975 resultados para Religious diversity


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A diversidade religiosa brasileira na segunda metade do século XX tornou-se progressiva e tomou enorme velocidade. Com isso, o processo de diversificação e pluralização do campo religioso brasileiro começava a ganhar o contorno atual, abrindo espaço para novas formas de crer e de expressar a fé religiosa. Nessa mesma época, entre os batistas de Belo Horizonte, no bairro da Lagoinha, surgia uma nova organização religiosa, a Igreja Batista da Lagoinha (IBL). Já em seus primeiros dias essa nova igreja assumiu um dinamismo próprio de igrejas conhecidas como avivadas ou carismáticas , cuja mensagem e prática religiosa reforçavam, por meio de dons espirituais e de experiências extáticas , a evidência do batismo no Espírito Santo . Houve reações por parte dos batistas tradicionais, pois a IBL manifestava-se, por um lado, mais próxima de uma religiosidade em processo de pentecostalização e, por outro, mais distante daquela adotada pelos batistas mineiros, identificados como históricos. Esta nova igreja, devido ao seu engajamento no avivalismo e nas práticas carismáticas, alcançou independência teológica, organizacional e administrativa, pois foi excluída do rol das igrejas batistas cooperadoras da Convenção Batista Mineira e Brasileira. É essa igreja que assumiu uma forma religiosa avivada e que desenvolveu o processo de pentecostalização entre os batistas que escolhemos analisar neste trabalho. Entretanto, a análise que realizamos e que se embasou nos estudos da sociologia da religião, nas teorizações da cultura e na simbologia sociocultural, mostrou que as modificações ocorridas na trajetória e na identidade IBL, são correlatas aos processos de urbanização e modernização da sociedade e ao surgimento de formas religiosas, mais flexíveis, adaptáveis e em constante reconfiguração. Portanto, a partir dessa correlação é que podemos afirmar que a IBL é uma organização religiosa híbrida, mutacional, midiática e com uma identidade que se faz e refaz, já que ela está se ajustando a um tipo de cultura que é, ao mesmo tempo, urbana, gospel, tecnológica, mercadológica e comunicacional.

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Este trabalho faz um estudo analítico do fenômeno da conversão religiosa. Particularmente, dos fatores que motivam o trânsito de fiéis de uma religião qualquer para o Espiritismo, no Brasil. Os grupos em estudo, dos quais são provenientes os novos espíritas foram divididos em sete blocos: Catolicismo, Protestantismo, afro-brasileiras, Umbanda, orientais, outras e, nenhuma. Essa análise privilegia os fatores sociais e psicológicos que levam um indivíduo a mudar de religião. Ao explorar o caso brasileiro, este trabalho aborda também, a multiplicidade de religiões, seitas, crenças e movimentos religiosos presentes no cenário brasileiro, dentro da dinâmica de forças que envolvem esse campo religioso. Para isso, é apresentado um resumo da história dos principais movimentos religiosos no caso brasileiro. Dá-se ênfase ao Espiritismo no Brasil e no mundo, como forma de caracterizar os processos de evolução da Doutrina Espírita e os argumentos com que a essa Doutrina compete nesse mosaico de convicções religiosas. A pesquisa se apoia em um questionário distribuído em todo território nacional, que coleta dos respondentes, dados que permitem qualificá-los sob diversos aspectos: renda, educação, localização regional, conhecimento e prática da Doutrina Espírita, etc. Dentro dos quesitos de consulta estão sugeridas 18 opções, como razões da mudança da religião para o Espiritismo e, em outros vinte quesitos, um aprofundamento da opção que, no conjunto anterior se apresentou como a mais frequente. As opções iniciais se distribuem entre as razões mais frequentes da mudança de religião observadas pelo autor em sua experiência pessoal e na literatura. Os dados estatísticos foram coletados de mais de 2.300 depoentes, em mais de 400 municípios, em todos os Estados do Brasil.

