota e 18 para Torres. Na amplificao dos quatro loci de microssatlites foram empregados primers descritos para a espcie co-genrica C. haigi, obtendo-se ao todo 27 diferentes alelos. A anlise das freqncias destes alelos indicou subestruturao populacional nas amostras atravs de altos valores de Fis baixa heterozigosidade observada e alta probabilidade de subdiviso na anlise para a probabilidade do nmero de populaes Os valores de Fst revelaram isolamento entre as populaes e, analisados em relao a disposio geogrfica entre os locais de coleta, mostraram um padro de isolamento pela distncia. Foram tambm avaliadas as populaes par a par para determinao do isolamento entre elas e nveis de fluxo gnico. Quando analisadas Maribo A e Maribo B observou-se baixo isolamento, com nveis de fluxo da ordem de 1,082 indivduos/gerao para estas populaes no separadas por barreiras. Os resultados obtidos para a anlise de Torres e Gaivota foram indicadores de alto isolamento, com nmero de migrantes no efetivo. Para Weber e Amaral obteve-se a menor estruturao, sendo o nmero de migrantes de 6,33 indivduos por gerao. Acerca destes resultados fica evidenciada a efetividade do Rio Mampituba como barreira ao fluxo gnico entre as populaes de Ctenomys minutus de lados opostos de suas margens. Para a RS 030, no houve indicao de sua efetividade como barreira ao fluxo gnico, nem de queda na variabilidade gentica das populaes prximas quando comparadas s demais populaes. Os valores de Fst e nmero de migrantes, no entanto, sugerem a existncia de uma nica populao inicial atualmente dividida pela presena da rodovia.

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A distribuio de recursos pblicos de modo equilibrado e bem aplicado questo de suma importncia para administradores pblicos e planejadores, especialmente em pases como o Brasil que, a cada ano, v sua capacidade de investimento mais reduzida e onde mais se acentuam os desnveis sociais. A metodologia, aqui empregada, busca incorporar ao modelo a caracterstica de dinamismo prpria da realidade regional e por isso permite grande abertura na fase de seleo de variveis, tratamento dos dados e clculos de correlaes. Descarta de sada a possibilidade de ser resposta nica para a questo da regionalizao, e sobretudo, visa ser um modelo heurstico que se realimenta via interaes, permitindo inmeras solues, tanto melhores, quanto mais forem as tentativas de otimizao do mtodo. Este trabalho trata da questo da regionalizao sob a tica do estabelecimento de similaridades atravs de uma anlise centrada nos dados scio-econmicos que guardam melhor correlao com a estrutura espacial, utilizando a tcnica de anlise de agrupamentos e estatstica multivariada, com o fim de facilitar o planejamento regional e munir os administradores pblicos com instrumentos de deciso para uma distribuio melhor dimensionada de recursos. O tratamento dos dados se desenvolve a partir de matrizes que relacionam cada objeto unitrio com todos os demais, neste caso, cada unidade municipal do estado do Rio Grande do Sul com todos os demais municpios. Utiliza-se o clculo de variadas formas de distncias euclidianas e no euclidianas para estabelecer a similaridade entre os objetos, o que medido atravs do Teste de Mantel que relaciona as matrizes de dados com a matriz de distncia. Posteriormente, via uso de tcnicas de anlise de agrupamento obtm-se os padres regionais atrelados estrutura espacial. As regionalizaes geradas pelo mtodo tm a vantagem de apresentarem-se em vrios nveis hierrquicos, direcionando-se para uma maior diferenciao medida que os nveis se aprofundam. Permitem uma visualizao dos resultados em qualquer um dos nveis de diferenciao, o que proporciona ampla gama de possibilidades comparativas. Possuem um bom grau de iseno tcnica, porque so o resultado de uma anlise cujos principais referenciais so de domnio coletivo e definidores do espao, em que pese o ndice de correlao entre as matrizes de distncias ter sido baixo, para esta partida de dados selecionada e aplicada ao estado do Rio Grande do Sul.

