Interações do tabagismo com a terapêutica farmacológica
Contribuinte(s) |
Costa, Isabel Margarida |
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Data(s) |
22/06/2016
22/06/2016
01/10/2013
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Resumo |
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz O cigarro é constituído por inúmeras substâncias, nomeadamente a nicotina, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, o alcatrão, o monóxido de carbono, a acetona, a amónia, o cádmio, o formaldeído entre outros. O tabagismo está intimamente relacionado com numerosas patologias, já amplamente estudadas, onde se incluem, entre diversas outras, o cancro do pulmão, outras patologias respiratórias e alterações vasculares. Devido ao grande consumo de tabaco, um dos problemas que o tabagismo pode desencadear é a possível interação com a medicação que os doentes fumadores fazem. Assim, revela-se importante analisar as possíveis interações entre as substâncias existentes no cigarro e a terapêutica medicamentosa, de forma a detetar e prevenir eventuais reações adversas ou alterações da eficácia farmacológica dos medicamentos. Estão descritas interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas entre o tabaco e fármacos como os antipsicóticos, as benzodiazepinas, os antihipertensores, os antiarrítmicos, a insulina e os opióides. As interações farmacocinéticas derivam maioritariamente da indução do metabolismo hepático por parte dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Por outro lado, a nicotina também poderá afetar o metabolismo hepático mas por inibição enzimática, ou interferir no processo de excreção de alguns fármacos. O monóxido de carbono e o cádmio presentes no cigarro poderão também interferir no metabolismo dos fármacos, porém existem poucos estudos sobre o impacto das suas ações sobre a terapêutica medicamentosa. As interações farmacodinâmicas estão descritas como resultantes de efeitos idênticos ou antagonistas entre a nicotina e fármacos como as benzodiazepinas, os bloqueadores beta-adrenérgicos, a cafeína, os opióides ou o ácido acetilsalicílico. As interações entre os fármacos e o tabaco devem, pois, ser tidas em consideração quando se estabelece uma terapêutica medicamentosa para prevenir uma diminuição da eficácia da terapêutica ou toxidade dos fármacos. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10400.26/14164 201183072 |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Citocromo P450 #Tabaco #Interações farmacocinéticas #Interações farmacodinâmicas |
Tipo |
masterThesis |