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Nas sociedades ocidentais contemporâneas, racionais e secularizadas, a religião é freqüentemente representada como externa à razão‟ e de foro ìntimo, idéias estas implìcitas na máxima religião não se discute‟. Ela estaria no campo oposto, portanto, daquele do mundo organizacional, sujeito à racionalidade, à objetividade do cálculo e à impessoalidade e do qual se abstrairiam o mundo privado da religião, das atividades domésticas e tudo o mais que se supõe ser de caráter pessoal e avesso ao cálculo. A idéia de que a igualdade entre os sexos já está consumada também faz parte do imaginário contemporâneo: a maior autonomia e presença das mulheres no espaço público, particularmente o aumento da sua participação no mercado de trabalho, seriam evidências de que a igualdade constitui uma batalha ganha. No entanto as representações de gênero continuam a configurar tal presença (ou ausência) feminina no mercado de trabalho. Da mesma maneira, as idéias religiosas e acerca das religiões não são passíveis de confinamento a tempos e espaços precisos, do culto, da meditação ou da prática religiosa. Tanto as representações de gênero quanto aquelas acerca da religião e da diversidade religiosa interpenetram o espaço público, o dia-a dia da vida e das relações sociais, as relações de gênero e de trabalho. Elas se inscrevem nas normas e práticas organizacionais, nas técnicas de gestão e os/a próprios sujeitos trabalhadores/as também bricolam e transitam entre esses mundos na construção das suas competências e na gestão da sua atividade profissional. A pergunta por aspectos e maneiras pelas quais representações de gênero, da religião e da diversidade religiosa, suas especificidades em determinado contexto social, se desdobram e entrecruzam em percepções e práticas no ambiente organizacional, e vice-versa, em que medida estas apontam para tensões e tendências presentes na sociedade circundante, constitui-se no fio condutor da presente tese. Além de pesquisa bibliográfica a metodologia contempla pesquisa de campo em duas organizações empresariais francesas no Brasil e na França.

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A dissertação de mestrado A revista Veja e a construção da realidade dos evangélicos no Brasil: uma análise do discurso , não objetiva julgar como certo ou errado o procedimento das diferentes correntes religiosas do segmento cristão brasileiro ou mesmo do jornalismo que as reporta, mas sim, avaliar como um dos periódicos mais conceituados e lidos no país destaca fatos e temas referentes ao segmento cristão evangélico, em sua cobertura jornalística, participando do processo social de construção da realidade. Para compreender este processo, utilizou-se a técnica de Análise do Discurso, com base no método qualitativo, visando explorar, entender e descobrir a forma como a revista Veja reporta o segmento religioso. O corpus definido são as nove matérias de capa que destacam os evangélicos durante 42 anos de circulação do periódico (1968-2010) que totalizam 2197 edições da revista Veja. Para se estabelecer um comparativo quanto à abordagem sobre outros segmentos cristãos, um mesmo número de edições que destacaram o Catolicismo Romano, foram igualmente analisadas. A pesquisa é orientada pela hipótese de que o discurso contido nas reportagens constrói uma imagem negativa dos evangélicos por meio do recurso a um tom irônico e dá ênfase em situações que envolvem escândalos e questões financeiras. Esta hipótese também se assenta na compreensão de que jornalistas não são profissionais técnicos desprovidos de imaginação e visões de mundo, neste caso, de um imaginário em torno da religião, que faz parte da construção noticiosa da qual participam. As Teorias do Imaginário, juntamente com as Teorias do Discurso e as Teorias do Jornalismo (Produção da Notícia) servirão de base para a compreensão do fenômeno e para a análise do objeto, que será conduzida por meio do método da Análise do Discurso. Espera-se que esta pesquisa contribua na indicação de caminhos para facilitar o diálogo entre a sociedade, entidades religiosas e profissionais envolvidos na produção de mensagem midiáticas, contribuindo para uma cultura de paz e de respeito à diversidade religiosa e à pluralidade de idéias presentes na sociedade brasileira, enfatizando, neste sentido, os valores éticos do profissional de comunicação.

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Tendo como pano de fundo a confessionalidade da rede adventista de educação presente de maneira marcante no espaço escolar e a intensa diversidade religiosa discente, esta pesquisa analisa a relação de possíveis tensões entre a confessionalidade escolar e a diversidade religiosa presente neste espaço. Leva em consideração o processo de modernidade causadora de importantes transformações na educação, na religião e na forma dos dois institutos se relacionarem. Levou-se em consideração o perfil socioeconômico e religioso dos alunos e possíveis tensões na recepção do religioso no espaço escolar adventista por parte dos discentes, inclusive por aqueles que se declaram adventistas. O espaço escolhido para esta pesquisa foi o de colégios adventistas localizadas no contexto do ABCD Paulista, que ofertam o Ensino Médio. Estas unidades escolares estão situadas nas cidades de Diadema, Santo André e São Caetano do Sul, cidades localizadas na mesma microrregião, mas com distintas realidades socioeconômicas.

