668 resultados para Cancro do pescoço
Resumo:
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
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"Supported in part by the Department of Computer Science, University of Illinois, Urbana, Illinois, and in part by the Advanced Research Projects Agency as administered by the Rome Air Development Center under Contract no. US AF 30 (602) 4144."
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O objetivo deste estudo foi comparar a atividade muscular dos músculos da face e pescoço nas maloclusões Classe I e II de Angle, segundo o sexo. A amostra constou de 36 indivíduos, sendo 22 indivíduos com maloclusão classe I com média de idade de 22,4 anos e 14 indivíduos com maloclusão Classe II com média de idade de 22,8 anos. Os registros foram realizados por um eletromiógrafo de superfície, sendo analisada a atividade dos músculos masseter, temporal feixe anterior, esternocleidomastoídeo e digástrico ventre anterior dos lados direito e esquerdo durante a mastigação dos alimentos uva passa, bolacha água e sal e goma de mascar-PLOC. Após análise estatística descritiva e análise de variância os resultados mostraram que houve diferença estatisticamente significante apenas para os músculos: masseter direito durante a mastigação de uva passa quando comparadas as maloclusões de Classe I e II no sexo masculino; para o músculo digástrico direito quando comparado sexo e as maloclusões Classe I e II durante a mastigação dos três alimentos. Por fim, para o músculo digástrico esquerdo durante a mastigação de uva passa também encontramos diferença estatisticamente significante entre os sexos para as maloclusões Classe I e II. Nossos resultados sugerem que dependendo da consistência do alimento o tipo de maloclusão e sexo podem influenciar na atividade muscular durante a função da mastigação.(AU)
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Introdução: a avaliação da pressão inspiratória nasal (SNIP) é considerada uma manobra complementar da Pressão Inspiratória Máxima estática (PImax) em várias condições clínicas, porém não há relatos na obesidade. Por outro lado, a obesidade tem um importante impacto nos músculos respiratórios especialmente com maiores gordura abdominal o que provavelmente pode ser detectado na avaliação da SNIP que mensura mais precisamente a pressão diafragmática. Objetivo: analisar em obesos a relação entre SNIP e variáveis respiratórias e marcadores de adiposidade. Material e Método: num estudo transversal um total de 92 obesos (38.3±10.2 anos) sem história de doença respiratória ou cardíaca diagnosticada. Foram avaliados na espirometria (capacidade vital forçada-CVF; volume expiratório forçado no primeiro segundo-VEF1; volume de reserva expiratório-VRE) e pressões respiratórias estática (PImax, PEmax e SNIP) e dinâmica (ventilação voluntária máxima-VVM). Sendo considerados os marcadores de adiposidade: índice de adiposidade corporal-IAC; índice de massa corporal-IMC e circunferências do quadril (CQ), cintura (CC) e pescoço (CP). Resultados: 65 obesos mórbidos (IMC=50.8±8.1Kg/m2) e 27 obesos não mórbidos (IMC=35.6±2.7Kg/m2) foram homogêneos (p>0.05) na SNIP (99.1±24.5cmH2O, 87% do predito) e PImax (107.3±26.4cmH2O, 109% do predito). Existe correlação (r=0.5) entre SNIP e PImax somente no grupo de obesos mórbidos. De acordo com as correlações houve associação entre variáveis respiratórias (CVF r=0.48; VEF1 r=0.54; e VVM r=0.54), valores antropométricos (idade r=-0.44) e SNIP somente para os obesos mórbidos. Esses achados foram certificados quando também comparados a quantidade de gordura ao redor do pescoço (CP≥43cm). O modelo de regressão linear stepwise mostrou que a VVM parece ser o melhor preditor para explicar a SNIP nos obesos mórbidos. Nestes obesos a SNIP foi levemente mais baixa (87%predito) que os valores esperados para indivíduos brasileiros saudáveis. Conclusão: em obesos mórbidos a SNIP é moderadamente relacionada a PImax. A SNIP parece ser mais relacionada a VVM que à marcadores de adiposidade.