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A reflexo sobre o conhecimento produzido pelos autores que marcaram e influenciaram geraes de pesquisadores no Brasil um instrumental terico importante para o avano do pensamento cientfico na Sociologia. Neste sentido, prope-se analisar a problemtica agrria a partir do Socilogo brasileiro Jos de Souza Martins. Esse autor, em uma srie de livros e artigos ao longo da sua trajetria intelectual, forneceu-nos vrios conceitos e interpretaes significativas sobre o mundo rural brasileiro. Assim, dada a importncia da contribuio de Jos de Souza Martins para o tema dos processos agrrios, este estudo procura analisar parte da obra do autor, especialmente aquela que trata da reforma agrria, do papel dos mediadores nesse processo e os conceitos-chave principais presentes em sua obra. Os captulos que se seguem analisam algumas fases do autor, a partir do final da dcada de 1970 at perodo recente, buscando evidenciar e analisar, em sua trajetria intelectual, as suas inspiraes tericas, ou seja, os autores que se tornaram referncias para a construo do seu conhecimento, os conceitos-chave que marcaram sua obra, o papel dos mediadores como a Comisso Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, os Partidos Polticos e, finalmente, ao longo dessa trajetria, os fatos, acontecimentos que interferiram em suas anlises Duas hipteses nortearam este trabalho, sendo a primeira a importncia de alguns conceitos-chave como a renda fundiria, na anlise do autor, e a segunda dizendo respeito atuao dos mediadores principais da reforma agrria. Tais hipteses foram, ao longo do trabalho, comprovadas, pois o conceito de renda fundiria permanece como referencial na obra de Martins, refletindo os interesses conflitantes existentes no espao rural. Alm disso, segundo a anlise do autor, os mediadores continuam a exercer, de uma forma ou de outra, a conduo da reforma agrria baseados em concepes do marxismo ortodoxo, que tem como sujeito principal da História a classe operria. Finalmente, esta investigao pde ser realizada atravs da seleo de algumas obras emblemticas do autor.

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Esta tese discute trs temas: polticas pblicas, gesto tecnolgica, e setor automotivo. Tendo por objetivo abreviar o ciclo de absoro e desenvolvimento de tecnologia, um volume expressivo de recursos tem sido transferido do setor pblico para o setor privado atravs do que denominado de Poltica Pblica Indutora (PPI). Os governos pretendem, assim, atrair aquelas empresas tecnologicamente mais capacitadas, na expectativa de que transfiram para a localidade onde se instalam o conhecimento que detm. No Brasil, um dos setores-alvo deste tipo de poltica tem sido o automotivo, circunstncia observada em diferentes momentos da história. Efetivamente, o Regime Automotivo Brasileiro pretende no apenas acelerar o desenvolvimento do pas, mas tambm promover uma significativa transferncia de tecnologia. A anlise das PPI, por ser de extrema importncia, bastante influenciada e dificultada quer por seus defensores, quer por seus destratores, que as vem sob os aspectos de sucesso ou no; mas, no bastasse essa dificuldade, h tambm o elevado contedo ideolgico que sustenta as argumentaes, que faz com que a avaliao se perca num quadro inconclusivo. Afinal, estas iniciativas so benficas ou no para o pas e para as economias regionais? Finalmente, a eficcia, e portanto o acerto desta estratgia s pode ser avaliado expost facto, quando j comprometidos, qui irremediavelmente, os recursos pblicos. Por essa razo, este estudo desenvolve uma anlise ex-ante das polticas pblicas do tipo indutoras, fazendo uso de um modelo compreensivo que permite uma anlise longitudinal, captando assim, as mudanas no ambiente. Entre outras, procurou-se responder seguinte questo: possvel, hoje, inferir quanto contrib uio, se positiva ou negativa, que o Regime Automotivo Brasileiro e os seus desdobramentos estaduais traro capacidade tecnolgica no entorno da empresa atrada? O problema e a questo de pesquisa foram abordados, predominantemente, sob um enfoque qualitativo, e o mtodo escolhido foi o estudo de caso. Com o auxlio do modelo proposto foi analisada e avaliada a potencialidade de aumento na capacidade tecnolgica induzida pela instalao da unidade montadora da General Motors do Brasil, em Gravata, Rio Grande do Sul. Ao final conclui- se que os benefcios previstos pelo Regime Automotivo Brasileiro, no que diz respeito a capacitao tecnolgica local, dificilmente sero atingidos pela instalao de novas empresas automotivas ou a modernizao das existentes.

