991 resultados para Argentine dictatorship
Resumo:
A presente dissertação enfoca as relações entre a literatura e a história, tendo por objetivo identificar e analisar os aspectos recorrentes em contos que ficcionalizam o relato da tortura ligada ao Regime Militar brasileiro de 1964. Para tanto, elegemos como corpus desta pesquisa os textos “Acudiram três cavaleiros”, de Marques Rabelo (1967); “O mar mais longe que vejo”, de Caio Fernando Abreu (1970); “Pedro Ramiro”, de Rodolfo Konder (1977); “O jardim das oliveiras”, de Nélida Piñon (1980); “Saindo de dentro do corpo”, de Flávio Moreira da Costa (1982); “O leite em pó da bondade humana”, de Haroldo Maranhão (1983); “Não passarás o Jordão”, de Luiz Fernando Emediato (1984); e “A mancha”, de Luis Fernando Veríssimo (2003). Tais narrativas apresentam como núcleo narrativo cenas de tortura relacionadas à ditadura civil-militar instalada no Brasil em 1964. Partimos da hipótese de que esses contos se apropriam de aspectos composicionais do testemunho verídico e os reelaboram esteticamente nos textos, muitas vezes, rompendo o que se teoriza sobre o testemunho verídico, na tentativa de se traduzir em palavras as aporias da rememoração do trauma provocado pela tortura. Para dar conta de tais proposições, elegeu-se como percurso a contextualização histórica realizada no primeiro capítulo, com o intuito de pontuar as relações existentes entre as produções e o contexto histórico. Em seguida, no capítulo dois, realizou-se a revisão do referencial teórico que baseia a pesquisa, centrando nas formulações propostas acerca da teoria do testemunho. Por fim, no terceiro capítulo, realizou-se a análise do corpus, com base em três aspectos recorrentes nas narrativas: a composição dos personagens, a organização da narrativa e a seleção vocabular. Para tal análise iremos nos pautar, principalmente, nas formulações de Seligmann-Silva (2003; 2008), Valeria de Marco (2004) e Elcio Loureiro Cornelsen (2011), acerca do testemunho de catástrofes históricas e da dimensão ficcional dessas produções; nas proposições de Maria Rita Kehl (2004) sobre o corpo torturado; e nas considerações de Sigmund Freud (1920), sobre trauma.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Pós-graduação em Letras - IBILCE
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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O presente artigo visa a qualificação do regime político vigente no Brasil entre 1964-1985. Para tanto, desenvolvo o resgate do conceito de ditadura, especialmente a partir da obra de Carl Schimitt, e busco aferir a sua adequação à análise do período militar.
Resumo:
A intenção deste artigo é fazer um estudo da maneira pela qual a memória sobre a ditadura civil-militar brasileira, especialmente a resistência política feminina, é reconstruída no filme “Que bom te ver viva”, dirigido por Lúcia Murat e lançado em 1989. Pautando-se por uma perspectiva que se baseia no cruzamento dos estudos de memória com o pensamento feminista, procura-se perceber o filme como manifestação da memória, verificando de que modo os paradoxos e tensões presentes articulam-se na narração da sobrevivência após um período traumático. Os estudos de gênero são pontos de apoio para observar de que forma as convenções de feminilidade são (re)construídas. Diante disso, notou-se a ênfase dada pelo filme às questões subjetivas que ficaram silenciadas nos anos de militância, caracterizadas principalmente nas discussões sobre violência e sexualidade – temas caros ao feminismo.
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Investiga-se em que medida Hilda Hilst, em Fluxo-floema, vale-se de um conjunto de procedimentos que colocam em cena tanto o sujeito-narrador quanto o próprio narrar, de maneira destoante do que predominantemente se fazia à época. Se no contexto ditatorial era tendência relacionar a literatura a uma “função compensatória”, o que a autora oferece em sua estreia na prosa mostra-se de modo ambivalente, já que não abdica desse prisma, porém o relaciona à frustração. No caso do texto “Osmo”, isso se dá à medida em que se instaura um descompasso entre o “narrar prometido” e o “narrar empreendido”, o que acaba por evidenciar tanto o texto como construção verbal encenada quanto a ambígua atitude do narrador-personagem diante da necessidade de verbalizar a sua história e de se aproximar de seus receptores. O postergamento da história prometida gera a frustração, que é alegoricamente abarcada como um procedimento de tessitura do texto hilstiano relacionado à ironia, à violência, ao fracasso, e que ilumina a condição paradoxal do narrar e da relação do/da artista com o mercado literário.
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Ao utilizar o cinema como fonte histórica, precisamos enfocar também aquilo que não é filme: o autor, a produção, o público, a crítica. Neste sentido este artigo analisa a repercussão do filme Lamarca (1994) no jornal Folha de S. Paulo. Encontramos questões como, por exemplo, a polícia militar de São Paulo fazendo um outro filme para contrapor a versão de Lamarca, a tentativa de busca e apreensão das cópias do filme com uma ação movida na justiça pelo general Nilton Cerqueira, o ressentimento de um guerrilheiro dentro de uma polêmica surgida a partir de artigo sobre o filme. Estes conflitos denunciam diferentes percepções sobre este período (ditadura militar) recente da nossa história.
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Um dos maiores divulgadores de visões de mundo no século XX, o cinema, se apresenta como uma fonte preciosa para a reflexão do historiador. Neste sentido, realizamos uma análise fílmica de Lamarca (1994) procurando refletir sobre as opções realizadas pelo diretor Sérgio Rezende em relação ao tema. Essa análise nos ajuda a enxergar em que sentido esse filme insere-se na disputa pela memória, sobre o período ditatorial brasileiro que se inicia nos anos de 1960, notadamente o confronto entre as forças armadas e os focos de guerrilha dos anos 60 e 70 do século passado.
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O texto analisa o florescimento cultural brasileiro dos anos 60, como ele brotou do movimento contraditório da sociedade, e como ajudou a forjar setores sociais críticos da ordem estabelecida pela ditadura militar após 1964, alguns dos quais chegaram ao extremo da luta armada.
Resumo:
Neste artigo, pretendemos mostrar como a transição para a democracia na Argentina, apesar dos sinais de maior estabilidade institucional, convive com a consolidação de um econômico-social cujos sinais de crise tendem a acentuar cada vez mais o seu caráter excludente.
Resumo:
Este ensaio analisa, por um lado, os significados do uso da censura durante a ditadura militar - particularmente entre a edição do AI-5, em 1968, e o início do processo de abertura política, a partir de 1975. De forma (presumivelmente) pioneira, busca estabelecer relações entre o uso da censura, a modernização cultural e a tendência para a internacionalização (ou americanização?) da vida cultural. Por outro lado, tenta esclarecer como o romance reagiu à censura.
Resumo:
Pós-graduação em História - FCHS
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Pós-graduação em História - FCHS