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Resumo:
O desenvolvimento do fruto de pessegueiro é resultado da diferenciação e do crescimento das paredes do ovário após a fecundação. A persistência e o crescimento do fruto na planta dependem das relações exatas entre os hormônios auxina, giberelina e citocinina que condicionam o desenvolvimento dos frutos, caracterizado por uma curva dupla sigmoide, com três estádios distintos. O presente trabalho teve por objetivo conhecer o comportamento dos frutos e das sementes do pêssego Aurora e da Nectarina Sunraycer durante todo o seu ciclo de desenvolvimento. O crescimento dos frutos e das sementes durante o ciclo foi determinado semanalmente, coletando-se 30 frutos de dez diferentes plantas em ramos previamente identificados. As sementes foram separadas do fruto para a determinação do peso fresco (PF) e do peso seco (PS). O crescimento dos frutos da variedade Sunraycer dá-se de forma contínua e acelerada desde a floração até a maturação, sugerindo um curto período ou a inexistência do Estágio II de crescimento. Para a variedade Aurora, a curva de crescimento é diferenciada nos três estádios (I, II e III). O raleio dos frutos deve ser feito até o início do estádio II, para a variedade Aurora e Sunraycer. As sementes das variedades Aurora e Sunraycer atingem seu tamanho máximo no estágio I de crescimento do fruto. O aumento de peso seco na semente, para a variedade Sunraycer, é praticamente inexistente no estádio III, enquanto para a variedade Aurora ocorre o maior aumento de peso seco que vai até a maturação do fruto.
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Os pomares de abacaxizeiro no Brasil sofrem constantemente com as perdas de plantas e frutos ocasionadas pela fusariose, pois as cultivares plantadas atualmente são suscetíveis a esta doença. Novas cultivares mais resistentes têm surgido, no entanto não há registros de que já tenham sido avaliadas sensorialmente por consumidores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a aceitação sensorial de duas novas cultivares resistentes à fusariose, Vitória e EC-93, comparando-as com outras já estabelecidas no mercado consumidor de frutas in natura, Pérola e Gold. A aceitação dos frutos foi avaliada por 52 consumidores com relação a aroma, sabor, impressão global, textura, aparência da fatia, aparência do fruto inteiro, utilizando-se da escala hedônica estruturada de nove pontos, acidez e doçura ideais, com escala do ideal, e intenção de compra, com escala estruturada de 5 pontos. Sólidos solúveis totais, acidez titulável e ratio foram avaliados. A cultivar Gold obteve maiores médias de aceitação para a maior parte dos parâmetros avaliados, enquanto a cv EC-93, as menores. Exceto no atributo aparência da fatia, a cv Vitória não diferiu das cultivares mais aceitas nos parâmetros avaliados. Os frutos diferiram significativamente quanto a SST, entre 12,0 e 16,0°Brix, AT entre 0,52 e 0,81% de ácido cítrico e ratio entre 19,12 e 28,46. Dentre as cultivares resistentes à fusariose, os resultados sugerem baixo potencial de mercado para a cv EC-93 e bom para a cv Vitória.
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A aplicação de nutrientes via água de irrigação aumenta sua eficiência de utilização pelas plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adubação potássica e da irrigação na produtividade e qualidade de frutos de bananeiras, cv. Willians, na região do Médio Paranapanema, São Paulo. Foram avaliados quatro regimes hídricos: sequeiro; 0,7 da evapotranspiração de referência (ETo); 1,4 ETo, e 2,1 ETo, combinados com quatro doses de potássio (K): 0; 300; 600 e 900 kg ha.ano-1 de K2O, aplicados semanalmente via fertirrigação. Sob sequeiro, a adubação potássica foi aplicada durante o período chuvoso, parcelada em quatro vezes. Observou-se que a adubação potássica realizada via fertirrigação interfere positivamente tanto na produção como na qualidade dos frutos de bananeiras cv. Willians. Além disso, a fertirrigação favorece maior eficiência da adubação potássica quando comparada à adubação sob sequeiro.
