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Resumo:
In recent decades the vernacular architecture has been recognized as an important source of knowledge in the adaptation of construction to the climate and other specific local characteristics. However, the systematized information is still scarce to quantitatively understand the hydrothermal behaviour of bioclimatic strategies identified in previous surveys to this type of architecture. Using the farmsteads in the northeast region of Portugal as a case study, this article presents the results of hygrothermal monitoring carried out during the heating and cooling seasons. The data obtained enabled to verify and quantify the effective performance of the identified bioclimatic strategies, which are presented as opportunities for contemporary architecture.
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O objetivo deste trabalho é problematizar o estado da questão assim como o conhecimento construído à volta dos membros do Grupo do Orpheu. Depois de explicitar estes dois conceitos e argumentar a sua relevância no âmbito dos estudos literários, lanço algumas ideias para o entendimento do (re)conhecimento do Orpheu, de Fernando Pessoa nomeadamente. Por último, anoto as linhas de força a respeito do entendimento da produção guisadiana, em Portugal e na Galiza.
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Objetivo: Este estudo transversal visa avaliar a validade discriminante do Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT), ao comparar uma amostra de idosos normais com uma de pacientes na fase inicial da doença de Alzheimer (DA). Métodos: Pacientes na fase inicial da DA (n = 35) e controles saudáveis (n = 35) pareados de acordo com a idade e a escolaridade foram submetidos ao Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey, ao Miniexame do Estado Mental e à Escala de Depressão Geriátrica. O desempenho dos dois grupos foi comparado por meio do teste de Mann-Whitney em cada etapa do RAVLT e, mediante a análise ROC, foi avaliada a validade discriminante do teste nas duas populações estudadas. Resultados: O grupo na fase inicial da DA teve desempenho significativamente pior em todas as etapas do RAVLT quando comparado ao grupo controle, e as etapas demonstraram bom poder diagnóstico, com áreas sobre a curva ROC oscilando entre 0,806 e 0,989 (A1 = 0,806; A2 = 0,869; A3 = 0,958; A4 = 0,947; A5 = 0,989; A6 = 0,962; A7 = 0,985; TOTAL = 0,975; LOT = 0,895; REC = 0,915). Conclusão: Os resultados sugerem que o Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey é eficaz para discriminar idosos normais de idosos na fase inicial da doença de Alzheimer.
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(Excerto) A Literacia para os Media, entendida como “a capacidade de aceder aos media, de compreender e avaliar de modo crítico os diferentes aspetos dos media e dos seus conteúdos e de criar comunicações em diversos contextos” (Recomendação da Comissão Europeia de 20 de agosto de 2009), é atualmente considerada uma via essencial para uma cidadania mais qualificada e uma sociedade mais inclusiva. O modo como os media habitam hoje os quotidianos, cria novas formas de lazer e de entretenimento e proporciona novos modos de trabalhar, de estudar, de conhecer o mundo, de comunicar, de estabelecer relações intersubjetivas e de nos informarmos e ser-mos informados. Tais mudanças, bem como as que ocorrem no ambiente mediático, tornam fundamental o aprender a ler e a analisar criticamente esses meios, os seus usos e apropriações e o saber criar, produzir e partilhar conteúdos.
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(Excerto) Pertenço à geração que, nos anos 1960, optou pelo jornalismo não só como profissão vocacional por "gostar de escrever'; mas também para ajudar a transformar o mundo. Eram tempos de utopia, das reformas e revoluções sociais e nada é mais diretamente revolucionário, ou transformador, do que a informação. Hoje, esta visão não existe sequer na política, que seria a atividade típica de transformação do mundo. No entanto, o advento arrebatador do rádio e da TV e, nos anos recentes, do computador e da internet, multiplicou o poder da informação e sua capacidade de penetração na sociedade ou em cada um de nós. Este é o ponto de partida para entender os 13 ensaios que integram este livro e confluem nas "aventuras da memória', com núcleo no significado do jornalismo como forma literária, ou como "literatura'.