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Um histrico das recentes Polticas de Combate Inflao no Brasil apresenta uma descrio dos planos econmicos ocorridos no pas desde o Plano de Metas da era Juscelino at o recente Plano Real. Esta discusso feita atravs dos aspectos econmicos tericos e prticos que foram se desenvolvendo no pas e no mundo e traz alguns aspectos polticos e sociais quando determinantes a esses aspectos. A dissertao est organizada em trs captulos: Aspectos Histricos determinantes dos Planos Econmicos da Nova Repblica; Planos Econmicos da Nova Repblica e Plano Real. No decorrer desses captulos h a descrio, objetivos, propostas de aplicao e decorrncias de cada um dos planos aplicados economia nacional na história recente. Relaciona as maneiras ortodoxas e heterodoxas de tentar debelar a inflao e a postura dos presidentes e seus ministros da rea econmica frente a essa que tantas variveis trouxe ao desenvolvimento do Brasil. H uma anlise mais detalhada do Plano Real, explorando seus antecedentes, o contexto social e poltico em que surgiu, a sua natureza, seu impacto na dvida pblica e no relacionamento comercial com outros pases. Como os objetivos do plano ainda esto em prtica, a concluso traz, alm de uma apreciao sobre ele, algumas perspectivas ao seu futuro.

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Esta dissertao enfoca o jornal Brasil Mulher resgatando a trajetria do tablide a partir da tica de sua fundadora, Joana Lopes, e da anlise descritiva das vinte edies publicadas entre 1975 e 1980. Analisa como o Brasil Mulher contribuiu para a constituio da imprensa alternativa feminista e a luta das mulheres pelas causas feministas e contra a ditadura militar. A pesquisa insere-se nos estudos feministas e no mtodo histrico, especificamente, na perspectiva da história das mulheres e da história oral. Mostra como o jornal primordialmente feminista antes de alternativo, sua representatividade como registro de um perodo marcante do pas, as ingerncias polticas que levaram a rupturas internas e a recorrncia hoje de temas abordados pelo jornal. Enfatiza ainda o papel da mdia na contemporaneidade para manter a estrutura do sistema patriarcal.

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O presente trabalho aborda, atravs da perspectiva histrica da Comunicao, a trajetria de uma agncia de publicidade brasileira: a MPM Propaganda. Primeiro lugar no ranking brasileiro por uma dcada e meia, esta empresa fundamental para o entendimento do contexto da atividade publicitria, pois o seu sucesso no mercado ilustra o potencial atingido pelas agncias de capital nacional. A inaugurao da MPM no Rio Grande do Sul, em 1957, possibilita articular o contexto gacho com o nacional, devido expanso da agncia a partir da dcada de 1960. Parte-se da relao histrica entre a publicidade e o capitalismo, ambientando-se na realidade brasileira as conformaes da atividade publicitria tpicas de um capitalismo retardatrio. Ao tratar o pressuposto da publicidade como agente fundamental no sistema capitalista, articula-se a história da atividade publicitria a partir de fases da industrializao e da publicidade no Brasil, permitindo um entendimento sobre o contexto que envolveu a entrada da MPM no mercado, sua ascenso no contexto nacional, e o fim de sua trajetria ao ser adquirida por uma agncia multinacional em 1991.

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O produto de algumas pesquisas em andamento, especialmente de estudos que se propem a refletir sobre as conseqncias hegemnicas da globalizao do capitalismo na Educao Superior, apontam para a disseminao de tcnicas de stricto sensu empresarial, objetivando o aprimoramento da gesto acadmico-administrativa das universidades. Contrapondo-se a essas concepes, em cujas epistemologias, no raro, identifica-se a coao, sobretudo, da autonomia acadmica, o presente trabalho apresenta a hiptese da co-responsabilidade como uma proposta capaz de suscitar a integrao das dimenses pedaggicas e econmico-financeiras que se configuram, normalmente, dissociadas no interior das Instituies de Ensino Superior (IES). A partir desse pressuposto, especialmente centrado nos processos decisrios das IES, admite-se a possibilidade do xito da gesto administrativa, ou seja, a manuteno e o acrscimo das receitas destinadas melhoria das condies de oferta dos cursos (bibliotecas, laboratrios, incentivo dedicao e capacitao docente, pesquisa, extenso etc) como atrelada ao xito da gesto pedaggica, ou seja, do aprimoramento do ensino e da qualidade das aprendizagens e vice-versa. Embora essas duas injunes, se atreladas a paradigmas simplificadores, dever-se-iam anular em um crculo vicioso, o presente estudo fundamenta-se na teoria da complexidade (de Edgar Morin), por meio da qual se torna possvel compreender a organizao dos sistemas atravs de antagonismos (de ordem e desordem), mesmo, aparentemente, contraditrios. Como exemplo prtico de implementao desse modelo terico, esta tese mostra uma experincia vivenciada na Universidade Catlica de Pelotas (Brasil), capaz de corroborar a premissa proposta.

