901 resultados para Caregivers
Resumo:
Estudos em sade tm apontado a disponibilidade de apoio social como um dos fatores relacionados adeso ao tratamento por portadores de diabetes. Utilizando-se como referenciais terico-metodolgicos a anlise do comportamento e o modelo construcional de Goldiamond, este estudo teve como objetivo avaliar efeitos de um treino de cuidadores de adultos com diabetes, com enfoque nos comportamentos de apoio oferecidos ao comportamento alimentar dos pacientes. Adicionalmente, pretendeu-se investigar os efeitos deste treino sobre a adeso dieta pelos pacientes. Participaram deste estudo trs pacientes do sexo feminino inscritas em um programa de acompanhamento a portadores de diabetes e um membro familiar de cada paciente, totalizando trs dades cuidador-paciente, das quais duas foram alocadas na Condio de Treino (CT) e uma na Condio de No-Treino (CNT). Utilizaram-se como fontes de informao os relatos das pacientes e das cuidadoras, a observao direta de interaes comportamentais e indicadores clnicos. Segundo o delineamento de sujeito como seu prprio controle, a interveno consistiu no treino em anlise de contingncias e manejo comportamental, realizado em visitas domiciliares por meio de registros de automonitorao. Os resultados mostraram que as cuidadoras que participaram da Condio de Treino apresentaram ampliao no repertrio comportamental de apoio, o que no foi verificado quanto cuidadora que participou da Condio No-Treino. A reduo nos nveis glicmicos e os relatos apresentados pelas pacientes da Condio de Treino sugerem que a interveno tenha contribudo para melhorias na adeso s orientaes nutricionais por estas pacientes.
Resumo:
As doenas crnicas requerem ateno e avaliaes continuas e tm despertado a ateno de profissionais da rea da sade, especialmente aqueles que se dedicam Psicologia Peditrica, campo de aplicao que se dedica ao estudo do desenvolvimento da criana, bem como das relaes entre sade e doena e as interferncias na qualidade de vida da criana e de seus familiares. Esta pesquisa teve como objetivo principal realizar um estudo descritivo, a fim de identificar variveis que estivessem facilitando ou dificultando a adeso ao tratamento por cuidadores de crianas com Hipotireoidismo Congnito atendidas em um centro de referncia no Estado do Par. Participaram deste estudo 50 cuidadores principais, com idade entre 17 a 55 anos, com diferentes graus de parentesco com a criana. As variveis relacionadas adeso foram identificadas por meio de entrevistas estruturadas com os cuidadores. Caractersticas do Programa foram analisadas por meio de entrevistas realizadas com os profissionais da equipe. A anlise dos relatos dos cuidadores mostrou que algumas exigncias para a adeso ao tratamento no esto sendo fornecidas. Informaes sobre caractersticas da doena, etiologia, diagnstico, tratamento e prognstico no fazem parte do repertrio da maioria dos cuidadores, independente da idade, escolaridade, grau de parentesco e tempo em que a criana est no Programa de Triagem Neonatal. Diferenas significativas foram encontradas quanto ao tempo adequado para a realizao do exame, o que demonstrou atraso no inicio do tratamento, As dificuldades descritas pelos profissionais quanto adeso ao tratamento pelo cuidador foram atribudas tanto a problemas apresentados pela prpria estrutura do Programa como por falta de interesse do cuidador. O estudo traz implicaes relevantes para a implantao de programas de preveno mais efetivos e eficazes que atendam os cuidadores e promovam o adequado desenvolvimento da criana.
Resumo:
Esta pesquisa procurou identificar variveis que interferem na adeso ao tratamento segundo relato de cuidadores de crianas com Hipotireoidismo Congnito atendidas em um centro de referncia no Estado do Par. Participaram 50 cuidadores primrios, com idade entre 17 e 55 anos, com diferentes graus de parentesco com a criana. As variveis relacionadas adeso foram identificadas por meio de entrevistas com os cuidadores, seguindo roteiro estruturado. Os resultados indicaram que a maioria dos cuidadores desconhece sobre caractersticas da doena, etiologia, diagnstico, tratamento e prognstico, independentemente da idade, escolaridade, grau de parentesco e tempo em que a criana est no Programa, dificultando a adeso ao tratamento. Para a maioria das crianas, o Teste do Pezinho foi realizado com atraso, indicando prejuzos ao tratamento.
