1000 resultados para camundongos geneticamente selecionados
Infecção experimental pelo Encephalitozoon cuniculi em camundongos imunossuprimidos com dexametasona
Resumo:
OBJETIVO: O microsporídio Encephalitozoon cuniculi tem sido reconhecido como um patógeno oportunista em indivíduos imunossuprimidos, tais como pacientes com Aids. O objetivo do trabalho foi desenvolver animais farmacologicamente imunossuprimidos como modelo da infecção natural pelo E. cuniculi. MÉTODOS: Foram usados grupos distintos de camundongos Balb-C adultos, imunossuprimidos com diferentes doses de dexametasona (Dx, 3 ou 5 mg/kg/dia por via intraperitoneal ¾ IP) e inoculados com esporos de E. cuniculi por via IP. Também foram usados grupos controle (animais inoculados, mas nãoimunossuprimidos, e animais imunossuprimidos, mas não inoculados). Os esporos de E. cuniculi foram previamente cultivados em células MDCK. Os animais foram sacrificados e submetidos à necropsia aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias pós-inoculação. Fragmentos teciduais foram coletados e processados para análise por microscopia de luz, utilizando-se as técnicas de coloração de Gram -chromotrope e de hematoxilina-eosina. RESULTADOS: Em todos os animais imunossuprimidos e inoculados, porém especialmente naqueles que receberam 5 mg/kg/dia de Dx, os achados de necropsia mais proeminentes foram hepato e esplenomegalia. A inoculação experimental resultou em uma infecção disseminada e não-letal, caracterizada por lesões granulomatosas em diversos órgãos (fígado, pulmões, rins, intestino, encéfalo), porém mais notadamente no tecido hepático. Esporos de E. cuniculi foram observados em poucos animais tratados com 5 mg/kg/dia de Dx aos 35 dias pós-infecção. CONCLUSÕES: Microsporidiose em camundongos imunossuprimidos com Dx fornece um modelo útil para estudos da infecção por microsporídios, assemelhando-se àquela naturalmente observada em indivíduos imunodeficientes com Aids.
Resumo:
Formas químicas de controle de mosquitos vetores são ineficazes, levando ao desenvolvimento de novas estratégias. Assim, foi realizada revisão das estratégias de controle genético de populações de mosquitos vetores baseada na técnica do inseto estéril. Uma delas consiste na liberação de machos esterilizados por radiação, a outra, na integração de um gene letal dominante associado a um promotor específico de fêmeas imaturas. Entre as vantagens sobre outras técnicas biológicas e químicas de controle de vetores estão: alta especificidade, não prejudicial ao meio ambiente, baixo custo de produção e alta eficácia. O uso desta técnica de modificação genética pode vir a ser uma importante ferramenta do manejo integrado de vetores.
Resumo:
Diante dos avanços biotecnológicos o cultivo de plantas geneticamente modificadas, como, por exemplo, o milho (Zea mays), aumentou consideravelmente nos últimos anos. Embora esta tecnologia apresente comprovados benefícios em relação ao aumento da produtividade e durabilidade do alimento, a população ainda receia em consumir produtos geneticamente modificados. O objetivo deste trabalho foi comparar dois protocolos baseados na utilização de CTAB e avaliar qual o melhor para extração de DNA em alimentos processados derivados de milho, bem como identificar dois dos resíduos transgênicos mais comuns em gêneros alimentícios derivados de milho: Cry1ab e Cry1F. Para isto, 14 amostras derivadas de milho foram avaliadas utilizando dois diferentes protocolos de extração de DNA e a deteção dos eventos transgênicos conduzida pela técnica de PCR qualitativa. Entre as amostras analisadas, 57% resultaram positivas para deteção de ambos os eventos de milho transgênico avaliados.