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A Brazilian Traction, Light and Power Company ("Light"), formada por empreendedores canadenses em 1899, operou por 80 anos praticamente toda a infraestrutura (bondes, luz, telefones, gs) do eixo Rio-So Paulo. A empresa passou por vrios ciclos polticos, desde sua fundao at sua estatizao em 1979. Durante este perodo de 80 anos, a infra-estrutura nacional, inicialmente privada, foi gradativamente passando para as mos do Estado. O setor voltaria a ser privado a partir dos anos 90, configurando o ciclo privado-pblico-privado, similar ao ocorrido nos pases mais desenvolvidos. A Light, smbolo maior do capital estrangeiro at os anos 50, foi inicialmente bem recebida no pas, posto que seu desenvolvimento era simbitico, causa e conseqncia, ao desenvolvimento industrial. Dos anos 20 em diante, crescem os debates econmicos ou ideolgicos quanto ao papel do capital privado estrangeiro no desenvolvimento nacional, vis-a-vis a opo do setor pblico como ator principal. Sempre permaneceu sob nvoa quais teriam sido os lucros da Light no Brasil, e se esses seriam excessivos, acima do razovel. Outra questo recorrente se refere at que ponto os congelamentos de tarifas teriam contribuido para a crise de oferta de infra-estrutura. Atravs de um trabalho de pesquisa em fontes primrias, esta dissertao procura reconstituir a história da Light, sob um foco de Taxa de Retorno sob o capital investido. Foi reconstruda a história financeira da Light no Brasil, a partir da qual calculou-se, para vrios perodos e para os seus 80 anos de vida, os retornos obtidos pelos acionistas da empresa. A partir dos resultados obtidos, e utilizando-se de benchmarks comparativos, foi possvel mostrar que: i) ao contrrio da crena vigente poca, o retorno obtido pelo maior investidor estrangeiro no setor de infra-estrutura do Brasil do Sc. XX, se mostrou bem abaixo do mnimo aceitvel, e ii) o represamento de tarifas, por vrias dcadas, foi de fato determinante para o subdesenvolvimento do setor de infra-estrutura no Brasil.

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Este trabalho mostra que no s a tendncia de longo prazo (de 1970 at 1993) dos investimento pblicos em infraestrutura como proporo do produto declinante mas que esta queda vem se acelerando recentemente. Os investimentos em energia reduziram-se em dois teros nos ltimos dez anos e estes se concentram quase que inteiramente em duas usinas. Os investimentos em portos e ferrovias esto a nveis que provavelmente no repem o capital depreciado ( o investimento na malha ferroviria hoje 10% do que era em 1980). Menos da metade das rodovias federais esto em boas condies e todas evidncias indicam que essa situao se estende ao resto da malha rodoviria. A situao do setor de telecomunicaes. embora os investimentos em termos absolutos tenham aumentado nos ltimos anos, tambm precria, o que evidenciado pela escassez de linhas, o alto preo dos servios e atraso tecnolgico. A concluso imediata e tambm sombria: se esta tendncia no for revertida decididamente no prximo governo, seja atravs de investimentos pblicos diretos ou parcerias e/ou vendas para o setor privado. muito provavelmente a taxa de crescimento do produto e da produtividade da economia brasileira encontrar limites rgidos em um futuro bem prximo. O desafio colocado para o prximo governo de no s recuperar parte da infraestrutura que se encontra deteriorada mas tambm ampli-la de forma a fazer frente s necessidades atuais e futuras da economia. Se o poder pblico possui capacidade financeira para tal empreitada uma questo em aberto, mas dado o volume de recursos necessrios (que a prxima administrao calcula ser de 70 bilhes de reais) e a crise financeira e administrativa que o Estado brasileiro enfrenta. as perspectivas nos parecem ruins. Ao nosso entender. sem acelerar os atuais programas de parceria com a iniciativa privada e sem a ampliao do atual programa de desestatizao para as reas de energia. comunicao e transporte dificilmente o Estado conseguir implementar o amplo programa de investimentos em infraestrutura que o pas necessita.