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This dissertation stands out the religious and social role of Christian religious minorities in Portuguese society, where the vast majority of the believers profess the Catholic faith. This work serves to demystify the widespread prejudice against minorities and clarify its place in the religious phenomenon in Portugal. We intend to define the concept of Religion, missing in the Portuguese legislation, framing it in Portuguese constitutional history, which allows us to evaluate the relations State/Catholic Church and State/religious minorities, since Liberalism. We attempt to measure how the legal system accepts the religious phenomenon and how to deal with religious diversity, according to the principle of religious freedom postulated in the Constitution of the Portuguese Republic. It is also our intention to relate the concepts of sect and religious minority, which tendentiously are misunderstood. In order to understand the underlying dynamics of religious minorities, we take the example of the Portuguese Evangelical Alliance, which we monitored closely throughout the investigation. We will give some space for a small analysis of the state and social discrimination experienced by the minorities. With this work we can conclude in general that Portugal, despite its weak religious diversity, has a good advance on the religious freedom. The Portuguese State has made a remarkable effort to cooperate with the churches, an effort that must be continued in order to fill some gaps found, particularly in the absence of legislation regarding the criminalization of religious discrimination and competence of the Committee on Religious Freedom in case of a possible complaint. We prove similarly that there is also a special attention to the Catholic Church in the composition of the Committee on Religious Freedom and the Committee Broadcast Time of Religious Confessions. In the end, we prove that the society is the major source of discrimination against minorities.

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This paper considers the tension that can exist in the aims of religious education between the desire to encourage open-minded, critical thinking through exposure to diverse traditions, ideas and cultures and the encouragement, overt or otherwise, into uniformity whereby learners take on the values of a particular tradition, culture or ideology (say of a religion, family or school). The particular situation of teaching religious education to post-primary school pupils in Northern Ireland is considered, and evidence cited to suggest that the Northern Ireland Core Syllabus in Religious Education has tried to impose a particular non-denominational Christian uniformity on pupils and teachers through its use of religious language. This has contributed to a culture of 'avoidance' in relation to the teaching of broad Christian diversity. The article concludes that there is a need for an ongoing and meaningful dialogue to discover what kind of balance between uniformity and diversity is best in teaching religious education in Northern Ireland, and notes that this also requires the reassessment of fundamental issues such as the aims of education and the relationship between secular and religious values in publicly funded schools. © 2004 Christian Education.

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In 2012, the Australian government in office introduced a novel scheme of housing asylum seekers as guests of Australians in the community. A number of Australians participated in the scheme and volunteered as hosts. This study compared those who volunteered to assist asylum seekers with general members of the community to explore the impact attitudes towards cultural diversity and demographic factors had upon willingness to support asylum seekers. Further, the two groups were combined to examine the factors that can contribute to positive attitudes to diversity in society in general. Participants (N = 142; aged from 24-79 years) completed online questionnaires assessing demographic variables, attitudes towards cultural diversity and acculturation. Various analysis of variance procedures, Chi-squared tests and correlations were conducted. Group comparisons indicated that volunteers’ attitudes did not impact on willingness to support asylum seekers. However, some demographic differences between groups emerged. Volunteers were more likely to be professionals with stable jobs, ethnically diverse and well-travelled individuals. Analyses on the combined groups indicated age, education and not having a strong religious affiliation enhanced Australians’ positive attitudes to cultural diversity. The findings have implications for promoting positive attitudes to diversity in individuals, organisations and communities. Potential opportunities for professionals and policy-makers to promote support for cultural diversity in the community are discussed.

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This is a postprint (author's final draft) version of an article published in the journal Social Compass in 2010. The final version of this article may be found at http://dx.doi.org/10.1177/0037768610362406 (login may be required). The version made available in OpenBU was supplied by the author.

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Transforming Post-Catholic Ireland is the first major book to explore the dynamic religious landscape of contemporary Ireland, north and south, and to analyse the island’s religious transition. It confirms that the Catholic Church’s long-standing ‘monopoly’ has well and truly disintegrated, replaced by a mixed, post-Catholic religious ‘market’ featuring new and growing expressions of Protestantism, as well as other religions. It describes how people of faith are developing ‘extra-institutional’ expressions of religion, keeping their faith alive outside or in addition to the institutional Catholic Church.

Drawing on island-wide surveys of clergy and laypeople, as well as more than 100 interviews, this book describes how people of faith are engaging with key issues such as increased diversity, reconciliation to overcome the island’s sectarian past, and ecumenism. It argues that extra-institutional religion is especially well-suited to address these and other issues due to its freedom and flexibility when compared to traditional religious institutions. It describes how those who practice extra-institutional religion have experienced personal transformation, and analyses the extent that they have contributed to wider religious, social, and political change. On an island where religion has caused much pain, from clerical sexual abuse scandals, to sectarian violence, to a frosty reception for some immigrants, those who practice their faith outside traditional religious institutions may hold the key to transforming post-Catholic Ireland into a more reconciled society.