Resumo:
Objetivou-se investigar o padro de adeso ao tratamento por cuidadores de crianas e adolescentes HIV positivos e identificar as estratgias de enfrentamento adotadas diante de estressores da soropositividade. Participaram 30 cuidadores e utilizou-se entrevista semiestruturada, Escala Modos de Enfrentamento de Problemas e pronturio clnico, este como fonte de dados secundrios. Os cuidadores foram classificados em Grupo Adeso e Grupo No-Adeso com base em seus relatos sobre condutas de uso dos medicamentos antirretrovirais e outros critrios. Vinte e cinco cuidadores foram includos no Grupo Adeso. No se observaram diferenas significativas quanto ao enfrentamento entre os grupos, excetuando a busca de prticas religiosas/pensamento fantasioso. Os resultados do subsdios para intervenes visando reduzir impactos psicossociais da soropositividade a cuidadores, crianas e adolescentes.
Resumo:
Este estudo descreve o repertrio comportamental de 14 crianas com diagnstico de cncer, com idade entre 4 e 12 anos, durante um procedimento de puno venosa para quimioterapia, assim como o de seus acompanhantes e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada mediante observao direta com auxlio da Observation Scale of Behavior Distress. Foram utilizados trs sistemas de categorias de comportamento (para as crianas, os acompanhantes e os auxiliares de enfermagem). No foram observadas diferenas significativas entre comportamentos concorrentes e no concorrentes de crianas pr-escolares e escolares. Observou-se maior variabilidade comportamental entre acompanhantes de pr-escolares e maior frequncia de comportamentos verbais dirigidos a escolares em auxiliares de enfermagem. Discute-se a necessidade da preparao psicolgica para procedimentos invasivos em oncologia peditrica.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo compreender a forma como cuidadores, pais e/ou responsveis, compreendem o desenvolvimento emocional no contexto de circulao de crianas. Para tanto, embasou-se na teoria psicodinmica sobre o desenvolvimento emocional, cuidador (es) e circulao de crianas.Utilizou-se o mtodo qualitativo, no intuito de capturar dados e informaes sobre o fenmeno estudado em sua singularidade (MINAYO, 2010). A dimenso interdisciplinar do presente estudo, calcado na unio de conceitos antropolgicos e psicolgicos, levantou a necessidade de utilizar mais de uma estratgia metodolgica, para responder o problema da pesquisa e alcanar o seu objetivo. Desta forma, utilizou-se para coleta dos dados a entrevista semi-estruturada com uma dupla de pais e/ou responsveis por cinco crianas regularmente matriculadas no primeiro ano do ensino fundamental, alm do professor responsvel pela referida classe. Fez-se o grupo focal com pais e/ou responsveis, alm da observao de um dia inteiro de cada criana. A anlise de contedo foi utilizada para avaliar qualitativamente as respostas das entrevistas, ou seja, analisar o material verbal (FRANCO, 2007). Utilizou-se, ainda, do ecomapa e de um vis da perspectiva proposta por Mauss (2001), os quais auxiliaram a montagem da rede social (BOTT, 1976) e a observao participante com registro em dirio de campo e posterior anlise, ao permitir identificar e interpretar os fenmenos em estudo. Conclui-se que o desenvolvimento emocional na atualidade est ancorado em uma circulao de crianas vigiada, com redes de malha estreita, com poucas relaes possveis sem a escolha dos responsveis. O ser em cuidado ento se sente sufocado, por conseguinte os cuidadores passam a exigir cuidados redobrados de si que os tornam carentes e necessitados de escuta, pois a interdio e o medo gera angstia, ansiedade e futura agressividade. Assim, deve-se ampliar e investir em pesquisas que apreendam a circulao de crianas como forma de investigar como ela est se desenvolvendo emocionalmente na atualidade, para diminuir transtornos psiquitricos futuros e auxiliar os cuidadores de crianas.