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The peripheral giant cell lesion ( PG CL ) and the central giant cell lesion ( CGC L) are lesions histologically similar affecting the head and neck region . The study aimed to analyze the immunohistochemical expression of markers GLUT - 1 , GLUT - 3 and M - CSF in a series of cases of PGCL and CGCL , in trying to understand the different biological behavior of these pathologies . The sample consisted of 20 tissue specimens of PGCL 20 central lesion of not aggressive giant cell ( CLNAGC) and 20 central lesi on of aggressive giant cell ( CLAGC), coming from the Pathology Unit of Oral Pathology of the Department of Dentistry of UFRN . W as performed the s emi - quantitative and qualitative analysis of immunohistochemical expression of the markers in giant cells and m ononuclear cells . In relation to the GLUT - 1, it was found a statistically significant difference (p < 0.05) in the number of mononuclear cells immunomarked between the PGCL and the CLNAGC and between the PGCL and CLAGC . Regarding the intensity of staining w as also observed a statistically significant difference both at the mononuclear cells as in giant cells between PL and CLNAGC and between PGCL and CLAGC , at the giant cells there was also a statistically significant difference between the CLNAGC and CLAGC . In relation to GLUT - 3 , was found a statistically significant difference between PGCL and CLAGC and between CLAGC and CLNAGC in amount of mononuclear cells immunomarked . Regarding the intensity of labeling for such protein was found a statistically signifi cant difference at the giant cells between PL and CLAGC . To the M - CSF was observed only a statistically significant difference in the intensity of labeling at the mononuclear cells between PGCL and CLNAGC and between PGCL and CLAGC . Based on these results, we can conclude the participation of GLUT - 1, GLUT - 3 and M - CSF in the pathogenesis of the lesions studied. The bigger immunostaining of these proteins in mononuclear cells show that these cells perform a higher metabolic activity and osteoclastogenic, espe cially in CLAGC . It was found that the mononuclear cells were more related to the pathogenesis of the studied lesions than properly the giant s cell s.
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Introduction: Obesity shows changes in pulmonary function and respiratory mechanics, however, little is known regarding the prevalence of worsening respiratory function when considering the increase in central or peripheral adiposity or general obesity. Objectives: To analyze the association between anthropometric adiposity and decreased lung function in obese. Materials and Methods: Patients eligible for this study obese individuals (IMC≥30kg/m2) in pre-bariatric surgery and referred for Treatment Clinic of Obesity and Related Diseases, located at the University Hospital Onofre Lopes (HUOL), from October 2005 and July 2014. The evaluation included clinical information and measurement of anthropometric measures (body mass index (BMI), body fat index (BFI) and waist circumference (WC) and neck (NC)) and spirometric. The prevalence and analysis by Poisson regression was performed considering the following outcome variables: forced vital capacity (FVC), forced expiratory volume in one second (FEV1) and Maximum Voluntary Ventilation (MVV) and as predictor variables were considered: BMI, IAC, WC and NC and as control variables: age, gender, smoking history and comorbidities (diabetes mellitus, dyslipidemia and hypertension). Statistical analysis was performed using Statistical Package for Social Sciences software (SPSS - version 20.0). Results: We analyzed 384 individuals, 75% women, mean BMI: 46.6 (± 8.7) kg/m2, IAC: 49.26 (± 9.48)%, WC: 130.84 (± 16.23) cm and NC: 42.3 (± 4.6) cm. The higher prevalence of FVC and FEV1 <80% was observed in individuals with NC above 42 cm, followed those with a BMI above 45 kg/m2. Multivariate analysis using Poisson regression showed as risk factors associated with FVC <80%, the variables: NC above 42 cm (odds ratio (OR) 2.41) and BMI over 45Kg/m2 (OR 1.71 ). As for FEV1 <80% predicted, all predictor variables were associated, with the largest odds presented by the NC (3.40). MVVV was not associated with any studied varaible. Conclusion: Individuals with NC above 42 cm had higher prevalence of reduced lung function and the NC was the measure with the highest association with reduced lung function in obese.
