999 resultados para Edições Piaget
Resumo:
Nos relatos de naufrágios, o Mar e a Terra, com a respectiva fauna e flora, são espaços privilegiados da aventura exótica, proporcionando a abertura de novos horizontes geo-culturais que exigem uma reflexão sobre o essencial da condição humana, no binômio polarizador da imanência e da transcendência, do profano e do sagrado, do tempo e da eternidade. De 1552 a 1602, os doze relatos que constituem o corpus textual da História Trágico-Marítitna desenham, no período cronológico de meio século, o espaço planetário de meio mundo, da Europa à Ásia, passando por África, América e Oceania, num percurso incessante, rico de informações e vivências. Integrando-se na tradição portuguesa da pesquisa oceânica e continental que entronca na iniciativa expansionista do primeiro monarca da Dinastia de Avis, a tomada de Ceuta, em 1415, as Relações de viagens continuam, em pleno quinhentismo, a sulcar mares incógnitos e a desvendar novos mundos ao Mundo.
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Quer seja espaço natural ou artificial, esta dimensão dinâmica de aproximação e afastamento, prazer e dor instala-se no acto exacto e exclusivo de sobrevivência. Porque a vida corre e com ela o espaço de sobrevivência também. E o homem não resiste à condição desse espaço de lucidez, por definição a fronteira. Acontece em si o momento finito de existência, mas não deixa igualmente de desesperar, por não saber se o infinito existe e é passível de ser desejado. A sua condição de fronteira confunde-se com o desejo de existir e intervir e simultaneamente com a postura abúlica de não tomar qualquer partido, só porque o real lhe aparece ininteligível. Como espaço de fronteira que é, o homem personifica a contradição entre o sentido e o acaso. Por mais que mergulhe e absorva o real, o desespero, por não encontrar qualquer sentido, toma sempre a dianteira. A lucidez sobrevém e o ódio contra o mundo instala-se. A aparente existência de qualquer esperança decorre da dúvida permanente, da interrogação constante que acomete contra o real. Porém, a inexistência da esperança apenas parece e a postura de dúvida e interrogação persistentes somente ilustram o reverso da medalha; se o sentido não se impõe, um sentido nascerá.
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Na peça BN Esp E3/39-23 (o prefixo remete para o espólio de Fernando Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa; deixarei de o usar em todas as referências às cotas), em texto que põe problemas à fixação de que agora não curaremos, datado, ou ao menos datável, de 1912, Pessoa escreveu assim: Sombr/o a tinta preta\. Explico, para o que descodificarei os símbolos usados na Edição Crítica de Femando Pessoa: depois de uma primeira campanha, em que escreveu Sombra, no caso a tinta vermelha. Pessoa, agora a tinta preta, sobrepôs ao a um o. (Admito, mas não interessa isso agora, que a operação fosse induzida por um acrescento, esse a lápis roxo, havido num verso anterior que estava lacunar.) A sobreposição não parece ser mera melhoria de caligrafia, que redefinisse o desenho de letra mal saída à primeira, um o falhado em a que fosse preciso vincar de novo no devido o, ou, por outras palavras, não se trata de retoque de grafética, mas mudança de ordem grafémica. É sem dúvida uma sombra que o poeta quis transformar em sotiho (como o verso todo é Com os olhos de [...] fito o Mundo, estão afastadas as formas, em outra situação alegáveis, sonha, para a primeira campanha, ou, para a segunda campanha, sombra).