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O objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade pós-colheita de frutos de maracujá-amarelo tratados com óleo de soja, nim e de copaíba e com vinho de jatobá, visando à redução da severidade da Antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides. Um experimento in vitro foi instalado no delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 5, considerando os quatro referidos produtos em cinco concentrações: 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mL L-1, diluídos em meio BDA. Para o experimento in vivo, frutos de maracujá-amarelo foram desinfestados superficialmente com hipoclorito de sódio a 150 mg L-1 e inoculados com uma suspensão de 10(6) conídios L-1 de C. gloeosporioides. Após 24 h, foram imersos por 10 min nos seguintes tratamentos: 0,5 mL-1 de vinho de jatobá; 0,25 mL-1 de óleo de copaíba; 0,5 mL-1 de óleo de soja; 0,5 mL-1 de óleo de nim e testemunha. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado. Análises de regressão foram usadas para os experimentos in vitro, sendo a severidade avaliada por escala diagramática e quantificação do número de lesões / fruto, e os tempos de vida útil dos frutos foram comparados pelo teste de Kruskal Wallis, a 5% de probabilidade. A acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis totais (SST), pH, ácido ascórbico e a relação SST/ATT foram comparados pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. In vitro, o óleo de nim e de copaíba e o vinho de jatobá apresentaram comportamento quadrático, sendo as concentrações de 1,56; 1,93 e 1,71 mL L-1 as mais eficientes na redução do crescimento micelial do fungo, respectivamente. O óleo de soja reduziu o crescimento micelial do fungo linearmente ao aumento da sua concentração até o limite de 2 mL L-1. Os óleos de soja e nim promoveram maior redução da severidade da Antracnose avaliada pela escala diagramática. O segundo também reduziu o número de lesões / fruto, e o primeiro estendeu o tempo de vida útil dos frutos de maracujá por quatro dias. Os frutos tratados com óleo de soja e de copaíba apresentaram maior tempo de vida útil, teor de ATT e menor relação SST/ATT.
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Os danos causados por A. fraterculus em três estágios de maturação de frutos de quivizeiro foram avaliados em pomar comercial, e, em laboratório, o desenvolvimento larval da espécie foi estudado, nas cultivares MG06 e Bruno. Frutos das duas cultivares foram infestados com A. fraterculus, em pomar comercial localizado em Farroupilha-RS, no início (30% do tamanho final), metade (90% do tamanho final) e final (ponto de colheita) do ciclo de desenvolvimento, e, em laboratório, desde o início da frutificação até a colheita. Na cultivar MG06, três dias após a primeira infestação, observou-se a formação de exsudato cristalino nos locais de punctura que evolui, na colheita, para rachaduras, depressões e primórdios de galerias nos frutos. Na mesma cultivar, registrou-se fibrose nos frutos infestados no fim do ciclo (ponto de colheita). Apesar de terem sidos computados ovos nos frutos, a campo não houve desenvolvimento larval nessa cultivar. Na Bruno, não foram constatados danos e ovos, indicando a imunidade da cultivar. Não houve queda de frutos atribuída a A. fraterculus nas duas cultivares. Verificou-se o desenvolvimento larval, em laboratório, quando os frutos apresentavam, no mínimo, 6,4% e 7,0% de sólidos solúveis totais, respectivamente, para as cultivares MG06 e Bruno.