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Toneladas de pescado são desperdiçadas diariamente aquando do processamento do peixe e o hambúrguer de pata-roxa foi desenvolvido para reaproveitar esse pescado subvalorizado e para ser uma fonte nutricional rica em antioxidantes. No presente trabalho, pretendeu-se comprovar o potencial antioxidante antes e após o tratamento térmico do hambúrguer de pata-roxa, e o potencial citotóxico e antiproliferativo sobre um modelo celular do cancro da mama (MCF-7). Foi também observada a estabilidade do hambúrguer de pata-roxa embalado a vácuo e refrigerado. A extração dos compostos fitoquímicos foi realizada com solventes de polaridade distinta (água, metanol e diclorometano) e com diferentes durações do processo (12h e 24h). O tratamento térmico aplicado foi vinte minutos a 180ºC. O potencial antioxidante foi avaliado pela capacidade de redução do radical livre 1,1-difenil-2-picrilhidrazil (DPPH) e pela capacidade de redução de radicais de oxigénio (ORAC), e através da quantificação total de polifenóis (QTP) pelo método de Folin-Ciocalteu (FC). O potencial citotóxico e antiproliferativo foi avaliado na linha celular MCF-7, cujos resultados foram revelados por ensaios espectrofotométricos (método do brometo de 3- (4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT)) e fluorimétricos (método de acetoxi-metil éster de calceína (calceína-AM)). A estabilidade do hambúrguer de pataroxa em vácuo e refrigerado foi avaliada através do estudo microbiológico com metodologias de referência (contagens de “totais” e produtores de sulfureto de hidrogénio (H2S) aeróbios e anaeróbios, esporos de Clostridium sulfitos-redutores, enterobactérias, Escherichia coli e pesquisa de Salmonella spp.), da determinação do índice de ácido tiobarbitúrico (TBA) e da avaliação da cor do hambúrguer pelo sistema CIE-L*a*b*. Os ensaios de DPPH e ORAC comprovaram a atividade antioxidante do extrato de hambúrguer de pata-roxa (metanol, 12h) com 79,5% de redução do DPPH e 8603,01μmol ET/100g para amostras sem tratamento térmico, e 87,4% de redução do DPPH e 2567,27μmol ET/100g para amostras com tratamento térmico. Quanto ao conteúdo fenólico, os extratos (metanol, 12h) revelaram 17,13mg EAG/100g do hambúrguer cru e 31,81mg EAG/100g do hambúrguer cozinhado. A extração de 24 horas não aumentou a quantidade de compostos fitoquímicos presentes no extrato. O hambúrguer apenas revelou ainda um potencial citotóxico in vitro relevante na linha celular MCF-7 (1mg/mL, 24h).Apesar do abuso observado na temperatura de armazenamento em refrigeração (temperatura média de 10,3ºC), o hambúrguer de pata-roxa cru, quando submetido ao embalamento a vácuo, apresentou um aumento no período de vida útil de prateleira de 4 dias relativamente à pata-roxa. Foi detetada a presença de esporos de Clostridium sulfito-redutores e 1,0x101ufc E. coli por 1g de hambúrguer de pata-roxa. Não foi detetada a presença de Salmonella spp. O índice de TBA manteve-se estável, mas o hambúrguer de pata-roxa sofreu uma perda na vivacidade (Cab) e na tonalidade (hab) da cor ao fim de 6 dias em refrigeração. É necessário continuar o estudo para melhorar o novo produto alimentar funcional, mas o presente trabalho permitiu concluir que o hambúrguer de pata-roxa reúne as condições para ter um elevado potencial antioxidante, apresentar maior estabilidade em armazenamento e, em simultâneo, constituir uma solução para o desperdício de pescado.
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O cancro é um problema de saúde crescente no mundo e é a segunda causa de morte depois das doenças cardíacas. De acordo com a Agência Internacional de Investigação em Cancro (IARC) existem atualmente mais de 10 milhões de casos de cancro por ano no mundo. Os produtos naturais oferecem oportunidades de inovação na descoberta de novos fármacos. Neste sentido, os compostos naturais isolados a partir de plantas medicinais, como potenciais fontes de novas drogas anticancerígenas, têm tido um interesse crescente. Os Óleos Essenciais (OEs) são sintetizados pelas plantas e têm sido estudados pelas suas inúmeras atividades biológicas, incluindo anticancerígena, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiviral, antioxidante e repelente de insetos. Este estudo tem como objetivos determinar a eficácia de OEs de seis espécies de plantas das dunas de Peniche (Portugal), como potenciais agentes terapêuticos anticancerígenos em linhas celulares de cancro da mama (MCF7) e do colo-rectal (RKO), assim como perceber o mecanismo de ação destes OEs. Neste estudo, partes aéreas de Artemisia campestris subsp. maritima, Crithmum maritimum, Eryngium maritimum, Juniperus turbinata subsp. turbinata, Otanthus maritimus e Seseli tortuosum