995 resultados para Mordeduras e Picadas de Insetos
Resumo:
A cochonilha O. praelonga é considerada uma importante praga dos citros no Brasil, e informações sobre a sua dispersão estão baseadas apenas em observações empíricas. Objetivou-se avaliar o efeito de equipamentos de pulverização comumente utilizados pelos citricultores na dispersão da praga. Armadilhas adesivas foram instaladas no solo e em vergalhões dispostos verticalmente às plantas de três linhas adjacentes em um talhão de citros contendo plantas infestadas pela praga. Foram adotados equipamentos utilizados para controle de pragas dos citros. A avaliação da dispersão foi realizada por meio da contagem de fêmeas, ninfas ou partes dos insetos aderidas às armadilhas adesivas. Os equipamentos Martignani e Bié foram capazes de lançar a praga a até 15 m, enquanto, para o equipamento Turbo Valência, detectaram-se fragmentos cerosos a até 22 m da máquina. Os equipamentos dotados de pistola não causaram qualquer dispersão da praga. Portanto, evidenciou-se que mesmo a utilização de equipamentos para controle de outras pragas pode favorecer a dispersão da cochonilha O. praelonga em pomares de citros, e isso deve ser considerado no aprimoramento do programa de manejo integrado de pragas dos citros.
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O presente trabalho teve por objetivo determinar o efeito de genótipos de maracujazeiro quanto à atratividade e à não-preferência para alimentação de lagartas de Dione juno juno, em diferentes idades, através de testes com e sem chance de escolha. Os experimentos foram conduzidos no Departamento de Fitossanidade da FCAV/UNESP de Jaboticabal-SP, sob condições ambientais controladas (T=26=±=1°C=U.=R.= 60 ± 10% e fotofase = 14 horas), utilizando-se dos genótipos Passiflora edulis, P. gibertii, P. alata, Sul Brasil, IAC-275, Flora FB 300, P. serrato-digitata, P. edulis f. flavicarpa, Maguary FB-100 e P. foetida. Para o teste com chance de escolha, foram utilizadas placas de Petri, onde foram distribuídos, de forma eqüidistante, um disco foliar (3,2 cm) de cada genótipo estudado e liberando-se em seguida, no centro da placa, 5 lagartas recém-eclodidas ou uma lagarta com 10 dias de idade por material. No teste sem chance de escolha, foi colocado apenas um disco de cada genótipo por placa de Petri (9 cm de diâmetro), mantendo-se o mesmo padrão de infestação utilizado no teste com chance. As avaliações foram realizadas em duas etapas, sendo que, na primeira, avaliou-se a atratividade, contando o número de lagartas em cada material a 1; 3; 5; 10; 15; 30; 60; 120; 240 minutos e 24 horas após a liberação das mesmas. Na segunda etapa, observou-se o consumo foliar 24 horas após o início do teste. O genótipo menos atrativo às lagartas recém-eclodidas e de 10 dias de idade foi P. alata em testes com e sem chance de escolha. O genótipo P. alata foi o menos consumido em teste com chance de escolha, sendo que, no teste sem chance, P. alata e P. foetida destacaram-se como os menos consumidos para as duas fases larvais.
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Se estudió el ciclo biológico de Dryomia lichtensteini (F. Löw) en una población de encinas de Lleida y se describieron los diferentes estados de desarrollo del díptero. Los adultos aparecieron en abril y volaron hasta mediados de mayo. Las hembras realizaron la puesta en los brotes jóvenes del árbol. Cuando aparecieron las hojas nuevas, las larvas nacidas a finales de mayo produjeron picadas para alimentarse. Como respuesta, el árbol produjo agallas uniloculares de forma ovoide en el envés de las hojas. Las larvas puparon dentro de las agallas de marzo a mayo del año siguiente, y en abril aparecieron los nuevos adultos mediante la apertura de las agallas por el haz de la hoja mediante una estrecha fisura. Se observó una única generación al año. La distribución de las agallas no siguió un patrón concreto y se localizaron en toda la copa, con mayor abundancia en el estrato inferior de la misma.
