999 resultados para Compreensão da leitura
Resumo:
O curso de filosofia deve desenvolver no aluno uma habilidade técnica na interpretação de diferentes modalidades discursivas - análoga ao "exercício de escuta", no sentido psicanalítico - que lhe permita a experiência da "dominação intelectual": da posse, ainda que provisória, de uma "língua da segurança" que coloque em "suspensão" os "lugares de conversação". Quebrando a barreira entre os gêneros dos discursos, entre as diferentes disciplinas, e entre os diversos interlocutores, o curso de filosofia - seja na universidade, no ensino médio e mesmo fora dos cursos regulares - poderá, desse modo, estimular a produção de um diálogo intenso, laicizado, entre múltiplos sujeitos de enunciação, contribuindo para a constituição do "espaço público". Somente assim a filosofia conquistará definitivamente entre nós, sua madureza.
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O objetivo deste ensaio é propor uma interpretação daquilo que para muitos intérpretes constitui o enigma e a dificuldade maior da terceira Crítica de Kant: o fato de o filósofo remeter para a mesma faculdade do espírito (a faculdade de julgar - Urteilskraft) e para o mesmo princípio transcendental de apreciação (a teleoformidade ou conformidade a fins - Zweckmässigkeit) o fenômeno da arte humana e os fenômenos da natureza organizada - a estética e a teleologia. Na leitura que propomos, tentamos perceber a fecundidade dessa estranha associação ("associação barroca", no dizer de Schopenhauer) precisamente para permitir pensar alguns dos problemas que coloca atualmente a racionalidade ecológica, não aquela que visa excluir o homem da natureza como seu inimigo, mas uma consciência ecológica que defenda uma natureza viva com homens sensíveis, com seres humanos tais que não pensam já a sua relação com a natureza como sendo uma relação de meros "senhores e possuidores" frente a um objeto inerte e destituído de valor e de significação por si mesmo, mas que são capazes de contemplar e apreciar a natureza como valiosa por si mesma, de reconhecê-la como um sistema de sistemas finalizados e de colaborar na sua preservação, que têm até perante ela genuínos sentimentos de admiração pela sua beleza, de respeito pela sua sublimidade e de gratidão pela sua exuberância e favores. Em suma, propomo-nos mostrar a nova atitude perante a natureza que se deixa pensar a partir da Crítica do Juízo, considerada esta obra na sua complexidade sistemática.
A Destruktion heideggeriana da ontologia medieval em Die Grundprobleme Der Phänomenologie (§§ 10-12)
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Em primeiro lugar, (1) examinarei a chamada Destruktion fenomenológica da ontologia medieval, componente básico do método a partir da história da ontologia. Nessa seção, coloco algumas questões sobre a apropriação da Idade Média com base na escolástica tardia, como se esta fosse o "cume" das reflexões precedentes! Em segundo lugar, (2) apresento a reflexão de próprio Heidegger sobre a ontologia medieval tal como se expõe no curso de semestre de verão de 1927 ("Os problemas fundamentais da fenomenologia"), ministrado na Universidade de Marburg. Igualmente nessa parte, faço algumas reflexões críticas sobre a leitura heideggeriana dos medievais, que se presta muito mais para conhecer o próprio modo de pensar de Heidegger do que os medievais em si mesmos, ou seja, pela leitura cursiva dos textos em seu contexto histórico e cultural: sem o élan espiritual, consubstancial aos escritos de Tomás de Aquino, por exemplo, a organização conceitual deste último não pareceria um sistema assaz grandioso e seco? Esta não terá sido a compreensão de Heidegger, fruto da separação metodológica feita entre mística medieval e filosofia escolástica desde o curso não proferido intitulado "Fundamentos filosóficos da Mística Medieval" (1918-1919)?
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O pensamento de Karl Marx sobre a subjetividade humana é pouco conhecido e divulgado na língua portuguesa, e, no Brasil, particularmente, carece ainda de um estudo amplo, explícito e sistemático. Meu artigo pretende esboçar uma reflexão mais completa de sua filosofia sobre a subjetividade humana, insistindo não somente na crítica, mas também, e especialmente, na compreensão da referida questão, a partir de uma leitura imanente e estrutural de suas obras, no original. Vale ainda ressaltar que minha investigação se apoia na conexão entre subjetividade e objetividade, entre sujeito e objeto, inquirindo se há um determinismo da objetividade sobre a subjetividade, ou seja, se essas duas determinações são contraditórias no interior do pensamento marxiano, comprometendo, pois, as suas reflexões acerca da crítica à filosofia especulativa de Hegel e ao empirismo da economia clássica, ou se, na verdade, tal conexão é o segredo recôndito de sua filosofia sobre a subjetividade humana.
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O presente artigo pretende sublinhar, na forma de breves apontamentos gerais, os contornos mais amplos da crítica de Honneth a alguns aspectos do pensamento habermasiano. Tal crítica é norteada especialmente por uma investigação dos critérios morais e normativos das lutas sociais que Honneth recupera, por meio de uma apropriação crítica do pensamento do jovem Hegel. O ponto central defendido por Honneth é que as possibilidades da experiência interativo-comunicativa não podem ser resumidas ou tomadas exclusivamente na interação linguística, nem mesmo esta última pode ser perseguida em seu aspecto ideal, sem a pressuposição dos contextos conflituosos nos quais ela sempre está inserida.