foram colhidas na praia da Consolação, em Peniche (Portugal), e os seus OEs isolados através de hidrodestilação. A composição química dos OEs foi investigada por cromatografia gasosa (GC) e por cromatografia gasosa com espetrofotometria de massa (GC-MS) e os compostos maioritários foram descritos para cada óleo. Para avaliar a atividade anticancerígena nas linhas celulares MCF7 e RKO, o método MTS (3- (4, 5-dimethyl- 2 -thiazolyl) - 2, 5-dyphenyl-2H-tetrazolium bromide) foi usado e a viabilidade celular avaliada, através de diluições sucessivas, a concentrações iniciais de 5 μL/mL e 1 μL/mL, com diluição de 1:2 e 1:10, respetivamente, comparando com o controlo (DMSO). De todos os OEs testados, a atividade anticancerígena foi descrita, em ambas as linhas celulares, como observado pela diminuição da viabilidade/proliferação celular – exceto o OE Eryngium maritimum a uma concentração inicial de 5 μL/mL.Com o objetivo de avaliar o mecanismo biológico de ação dos OEs, foi realizado um western blot para marcadores relativos ao bloqueio do ciclo celular e apoptose (p53, p21 e caspase 3 clivada), para Seseli tortuosum e Otanthus maritimus. Foi observado um aumento do nível proteína p53 nas células tratadas com estes OEs, sugerindo a indução de stress celular nas células cancerígenas testadas. No entanto, não foi observada caspase 3 clivada, sugerindo que a apoptose não terá sido a causa para a diminuição da viabilidade/proliferação celular observada. Foi ainda observado o aumento da expressão da p21 com os OEs selecionados, sugerindo que o tratamento com OE está associado ao bloqueio do ciclo celular. Para validar estas observações, a análise realizada por FACS, depois do tratamento indica um possível bloqueio do ciclo celular na fase G1. Concluindo, a concentração inicial de 5 μL/mL revelou ser muito tóxica para as linhas celulares testadas. No entanto, a uma concentração final de 1 μL/mL foi demonstrada uma diminuição da viabilidade/proliferação celular para todos os OEs. No estudo preliminar do mecanismo de ação dos OEs, foi demonstrado, face à presença da p21, que os óleos de Seseli tortuosum e Otanthus maritimus atuam bloqueando o ciclo celular. Para comprovar estes resultados, o FACS realizado (apenas no OE de Seseli tortuosum) revelou que este bloqueio pode ocorrer, pelo aumento da percentagem de células observadas, na fase G1. Estes resultados demonstram o interesse destes OEs de Peniche na procura de novos agentes quimo preventivos contra a progressão do cancro da mama e colo-rectal.
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Objetivos: A presente investigação tem como principais objetivos a avaliação da perceção da dor crónica oncológica por parte de doentes e seus familiares, bem como a análise da relação entre a dor crónica percebida e as estratégias de adaptação que as famílias usam para responder à situação de doença e à dor. Metodologia: Este é um estudo descritivo e correlacional, de análise univariada. Na recolha dos dados, utilizámos o Family Crisis Oriented Personal Evaluyation Scales (FCOPES) para verificar a resposta familiar a momentos de crise, o Social Support Questionnaire - Short Form (SSQ6) para avaliar o suporte social percebido e, por fim, a Escala Visual Analógica (Eva) para determinar a dor percebida pelo doente e pela família. Participantes: A amostra é constituída por 32 familiares de doentes com diagnóstico de cancro acompanhados na Consulta da Dor do IPOCFG, EPE. Os familiares da nossa amostra têm em média de 57 anos de idade, 53,1% são do sexo feminino e é composta por 65,6% de cônjuges. Desta amostra, 28 (87,5%) dos familiares assumem o papel de cuidadores principais e 21 (65,6%) habitam o mesmo lar. Resultados: Verificou-se que as famílias possuem uma resposta familiar a momentos de crise na família e um alto nível de perceção das estratégias de coping. Concluiu-se, ainda, que os familiares estão satisfeitos com o suporte social (M=30,84) que lhes é proporcionado. Relativamente à perceção de dor, os resultados sugerem que os familiares cuidadores pontuam valores mais elevados. Conclusões: A investigação revela que os familiares usam estratégias de coping, não sendo estas influenciadas pelo sexo, idade, cuidador, agregado familiar e classificação de dor. Quanto à perceção da dor fica claro que os familiares compreendem e vivenciam a experiência da dor de uma forma muito semelhante à do próprio doente, registando os homens níveis mais elevados de dor percebida quando comparados com os familiares do género feminino. No entanto, foi possível perceber que o acompanhamento psicológico deveria ser um aditivo importante e parte integrante do tratamento, visto que pode proporcionar ao doente uma melhor qualidade de vida e aos seus familiares.