Resumo:
A presente pesquisa teve como objetivo investigar, a partir de um estudo de caso com o mtodo Bick de observao, a relao entre um beb e seus cuidadores em sua residncia e na creche em um perodo de quatro meses. O referencial terico utilizado foi a psicanlise especificamente fundamentadas nas propostas de estudiosos do desenvolvimento humano como Leibovic, Stern, Spitz, Winnicott e Mahler, que concordam que o vnculo formado entre a me e seu filho essencial para o desenvolvimento psquico do beb. O estudo foi realizado a partir do mtodo qualitativo, atravs de um estudo de caso realizado e analisado atravs do mtodo Bick de observao de bebs, no ambiente familiar e tambm adaptado em um ambiente institucional: a creche. Nesta verso do mtodo no se acompanhou o perodo ps-parto imediato, pois o beb foi observado tambm na creche na qual ingressou quando j havia completado 07 (sete) meses. Com relao ao tempo de observao, o mtodo original preconiza a durao de dois anos, porm o tempo de observao foi reduzido para quatro meses. Tal adaptao se faz necessria por tratar-se de uma pesquisa ligada ao Programa de Ps-Graduao em Psicologia da Universidade Federal do Par, com perodo de atividades e trmino pr-estabelecidos e no compatveis com a proposta de Bick. Os dados coletados foram analisados em categorias as quais se seguem: Clarice e seu desenvolvimento emocional, Os cuidados de Clarice: O lar e creche e Clarice Clarificada. Foi analisado tambm os sentimentos da observadora durante as observaes. A creche se apresentou como um contexto de cuidado complementar aos oferecidos pela famlia de beb, preenchendo algumas lacunas, mesmo com a roteirizao do trabalho sempre presente. No contexto familiar a me se mostrou capaz de cuidar de sua filha, proporcionando-lhe um ambiente de afetividade, apesar de todas as dificuldades que a vida lhe oferecia. Assim no recorte temporal das observaes, o beb se desenvolveu saudavelmente enriquecido pela complexidade de suas relaes.
Resumo:
Objetivo: analisar os conceitos e percepes que adolescentes e seus cuidadores possuem sobre sade mental e servios de sade em seu contexto ecolgico e investigar as barreiras de acesso assistncia sade mental vivenciadas. Mtodo: trata-se de estudo exploratrio e analtico em amostra de convenincia obtida no perodo de outubro de 2009 a junho de 2010, com 100 adolescentes e 100 cuidadores, no municpio de Belm-PA, em dois contextos clnicos pblicos, sendo um ambulatrio especializado em sade mental e um geral e dois contextos escolares, sendo um pblico e um privado. Utilizou-se questionrios estruturados, para investigar diferentes dimenses envolvidas nas temticas sade, famlia, bem-estar e condies de vida, seguidos de anlise estatstica, com tcnicas de anlise da varincia e correlacional. Resultados: a mdia das idades dos adolescentes foi de 14,47 (DP 1,90) anos, sendo 58% feminino; o tipo de problema de sade mental relatado pela maioria foram problemas na escola (21,9%); o profissional mais frequentemente procurado foi o psiclogo (59,4%). No que tange as concepes de sade mental, adolescentes e cuidadores deram importncia ao comportamento de abster-se de drogas; quanto s concepes de doena mental, ambos, conceberam como algo a ser considerado com seriedade; ambos concordaram que a religio contribui para a sade/doena mental e revelaram a primazia da me na busca de ajuda; no que tange as estratgias de coping os adolescentes lidavam de forma semelhante com os problemas de sade mental em suas vidas; adolescentes e cuidadores possuam uma viso estigmatizada do profissional de sade e temores de discriminao principalmente pelos pares; quanto ao tratamento real ou imaginado ambos revelaram concepes favorveis das terapias como fonte de ajuda e espao privilegiado para expressar a prpria opinio e em qualquer dos casos, a me revelou-se como a principal pessoa a contribuir na busca de ajuda especializada. As variveis que revelaram a procedncia das concepes sobre sade/doena mental e as estratgias empregadas na manuteno da sade mental da famlia mostraram diferenas entre os contextos investigados; no que tange ao auto conceito, os adolescentes da escola privada mostraram maior auto-congruncia entre o self real e o ideal comparativamente os demais contextos; os cuidadores revelaram auto-congruncia maior na escola pblica. Quanto s perspectivas que o adolescente tem sobre a famlia revelaram identificaes reais mais frequentes nos quatro contextos com a me, seguidas da av/av; quanto aos modelos de identificao familiar nos contextos clnicos e escola privada maior com a me; na escola pblica maior com o pai; foi observado discrepncia da perspectiva do cuidador acerca do conceito sobre o adolescente. Para a maioria dos adolescentes e cuidadores as condies de sade foram classificadas de "boas" a "excelentes". A auto-avaliao do bem-estar dos adolescentes na amostra geral mostrou que, em sua maioria, sentiam-se muito satisfeitos, totalmente cheios de energia, divertiam-se e tiveram boa relao com os professores; na viso dos cuidadores, a maioria de seus adolescentes sentiam-se muito satisfeitos com a vida, utilizavam seu tempo livre divertindo-se com amigos e deram maior importncia aos sentimentos de bem-estar com relao ao desempenho fsico. Concluses: so evidenciadas as semelhanas e diferenas entre adolescentes e cuidadores nas amostras clnicos e escolares que podem subsidiar aes preventivas de sade contextualizadas para a cidade de Belm.
