976 resultados para Afro-brasileira
Resumo:
A literatura escrita tem sido um espaço privilegiado para a representação e, consequentemente, para o registro e divulgação dos valores e costumes de variados grupos e segmentos sociais. No conto analisado neste ensaio – Eguns –, o escritor paulistano João Antônio (1937-1996) traz um narrador que descreve com detalhes uma rara festa religiosa ocorrida na Bahia, destinada ao culto dos ancestrais. Contemplativo e respeitoso, limita-se a contar o que a tradição religiosa permite. O contato com a alteridade ganha foros de rito iniciático e a experiência – em sentido forte – é transferida ao leitor.
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Pós-graduação em Ciências Sociais - FFC
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Pós-graduação em Educação - IBRC
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Letras - FCLAS
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Pós-graduação em Letras - IBILCE
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Este trabalho pretende analisar, a partir de algumas idéias centrais de Juana Elbein dos Santos, oconceitode comunidade, que é um de seus conceitos fundamentais.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Pós-graduação em Artes - IA
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Com base em quatro poemas da autora afro-americana contemporânea Harryette Mullen, por mim traduzidos para o português, e nas questões suscitadas por sua obra, este trabalho investiga as seguintes questões: quais seriam os desafios de se traduzir sua poesia, levando-se em consideração os lugares discursivos dos leitores identificados ou não com a estética literária afro-brasileira? Essa (não-) identificação exerceria alguma influência no modo como sua poesia poderia ser lida em tradução? Assim, neste trabalho, busca-se contrastar as questões raciais e estéticas que fundamentam a visão de Mullen a respeito de sua poesia e de seu público-leitor (imaginado) com as questões de público-alvo, contextualmente diversas, que minhas traduções de seus poemas requerem “imaginar” no âmbito das relações sócio-raciais brasileiras.
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This paper addresses issues regarding my translation of selected poems by Harryette Mullen, a rising African-American contemporary poet, whose dense poetry works on the black oral tradition, the experimentalism of writing, the (African-American) pop music, in addition to delving into issues such as the representation of (black) female sexuality. One of the complex aspects of her poetry is the notion of miscegenation, conceived as an aesthetic argument and as a constitutive condition of the identity of multiracial Americans. This concept establishes a textuality that questions the accessible intelligibility generally expected from black American poetry, insofar as a mosaic of dissonant voices are brought to light in her text, which makes it difficult to categorize. In Brazil, especially among politically engaged Afro-Brazilians, there has been criticism towards the praise of miscegenation, since the latter has been considered to support of the myth of racial democracy. Building on these aspects, we investigate the extent to which it is a challenge to translate her poetry – based on miscegenation and hybridity as aesthetic constructs – especially when taking into account the discursive locus of readers identified with an Afro-Brazilian aesthetic, particularly critical of miscegenation. From the point of view of translation, we evaluate the extent to which her poetry could be read by the predominant cultural discourse in Brazil, inclined to favor miscegenation as an integral concept of national identity, as a seductively experimental poetry. In view of this, one wonders whether this perspective makes hers poetry “less black” for Afro-Brazilian literary standards.
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Este artigo, elaborado à convite do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pretende realizar uma problematização das categorias de classificação, na área temática da cor ou raça, mobilizadas e resultantes da Pesquisa das Características Étnico-raciais da População (PCERP/2008). Para satisfazer esta proposta, refletiu-se em diálogo com a literatura especializada a respeito das relações entre as categorias de cor ou raça, adotadas pela PCERP/2008, e aquelas apresentadas, espontaneamente, pelo público pesquisado destacando, de forma comparativa, os resultados dos procedimentos de autoclassificação (aberta e fechada) e de heteroclassificação. Em seguida, analisaram-se as dimensões mais frequentes, selecionadas pelos entrevistados, seja para a definição de sua autoidentificação seja para a identificação das pessoas em geral. Com estas abordagens, concluiu-se que as definições de cor ou raça, presentes na PCERP/2008, apresentaram mudanças e continuidades, as quais dialogaram, diretamente, com os métodos de classificação e com a terminologia oficial adotada para induzir e para traduzir o complexo processo de construção de identidades étnico-raciais, individuais e coletivas, no Brasil.
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As Ciências Sociais foram constituídas no bojo do processo de conquista colonial da Europa sobre a África no século XIX, isto fez com que muitas reflexões, conceitos, teorias, metodologias fossem inspiradas neste contexto social que vinculou homens de diferentes realidades históricas de maneira antagônica. Este artigo faz uma abordagem analítica e interpretativa deste período de nascedouro das Ciências Sociais e da literatura oitocentista sobre a África e os africanos.
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This article aims to reflect on the contribution of oral history in studies involving memory and identity of ethnic groups. Problematic issues here are part of the result of two recently completed researches, which consisted of reconstructing the memory of Afro-Brazilians from the methodology of oral history. These surveys were intended to transpose, into written language, memories transmitted by oral tradition and which was confined to family circles. The first was to investigate the process of identification and transmission of knowledge from a black cultural practice in the countryside of São Paulo (Piracicaba, Capivari, and Tietê), the Batuque of Umbigada, and the second to reconstruct the stories and culture of Afro-Brazilians in the city of Itu, São Paulo.