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O objetivo deste trabalho foi estimar a variabilidade e a divergência genética entre genótipos de tucumanzeiro-do-pará promissores para a produção de frutos por marcadores de RAPD. Foram coletadas amostras de folhas de 29 plantas-matrizes selecionadas no Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Amazônia Oriental, com base na produção de frutos por planta, mas com pronunciadas variações para outras características. As amostras de DNA foram amplificadas por 24 iniciadores RAPD e analisadas por três métodos multivariados, usando a matriz de dissimilaridades genéticas obtidas pelo complemento aritmético do coeficiente de Jaccard. Foram gerados 332 marcadores moleculares que expressaram 98,5% de polimorfismo. Os marcadores RAPD apresentaram poder de discriminação eficiente entre os 29 genótipos avaliados, constatando-se distância genética média entre os genótipos de 51,7%, variando entre 26,9% e 71,5%. A maior média de distância ocorreu entre o genótipo 22 e os demais, com 66,8%. Os genótipos formaram oito e quinze grupos distintos, possivelmente grupos heteróticos, pelos métodos de agrupamentos UPGMA e Tocher, respectivamente. As análises das coordenadas principais confirmaram a alta variabilidade entre os genótipos. Os marcadores moleculares utilizados permitiram a identificação de ampla variabilidade e forte divergência genética entre os genótipos com ausência de duplicatas, o que possibilita a indicação desses materiais para compor programa de melhoramento genético para a produção de frutos.
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O objetivo desta pesquisa foi caracterizar o desenvolvimento e o rendimento de cultivares de bananeira no sudoeste de Goiás e adequar os níveis de adubação combinada de N e K. O experimento foi conduzido em Latossolo Vermelho distrófico, no município de Rio Verde, Goiás. Os tratamentos consistiram em cinco doses crescentes e combinadas de N e K (N0/K0 - 0 kg ha-1 ano-1 de N e 0 kg ha-1 ano-1 de K; N1/K1 - 150 kg ha-1 ano-1 de N e 200 kg ha-1 ano-1 de K ; N2/K2 - 300 kg ha-1 ano-1 de N e 450 kg ha-1 ano-1 de K; N3/K3 - 450 kg ha-1 ano-1 de N e 600 kg ha-1 ano-1 de K; N4/K4 - 600 kg ha-1 ano-1 de N e 800 kg ha-1 ano-1 de K), aplicadas em duas cultivares de banana, Thap Maeo e a Prata-Anã. As avaliações realizadas nas bananeiras foram: altura das plantas, diâmetro do pseudocaule e número de folhas aos 150 dias após plantio (DAT) e na época do florescimento. As plantas foram avaliadas no florescimento e na colheita das bananeiras, observando os seguintes componentes de produção: intervalo em dias entre o plantio e o florescimento, número de folhas na colheita, número de pencas por cacho e frutos na segunda penca, comprimento do engaço e dos frutos na segunda penca, diâmetro do engaço e dos frutos na segunda penca e peso do cacho, engaço e dos frutos na segunda penca. Amostras foliares das bananeira foram realizadas no seu florescimento e foram analisadas para obter os teores de macro e micronutrientes. Com os dados dos componentes de produção, calcularam-se o índice de durabilidade das folhas e a taxa de crescimento absoluto do pseudocaule das bananeiras. Os resultados foram submetidos a ANOVA e regressão, e a comparação de médias foi feita pelo teste de Tukey. Os atributos de desenvolvimento, a produção e os teores de macronutrientes e micronutrientes nas folhas da Thap Maeo e Prata-Anã foram influenciados pelas diferentes doses combinadas de N e K. O menor intervalo de dias entre o florescimento foi encontrado com as doses de 300 kg ha-1 de N e 450 kg ha-1 de K na Thap Maeo. Não houve melhor combinação das doses de N e K para os parâmetros de desenvolvimento, produção e teores foliares na Prata-Anã.