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Alguns dos salmos bíblicos reflectem uma ideologia real característica do período monárquico. Jemsalém, a capital do reino de Judá após a morte de Salomão, monopolizava a produção ideológica, sobretudo nos círculos próximos da corte. Os salmos reais, produzidos neste ambiente, traduzem, para além do seu incontestável interesse poético e literário, um corpo de idéias que vai de encontro à concepção oficial de realeza e de poder. O Palácio deve ter constituído um cenário privilegiado tanto para a criação literária e para o gênero poético em especial, como para a reflexão em torno dos ideais de ordem social e de organização política. Mesmo numa fase pré-exílica, os círculos de reflexão sapiencial, mais próximos da corte, terão sido muito activos no que concerne à formação de opinião sobre estes aspecto
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Legar à posteridade em mármore uma cidade que recebeu constraída em tijolo foi uma das alegrias do Imperador Augusto ao fazer um balanço da sua vida, segundo Suetônio'. As propostas urbanísdcas do Princeps transformam-se em modelos para todas as novas cidades e capitais de colônia, incrementando-se deste modo o uso do mármore logo a pardr dos inícios do Império, perdurando ainda bem vivo nos finais do séc. IV, já numa sociedade em grande parte cristianizada. Séneca diz-nos, nos meados do séc. I d. C, que existia o ideal de que as paredes reluzissem com mármores importados da outra banda do mar, que se olhavam com admiração as crustae marmoriae que as revestiam e que era sinal do melhor estatuto caminhar sobre mármores. E Paciano de Barcelona, nos finais do séc. IV, encontra na renúncia ao marmoribus tegi, ao habitar em casas de mármore, uma forma de fazer penitência.
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Este trabalho é um breve percurso por alguma iconografia da Antigüidade Clássica e Tardia, tendo como ponto de partida as figurações patentes num mosaico de Pisões. A comunicação oral do tema apoiou-se num pequeno corpus de imagens da Antigüidade, recolhido no nosso território que, no presente trabalho, será, na sua maioria, referido em notas. A uilla romana de Pisões localiza-se a cerca de 10 Km a Sul de Beja, na freguesia de S. Tiago Maior. A sua par urbana ou residência do proprietário apresenta uma grandeza e complexidade arquitectônicas condizente com a riqueza decorativa dos seus pavimentos musivos, caracterísdca das uillae do Baixo Império. A sua ocupação ter-se-á prolongado até época bastante avançada da Andguidade, de acordo com materiais nela recolhidos, datáveis do séc. I ao VIII d.c
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According to Lakoff "thought is embodied, that is, the structures used to put together our conceptual systems grow out of our bodily experience and make sense in terms of it; moreover, the core of our conceptual systems is directly grounded in perception, body movement and experience of a physical and social character" (1987). If we read Lispector’s work as an oxymoron, an interplay between the basic magma of life and the metaphysical perplexities it generates, we will find at least three areas of description: devouring and eating, primordial substances and the animals. This paper proposes to show Lispector's use of "philosophy in the flesh" in some of her most representative works like “Uma História de tanto amor”, Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres or A Maçã no Escuro.
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Relatório de estagio para obtenção do grau de mestre em Edição de Texto
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The research presented in this paper proposes a novel quantitative model for decomposing and assessing the Value for the Customer. The proposed approach builds on the different dimensions of the Value Network analysis proposed by Verna Allee having as background the concept of Value for the Customer proposed by Woodall. In this context, the Value for the Customer is modelled as a relationship established between the exchanged deliverables and a combination of tangible and intangible assets projected into their endogenous or exogenous dimensions. The Value Network Analysis of the deliverables exchange enables an in-depth understanding of this frontier and the implicit modelling of co-creation scenarios. The proposed Conceptual Model for Decomposing Value for the Customer combines several concepts: from the marketing area we have the concept of Value for the Customer; from the area of intellectual capital the concept of Value Network Analysis; from the collaborative networks area we have the perspective of the enterprise life cycle and the endogenous and exogenous perspectives; at last, the proposed model is supported by a mathematical formal description that stems from the area of Multi-Criteria Decision Making. The whole concept is illustrated in the context of a case study of an enterprise in the footwear industry (Pontechem). The merits of this approach seem evident from the contact with Pontechem as it provides a structured approach for the enterprises to assess the adequacy of their value proposition to the client/customer needs and how these relate to their endogenous and/or exogenous tangible or intangible assets. The proposed model, as a tool, may therefore be a useful instrument in supporting the commercialisation of new products and/or services.