Resumo:
A proposta desta pesquisa foi identificar convergncias e divergncias nas crenas, metas de socializao e prticas de cuidados parentais em dois contextos ecolgicos amaznicos, buscando analisar a relao entre fatores biolgicos e ecoculturais. Participaram da pesquisa 99 mes de duas localidades: Belm capital (CEU contexto ecolgico urbano N=50) e Santa Brbara (CENU contexto ecolgico no urbano N=49), com idade superior a 18 anos com pelo menos uma criana com idade entre 0 e 6 anos . Os dados foram coletados por meio de entrevistas em que se aplicavam questionrios e para anlise destes foram utilizados critrios estatsticos e o respaldo terico da Psicologia Evolucionista. Os dados indicaram que as comunidades estudadas em relao aos dados socio-demogrficos diferem de forma sistemtica uma da outra, em funo dos nveis de desenvolvimento tecnolgico e diferentes organizaes para o contexto social. O mundo social das crianas de CENU e de CEU representam contextos desenvolvimentais que oferecem diferentes oportunidades. A literatura aponta que as trocas sociais estabelecidas entre crianas e cuidadores podem refletir sobre o desenvolvimento da criana em relao ao aspecto cognitivo, emocional e social. Os resultados encontrados indicam que as mes de CEU apesar de terem sido mais autnomas que as de CENU, foram ao mesmo tempo mais relacionais que as mesmas, demonstrando que talvez as mudanas que atingem os contextos, ocorram com mais rapidez em ambientes urbanizados. Alm disso, os dados parecem indicar que os contextos por estarem em um momento de transio passam de um modelo interdependente para um modelo autnomo-relacional. Entretanto, foi possvel perceber que as idias que as mes possuem sobre a importncia de determinadas aes nem sempre refletem suas prticas. Em relao aos cuidados primrios as mes parecem valorizar e realizar de igual modo. Em relao ao Contato corporal as mes de CENU valorizam mais que as mes de CEU. Em estimulao corporal o resultado foi bastante interessante, pois os itens que CEU deu mais importncia e praticou menos, foram os mesmos itens em que CENU deu menos importncia e praticou mais. No que tange a estimulao por objeto as mes de CEU do mais importncia as praticas do que as realizam e vice-versa acontece em CENU. Ao sistema face-a-face foi atribuda maior importncia pelas mes de CEU. Os dados apresentados sugerem que as mes de ambos os contextos esto utilizando estratgias parentais distais e proximais ao mesmo tempo, ou seja, desejam que seus filhos se tornem auto-suficientes, mas tambm desejam que os mesmos sejam respeitosos e obedientes. Alm disso, os resultados aqui encontrados confirmam que os quatro sistemas descrevem as experincias interacionais das crianas e expressam a nfase cultural de combinaes e estilos particulares. No foram encontradas diferenas marcantes nas crenas e prticas de cuidados maternos entre CEU e CENU, o que nos levou a considerar que as crenas parentais, em consequncia adaptao ao contexto, variaram menos conspicuamente nas cidades escolhidas do que entre outras cidades examinadas em outros estudos. Outra questo bastante interessante encontrada foi o resultado relativo ao nvel de instruo das mes de CEU e a valorizao de metas relacionais, pois de acordo com a hiptese na literatura o nvel educacional das mes torna-se uma varivel importante em relao s metas de socializao. CENU demonstrou uma tendncia para metas e prticas relacionais. Isso se deve ao modo de vida mais prximo do prottipo de interdependncia que este contexto apresenta, no qual as mes tendem a valorizar as normas e regras determinadas pela famlia ou grupo ao qual pertencem. Os resultados referentes ao CEU no confirmaram a hiptese de que ele apresentaria mais metas e prticas voltadas para a independncia, sendo percebido que Belm apresenta tanto caractersticas do modelo de independncia como de interdependncia. Presume-se que CEU e CENU so contextos que passam por mudanas, uma vez que as mes podem acreditar em uma coisa e na realidade agir de outra forma.