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Partindo do pressuposto de que a teoria social elaborada por Habermas em muito se assemelha àquela construída por M. Weber, procedeu-se a um estudo comparativo com a intenção de identificar as formas pelas quais Weber e Habermas elaboraram o conceito de compreensão, ao mesmo tempo em que e o elegeram, cada um a seu modo, como instrumento metodológico adequado às dificuldades da produção de conhecimento científico nas Ciências Sociais. Tanto para Weber, como para Habermas, o conhecimento nas Ciências Sociais não consegue escapar das influências diretas da subjetividade do cientista, como também não é capaz de se proteger das contingências histórico-culturais aos quais inevitavelmente toda ação humana está vinculada. Por isso, fundamentados em suas próprias razões, tanto Weber quanto Habermas apontam a compreensão como a forma possível de conhecimento, o que implica a renúncia às pretensões explicativas e à produção de teorias gerais de fundamentação última, que são típicas das ciências convencionais.
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O presente estudo pretende analisar a obra Cur Deus homo, de Santo Anselmo, a partir de uma perspectiva antropológica. Após examinar a peculiaridade do método e revisar seus argumentos fundamentais, será possível perceber que Anselmo revela uma perspectiva essencialmente boa da natureza humana, que, mesmo abalada, não sucumbe ao pecado original. A liberdade e o projeto amoroso do Logos originante fundamentam a concepção anselmiana em torno do homem e sua natureza.
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O que se sabe sobre as leituras femininas no Brasil da segunda metade do século XIX? Uma geografia dessas leituras só tem sentido quando relacionada à comunidade de leitores e leitoras, utilizando-se como fonte jornais e textos literários. Enfatiza-se a rede de interdependências sociais que se estabelece entre as leitoras, os escritores e os editores do século XIX, buscando referências teórico-metodológicas em autores como Roger Chartier, Michel de Certeau e Norbert Elias. Entre as constatações, evidencia-se que: as representações do livro como companheiro da mulher são uma constante nos romances analisados; as indicações de leitura que preconizam a moral e os bons costumes e, em contrapartida, as leituras de romances considerados proibidos revelam não só as práticas de leituras femininas, mas também as táticas a que essas mulheres recorriam em busca de um espaço de leitura.
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El propósito de este artículo es presentar tres argumentos en torno al papel que las emociones y los procesos de narración tienen en la construcción de la identidad moral. En primer lugar, se sugiere que la comprensión cartesiana de la identidad moderna rechaza el valor que las emociones y los sentimientos tienen en la formulación de juicios normativos. En este sentido, se argumentará que necesitamos una perspectiva epistemológica distinta. En segundo lugar, se revisará la relación existente entre la identidad narrativa y las tres formas de la mímesis en Tiempo y narración. Nuestro análisis tiene el propósito de mostrar la importancia que porque se argumentará que el punto de vista hermenéutico abre la puerta a un horizonte distinto de la acción humana que incluye las emociones y los sentimientos. Finalmente, se expondrá el concepto de frameworks en el pensamiento de Charles Taylor, por la siguiente razón: la noción frameworks nos proporciona un punto de articulación entre la cuestión de la identidad y la teoría hermenéutica sobre los conceptos mencionados y el sentido de la vida.---Narrative, emotions and identity. An epistemological and hermeneutical readingThe purpose of this article is to explain three arguments about the role that emotions and the process of narration have in the construction of moral identity. First, I suggest that Cartesian comprehension of modern identity rejects the value that emotions and feelings have in formulations of normative judgments. In this sense I will argue that we need a different epistemological perspective. Second, I will review the relation between narrative identity and the three forms of mimesis in Time and Narrative. Our inquiry into them has the purpose of showing the importance that they have in many basic fields of application in social science, because I consider that the hermeneutical point of view opens the gate to a comprehensive perspective of human action, and it includes emotions and feelings. Finally, I will expose the concept of “Frameworks” in Charles Taylor´s thought for the following reason: “Frameworks” provides a point of articulation between question of identity and hermeneutical theory about the emotions, feelings and meaning of live.Key words: narrative identity, hermeneutical theory, emotions, feelings, normative judgments---Narração, emoções e identidade. Uma leitura epistemológica e hermenêuticaO propósito deste artigo é apresentar três argumentos em torno ao papel que as emoções e os processos de narração têm na construção da identidade moral. Em primeiro lugar se sugere que a compreensão cartesiana da identidade moderna recusa o valor que as emoções e os sentimentos têm na formulação de juízos normativos. Neste sentido, se argumentará que necessitamos uma perspectiva epistemológica diferente. Em segundo lugar, se revisará a relação existente entre a identidade narrativa e as três formas da mimese em Tempo e narração. Nossa análise tem o propósito de mostrar a importância que estas noções têm em diferentes campos de aplicação das ciências sociais, porque se argumentará que o ponto de vista hermenêutico abre a porta a um horionte distinto da ação humana que inclui as emoções e os sentimentos. Finalmente, se exporá o conceito de frameworks no pensamento de Charles Taylor, pela seguinte razão: a noção frameworks nos proporciona um ponto de articulação entre a questão da identidade e a teoria hermenêutica sobre os conceitos mencionados e o sentido da vida.Palavras chave: Identidade narrativa, teoria hermenêutica, emoções, sentimentos, juízos normativos.
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El objetivo del trabajo es la elaboración de una propuesta tecnológica que posibilite la formación continua de los profesores en la enseñanza básica, en el área de la lengua materna, partiendo del análisis de la aportación educativa de las películas en lo que se refiere al desarrollo de las habilidades de comunicación. En primer lugar trata las teorías del aprendizaje y de la imagen, y el proceso de enseñanza-aprendizaje en la escuela (funciones de la imagen y de la televisión en dicho proceso). Analiza los temas de los medios de comunicación de masas, de la lectura del discurso televisivo y de la utilización de documentos auténticos en el desarrollo de la competencia comunicativa. A partir de estas bases teóricas elabora la propuesta que se centra principalmente en los objetivos, la dinámica de trabajo, los recursos, y los contenidos y actividades de cada sesión.
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