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This qualitative case study explored 10 young female Shi’i Muslim Arabic-Canadian students’ experiences associated with wearing the Hijab (headscarf) within their home, community, and predominantly White Canadian public elementary school environments. The study integrated several bodies of scholarly theories in order to examine the data under a set of comprehensive lenses that more fully articulates and theorizes on the diversity of female Shi’i Muslim Canadian students’ experiences. These theories are: identity theories with a focus on religious identity and negative stereotypes associated with Muslims; feminism and the Hijab discourses; research pertaining to Muslims in school settings; and critical race theory. In order to readdress the dearth of information about Shi’is’ experiences in schools, this study provides an in-depth case study analysis in which the methodology strategies included 10 semi-structured in-depth interviews, 2 focus-group meetings, and the incorporation of the researcher’s fieldnotes. Data analysis revealed the following themes corresponding to participants’ experiences and values in their social worlds of home, community, and schools: (a) martyrdom and self-sacrifice as a means for social justice; (b) transformational meaning of the Hijab; (c) intersectionality between culture, religion, and gender; and (d) effects of visits “back home” on participants’ religious identities. Additional themes related to participants’ school experiences included: (a) “us versus them” mentality; (b) religious and complex secular dialogues; (c) absence of Muslim representations in monocultural schools; (d) discrimination; (e) remaining silent versus speaking out; and (f) participants’ strategies for preserving their identities. Recommendations are made to integrate Shi’i Muslim females’ identity within the context of Islam and the West, most notably in relation to: (a) the role of Muslim community in nondiverse settings as a space that advances and nurtures Shi’i Muslim identity; and (b) holistic and culturally responsive teaching that fosters respect of others’ religiosity and spirituality. This study makes new inroads into feminist theorizing by drawing conceptual links between these previously unknown connections such as the impact of the historical female exemplary role model and the ritual stories on the experiences of Muslim females wearing the Hijab.

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En 2007, le Premier ministre du Québec, monsieur Jean Charest, a établi la Commission de consultation sur les pratiques d’accommodement reliées aux différences culturelles afin de donner suite aux conflits émanant des différences ethniques et culturelles. La commission a pour mandat de dresser le bilan des pratiques d’accommodement au Québec, d’analyser la problématique, de consulter la population et de formuler des recommandations au gouvernement afin d’assurer la conformité des pratiques d’accommodement avec les valeurs de la société québécoise. En premier lieu, ce mémoire démontrera que deux facteurs, dont l’évolution de l’identité de la majorité francophone et l’évolution des pays d’origine des immigrants, ont contribué à un malaise de gestion de la diversité et, par conséquent, ont rendu l’établissement de la commission pertinent. En deuxième lieu, m’appuyant sur une revue de la méthodologie, des conclusions et des recommandations de la commission, ainsi que la réplique du Ministère de l’Immigration et des Communautés culturelles, je vais illustrer que, malgré un mandat pertinent et achevé, la réponse gouvernementale fut inadéquate. Finalement, je démontrerai que les modèles de gestion de diversité soutenus par le rapport de la Commission, la laïcité inclusive et l’interculturalisme, sont des aspects nécessaires de la gestion de la diversité. Cependant, ils en découlent des philosophies politiques de neutralisme et pluralisme dont la force et le compromis en sont les buts. Je crois que le Québec peut être meilleur gestionnaire de sa diversité et peut obtenir de vraies réconciliations en prônant la conversation; une approche patriotique de la gestion de diversité.

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If education is to be about ‘human flourishing’ (De Ruyter, 2004) as well as preparation for adulthood and work, then religious and citizenship education would seem to have a key contribution towards this goal, both offering opportunities for the exploration and development of a robust sense of identity. However, despite the opposition of most religious educators, religious education has been treated by successive UK governments simply as a form of inculcation into a homogenous notion of citizenship based on nominal church attendance. Moreover, the teaching of the relatively new subject of citizenship education, whilst recognising that the sense of identity and allegiance is complex, has not regularly included faith perspectives. I argue that the concept of ‘spiritual development’, which centres on an existential sense of identity, offers a justification for combining lessons in both religious and citizenship education. I conclude on a cautionary note, arguing that pupils need to be given a critical awareness of ways in which such identities can be provided for them by default, particularly since consumer culture increasingly makes use of ‘spiritual’ language and imagery.