Resumo:
A Sndrome do Respirador Bucal (SRB) ocasiona caractersticas fsicas e comportamentais que interferem na qualidade de vida da criana. O Transtorno do Dficit de Ateno e Hiperatividade (TDAH) pode estar relacionado respirao bucal no indivduo, bem como a presena de Distrbios Respiratrios do Sono (DRS). Por outro lado, estudos indicam que a adenotonsilectomia reduz a ocorrncia de comportamentos sugestivos de TDAH em portadores de SRB, bem como produz melhora significativa nos DRS. Pretendeu-se caracterizar a condio sociodemogrfica e de risco e analisar padres comportamentais indicadores de TDAH e os hbitos de sono de crianas com diagnstico de Sndrome do Respirador Bucal, observados antes e aps a realizao de cirurgia de adenoidectomia, tonsilectomia ou adenotonsilectomia. Participaram 44 crianas, de ambos os gneros, entre dois e 12 anos de idade, atendidas pelo Servio de Otorrinolaringologia de um hospital universitrio, assim como seus cuidadores e professores. A coleta de dados foi realizada mediante aplicao de: (1) Roteiros de entrevistas denominados Informaes sobre a famlia e a criana e Histria desenvolvimental e mdica, aplicados com os cuidadores; (2) Lista de Verificao Comportamental para Crianas verso para pais (CBCL) e dos critrios para diagnstico de TDAH do DSM-IV; (2) Lista de Verificao Comportamental para Crianas verso para professores (TRF); (3) Inventrio dos hbitos de sono para crianas pr-escolares e Questionrio sobre o comportamento do sono, para escolares; (4) Avaliao comportamental ps-cirrgica, utilizando-se o CBCL e os Inventrios do sono, aps dois meses da cirurgia; e (5) Entrevista devolutiva. Os respiradores bucais em sua maioria: (a) eram crianas em perodo escolar; (b) entre sete e nove anos de idade; (c) do gnero feminino; (d) seu principal cuidador tinha o Ensino Mdio Completo; (e) renda familiar mensal entre um e dois salrios mnimos; (f) constituio familiar original; e, (g) encontravam-se em risco psicossocial moderado. Observou-se que a maioria das crianas deste estudo teve uma gestao dentro de padres considerados como normais e seu nascimento se deu de forma adequada; no entanto, uma parcela de respiradores bucais desta amostra ficou ciantica durante ou imediatamente aps o parto e apresentou problemas respiratrios nos primeiros meses de vida. A respeito do temperamento do beb no primeiro ano de vida, grande parte teve dificuldade para dormir, em ser mantido ocupado e foi superativo. A maioria dos marcos desenvolvimentais ocorreu em um perodo considerado dentro dos padres tpicos do desenvolvimento infantil. Os problemas de sade mais frequentes foram problemas de apetite e problemas de sono. Tanto as crianas pr-escolares quanto as escolares apresentaram melhoras nos comportamentos caractersticos do TDAH aps a cirurgia, de acordo com dados do CBCL (p=0,723). A maioria dos itens do Inventrio dos hbitos de sono para crianas pr-escolares teve reduo na frequncia dos hbitos inadequados e aumento dos adequados. No Questionrio sobre o comportamento do sono, uma minoria apresentou problemas de sono na avaliao ps-cirrgica e a maior parte dos problemas de sono sofreu reduo de frequncia. As maiores redues ocorreram em movimenta-se muito enquanto dorme e ronca enquanto dorme (p=0,000). Sugere-se a avaliao multidisciplinar preventiva da respirao bucal e a incorporao de um grupo controle em estudos futuros, composto por indivduos respiradores nasais.