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(Excerto) Longe de ser uma atividade meramente 'descritiva' da realidade e tendo, ao invés, sobre ela um efeito constitutivo, o jornalismo não é uma prática inócua. Pelo fato de se dedicar ao presente, e cada vez mais à antecipação dos acontecimentos, o jornalismo não é apenas o registo neutro da história. Não obstante os princípios de objetividade e imparcialidade que se defendem como valores universais desta prática, a verdade é que o jornalismo e os jornalistas são agentes da própria história, o que significa que agem sobre ela, se mais não for, pelo simples facto de a procurarem registar sem distanciamento temporal.
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(Excerto) Os blogues são um fenômeno recente que têm atraído atenção crescente por parte da academia. Espaços de auto-expressão, de debate, de partilha e de discussão, os blogues têm sido crescentemente perspectivados como potenciadores de uma nova esfera pública, onde a participação dos cidadãos se faz sem restrições de acesso. Sendo obviamente novos enquanto expressão de uma era tecnológica, os blogues poderão, na sua essência, partilhar semelhanças com outros momentos históricos de constituição da esfera pública, nomeadamente com a imprensa romântica que floresceu em Portugal no século XIX.
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(Excerto) Glosando Paul Virilio (2001: 135), podemos dizer que os ecrãs são ligações frias, que nos desligam do calor dos corpos. No ecrã não teríamos sensações humanas, mas apenas sensações fantasmadas, que não passariam de “simulacros”, para retomar a clássica expressão de Baudrillard (1978), ou que remeteriampara “o já sentido”, na lógica da tipificação feita em tempos por Mário Perniola (1993). E as emoções seriam apenas emoções “maquinadas” (Deleuze e Guattari, 1995), “artificiais” (Cruz, s/d), “puxadas à manivela” (Martins, 2002). Com efeito, espelhado como imagem num ecrã, o corpo digital dar-nos-ia a ver apenas a emanação delirante de um corpo já sem alma. E a cultura do ecrã constituiria a expressão de uma comunidade fria, uma comunidade sem o corpo do outro, embora alimentada pelos seus fantasmas, e também pelos fantasmas do nosso próprio corpo, numa ostensiva confirmação de que não existem práticas de rede sem narcisismo.
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(Excerto) «O jardim familiar (primeira fase do abandono): montões informes de silvedo, buxo descabelado, urtigas, flores selvagens. As palmeiras de pouco porte incharam tanto que fazem pensar em anões velhos, doentes, com as suas cabeleiras, as suas folhas emaranhadas, caindo em arco até ao chão». Assim se abre o convite de Carlos de Oliveira a uma deambulação por entre o interior-exterior de uma paisagem que a todo o instante se inventa. Sobre as memórias, os lugares, erguem-se dunas, vozes, intensidades de luz e passos que negrejam. São infinitos os modos de descrever uma paisagem... mas o que é, antes de mais, a paisagem? Admite-se que os seres humanos, confrontados coma natureza, tenham desde logo encetado uma íntima relação com o mundo do visível. Porém, uma tal «visão», motivada pelo reconhecimento do carácter vital da natureza, não implica necessariamente uma «experiência estética», resultante dos efeitos do universo exterior sobre o olhar. Na verdade, impõe-se uma certa distância como condição de possibilidade e de transformação subjectiva do território em paisagem. Nascida da percepção individual, a construção da «paisagem» funda-se num impulso fusional com um lugar que se torna estrangeiro e, desse modo, objecto de reflexão.
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(Excerto) O corpo humano, embora seja um elemento central no domínio dos estudos culturalistas, tende a ser paradoxalmente esquecido quando fazemos a recensão dos trabalhos na área dos “Estudos da comunicação”. Talvez devido às suas ligações históricas com a semiótica e a linguística, o modelo linguístico tende a dominar os trabalhos de investigação. Apesar das tentativas de vários autores, os estudos das percepções, nomeadamente as que reflectem a actividade perceptiva associada às novas tecnologias de informação e comunicação como os ecrãs dos computadores, estão centrados nas questões de leitura, como é o caso dos estudos da produção e da recepção ou através da análise do discurso. Por outro lado, a tradição sociológica nos estudos da comunicação preocupa-se, quase exclusivamente, com as componentes sociais como é o caso dos cyberstudies.
