998 resultados para Filosofia literária
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Este trabalho trata da concepção de ideologia que atravessa e constitui a filosofia da linguagem de V. Voloshinov, um dos membros do Círculo de Bakhtin. Ele tem por objetivo lançar novas luzes sobre alguns pontos complexos e delicados da concepção global de ideologia sustentada por Voloshinov, acerca dos quais os estudiosos do grupo russo ainda não chegaram a uma definição ou a um consenso. A exposição se organiza em torno de três pontos: 1) a ideologia enquanto elemento estrutural da sociedade; 2) a ideologia enquanto campo dos signos; 3) a ideologia enquanto representações do real. A reflexão centra-se nas formulações nas quais Voloshinov avança com base naquilo que suas fontes teóricas já haviam proposto, principalmente no que tange à articulação da ideologia com a linguagem. Espera-se que o trabalho possa chamar a atenção para a importância de uma recuperação desse conceito e de sua articulação com outros formulados ao longo da trajetória teórica do Círculo de Bakhtin, como o de diálogo, com vistas a um enriquecimento cada vez maior dos trabalhos de análise do discurso de orientação bakhtiniana.
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Neste artigo, estudaremos a integração e a elaboração de textos literários e/ou não-literários feita por Caio Fernando Abreu para compor seu último romance, Onde andará Dulce Veiga? – Um romance B, de 1990. Por meio da utilização de textos diversos, pertencentes a vários gêneros do discurso, este romance produz uma reflexão metalingüística sobre o fazer literário do próprio texto, sobre o trabalho de escrita e criação do autor e, num aspecto mais amplo, sobre as relações entre artista e criação artística no contexto contemporâneo.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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À luz de questões gerais relativas à tradução literária são analisadas diferentes traduções do italiano para o português de trechos de contos que compõem a obra de Alberto Moravia intitulada Racconti surrealistici e satirici. São levantados alguns aspectos sintáticos e morfológicos que diferenciam estas duas línguas, a portuguesa e a italiana, aparentemente tão semelhantes.
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Procura-se com este trabalho apresentar e discutir alguns aspectos teóricos da tradução de uma obra literária. Geralmente julgada impossível, ela tem-se tornado uma prática cada vez mais freqüente no mundo das letras. E é provável que as melhores traduções dessa espécie ocorram quando são encaradas como um ato de leitura.
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Propõe-se o exame das relações entre determinados recursos literários de Esaú e Jacó e Memorial de Aires e elementos sociopolíticos e históricos da transição do Império para a República representados nesses romances machadianos. Pretendemos mostrar como, por meio de escolhas estruturais e linguísticas, no que se refere aos vínculos entre narrador, focalização e personagens, o escritor traz à baila questões substantivas da sociedade brasileira daquele momento. Ao contrário do que alguns analistas apontam, há, nessas narrativas, crítica às relações sociais e de poder. A forma como o escritor realiza, nos romances, a refl exão sobre tais relações enseja novas pesquisas.
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A segunda metade do século XIX mostra-se como um período no qual em cada um dos grandes poetas se abre e se fecha o leque de correspondências da analogia: Baudelaire, Verlaine, Rimbaud, Mallarmé, expressam em sua obra essa tendência à busca da verdadeira vida, do real oculto, movimento em que as sensações desempenham um papel primordial. Atualmente, a obra de Le Clézio vem confi rmar a procura de um mundo completo suscitado pela poesia, o único modo possível de se traduzir em palavras o êxtase sensorial: é o que mostram tanto seus ensaios, quanto suas obras fi ccionais, de L’extase matérielle e L’Inconnu sur la terre a Mondo et autres histoires, Désert, La Quarantaine e Coeur brûle et autres romances, corpus selecionado para a discussão do assunto.
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Os Diálogos, de Figueiredo Coimbra, começaram a ser publicados no dia 23 de julho de 1895 no periódico A notícia. A coluna possuía um eminente caráter estético e artístico, realizando uma representação literária do cotidiano dos cariocas do final do século XIX. Nos Diálogos aparecem em vários textos deputados ou ministros falando sobre a política do país; nessa época, os que estavam em conflito pelo poder eram conservadores e liberais. Muitos textos abordam a questão da defesa da República, a maneira como os políticos mudavam de opinião e de partido, as atitudes dos candidatos em suas campanhas, a dualidade do governo e até o funcionamento do sistema de governo. Portanto, através dos Diálogos pode-se perceber um retrato cômico de situações ocorridas no advento da República, mais especificamente no período de publicação da coluna (1895-1899).