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O "bitter pit" é um distúrbio fisiológico ocasionado pela deficiência de cálcio (Ca) em maçãs. No entanto, trabalhos recentes mostram que o "bitter pit" pode estar relacionado com aumento na atividade de giberelinas nas plantas. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da pulverização de macieiras com um inibidor da síntese de giberelinas, o prohexadiona-cálcio (ProCa), e com giberelina GA3, no crescimento vegetativo das plantas e na ocorrência de "bitter pit". O experimento foi conduzido em um pomar localizado no município de São Joaquim-SC, na safra de 2009/2010. Macieiras 'Catarina' e 'Fuji' foram pulverizadas com água (tratamento-controle), ProCa e GA3 (ambos os produtos na dose de 319 mg L-1), na queda das pétalas (15-10-2009), quando as brotações do ano estavam com 5-10 cm de comprimento, sendo repetidas após 20 dias. Foram feitas avaliações foliares (teor de clorofila, área, massa seca e área específica), em janeiro/2010, e de comprimento dos ramos do ano e de peso dos ramos podados, em maio/2010. Os frutos foram colhidos na maturação comercial, armazenados em câmara fria convencional por quatro meses (0±0,5 ºC/90-95% UR), e então avaliados quanto à ocorrência de "bitter pit" após cinco dias de vida de prateleira. Em ambas as cultivares, o crescimento vegetativo foi significativamente menor nas plantas tratadas com ProCa, e maior naquelas tratadas com GA3, comparativamente ao controle. Maçãs 'Catarina' e 'Fuji' do tratamento com ProCa apresentaram menor ocorrência de "bitter pit" após o período de armazenamento, associada aos menores teores de K, Mg e N, em relação aos teores de Ca, no tecido da casca, comparativamente ao tratamento-controle. Já o tratamento com GA3 aumentou a ocorrência de "bitter pit" em relação ao controle em ambas as cultivares.
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Muitas espécies de Passiflora apresentam comportamento florífero diferente durante o ano e, consequentemente, com variações nas produções e períodos de colheitas, como observado para o maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis sims). Estudo com espécies silvestre constitui-se numa importante alternativa para usos de novos genótipos no melhoramento das espécies cultivadas comercialmente, em especial, a Passiflora setacea, devido ao grande potencial de mercado; contudo, essa espécie é pouco estudada, principalmente em relação à propagação, germinação, floração e condições de armazenamento. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o florescimento e a frutificação do maracujazeiro silvestre Passiflora setacea cultivado em Jaboticabal-SP. A floração e a frutificação foram avaliadas pelo percentual de frutificação através da polinização natural e artificial das flores, realizado no período de agosto a outubro. As características físicas dos frutos foram avaliadas através dos seguintes parâmetros: a) massa do fruto (g); b) diâmetro longitudinal do fruto (cm); c) diâmetro transversal do fruto (cm); d) espessura da casca (cm); e) rendimento de polpa (%). A característica química foi determinada por meio do teor de sólidos solúveis (SS). Verificou-se que a Passiflora setacea apresentou precocidade de floração em relação ao maracujazeiro-amarelo, com florescimento durante o ano todo, nas condições de Jaboticabal-SP. Observou-se que essa espécie possui bom nível de tolerância às doenças foliares, resistência à morte precoce e apresenta diferentes níveis de compatibilidade entre as plantas, possibilitando a essas características serem utilizadas em programas de melhoramento genético. Constatou-se ainda que as características físicas encontradas nos frutos atendem às exigências da indústria.
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Dentre os frutos do Cerrado, destaca-se o pequi (Caryocar brasiliense Camb.), que é constituído por aproximadamente 80% de casca, que é desprezada; no entanto, apresenta potencial de utilização em várias aplicações. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das variáveis concentração de ácido cítrico, temperatura e tempo de extração sobre o rendimento e o grau de esterificação da pectina extraída da casca de pequi e compará-la com a pectina cítrica comercial aplicada na formulação de geleia light. Obtiveram-se rendimentos de pectina entre 14,89 e 55,86 g.100g-1. A pectina obtida da casca de pequi caracterizou-se por apresentar baixo grau de esterificação (11,79-48,87%). A geleia light elaborada a partir da pectina da casca de pequi, extraída à temperatura de 84ºC por 92 minutos, na presença de 2% de ácido cítrico, obteve boa aceitação por parte dos provadores, alcançando escores médios acima de 7,0, diferindo da geleia produzida com pectina cítrica comercial apenas na aparência. Conclui-se que é viável utilizar a pectina da casca de pequi como ingrediente para formulação de geleia light de manga.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento e a produção de seis genótipos de bananeira nas condições bioclimáticas do Sudoeste Goiano. O experimento foi conduzido em área experimental na Fazenda Aroeira localizada no Município de Jataí-GO, microrregião do sudoeste Goiano. Em dois ciclos de produção, foram avaliados os genótipos 'Caipira' (AAA), 'Thap Maeo' (AAB), 'FHIA-01' (AAAB), 'FHIA-21' (AAAB), 'FHIA-18' (AAAB), descritos pela Embrapa como resistentes à Sigatoka, e a 'Terra' (AAB - subgrupo Terra), cultivada tradicionalmente pelos produtores da região. O experimento foi montado num delineamento experimental em blocos casualizados, com seis tratamentos (genótipos) e seis repetições, em condições de sequeiro com espaçamento de 3 x 2 m. A caracterização do desenvolvimento e do rendimento dos genótipos foi realizada com as seguintes avaliações: NDPC - número de dias do plantio à colheita; MC - massa do cacho (kg); NP - número de pencas; CE - comprimento do engaço (cm); Ø - diâmetro do engaço (mm); ME - massa do engaço (kg); Ø2ªP - diâmetro do fruto da segunda penca (mm); C2ªP - comprimento do fruto da segunda penca (mm); M2ªP - massa da segunda penca (kg); N2ªP - número de frutos da segunda penca; ØPSFL - diâmetro do pseudocaule na floração (cm), NFC - número de folhas na colheita, e APF - altura da planta na floração. Observou-se um regime hídrico bem definido, com uma estação chuvosa de outubro a março e um período seco de abril a setembro. Considerando que diferentes ambientes influenciam no desempenho dos genótipos de banana e na manifestação dos caracteres, o bom desenvolvimento desses genótipos indica a adaptação às condições climáticas da região. De acordo com os dados de produção do segundo ciclo, os genótipos 'FHIA-18', 'FHIA-01' e 'FHIA-21' apresentaram características agronômicas favoráveis e podem ser indicados como alternativas de cultivo aos produtores da região. As baixas temperaturas e a altitude contribuíram para o alongamento do ciclo em todas as cultivares, com maiores ciclos produtivos para 'FHIA-21' e 'Terra'.
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O pequi é uma espécie com ampla distribuição no cerrado brasileiro, tendo grande importância social e econômica para os habitantes desse bioma. O presente trabalho foi proposto em função da ausência de informações sobre os efeitos de fatores genéticos e ambientais na expressão de variáveis físicas em frutos dessa espécie. Informações dessa natureza facilitam as decisões em relação ao processo de domesticação e melhoramento dessa espécie. Para atender a este objetivo, colheram-se frutos nos municípios de Curvelo e São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, totalizando 15 matrizes por município, selecionadas através de características que refletem suas idades, sendo a principal o diâmetro do tronco rente ao solo (DAS). As variáveis físicas avaliadas foram: Peso Total do Fruto (PTF); Peso do Mesocarpo Externo (PME); Peso dos Putamens (PTP) por fruto; Nº de Putamens (NP) por fruto e Peso Total de Polpa (PTPL) por fruto. O efeito de matrizes foi altamente significativo para todas as variáveis avaliadas, enquanto o de populações foi apenas para NP. As estimativas das correlações entre as variáveis avaliadas foram todas positivas, algumas significativas. As estimativas das correlações entre DAS e as demais variáveis também foram todas positivas, algumas significativas. Os resultados permitem concluir que: há grandes expectativas de ganhos a partir da propagação vegetativa de matrizes selecionadas no campo para as características físicas de seus frutos; o peso de polpa por fruto, caráter de grande importância econômica, mas de avaliação trabalhosa, pode ser selecionado a partir da avaliação do peso de putamens por fruto; o efeito da idade da planta sobre a expressão de variáveis físicas em frutos de pequi é nulo ou positivo, podendo a seleção ser conduzida em plantas jovens.