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[Excerto] O ecrã assume a fronteira que separa a relação entre o artefacto verdadeiramente dito e o seu receptor. Cinema, Televisão ou Media Interactivos dependem da representação visual para existir contudo a relação que procuram com os seus receptores sejam eles passivos ou activos é de envolvência total. Nesse sentido e tendo em conta esta separação operada pelo ecrã que decorre do enquadramento que circunscreve o espaço ou da separação física que se efectua pelo vidro ou tela existe uma necessidade da parte do medium de se desfazer desse mesmo ecrã. É necessário proceder a mecanismos de transparência que criem a ilusão no espectador/participante de que ele está no mesmo plano do objecto e que nada os separa.
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(Excerto) Uma das formas mais generalizadas de abordar a argumentação consiste em inseri-la na problemática da influência através do discurso, ou seja, em explicá-la através dos seus efeitos persuasivos: argumentamos para persuadir. Esta visão instrumental e funcional, que define a argumentação a partir de uma finalidade, é o primeiro passo para dela fazermos uma abordagem técnica, em termos de meios para. O facto de podermos usar o discurso para persuadir — como o fará qualquer técnico de vendas empenhado na sua profissão, qualquer político que procure angariar eleitores, qualquer pregador que queira disseminar a sua fé ou qualquer chefe de família que tente educar os filhos — é algo de indesmentível. A comunicação persuasiva é, aliás, essencial do ponto de vista relacional e sociológico.
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[Excerto] A pedra de toque desta obra de Albertino Gonçalves é a vertigem, uma repentina névoa do olhar que o leva a perder nitidez, associada a um ligeiro desequilíbrio que complica os movimentos, baralhando os gestos e as acções humanas. O sociólogo cujo olhar, por natureza epistemologicamente calculado e vigiado, se deixe tentar pela vertigem deste desequilíbrio humaniza todavia o conhecimento, aproximando-o da condição humana e das figuras que a exprimem, não apenas a ambivalência e o desassossego, mas também o enigma e o labirinto. A vertigem é um desequilíbrio presente nas circunstâncias, no aleatório e nas emoções. É um desequilíbrio presente na intensidade precária das relações, nas variações dos sentimentos amorosos, no estremecimento dos corpos diante da sua disformidade ou declínio, e também da sua exuberância, enfim, nas incoerências ideológicas e nas mobilidades existenciais e profissionais. Como figura de conhecimento social, a vertigem alude à falta de garantias no caminho que nos leva ao outro, e também às escolhas e aos riscos das nossas ligações, hoje bem mais marcadas pela ambivalência do que pelas ideias de projecto, plano de carreira, grandes objectivos e planificação da vida a longo prazo.
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Publicado em "Colonialismos, pós-colonialismos e lusofonias: atas do IV Congresso Internacional em Estudos Culturais". ISBN 978-989-8015-18-1
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(Excerto) Olhando para o percurso do RadioActive, há uma ideia que parece ser transversal a todo o projeto. Referimo-nos a um princípio que chamaríamos de “identificação” e que foi determinante – é determinante – nos processos de investigação participativa. Falamos da identificação dos investigadores com os princípios da investigação-ação, da identificação das intervenções com as particularidades de cada contexto. Da imprescindível e progressiva identificação dos participantes com o projeto. Na verdade, sem esta multifacetada identificação é impossível pensar em resultados sustentáveis e persistentes. Investigadores e demais participantes têm de sentir que o projeto é “seu”, que os objetivos são “seus”, embora o façam necessariamente a velocidades diferentes. A aprendizagem, neste âmbito, expande-se sempre de dentro para fora, emerge dos interesses do sujeito e não de uma estrutura pré-concebida e imposta pelos que chegam (Ravenscroft et al., 2011), neste caso, os investigadores. Uma das diferenças das pesquisas participativas em relação às tradicionais é, precisamente, a atuação coletiva e não solitária do investigador. Os pesquisadores fazem parte de um processo participatório em que estão envolvidos numa estrutura (Cammarota & Fine, 2008: 5). Paulo Freire é o autor primordial em todos os projetos e países onde a RA101 foi aplicada. As suas concepções em torno da investigação-ação participativa tentam apontar sempre para uma ação e também para uma reflexão sobre os processos.