915 resultados para concepções de natureza


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Este estudo propõe uma análise das iconografias urbanas de Belém, produzidas no decorrer do século XIX e início do XX. A tese tem por objetivo, então, analisar a representação da natureza em Belém, especificamente nos anos de 1808 a 1908. O compromisso inicial desse estudo se concentrou em pesquisar os diversos tipos de iconografias sobre Belém no decorrer dos Oitocentos. As questões que se procurou evidenciar tratam sobre a forma como os viajantes apreenderam a cidade, em sua passagem por Belém, tanto sob o ponto de vista narrativo quanto o visual, até os anos de 1890. A partir de então, também identificar como os governantes promoveram a cidade para além da região Amazônica. Observa-se que a natureza brasileira passou a ser representada, a partir do século XIX, por meio de linguagem escrita e iconográfica, isto graças à influência do cientificismo e da sensibilidade artística romântica, que perpassaram pelo conhecimento do país. A sensibilidade romântica realizou a aproximação entre ciência e estética ao apreender e representar a natureza, numa visão totalizante, inaugurando uma nova concepção de paisagem e a tentativa de “inventar” e visualizar uma natureza urbana, a qual é tema principal desse estudo; representa o fenômeno da urbanização que foi registrado, especialmente, por meio da fotografia. Nesse tipo de fotografias, a natureza aparece domesticada, adaptada ao desenho urbano, sua forma artificiosa e geométrica é valorizada. A fotografia urbana do final do século XIX reintroduz o “belo ideal” nas imagens da natureza ordenada segundo o modelo dos jardins franceses, ingleses e italianos. Parto do pressuposto de que a contemplação da natureza é adaptada para a realidade da região Amazônica, embora estivessem presentes modelos provenientes da Europa, mas encontram as suas especificidades a partir de uma natureza exuberante da Amazônia A percepção de natureza na Amazônia da segunda metade do século XIX e a influência de novas formas de conceber a natureza foram projetadas para as cidades na reformulação dos espaços para constituir a área verde, especialmente de Belém. Pensar historicamente a representação da natureza é refletir sobre a sua apropriação pela ação humana ao mesmo tempo em que diferentes indivíduos e grupos sociais circularam e deixaram suas marcas específicas nos lugares construídos a partir de uma natureza domesticada na paisagem urbana.

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A percepção de Alfred Russel Wallace sobre a região amazônica, a qual percorreu entre 1848 e 1852, além de ser informada por seus conhecimentos sistemáticos, inclui juízos éticos e estéticos, como era comum entre os naturalistas. Os nativos da região seriam, para ele, pacíficos e hospitaleiros, mas também receptivos aos vícios da civilização. A natureza seria privilegiada, tanto para a atividade de história natural como para o prazer estético. Foram essas características que contribuíram para a permanência do naturalista na região e, portanto, para a realização de suas atividades científicas.

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O presente artigo trata das concepções que regem e fundamentam as pesquisas que vêm sendo realizadas acerca do tema alfabetização no Brasil. Essas concepções são analisadas por meio de algumas produções acadêmicas, estudos publicados e documentos que mapeiam dados estatísticos (IBGE) referentes ao tema, abrangendo, sobretudo, as décadas de 80 e 90. O artigo demonstra que analisando as concepções que regem e fundamentam as pesquisas educacionais e as práticas pedagógicas pode-se compreender e explicitar, em última análise, o próprio significado de alfabetização, o qual encontra-se vinculado ao contexto histórico, social, econômico e político.

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A partir de uma definição operacional do gênero, analisa-se o gênero do nome (N), dos modificadores do N (determinante e adjetivo) e dos pronomes (Pron.) No curso dessa análise demonstra-se que o gênero em português é a rigor uma variável sintática determinada pelo valor semântico substantivo (classificador substantivo) do sintagma nominal (SN) ou do nome (N). Ao final, conclui-se que o gênero específico (MASC/FEM) tanto pode ser motivado pela referência atual do SN (matriz gramatical) quanto pela referência virtual do N (matriz lexical).

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A necessidade de questionar o “conceito essencial da educação” e de assumiruma postura crítica em face das “concepções usualmente presentes a respeitodos fins da educação” motivou o desenvolvimento desta investigação. Nossaintenção é contribuir para uma reflexão sobre os fundamentos da razão e daspráticas educativas de maneira geral e da educação ambiental em especial.Assim, entendemos como significativo investigar as concepções de educação eeducação ambiental presentes nos trabalhos de pesquisa e nos ensaios críticosapresentados no I Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental (julho/2001).As questões que orientaram esta investigação podem ser assim sistematizadas:que concepções de educação e educação ambiental podem ser identificadas nostrabalhos apresentados no I EPEA? Que elementos ou indícios podem serevidenciados nos textos que permitem a identificação de tais concepções?Tanto a coleta de dados como a análise destes foram realizadas a partir dospressupostos da “análise de conteúdo”, privilegiando o desenvolvimento deanálises temáticas. A dimensão política do processo educativo,consubstanciada a partir das perspectivas de transformação social e daconstrução do ideal de cidadania, destaca-se nos textos analisados. Aconcretização de tal perspectiva, segundo os textos, deve considerar nasjustificativas, objetivos, diretrizes e/ou princípios o processo de participação, ainterdisciplinaridade, o desenvolvimento de valores, as relações local-global-local,o potencial de conflitos socioambientais, entre outros. Considerando o risco dapresença de concepções nos textos de pesquisas em educação ambiental que seaproximam de uma perspectiva “tradicional” ou “tecnicista”, associadas, às vezes, a um processo de instrumentalização da educação ambiental, assumindo, assim,uma perspectiva pragmática, entendemos ser necessário a busca da perspectivahumanizadora da educação.

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Este artigo analisa alguns ensaios de Eisenstein escritos entre 1945 e 1947, que se encontram na antologia francesa intitulada La non-indifférente nature, de 1976. Fio condutor dos escritos é uma indagação sobre a natureza orgânica da obra de arte, encontrada nas mais variadas manifestações artísticas: em cinema, teatro, literatura, pintura, arquitetura, música. A “organicidade” das obras artísticas decorria do fato de elas serem construídas conforme os elementos estruturais do fenômeno representado: a ligação entre realidade e obra não consistiria numa reprodução de conteúdos, mas na recriação, em todos os níveis formais da obra, da lei dialética que rege a realidade. This paper analyses some essays by Eisenstein written between 1945 and 1947, included in a French anthology of 1976 entiled La non-différente in nature. The guideline of such writings is a quest for the “organic nature” of the work of art, found in the most varied artistic manifestations: cinema, drama, literature, painting, architecture, music. The “organicity” of works of art derived from the that they were built according to the structural elements of the phenomenon represented: the connection between reality and work would not consist of a duplication of contents, but in the recreation, in all the formal levels of the work, of the dialectic law which rules reality.