Resumo:
A atividade biológica dos soros antipeçonhentos pode ser determinada "in vivo" em pombos, coelhos, cobaios e camundongos adultos, não existindo, entretanto, nenhum método que possa ser recomendado internacionalmente. Estudou-se comparativamente aos métodos tradicionais de dosagem de soros em pombos e camundongos adultos, a validade do uso de camundongos lactentes de 6 a 7 dias, pesando 4 a 5g, inoculados pela via subcutânea. Inicialmente foi determinada a toxidez do veneno de Crotalus durissus terríficus através do estudo da sintomatologia do envenenamento e da atividade letal. O estudo comparativo dos três métodos forneceu maior concordância de resultados em DE100 entre as dosagens realizadas com camundongos lactentes e adultos. A DE100 e DL50 determinadas em camundongos lactentes forneceu resultados mais constantes que os dos métodos de camundongos adultos e pombos. O uso deste novo método permite eliminar a dificuldade de obtenção do atual animal de prova; a utilização de um maior número de animais por ponto de avaliação biológica, possibilitando uma maior precisão e conseguindo-se uma uniformidade nas características exigidas neste tipo de dosagem como peso, idade e linhagem, visando a reprodução sistemática dos resultados.
Resumo:
A fluorescencia natural devida à presença de corpos de lipofuscina foi pesquisada em miócitos cardíacos de camundongos adultos jovens tratados com oxamniquine. O objetivo foi buscar uma evidência de indução de envelhecimento celular precoce, com base em dados prévios de acentuação poliploidia, promovida pela droga. Comparando o miocárdio dos camundongos tratados com animais contrôle jovens e velhos, não foi observada a presença de lipofuscina nos seus miócitos. Isto possivelmente se deva a um não comprometimento da eficiência das lipases lisossomiais apesar da acentuação do fenômeno de poliploidização induzida pela droga.
Resumo:
Veneno bruto de urutu (Bothrops alternatus) dissolvido em solução salina fisiológica foi injetado no músculo tibial anterior direito de camundongos adultos na dose de 80 μg. Os músculos foram examinados em cortes de parafina, corados por Hematoxilina e Eosina. Aos 10 minutos já havia intensa hemorragia difusa no M. tibial anterior, mas apenas raras fibras musculares estavam necróticas. Nas horas seguintes, contudo, observou-se rápido aumento do número de fibras afetadas, sendo que às 24 hs o músculo apresentava-se totalmente necrótico. Vasos sangüíneos intramusculares e nas proximidades do M. tibial anterior mostravam necrose hialina da camada média e por vezes trombose. A fagocitose dos restos celulares ocorreu da periferia para o centro e acompanhou-se de regeneração muscular. Após 1 a 2 meses, em vários animais houve recuperação considerável do músculo, embora com persistência de cicatriz. As fibras regeneradas possuiam núcleos centrais e variavam em diâmetro, estando muitas atróficas. Em outros camundongos a regeneração do M. tibial anterior foi muito precária, tendo este sido substituído por tecido fibroadiposo com apenas raras fibras musculares. Os resultados mostram que, apesar da gravidade das lesões iniciais devidas ao veneno, ocorre regeneração muscular em grau variável de animal para animal. Sugere-se que a má regeneração observada em alguns casos poderia ser devida, ao menos em parte, a dano vascular permanente.
Resumo:
Com o objetivo de testar a viabilidade do ciclo biológico, 15 pacientes (masculinos, de quatro a 14 anos) com Ascaris lumbricoides, foram selecionados ao acaso. Após tratamento clássico com sais básicos de levamisole (7 pacientes) e de pamoato de pirantel (8), os ovos retirados das fêmeas expelidas ficaram incubados por 18 dias em de H2SO4 N/10. A seguir foram administrados per os a grupos de 5 camundongos por pacientes. Decorridos 8 dias da infecção, os animais foram sacrificados para pesquisas microscópica de larvas nos fragmentos pulmonares. Dos 75 animais, somente 1, pertencente ao grupo de tratados com levamisole, não apresentou larvas nos fragmentos pulmonares. Concluiu-se que as drogas, nas doses utilizadas, não possuem ação deletéria sobre os ovos de A. lumbricoides, mas promovem a eliminação de material infectivo, com possibilidade de incrementar a poluição onde vivem comunidades sem adequadas condições de saneamento básico.
