1000 resultados para Complicações gestacionais
Resumo:
OBJECTIVE: to characterize and to assess in terms of severity the surgical and trauma patients admitted to a medical intensive care unit (ICU). DESIGN: retrospective study base on clinical records and the ICU computerized database. SETTING: the medical ICU of a tertiary hospital. RESULTS: of the 2468 patients admitted to the ICU in 1989, 289 (11.7%) were surgical or trauma ones. The more frequent reasons for admission were: the need for mechanical ventilation, metabolic problems, and depression of consciousness. Of these 289 patients, 48.1% required mechanical ventilation, 14.9 hemodialysis; 4.8% had a pulmonary artery catheter inserted. Mean APACHE II, TISS and MOF scores were high (20.09 +/- 9.29, 24.17 +/- 11.45 and 5.4 +/- 3.59); they were determined in 79.2, 88.2 and 43.9% of patients respectively. Both APACHE and TISS scores were correlated with mortality. When compared with medical patients, surgical/trauma ones although younger (52.9 +/- 20.7 years versus 55.9 +/- 20.2, p = 0.00152), had a longer mean stay in the ICU (7.63 +/- 12.7 days v. 3.64 +/- 7.61, p = 0.0001), and a higher mortality (also in the ICU) (28.7 v. 16.7, p = 0.0005. COMMENTS: these are seriously ill patients, who are frequently referred to the ICU in late stages of clinical evolution. We propose they should be closely followed, from the earliest possible stage, by medical-surgical teams, in order to benefit from a multidisciplinary approach.
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Apresentamos o caso de um doente, previamente submetido a angioplastia coronária com um stent revestido com fármaco, com enfarte agudo do miocárdio (EAM) provocado por trombose tardia do stent, tendo sido detectada fractura do mesmo. Este caso vem reforçar o reconhecimento crescente da fractura como potencial mecanismo para a trombose tardia de stent, na era dos stents revestidos com fármaco. A propósito deste caso clínico, apresentamos uma revisão da literatura sobre fractura de stent, nomeadamente sobre a sua incidência, mecanismos subjacentes e complicações clínicas.
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Os autores fazem uma breve revisão da literatura sobre os métodos disponíveis para a analgesia durante o trabalho de parto: indicações, contraindicações, complicações e efeitos secundários.
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Algumas complicações maternas ou fetais no decorrer da gravidez tornam necessária a indução do trabalho de parto. O misoprostol é um análogo sintético da prostaglandina Eı que mimetiza a acção endógena destas substâncias na maturação do colo do útero. A dose ideal, via e frequência de administração continuam sob investigação. O objectivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do misoprostol na indução do trabalho de parto e a morbilidade associada à sua administração oral e vaginal. Foi efectuada uma avaliação retrospectiva das grávidas internadas para indução do trabalho de parto durante o ano de 2002, no serviço de Medicina Materno Fetal da Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Foram seleccionadas as grávidas que efectuaram misoprostol oral (100 mg) e vaginal (50 mg). Foi avaliado o intervalo de tempo até à fase activa, ao parto, a necessidade de perfusão com occitocina, a via de parto e a morbilidade materna e fetal. Consideraram-se 238 grávidas, 194 efectuaram misoprostol oral e 44 vaginal. O intervalo da indução ao parto vaginal foi 24,3 horas na via oral e 16,9 horas na via vaginal (p=0.01), a dose total administrada foi significativamente inferior na via vaginal (p=0.00), a paridade foi um factor importante na via de parto (p=0.01). Não se verificaram diferenças entre os dois grupos em relação às complicações maternas e fetais. A administração vaginal de misoprostol, quando comparada com a oral, mostrou-se mais eficaz.