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O consumo de frutas e vegetais tem sido associado à prevenção de várias doenças crónicas, nomeadamente doenças cardiovasculares, diabetes, cancro e outras que envolvam processos inflamatórios. As bagas destacam-se pelo seu elevado conteúdo em polifenóis, cujas propriedades antioxidantes contribuem para a manutenção da saúde humana. O presente trabalho teve como alvo de estudo as diferentes partes morfológicas (bagas e folhas) de espécies produtoras de bagas, nomeadamente Elaeagnus umbellata, a Rubus grandofolius, a Sambucus lancolata, a Vaccinium padifolium e a Vaccinium cylindraceum, tendo em vista a sua valorização como produtos alimentares e/ou nutracêuticos. A caracterização físico-química destas espécies permitiu determinar que o teor total de sólidos solúveis (TSS) das bagas varia de 4,4 a 16,5 °Brix. As bagas demonstraram ser a parte morfológica com teor de humidade mais elevado. A análise do perfil fenólico por HPLC-DAD-ESI/MSn, no modo negativo, dos extractos metanólicos mostrou que as folhas apresentam maior conteúdo de compostos fenólicos, comparativamente às bagas. Os ácidos hidroxicinâmicos (derivados dos ácidos cafeicos, cumárico e ferúlico), os ácidos cafeoilquínicos, bem como os flavonóis-O-glicosilados (derivados da quercetina e canferol) predominam nestas espécies. A análise pelo modo positivo permitiu a identificação de antocianinas glicosiladas (delfinidina, cianidina, petunidina, peonidina e malvidina) nas bagas e folhas jovens da espécie Vaccinium padifolium. Os ensaios in vitro de simulação da digestão gastrointestinal permitiram compreender a sua influência na actividade antioxidante dos extractos. Após a digestão, as folhas continuam a apresentar maior capacidade antioxidante do que as bagas. Adicionalmente, concluiu-se que as enzimas presentes neste processo têm menor influência do que o pH e a força iónica dos sucos digestivos. O estudo do efeito inibitório in vitro dos extractos sobre a actividade de enzimas responsáveis pelo metabolismo dos hidratos de carbono permitiu determinar que os viii Joana Pinto (2016) extractos foram mais eficientes na inibição da actividade da α-glucosidase do que na inibição da actividade da α-amilase.
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O osteossarcoma ou sarcoma osteogénico (OS) é o tumor maligno primário mais comum de origem óssea que ocorre em crianças e adultos jovens. Este tumor surge a partir de células mesenquimais e é histologicamente caracterizado pela presença de células fusiformes e formação aberrante de osteóide. A incidência desta neoplasia apresenta uma distribuição bimodal, com um primeiro pico na adolescência e um segundo pico a ocorrer entre a 6ª e a 7ª década de vida. A maioria dos pacientes apresenta doença localizada à data do diagnóstico, e destes, aproximadamente 15 a 20% apresentam metástases detectáveis, em especial, pulmonares. A abordagem terapêutica ao OS engloba quimioterapia pré-operatória (neoadjuvante) seguida de ressecção cirúrgica do tumor primário e de todas as metástases visíveis e de quimioterapia pós-operatória (adjuvante). Historicamente, muitos agentes foram testados e usados no tratamento do OS, mas desde os anos 90 até à actualidade, o esquema de tratamento baseia-se na utilização de três agentes: Metotrexato (MTX), Doxorrubicina (A) e Ciclofosfamida (P), podendo ou não ser incluído um 4º agente, a Ifosfamida (I) ou o Ectopósido (E). Para surtir efeito, o MTX é administrado em alta dose, habitualmente de 12g/m2, podendo ir até 20g/m2, apresentando vários efeitos adversos. Como tal, outros agentes quimioterápicos têm sido testados, assim como outros tipos de tratamento e alvos, com o intuito de melhorar a performance e a sobrevida sem recorrência. A identificação de biomarcadores que permitam o diagnóstico, prognóstico e monitorização da terapia tem sido outra das principais linhas de investigação relacionadas com o OS. O objetivo deste trabalho centra-se na revisão da importância do tratamento neoadjuvante enquanto fator prognóstico do OS, e da monitorização laboratorial na utilização do MTX por forma a evitar efeitos secundários.