Resumo:
Os procedimentos invasivos recorrentes no tratamento do cncer na criana tm-se mostrado o momento de maior sofrimento tanto para o paciente quanto para o cuidador. Durante estes procedimentos, como no caso da puno venosa, grande parte das crianas apresenta reaes caracterizadas como distresse comportamental. Intervenes comportamentais tm sido desenvolvidas com o objetivo de diminuir este distresse, podendo utilizar como agentes os prprios cuidadores das crianas. Esta pesquisa teve como objetivo analisar os efeitos de instruo e de treino parental sobre comportamentos observados em cuidadores e em crianas com diagnstico de cncer durante procedimento de puno venosa em ambulatrio. Foram selecionados nove cuidadores de crianas em tratamento quimioterpico em um hospital especializado em Belm-PA. Para a coleta de dados foram utilizados: Roteiro de entrevista, Questionrio Sociodemogrfico, Instrumento de Avaliao das Relaes Familiares (Parental Bonding Instrument [PBI]), Child Behavior Checklist (CBLC), Protocolo de observao direta dos comportamentos da criana e do cuidador, Escala de Avaliao Comportamental, Manual de orientao para cuidadores sobre puno venosa em crianas e Protocolo de treino parental. Os participantes foram submetidos a uma dentre trs condies: (1) Rotina, (2) Manual de Orientao ou (3) Treino Parental. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista e de quatro sesses de observao direta do comportamento. Os comportamentos das crianas foram classificados como concorrentes e no concorrentes. Os comportamentos dos cuidadores foram classificados como monitoria positiva, monitoria negativa e negligncia. Os resultados sugerem que, na Condio Rotina, os participantes (cuidadores) no variaram seus comportamentos ao longo das sesses, com dois participantes mantendo alta frequncia de comportamentos negligentes e um participante mantendo monitoria positiva. Na Condio Manual, observou-se mudana de comportamento em dois cuidadores como efeito imediato utilizao do manual, mas no em longo prazo. Na Condio 3, na qual os cuidadores foram submetidos ao Protocolo de treino parental, observou-se aumento na frequncia de monitoria positiva em curto e longo prazo. Com relao s crianas, os resultados indicaram maior frequncia de comportamentos no concorrentes, independente da condio a que o cuidador foi submetido. A maioria dos cuidadores foi classificada no PBI com estilo parental permissivo, confirmando a literatura sobre cuidadores de crianas com doenas crnicas. Ocorreram relatos de generalizao das habilidades treinadas para contextos fora do hospital. Conclui-se que o uso do manual aumentou a aquisio de conhecimentos sobre puno venosa mas no foi suficiente para a manuteno de mudana de comportamentos. Por outro lado, o uso de treino parental mostrou-se eficaz na mudana de comportamentos (a longo prazo), assim como no desenvolvimento de novas habilidades sociais. Discute-se a importncia do estilo parental como fator de proteo criana com cncer.
Resumo:
A obesidade uma doena crnica definida como o acmulo de gordura anormal ou excessiva que pode prejudicar a sade. Torna-se necessrio intervir no seu combate e preveno, especialmente entre as crianas. A literatura da rea indica que, em geral, intervenes apenas com crianas ou com cuidadores, ou com ambos, apresentam resultados favorveis. Neste estudo foram avaliados os efeitos de instrues, do treino de relato verbal (TRV) e do treino de automonitorao (TA), aplicados com e sem a participao do cuidador principal, sobre o seguimento de regras nutricionais em crianas com obesidade ou sobrepeso. Participaram duas crianas (9 e 11 anos) e suas cuidadoras primrias. O ambiente foi um consultrio do ambulatrio de psicologia de um hospital universitrio. Foram utilizados: Pronturio dos pacientes, Roteiro de entrevista inicial, Inventrio de estilos parentais (IEP), Roteiro de entrevista 2, Recordatrio 24 horas, Manual informativo sobre obesidade e alimentao saudvel, Teste de conhecimentos, Protocolo de orientao nutricional para crianas, Protocolo de automonitorao, Roteiro para anlise do protocolo de automonitorao, jogos e brinquedos e Roteiro de entrevista final. O procedimento de coleta ocorreu em 10 sesses distribudas em aproximadamente 15 semanas e consistiu de anlise dos pronturios; entrevista no ambulatrio com o cuidador e com a criana para assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aplicao do roteiro de entrevista inicial e do IEP; insero dos participantes em uma de duas condies (Condio 1, apenas a criana [P1] presente; Condio 2, tanto a criana [P2] quanto seu cuidador primrio [C2] estavam presentes); aplicao do Roteiro de entrevista 2 seguido da aplicao do Recordatrio 24 horas (Linha de Base 1 [LB1]); aplicao do Manual informativo sobre obesidade e alimentao saudvel e do Teste de conhecimentos; TRV (Linha de Base 2 [LB2]); TA; entrevista de acompanhamento e entrevista de encerramento. Quanto aos efeitos das instrues, os resultados indicam que P1 manteve a mesma classificao em todos os itens, enquanto P2 melhorou seu desempenho nos itens conhecimento e seguimento das orientaes nutricionais e C2 apresentou melhora no conhecimento sobre obesidade ao final do estudo. Os ndices de adeso dieta obtidos por P2 foram mais elevados do que os obtidos por P1 em todas as fases da pesquisa. Comparando-se a mdia obtida pelos dois participantes em LB1 e LB2, observou-se aumento de 39,77% indicando mudana com significncia clnica aps interveno. A combinao de variveis nesta pesquisa mostrou-se favorvel a ampliao do repertrio dos participantes em relao ao comportamento alimentar, tendo como referncia o prprio sujeito ao longo do estudo. Os resultados sugerem que h maior eficcia quando crianas e cuidadores so alvo de interveno.