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Introdução: A pré-eclâmpsia (PE) é uma síndrome específica da gravidez, associado a morbimortalidade materna e perinatal. Métodos: Estudo retrospectivo descritivo das 134 gestações com PE grave, seguidas na nossa instituição de 2003 a 2005, com o objectivo de avaliar as repercussões maternas e fetais desta patologia. Resultados: Na maioria dos casos houve repercussão sistémica, manifestada por sintomatogia (79%) e valores laboratoriais indicativos de gravidade clínica. Os dados ecográficos revelaram 22,7% de restrição de crescimento intra-uterino e 21,3% de fluxometria doppler patológica. Decidiu-se interromper electivamente a gravidez em 95,3% dos casos, 60,5% nas primeiras 48h, sendo a síndrome materno a principal indicação. Verificaram-se 4 abortos e 5 mortes fetais. O parto ocorreu antes das 34 semanas em 63,1% dos casos. Em 82,8% a via de parto foi cesariana. Salientam-se 4 casos de insuficiência renal aguda e 2 casos de acidente vascular cerebral hemorrágico com morte materna. 20% dos recém-nascidos eram leves para a idade gestacional e verificou-se asfixia neonatal em 7,7%. Conclusão: A pré-eclâmpsia grave continua a ser uma patologia com implicações importantes no desfecho obstétrico.
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A gravidez na adolescência está associada a complicações maternas e para o recém-nascido (RN). Objectivos: 1) Caracterizar a gravidez, o parto e o RN de mães adolescentes. 2) Avaliar o desenvolvimento da criança no 1º ano de vida. 3) Analisar se a gravidez na adolescência constituiu um risco para o RN. Material e Métodos: Estudo descritivo envolvendo as grávidas com idade ≤ 18 anos com parto na Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC) de Janeiro a Dezembro de 2003. Recolha de dados por consulta dos processos clínicos das mães e dos RN. Variáveis analisadas: caracterização socio-epidemiológica dos pais, caracterização da gravidez, do parto e do RN e a avaliação da evolução da criança no primeiro ano de vida. Resultados: Dos 6058 partos ocorridos na MAC em 2003 3% foram de mães adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. Na maioria dos casos tratou-se de uma primeira gestação, vigiada (tardiamente) e com parto eutócico, tendo o RN peso adequado à idade gestacional (IG). Não encontrámos associação entre a idade materna e risco de cesariana, prematuridade, baixo peso de nascimento e peso leve para a IG. A gravidez não vigiada teve um risco maior de prematuridade. Não ocorreram asfixias nem óbitos. Conclusões: No grupo avaliado, a idade materna jovem por si só não pareceu constituir um risco biológico. Considerou-se a prevenção da gravidez na adolescência prioritária, e caso esta ocorra, que seja proporcionada uma vigilância pré-natal precoce e adequada asim como o acompanhamento pós-natal incluindo a reinserção escolar/emprego da mãe e acompanhamento médico de ambos.
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Introdução: Na grávida hipertensa, a importância prognóstica da MAPA é defendida em alguns trabalhos. Objectivo: Analisar o valor prognóstico da MAPA. Material e Métodos: Estudo prospectivo a 114 grávidas com PA elevada, vigiadas na consulta de HTA da MAC. Foram divididas em dois grupos: GRUPO 1, grávidas com HTA crónica (n=88) e GRUPO 2, grávidas com HTA diagnosticada na gravidez (n=26). Todas fizeram a MAPA uma vez na gravidez. Resultados: A MAPA diagnosticou 31% de grávidas com HTA, 80% no grupo das hipertensas crónicas. Observaram-se 46.5% de complicações, 36.8% foram no grupo 1 e 9.7% no grupo 2. Da comparação das complicações observadas com a presença de HTA e/ou VR na MAPA nunca se obteve significância estatística. Conclusão: A MAPA não tem um valor prognóstico sendo, no entanto, importante na monitorização da grávida hipertensa. Deverá fazer parte da vigilância de grávidas com HTA não controlada ou suspeita de HBB.
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A imunoterapia com o Bacilo Calmette-Guérin é amplamente usada no tratamento e profilaxia da neoplasia urotelial superficial. As complicações associadas ao tratamento são comuns. Os autores relatam um caso de inflamação granulomatosa do pênis, associada à terapia intravesical com Bacilo Calmette-Guérin, com múltiplos nódulos eritematosos indolores localizados na glande. É também efetuada uma revisão da literatura. A balanopostite granulomatosa é uma complicação rara associada à imunoterapia com Bacilo Calmette-Guérin, com uma apresentação clinicamente heterogênea que pode dificultar o diagnóstico. O seu reconhecimento clínico é essencial para o início precoce de tuberculostáticos e interrupção de Bacilo Calmette-Guérin.