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O osteossarcoma ou sarcoma osteogénico (OS) é o tumor maligno primário mais comum de origem óssea que ocorre em crianças e adultos jovens. Este tumor surge a partir de células mesenquimais e é histologicamente caracterizado pela presença de células fusiformes e formação aberrante de osteóide. A incidência desta neoplasia apresenta uma distribuição bimodal, com um primeiro pico na adolescência e um segundo pico a ocorrer entre a 6ª e a 7ª década de vida. A maioria dos pacientes apresenta doença localizada à data do diagnóstico, e destes, aproximadamente 15 a 20% apresentam metástases detectáveis, em especial, pulmonares. A abordagem terapêutica ao OS engloba quimioterapia pré-operatória (neoadjuvante) seguida de ressecção cirúrgica do tumor primário e de todas as metástases visíveis e de quimioterapia pós-operatória (adjuvante). Historicamente, muitos agentes foram testados e usados no tratamento do OS, mas desde os anos 90 até à actualidade, o esquema de tratamento baseia-se na utilização de três agentes: Metotrexato (MTX), Doxorrubicina (A) e Ciclofosfamida (P), podendo ou não ser incluído um 4º agente, a Ifosfamida (I) ou o Ectopósido (E). Para surtir efeito, o MTX é administrado em alta dose, habitualmente de 12g/m2, podendo ir até 20g/m2, apresentando vários efeitos adversos. Como tal, outros agentes quimioterápicos têm sido testados, assim como outros tipos de tratamento e alvos, com o intuito de melhorar a performance e a sobrevida sem recorrência. A identificação de biomarcadores que permitam o diagnóstico, prognóstico e monitorização da terapia tem sido outra das principais linhas de investigação relacionadas com o OS. O objetivo deste trabalho centra-se na revisão da importância do tratamento neoadjuvante enquanto fator prognóstico do OS, e da monitorização laboratorial na utilização do MTX por forma a evitar efeitos secundários.
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O cancro é um dos maiores causadores globais de mortalidade e morbilidade, ocorrendo cerca de 14 milhões de novos casos por ano e 8,2 milhões de mortes anuais com esta patologia, números que tendem a aumentar 70% nas próximas duas décadas. A característica tumoral mais nefasta é a sua capacidade de metastização para outros órgãos, um mecanismo que pode ser despoletado pela falha dos mecanismos normais de controlo de crescimento, proliferação e reparação celulares, que facilita o processo de transformação de células normais em células cancerígenas. A oncogénese processa-se em três etapas, a iniciação, a promoção e a progressão e pode ter origem em células estaminais cancerígenas, que regulam as capacidades de propagação e recidiva do tumor. As neoplasias hematológicas resultam de alterações genéticas e /ou epigenéticas que conduzem à desregulação da proliferação, ao bloqueio da diferenciação e/ou à resitência à apoptose. Para além dos fatores de risco exógenos, como agentes carcinogénicos físicos, químicos e biológicos, existem também fatores endógenos, incluindo características genéticas, que podem alterar a predisposição para o aparecimento de neoplasias, bem como influenciar a resposta à terapêutica. Uma das terapêuticas aplicadas no tratamento do cancro é a quimioterapia. Os fármacos administrados a doentes oncológicos seguem normalmente o percurso de absorção, distribuição, metabolização e eliminação. Este curso pode sofrer alterações caso as proteínas transportadoras e metabolizadoras necessárias não atuem corretamente. Para um melhor conhecimento da influência das alterações provocadas por variações nos genes que codificam proteínas transportadoras de efluxo (MDR1, MRP1), proteínas de influxo (OCTN2) e proteínas metabolizadoras (UCK2), o objetivo deste trabalho consistiu na avaliação de polimorfismos nos genes MDR1, MRP1, OCTN2 e UCK2 e da sua relação com a predisposição para o desenvolvimento de neoplasias hematológicas. Para isto, foram utilizadas amostras de 307 doentes com neoplasias hematológicas, 83 de Síndrome Mielodisplásica (SMD), 63 Leucemia Mieloide Aguda (LMA), 16 de Síndrome Mielodisplásica/Neoplasias Mieloproliferativas (SMD/NMP), 77 de Mieloma Múltiplo (MM) e 68 de Gamapatia Monoclonal de Significado Indeterminado (MGUS) e 164 de controlos não neoplásicos e/ou indivíduos saudáveis. As amostras de ADN foram extraídas do sangue periférico com protocolo adequado. De forma a determinar os genótipos correspondentes a cada amostra, realizaram-se técnicas de RFLP-PCR e