Hilda Hilst e a (im)possibilidade de (se) dizer
Contribuinte(s) |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
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Data(s) |
24/06/2014
24/06/2014
27/09/2011
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Resumo |
Investiga-se em que medida Hilda Hilst, em Fluxo-floema, vale-se de um conjunto de procedimentos que colocam em cena tanto o sujeito-narrador quanto o próprio narrar, de maneira destoante do que predominantemente se fazia à época. Se no contexto ditatorial era tendência relacionar a literatura a uma “função compensatória”, o que a autora oferece em sua estreia na prosa mostra-se de modo ambivalente, já que não abdica desse prisma, porém o relaciona à frustração. No caso do texto “Osmo”, isso se dá à medida em que se instaura um descompasso entre o “narrar prometido” e o “narrar empreendido”, o que acaba por evidenciar tanto o texto como construção verbal encenada quanto a ambígua atitude do narrador-personagem diante da necessidade de verbalizar a sua história e de se aproximar de seus receptores. O postergamento da história prometida gera a frustração, que é alegoricamente abarcada como um procedimento de tessitura do texto hilstiano relacionado à ironia, à violência, ao fracasso, e que ilumina a condição paradoxal do narrar e da relação do/da artista com o mercado literário. This paper investigates to which extent Hilda Hilst, in Fluxo-Floema,makes use of procedures that bring into focus both the subject-narrator and thenarration itself in a way that it was divergent from that which was literarily practicedat that time. While during the dictatorship there was a trend of relating literature toa “compensatory function,” what Hilst actually offered as her debut in fiction wasrather ambivalent since she combined this function with frustration. In the case of thetext “Osmo” such combination takes place with the mismatch between the “promisednarration” and the “performed narration,” which announces both the text as a stagedverbal construction and the ambiguous attitude of the narrator-character faced with the necessity of verbalizing his story and approaching his readers. The postponement of the promised story causes frustration, which is allegorically conceived as a procedure of Hilst’s textual weave related to irony, violence and failure. Such aspects shed light on the paradoxical condition of narration and of his/her relationship with the literary market.the necessity of verbalizing his story and approaching his readers. The postponement ofthe promised story causes frustration, which is allegorically conceived as a procedureof Hilst’s textual weave related to irony, violence and failure. Such aspects shed lighton the paradoxical condition of narration and of his/her relationship with the literarymarket |
Identificador |
http://seer.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/4574 Itinerários: Revista de Literatura, n. 32, 2011. 0103-815X http://hdl.handle.net/11449/107957 ISSN0103-815X-2011-32-27-43.pdf |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
Relação |
Itinerários: Revista de Literatura |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Literatura brasileira contemporânea #Hilda Hilst #Alegoria #Autorreferencialidade #Ditadura militar #Brazilian contemporary literature #Allegory #Selfreferentiality #Military dictatorship |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article |