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Infective endocarditis (IE) is now rare in developed countries, but its prevalence is higher in elderly patients with prosthetic valves, diabetes, renal impairment, or heart failure. An increase in health-care associated IE (HCAIE) has been observed due to invasive maneuvers (30% of cases). Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) and Enterococcus are the most common agents in HCAIE, causing high mortality and morbidity. We review complications of IE and its therapy, based on a patient with acute bivalvular left-sided MRSA IE and a prosthetic aortic valve, aggravated by congestive heart failure, stroke, acute immune complex glomerulonephritis, Candida parapsilosis fungémia and death probably due to Serratia marcescens sepsis. The HCAIE was assumed to be related to three temporally associated in-hospital interventions considered as possible initial etiological mechanisms: overcrowding in the hospital environment,iv quinolone therapy and red blood cell transfusion. Later in the clinical course,C. parapsilosis and S. marcescens septicemia were considered to be possible secondary etiological mechanisms of HCAIE.
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Apesar das infecções urinárias serem relativamente frequentes durante a gravidez, a ocorrência de um abcesso renal é muito raro. A patogénese do abcesso renal tem mudado ao longo dos anos. Actualmente, mais de 75% dos casos têm origem numa infecção do aparelho urinário. Os autores apresentam o caso clínico de uma grávida de 35 anos, internada às 38 semanas e cinco dias de gestação por febre, náuseas, vómitos e dor lombar à direita. Os dados clínicos e os exames complementares realizados levaram ao diagnóstico de abcesso renal. É feita uma revisão da literatura acerca do tema.
Resumo:
O objectivo deste trabalho é a descrição de uma técnica cirúrgica inovadora de sling suburetral, para correcção da incontinência urinária. Este sling, transobturador, poupa o espaço retropúbico, diminuindo as complicações inerentes à técnica, sem perda de eficácia.
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Introdução: Desde há vários anos que a inseminação intra-uterina intra-conjugal (IAC), com ou sem estimulação ovárica, vem sido usada no tratamento da infertilidade. No entanto, o seu uso permanece controverso. Material e métodos: Efectuou-se uma análise retrospectiva (1997-1999) de 114 ciclos de IAC com estimulação ovárica controlada em 66 casais, com o objectivo de determinar a eficácia da IAC e identificar variáveis significativas predictíveis do seu sucesso. Analisou-se o protocolo de estimulação, taxa de gravidez, resultado da gravidez e complicações da terapêutica. Resultados: A taxa de gravidez foi de 10,5% por ciclo e de 18% por casal, sendo a taxa de gravidez múltipla de 25% e a de aborto 0%. Metade de todas as gravidezes resultantes ocorreram no primeiro ciclo de IAC. A análise estatística identificou duas variáveis significativas: número de folículos e duração da infertilidade. Baixas doses de FSH parecem prevenir a gravidez múltipla e o síndrome de hiperestimulação ovárica. Conclusão: Concluímos que uma selecção criteriosa das pacientes associada a estimulação ovárica adequada é fundamental para o sucesso da IAC e que esta técnica constitui um tratamento eficaz para algumas formas de infertilidade.
Resumo:
Objectivos: Determinar a eficiência e segurança da via vaginal na patologia uterina benigna na ausência de prolapso e de contra-indicações absolutas. Material e métodos: Os autores efectuaram uma revisão das histerectomias vaginais (HV) efectuadas na ausência de prolapso urogenital (n=29). Como grupo controle foi estudado o mesmo número de histerectomias abdominais (HÁ). Resultados: Em n=29 houve 20,7% de complicações perioperatórias e pós-operatórias (via vaginal), e no grupo controle 65,5% (via abdominal). Conclusão: A via vaginal tem menor morbilidade e é mais eficiente em termos de custo operacional e benefício.
Resumo:
Uma amostra de 107 mulheres com diabetes gestacional foi dividida em dois grupos conforme existiam ou não factores de risco para diabetes gestacional. Foi feito o estudo comparativo dos dois grupos, verificando-se que a gravidez era semelhante no que diz respeito à gravidade do quadro clínico, complicações materno-fetais e resultados da gravidez. A existência de factores de risco tem uma influência limitada no quadro clínico da doença, porventura tanto menor quanto maior a aderência a uma consulta diferenciada de Diabetes.