Resumo:
A reinfecção pelo Toxoplasma gondii foi estudada, experimentalmente, em 27 camundongos albinos e 25 gatos domésticos. A infecção e a reinfecção foram comprovadas por sinais clínicos, anticorpos sangüíneos à reação de Sabin & Feldman > 1/4, recuperação do parasita e, nos gatos, também pela eliminação de oocistos. Nos camundongos a mortalidade foi de 56%. A primo-infecção por cepa de baixa virulência ou a infecção por cepa mais virulenta, atenuada pela sulfamonometoxina, deram proteção à reinfecção por cepa mais virulenta, mortal em poucos dias. Esta proteção foi demonstrada pela sobrevivência de camundongos e menor mortalidade, 12,5'%. Nos gatos a mortalidade foi de 28%, A resposta sorológica à primo-infecção ocorreu em todos. Após a reinfecção houve elevação de títulos em 64% dos gatos, permanência em 32% e queda em 4%. A eliminação de oocistos foi observada em 60% dos gatos e só após inoculação de cistos, por via digestiva. A reeliminação após reinfecção, ocorreu em 25% dos gatos. Não foi observada eliminação após a 3.ª inoculação. Em 88,2% dos gatos houve recuperação do parasita em camundongo, mais freqüente nos linfonodos mesentéricos e no intestino delgado, persistindo neste cerca de 14 meses. Foi constatada certa relação entre o bom estado físico dos gatos e a resposta sorológica, a eliminação e a reeliminação de oocistos. Apesar da persistência de anticorpos sangüíneos a reinfecção experimental dos gatos foi observada, porém a reeliminação de oocistos foi pouco freqüente e em pequena quantidade.
Ação de raios gama sobre formas sanguícolas de Trypanosoma cruzi: estudo experimental em camundongos
Resumo:
Amostras de sangue de animais infectados com cepa Y de Trypanosoma cruzi foram submetidas, respectivamente, a 200 e 300 krad de radiação gama. Para verificar a eficácia do método na eliminação do parasita, o material foi inoculado em camundongos e os parâmetros utilizados na avaliação foram: parasitemia, cultura, xenodiagnóstico, subinoculação, reinoculação com cepa virulenta e exame anátomo-patológico das vísceras. Os sangues expostos às duas diferentes intensidades de radiação e inoculados em dois períodos após o processo, mostraram-se inócuos quanto a capacidade de produzir infecção nos animais
Resumo:
Mycobacterium bovis (BCG) aumenta significantemente o desenvolvimento da imunidade nos camundongos CFW, C57BL/6, C57BL/l0ScN e BALB/c (Nu/+) para os estágios eritrocitos do Plasmodium berghei. Camundongos tratados com BCG requerem menos ciclos de infecção com P. berghei e cura pelo Fansidar (pirimetamina + sulfadoxina) para desenvolverem imunidade sólida a este parasita do que os controles. Contudo, os animais que receberam BCG 30 dias antes do início da imunização evidenciaram uma perda precoce da imunidade adquirida para o P. berghei, quando comparado com os animais que receberam BCG 14 dias antes ou que não receberam BCG. Assim, sendo, o BCG aumentada a indução na resposta imune do hospedeiro ao P. berghei no curso de infecções subseqüentes. O tratamento de camundongos CFW, BALB/c e C57BL/6 com lipopolissacarídeo bacteriano ou hidrocortisona faz com que os animais requeiram um número maior de ciclos de infecção e cura para tornarem-se imunes ao P. berghei que os controles. O tratamento dos camundongos C57BL/10ScN com hidrocortisona aboliu completamente a sua habilidade de sobrevida subseqüentes a ciclos de infecção com P. berghei e cura pelo Fansidar.
Resumo:
A esquistossomose mansônica compromete vários órgãos, sendo o intestino e o fígado os mais agredidos. Com a intenção de verificar o comprometimento do intestino delgado, dependente da intensidade e do tempo de infecção pelo Schistosoma mansoni, analisou-se a atividade das dissacaridases lactase, sacarase e maltase em 112 camundongos, distribuídos em 3 grupos: grupo I controle, grupo II infestado com 30 cercárias, grupo III infestado com 60 cercárias. Observamos uma diminuição da atividade lactásica, sacarásica e maltásica do intestino delgado, decorrente da infestação esquistossomdtica, do tempo de infestação e da alteração entre ambos. O íleo é o segmento que demonstrou maior sensibilidade a esquistossomose, tendo uma diminuição das suas dissacaridases a partir da fase inicial de infestação. Opostamente, o jejuno só mais tardiamente mostra essas alterações, exceto em relação a lactase. Detectou-se um aumento da atividade dissacaridásica, inclusive para a lactase, em todos os grupos, com a evolução etária dos animais, quantitativamente menor nos infestados. Cargas de 30 e 60 cercárias devem ser consideradas de mesmo porte, pois produziram ledução semelhante na atividade dissacaridásica.