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Analisar o crescimento econmico da Repblica da Irlanda, a partir de meados dos anos 90, bem como suas causas, a razo de ser deste trabalho. O mtodo utilizado o de estudo de caso. Iniciando com um panorama atual do pas, passa-se, em seguida, a um resumo de sua história. Descreve-se, ento, sua estrutura poltico-administrativa, bem como as organizaes partidrias, suas dimenses e objetivos. Logo em seguida, so apresentados os resultados econmicos muito superiores aos dos demais pases da Unio Europia, no mesmo perodo atravs de nmeros e de fatos. Passa-se, ento, a buscar as causas que motivaram esses resultados. A seguir, revisamse alguns pontos de teoria econmica relacionados com os eventos ocorridos na Irlanda. A seguir, faz-se uma reflexo sobre as principais causas, concluindo-se que a abertura econmica em especial a insero na Unio Europia foi o fator determinante, mas no o nico. Fatores demogrficos, educacionais e uma correta soluo dos dficits governamentais, permitindo generosos incentivos tributrios, tambm foram muito importantes. Procura-se, por fim, extrair lies aplicveis a outros pases, especialmente ao Brasil.

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O Instituto Nacional de Matemtica Pura e Aplicada (IMPA) foi o primeiro rgo de pesquisa criado pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), em 1952. Desde seu incio o IMPA dedicou-se pesquisa cientfica em matemtica do mais alto nvel e promoveu a formao de novos pesquisadores, promovendo tambm a difuso e aprimoramento da cultura matemtica no pas. Mais recentemente, passou a dedicar-se tambm s aplicaes da matemtica em outras reas do conhecimento e em setores tecnolgicos. Ao longo de mais de cinqenta anos de trabalho, consolidou-se como o centro de referncia em pesquisa matemtica e formao de novos pesquisadores no Brasil e na Amrica Latina. Tendo em vista a relevncia da instituio para os rumos da pesquisa na rea no pas, este trabalho de concluso de curso tem como objetivo estabelecer as diretrizes para a criao do Centro de Memria do Instituto Nacional de Matemtica Pura e Aplicada (CEMIMPA), que seria um espao para produo e re-elaborao de identidade e memria institucional seguindo uma tendncia que se afirma, no Brasil, desde a dcada de 1970. Discute-se aqui a trajetria do IMPA, os conceitos sobre memria, acervo e identidade para conseguir demarcar as linhas gerais do CEMIMPA e precisar sua importncia para a instituio. A criao de um centro de memria como o que propomos, ajudaria a dar visibilidade história do IMPA, de seus pesquisadores, suas reas de atuao para alm dos limites do cenrio da pesquisa matemtica, alcanando um pblico cada vez mais amplo e diverso. Isto poderia influenciar de forma ainda mais vigorosa a formao de jovens em geral, e em particular, de futuros matemticos. Tambm poder incrementar as pesquisas sobre a história da matemtica no Brasil e a trajetria dos pesquisadores que a fizerem e dela fazem parte.

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A pesquisa visa a examinar as conseqncias da dinmica de (sub)desenvolvimento econmico espacial brasileiro sobre o grau de disparidades regionais. O trabalho objetiva avaliar se as diferentes intensidades e velocidades das transformaes produtivas nos sistemas econmicos regionais levaram a uma situao de maior convergncia ou divergncia entre os respectivos nveis de desenvolvimento observados na atualidade brasileira. A anlise abranger um perodo a partir de meados da dcada de 80 at o perodo mais recente, para o qual esto disponveis as informaes estatsticas. A finalidade da anlise verificar tambm as mudanas setoriais no contexto das realidades econmicas regionais, a partir de vrios enfoques, isto , enquanto gerao de produto e absoro de mo-de-obra.