ARMS-PCR. Posteriormente, calcularam-se estatisticamente as frequências alélicas e genotípicas relativas às variantes polimórficas dos genes MDR1, MRP1, OCTN2 e UCK2 e verificou-se se estavam em Equilíbrio de Hardy-Weinberg. De seguida, avaliou-se a força de associação entre as formas polimórficas e o risco de desenvolvimento de neoplasias hematológicas, através do cálculo do risco relativo por análise de regressão logística. Avaliaram-se ainda os perfis genéticos e a possível relação com o desenvolvimento e progressão da neoplasia com recurso a regressão logística e análise de Kaplan-Meier. De um modo geral as frequências alélicas e genotípicas não se revelaram alteradas comparativamente ao esperado. A análise do odds ratio associado ao polimorfismo rs1045642 do gene MDR1 revelou que o genótipo CT pode constituir um fator de risco aumentado de 1,84x para o desenvolvimento de Gamapatias Monoclonais e 2,27x para o desenvolvimento de Mieloma Múltiplo. Por outro lado, a presença de genótipos portadores do alelo T têm um efeito protetor no desenvolvimento de MM (OR=0,41). O cálculo do risco associado ao polimorfismo rs4148330 do gene MRP1 revela que o genótipo AG é um fator protetor (OR=0,50) para o desenvolvimento de LMA, assim como o alelo G (OR=0,50). Além disso, verificámos que existe uma associação de risco de desenvolver neoplasia com o polimorfismo rs2185268 do gene UCK2. De facto, a presença dos genótipos CC e AC representam um fator de risco 4,59x aumentado para o desenvolvimento de SMD/NMP. O polimorfismo rs274561 do gene OCTN2 não apresenta relação com o risco relativo de desenvolvimento neoplásico. Da avaliação da influência dos polimorfismos em estudo na sobrevivência global dos doentes, podemos assumir que a presença do genótipo GG relativo ao polimorfismo rs2185268 do gene UCK2 representa uma diminuição da sobrevivência em 11 meses. Os resultados obtidos a partir do nosso estudo permitem-nos concluir que os polimorfismos podem ser fatores relevantes na predisposição para o desenvolvimento de neoplasias hematológicas e na progressão destas doenças.
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The Mediterranean species Cynara cardunculus L. is recognized in the traditional medicine, for their hepatoprotective and choleretic effects. Biomass of C. cardunculus L. var. altilis (DC), or cultivated cardoon, may be explored not only for the production of energy and pulp fibers, but also for the extraction of bioactive compounds. The chemical characterization of extractable components, namely terpenic and phenolic compounds, may valorize the cultivated cardoon plantation, due to their antioxidant, antitumoral and antimicrobial activities. In this study, the chemical composition of lipophilic and phenolic fractions of C. cardunculus L. var. altilis (DC), cultivated in the south of Portugal (Baixo Alentejo region) was characterized in detail, intending the integral valorization of its biomass. The biological activity of cultivated cardoon extracts was evaluated in terms of antioxidant, human tumor cell antiproliferative and antibacterial effects. Gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS) was used for the chemical analysis of lipophilic compounds. Sixty-five lipophilic compounds were identified, from which 1 sesquiterpene lactone and 4 pentacyclic triterpenes were described, for the first time, as cultivated cardoon components, such as: deacylcynaropicrin, acetates of β- and α-amyrin, lupenyl acetate and ψ-taraxasteryl acetate. Sesquiterpene lactones were the major family of lipophilic components of leaves (≈94.5 g/kg), mostly represented by cynaropicrin (≈87.4 g/kg). Pentacyclic triterpenes were also detected, in considerably high contents, in the remaining parts of cultivated cardoon, especially in the florets (≈27.5 g/kg). Taraxasteryl acetate was the main pentacyclic triterpene (≈8.9 g/kg in florets). High pressure liquid chromatography-mass spectrometry (HPLC-MS) was utilized for the chemical analysis of phenolic compounds. Among the identified 28 phenolic compounds, eriodictyol hexoside was reported for the first time as C. cardunculus L. component, and 6 as cultivated cardoon components, namely 1,4-di-O-caffeoylquinic acid, naringenin 7-O-glucoside, naringenin rutinoside, naringenin, luteolin acetylhexoside and apigenin acetylhexoside. The highest content of the identified phenolic compounds was observed in the florets (≈12.6 g/kg). Stalks outer part contained the highest hydroxycinnamic acids abundance (≈10.3 