Resumo:
Male mice (NMRI strain) of 3 and 5 g were inoculated i. p. with 8 x 10(6) and 9 x 10(4) metatrypomastigotes/g harvested from a 12-day-old LIT culture of Trypanosoma rangeli of the "Dog-82" strain. At regular intervals after inoculation, the animals were sacrificed and portions of heart, liver, spleen, lung, thigh, kidney, stomach, intestine, brain, sternum, and vertebral column were embedded in paraffin, sectioned, and stained with haematoxylin-eosin and Giemsa colophonium. Pathology was encountered in the first five tissues cited above. The subcutaneous, periosteal, interstitial, and peribronchial connective tissues, and later the muscle cells of the heart, were heavily parasitized by amastigotes and trypomastigotes. The possible reasons for the decrease in tissue parasitosis at the same time that the parasitemia is reaching its peak, and for the low level of inflammation in the parasitized tissues, are discussed. The observations of other workers, as well as the results described here, indicate that certain strains of T. rangeli under certain conditions may well cause pathological alterations in mammals.
Resumo:
No presente trabalho, desenvolveu-se método de infecção de camundongos através da orelha e de recuperação de esquistossômulos resultantes dessas infecções. Cerca de 80% das cercarías postas em contacto com orelhas de camundongos penetraram. Destas, 30% foram recuperadas. como vermes adultos, do sistema porta. Da pele (das orelhas) as maiores recuperações de esquistossômulos ocorreram nos dois primeiros dias após a infecção. Os parasitas permaneceram nesse sítio por dois dias. No terceiro dia, os parasitas foram recuperados tanto da pele como dos pulmões. A partir do 4.° dia, foi predominante a recuperação de esquistossômulos ao nível dos pulmões. Do total de parasitas que potencialmente atingiriam o sistema porta, proporção elevada (73-80%) pode ser recuperada da pele, no segundo dia após a infecção, como esquistossômulos. Revelando-se apropriadas ao acesso, à migração no hospedeiro e às técnicas de recuperação de parasitas, sugere-se que orelhas de camundongos podem ser utilizadas como sítio de infecção para estudos que visem a análise parasitológica dos eventos iniciais da infecção em animais normais ou imunes.
Resumo:
No presente trabalho avaliou-se a resistência cutânea de camundongos ao Schistosoma mansoni, usándose a orelha como sítio de infecção e de recuperação de esquistossômulos através da incubação de seus fragmentos em recipiente posto em contacto com Elac tamponado com Hepes. Essa técnica mostrou-se eficiente na discriminação do número de esquistossômulos recuperados de camundongos normais e de camundongos previamente infectados (camundongos imunes), quando comparada à técnica de recuperação de parasitas através da digestão da pele em meio contendo colagenase. Através dessa técnica, verificou-se que camundongos imunes reduzem o parasitismo do primeiro ao sétimo dia após a reinfecção (42 a 46%). Essa resistência foi observada em portadores de infecção bissexuada (6.* a 15.ª semanas) e unissexuada (33.* e 34.ª semanas) e em linhagens isogênicas (C57 BL/10, CBA e Fj do cruzamento CBA x DBA/2) e não isogênica (Swiss). Revelándose apropriadas ao estudo da resistência anti-esquistossomótica que se manifesta ao nível da pele, sugere-se que orelhas possam ser utilizadas como via de infecção em experimentos que visem analisar os fatores que participam da imunidade de camundongos ao S. mansoni.
Resumo:
Foi estudada a migração do Schistosoma mansoni (cepas LE e SJ) em oito grupos de camundongos albinos (Mus musculus) não isogênicos, infectados transcutaneamente com cerca de 450 cercarias não irradiadas (grupos controles) e irradiadas com 3 Krad, 20 Krad e 40 Krad de radiação gama proveniente de cobalto-60, Na pele, observou-se uma diminuição progressiva das taxas de recuperação em função do tempo e, nos pulmões e sistema porta, verificou-se uma relação inversa significativa entre as taxas de recuperação total e as doses de irradiação. A dose de 20 Krad praticamente impede a migração dos parasites, de ambas as cepas, dos pulmões até o sistema porta, enquanto a de 40 Krad praticamente impede a migração dos mesmos da pele para os pulmões.