Resumo:
Ps-graduao em Pediatria - FMB
Resumo:
Estudos sobre sade mental na adolescncia destacam este tema como questo relevante, pois essa faixa etria, alm de constituir-se como uma grande parcela da populao que precisa e no procura atendimento, identificada como um grupo etrio vulnervel e de risco. A famlia e a escola tm sido consideradas como fatores de proteo sade mental de adolescentes. Sendo assim, precisa-se pensar em formas de interveno mais eficazes, considerando o contexto familiar, cultural e social destes indivduos. O objetivo do estudo foi investigar percepes sobre sade e doena mental de adolescentes de escola pblica e de escola privada na cidade de Belm-PA, bem como as principais redes de apoio e estratgias de cuidado utilizadas pelos adolescentes. Realizou-se um estudo transversal, do tipo quantitativo, no qual participaram 60 adolescentes, de ambos os sexos, e seus cuidadores. Os adolescentes tinham idades entre 12 a 17 anos, sendo 30 alunos de escola pblica, localizada em um bairro perifrico, e 30 de escola privada, localizada em um bairro central, na cidade de Belm-PA. Os cuidadores eram do sexo feminino, com idade entre 25 a 57 anos. Como instrumentos foram utilizados: roteiro de entrevista familiar, roteiro de entrevista com os coordenadores das escolas e questionrio sobre sade e doena mental e sobre servios de sade (verso para adolescente). Os resultados dos questionrios foram analisados preferencialmente pelo teste do Qui-quadrado e o teste G para amostras independentes. Todo o processamento estatstico foi realizado no software BioEstat verso 5.2. Os resultados obtidos nas entrevistas permitiram a anlise de aspectos socioeconmicos e de fatores de risco e de proteo na famlia dos adolescentes. Os resultados obtidos com os questionrios revelaram que as percepes dos adolescentes da escola pblica acerca da sade mental estavam associadas a no ser to sensvel/frgil e a pensar positivo, ser otimista. Na escola privada, estavam associadas a sentir-se equilibrado e ser algo muito importante. Quanto s percepes de doena mental, na escola pblica estavam relacionadas ao momento em que o corpo no est bem e a quando profissionais aconselham um tratamento; na escola privada, a ter sentimentos feridos e ser algo que no se percebe logo. Com relao origem das ideias sobre sade/doena mental, no houve real diferena entre os grupos. No que tange religio, houve discordncia apenas em relao a cura da doena mental. Como estratgia de enfrentamento, na escola pblica esta esteve relacionada a falar com algum sobre o problema enquanto na escola privada os adolescentes relataram que no procuravam ajuda. A me foi apontada como principal na busca de ajuda pelos adolescentes da escola pblica; na escola particular, a principal referncia foi o mdico da famlia. A principal barreira para os adolescentes da escola pblica no acesso ao servio de sade mental foi no saber o que o psiclogo/psiquiatra vai fazer com ele, e na escola privada foi no querer ser gozado/caoado. Nos dois grupos, os principais problemas em sade mental relatados foram problemas na escola e de comportamento. Os adolescentes de escola privada responderam que somente s vezes sentem-se sozinhos e felizes, enquanto na escola pblica, os adolescentes afirmaram que sempre estiveram de bom humor e satisfeitos com a vida. Discute-se a necessidade de promover fatores de proteo sade mental de adolescentes.
Resumo:
Ps-graduao em Sade Coletiva - FMB