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Physalis peruviana L. é uma espécie que vem sendo incorporada em plantios de pequenas frutas. Esta frutífera é tratada como anual, e o principal método de propagação é por sementes. Seu cultivo apresenta uma dinâmica de colheita diferenciada, com duração do período de colheita superior a três meses. Acredita-se que, devido ao extenso período de colheita, associado a diferentes épocas de semeadura, irão ocorrer variações nas características dos frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características físicas, químicas e fitoquímicas de frutos de Physalis peruviana ao longo do período de colheita, em função de duas épocas de plantio. O experimento foi realizado no período de 2007/2008. A semeadura foi realizada em duas épocas (04-09-2007 e 26-11-2007), e o transplante foi realizado quando as plantas estavam no estádio de duas folhas verdadeiras. Os frutos foram colhidos aos 120; 150; 180; 210 e 240 dias após o transplante e avaliados quanto à massa total e a coloração da epiderme, assim como quanto aos seus teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), fenóis e de carotenoides totais, razão SS/AT e atividade antioxidante. Os frutos de Physalis apresentaram variações físicas, químicas e fitoquímicas ao longo do período de colheita, para as duas datas de semeadura. O desenvolvimento das plantas, após o transplantio, levou a acréscimo nos valores de massa, nos teores de sólidos solúveis, fenóis e carotenoides, assim como na razão SS/AT. Na coloração e na atividade antioxidante, os maiores valores foram obtidos na primeira colheita (120 dias). A semeadura realizada em setembro proporcionou a obtenção de frutos com melhor qualidade.
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O trabalho teve como objetivo a caracterização pós-colheita de bananas cv BRS Platina (PA42-44), que é um híbrido tetraploide (AAAB) desenvolvido pela Embrapa. As mesmas foram produzidas no norte de Minas Gerais, com redução das lâminas (L) de água utilizadas na irrigação,a partir dos cinco meses após o plantio. Foram sete os tratamentos avaliados, com combinações de redução da lâmina (55%, 70% e 85%) nas fases II e III de desenvolvimento da planta (5 a 7 meses, e 7 a 12 meses após o plantio), caracterizados quanto a: teor de sólidos solúveis totais (sst), despencamento, firmeza da polpa, comprimento e diâmetro do fruto, relação polpa/casca e coloração da casca, definida pelos parâmetros L*, C* e ºh, avaliados quando os frutos estavam totalmente amarelos. O teor de sólidos solúveis totais foi maior nos frutos do tratamento T3, onde houve redução da lâmina de irrigação na fase II (floração) para 70% da ETc. A maior relação polpa/casca foi obtida quando a ETc foi reduzida em 25% na fase III, resistência ao despencamento. Os frutos mais firmes foram produzidos quando a ETc na fase II foi reduzida em 45%; já o menor despencamento foi obtido quando esta redução foi de 45% e 30% na fase II, e de 30% na fase III. Os maiores (comprimento e diâmetro) e mais pesados frutos foram produzidos na ausência de déficit hídrico durante todo o ciclo da cultura.
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O conhecimento das correlações genéticas entre os principais caracteres utilizados no melhoramento de plantas serve de base para delinear estratégias otimizadas de seleção. O procedimento da análise de trilha permite refinar essas correlações, desdobrando-as em efeitos diretos e indiretos sobre o caráter principal. O objetivo deste trabalho foi desdobrar as correlações genéticas de caracteres relativos ao cacho e à produção de frutos em progênies de meios-irmãos de açaizeiro em efeitos diretos e indiretos sobre a produção total de frutos, a fim de verificar a melhor estratégia de seleção para obtenção de progênies mais produtivas. Foi instalado um experimento com 25 progênies de meios-irmãos em blocos ao acaso, com quatro repetições e parcela de cinco plantas. Os dados dos anos agrícolas de 2005, 2006 e 2007 foram analisados pelo enfoque de modelos mistos, e as correlações genéticas, submetidas à análise de trilha. A produção de frutos correlacionou-se ao número de meses em produção, número total de cacho, peso de frutos por cacho e ao número de ráquilas por cacho. No entanto, pela análise de trilha, apenas o peso de frutos por cacho, o número de cachos e o número de ráquilas por cacho mostram-se como os principais determinantes na variação da produção de frutos de açaizeiro. Dentre esses caracteres, o número de ráquilas por cacho é o menos influenciado pelo ambiente e, portanto, mais promissor para obter ganhos indiretos na produção total de frutos.