g/kg), and florets presented the highest flavonoids content (≈10.3 g/kg). The antioxidant activity of phenolic fraction was examined through 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH) free radical scavenging assay. Stalks outer part, and receptacles and bracts extracts demonstrated the highest antioxidant effect on DPPH (IC50 of 34.35 μg/mL and 35.25 μg/mL, respectively). (cont.) abstract (cont.) The DPPH scavenging effect was linearly correlated with the total contents of hydroxycinnamic acids (r = -0.990). The in vitro antiproliferative activity of cultivated cardoon lipophilic and phenolic extracts was evaluated on a human tumor cells line of triple-negative breast cancer (MDA-MB-231), one of the most refractory human cancers to conventional therapeutics. After 48 h of exposition, leaves lipophilic extract showed higher inhibitory effect (IC50 = 10.39 μg/mL) than florets lipophilic extract (IC50 = 315.22 μg/mL), upon MDA-MB-231 cellular viability. Pure compound of cynaropicrin, representative of the main compound identified in leaves lipophilic extract, also prevented the cell proliferation of MDA-MB-231 (IC50 = 17.86 μM). MDA-MB-231 cells were much more resistant to the 48 h- treatment with phenolic extracts of stalks outer part (IC50 = 3341.20 μg/mL) and florets (IC50 > 4500 μg/mL), and also with the pure compound of 1,5-di-O-caffeoylquinic acid (IC50 = 1741.69 μM). MDA-MB-231 cells were exposed, for 48 h, to the respective IC50 concentrations of leaves lipophilic extract and pure compound of cynaropicrin, in order to understand their ability in modelling cellular responses, and consequently important potentially signaling pathways for the cellular viability decrease. Leaves lipophilic extract increased the caspase-3 enzymatic activity, contrarily to pure compound of cynaropicrin. Additionally, leaves lipophilic extract and pure compound of cynaropicrin caused G2 cell cycle arrest, possibly by upregulating the p21Waf1/Cip1 and the accumulation of phospho-Tyr15-CDK1 and cyclin B1. The inhibitory effects of leaves lipophilic extract and cynaropicrin pure compound, against the MDA-MB-231 cell proliferation, may also be related to the downregulation of phospho-Ser473-Akt. The antibacterial activity of cultivated cardoon lipophilic and phenolic extracts was assessed, for the first time, on two multidrug-resistant bacteria, such as the Gram-negative Pseudomonas aeruginosa PAO1 and the Gram-positive methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA), two of the main bacteria responsible for health care-associated infections. Accordingly, the minimum inhibitory concentrations (MIC) were determined. Lipophilic and phenolic extracts of florets did not have antibacterial activity on P. aeruginosa PAO1 and MRSA (MIC > 2048 μg/mL). Leaves lipophilic extract did not prevent the P. aeruginosa PAO1 growth, but pure compound of cynaropicrin was slightly active (MIC = 2048 μg/mL). Leaves lipophilic extract and pure compound of cynaropicrin blocked MRSA growth (MIC of 1024 and 256 μg/mL, respectively). The scientific knowledge revealed in this thesis, either by the chemical viewpoint, or by the biological viewpoint, contributes for the valorization of C. cardunculus L. var. altilis (DC) biomass. Cultivated cardoon has potential to be exploited as source of bioactive compounds, in conciliation with other valorization pathways, and Portuguese traditional cheeses manufacturing.
Resumo:
Aborda-se a biossegurança aplicada a radiologia dentária relativa à radiação ionizante e a exposição aos agentes biológicos, a que pacientes, grávidas / feto e profissionais são submetidos durante os procedimentos radiológicos. As diferentes doses de radiação emitidas, pelos equipamentos utilizados em radiologia oral, quer nos sistemas analógicos, como digitais. As diversas formas de propagação de micro-organismos, durante a obtenção de imagens radiográficas. As medidas de biossegurança, para prevenção desses riscos em radiologia dentária, através da radioprotecção e do controlo da infeção. A radiação ionizante pela sua elevada energia, é capaz de penetrar na matéria, ionizar os átomos, romper ligações químicas e causar danos nos tecidos biológicos. A exposição a doses elevadas de radiação ionizante pode ainda resultar, na destruição de células ou na indução de cancro. Atualmente a biossegurança em radiologia dentária, tem como principais objetivos, a redução da dose de radiação e evitar a infeção cruzada entre os diferentes agentes envolvidos.