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Avaliou-se, em laboratório, a não-preferência para alimentação de Epicauta atomaria em diferentes espécies de maracuja, em teste com e sem chance de escolha. Verificou-se a melhor densidade de insetos que proporcionam a discriminação quanto aos graus de resistência. Para avaliação, utilizaram P. setacea, P. alata, P. edulis, P. cincinnata e P. laurifolia. Para os testes com e sem chance de escolha, a não-preferência para alimentação foi avaliada através da atratividade, onde foi contado o número de insetos atraídos por espécie, em placa de Petri. As espécies P. laurifolia e P. alata foram resistentes a E. atomaria, expressando o tipo de resistência à não-preferência para alimentação. As densidades de E. atomaria que melhor discriminaram as espécies de maracujazeiro, são três e cinco (teste com chance de escolha) e dois (teste sem chance de escolha). P. edulis, P. setacea e P. cincinnata são suscetíveis a E. atomaria.
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O Piauí possui uma área considerável de manga, sendo um grande produtor dessa fruta no Brasil. Contudo, a presença de pragas, como as moscas-das-frutas, tem provocado grandes impactos na cadeia produtiva, pois estes insetos fazem parte de um grupo responsável por grandes prejuízos econômicos na cultura da mangueira. O conhecimento da flutuação populacional e a época de maior ocorrência de uma determinada espécie de inseto de importância econômica são requisitos indispensáveis para o estabelecimento de um controle eficiente e racional. O presente trabalho visou registrar a flutuação populacional das espécies de moscas-das-frutas associadas a variedades de manga, bem como correlacionar a ocorrência das moscas com as médias mensais de temperatura, precipitação e umidade relativa, e também avaliar os atrativos alimentares utilizados na captura dos insetos. A pesquisa foi conduzida de junho de 2004 a maio de 2005, em pomar comercial de manga (Mangifera indica L.-Anacardiaceae), das variedades Tommy Atkins, Keitt, Kent e Palmer, localizado no município de José de Freitas-Piauí-Brasil, na latitude 04º50'S e longitude 42º41'W. Anastrepha obliqua e Anastrepha serpentina são as espécies de tephritídeos predominantes na cultura da manga.
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A cigarrinha Bucephalogonia xanthophis (Berg) (Hemiptera: Cicadellidae) é um importante vetor da bactéria Xylella fastidiosa, agente causal da clorose variegada dos citros. Este trabalho teve como objetivo identificar o local preferido de alimentação e o período de maior atividade alimentar desta cigarrinha em citros, no sentido de elucidar o comportamento alimentar relacionado à transmissão da bactéria. O local de alimentação foi estudado em ensaio de escolha, no qual 30 insetos adultos foram liberados em gaiolas de observação (n = 10) contendo uma muda de laranja-doce [Citrus sinensis (L.) Osbeck]. Após 1; 15; 21; 25; 39; 45 e 49 h da liberação, contaram-se os insetos na parte superior (ramos com brotações) e inferior (haste principal, até H"40 cm de altura) da muda. Nos ramos da parte superior, avaliou-se a preferência entre a haste, o pecíolo e o limbo foliar. Em um segundo ensaio, 20 machos e 20 fêmeas de B. xanthophis foram confinados individualmente sobre a haste de 'seedlings' de laranja-doce para determinar os períodos de alimentação, quantificando-se a excreção de 'honeydew' (medida indireta da ingestão) em períodos sucessivos de dia e noite, durante 48 h. A maioria dos indivíduos de B. xanthophis preferiu a haste dos ramos novos (62%), na parte superior da muda cítrica (91%). Nos 'seedlings', observou-se maior volume de excreção e proporção de indivíduos excretando durante a fotofase, independentemente do sexo. Portanto, em estudos de transmissão de X. fastidiosa, deve-se considerar a preferência de B. xanthophis pela haste de brotações cítricas e sua maior atividade alimentar durante a fotofase.
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Uma espécie que está sendo incorporada no cultivo de pequenas frutas é a physalis. Esta Solanaceae é considerada uma planta rústica que tem dificuldade de manter suas hastes eretas, seus frutos estão dentro de um cálice que os protege contra insetos, pássaros e condições adversas. o objetivo neste trabalho foi avaliar as características físico-químicas dos frutos de Physalis peruviana em função das diferentes colorações de cálice e dos sistemas de condução utilizados. A colheita dos frutos foi realizada levando em consideração cinco diferentes classificações quanto à coloração de cálice: 1 (verde); 2 (verde-amarelada); 3 (amarelo-esverdeada); 4 (amarela), e 5 (amarelo-amarronzada), provenientes dos sistemas de condução "v" invertido e triangular. o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com esquema fatorial 5x2 (colorações do cálice x sistemas de condução). A unidade experimental foi composta de dez frutos, sendo cada tratamento repetido três vezes. os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), aplicando o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade de erro, para comparação das médias. As variáveis avaliadas foram: massa fresca do fruto, do cálice e total, diâmetro, firmeza, coloração da epiderme, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), razão SST/ATT e pH. o sistema de condução triangular, combinado às colorações de fruto amarela e amarelo-amarronzada resultou, respectivamente, em frutos com maior conteúdo de SST e razão SST/ATT. os maiores valores para massa e diâmetro de fruto foram alcançados quando os cálices se apresentavam amarelo-amarronzados, enquanto a maior massa total foi atingida quando os cálices tinham coloração amarela. Já para a massa do cálice, as maiores respostas foram obtidas nos de coloração verde. Conclui-se que physalis colhidos a partir da terceira fase (3) (cálice amarelo-esverdeado) apresentam o melhor conjunto de características físico-químicas, em ambos os sistemas de condução avaliados.
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O gênero Butia é amplamente distribuído no estado do Rio Grande do Sul e constitui parte importante da biodiversidade deste estado. Devido à sua importância, foi realizado um levantamento do conhecimento tradicional associado a esta palmeira, enfocando principalmente os usos dados à planta e aos frutos. Para tanto, foram realizadas entrevistas em comunidades do interior de sete municípios do sul do Rio Grande do Sul. entre os usos principais do butiá relacionados pelos entrevistados, destacam-se o consumo do fruto in natura, a produção de sucos, licores, geleias, sorvetes, bolos e bombons, além de outras sobremesas. existem agroindústrias produzindo suco natural de butiá como uma nova alternativa para incrementar a renda familiar. Com as folhas e a polpa do fruto são realizados trabalhos artesanais, que são expostos em feiras. esta planta é usada para ornamentar jardins e quintais. os entrevistados reconhecem grande variabilidade entre os frutos do butiazeiro em relação ao tamanho, ao sabor, à coloração da película, à deiscência e à acidez. também relatam a intensa interação de pássaros e insetos com a planta, especialmente nos períodos de floração e de frutificação. Além da manutenção do uso tradicional da planta pela população, produtos inovadores a partir do butiá vêm sendo desenvolvidos. existe um grande potencial de utilização da planta de butiá, principalmente do fruto, na culinária, na produção de doces, geleias, suco e licor. as comunidades visitadas demonstram uma relação de afeto e respeito pelo butiazeiro.
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A cajazeira (Spondias mombin L.) é uma Anacardiaceae que se destaca pela considerável importância social e econômica no Nordeste brasileiro. Vários autores mencionam insetos que atacam folhas, ramos e frutos de cajazeiras; no entanto, em relação às flores, as informações são limitadas. Cecidomyiidae é uma família bastante diversificada de Nematocera (Diptera). Cecidomyiinae têm hábitos variados e grande riqueza de espécies fitófagas. Neste trabalho, objetivou-se a identificação de uma espécie de Cecidimyiinae galhador em cajazeira, caracterização dos sintomas do ataque e avaliação do nível de infestação em panículas da cajazeira em diferentes genótipos. O experimento foi desenvolvido em pomar de cajazeira do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí. Foram avaliados oito genótipos: JL 15, LA1, Fazenda Soares I, Fazenda Soares II, Fazenda Soares III, Major, Vagner e Jardim. O inseto foi identificado como Clinodiplosis sp. Considerando-se a alta especificidade de Cecidomyiinae (Clinodiplosini) na relação galhador X planta hospedeira, a espécie de Clinodiplosis associada a Spondias mombin provavelmente é nova. Os genótipos Major, LA 1, Soares I e Jardim apresentaram menor infestação. Já os genótipos JL 15, Vagner, Soares III e Soares II apresentaram maior infestação. Pode-se concluir que o nível de infestação das cajazeiras por Clinodiplosis sp. varia de acordo com o genótipo avaliado.
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Neste trabalho, foi realizado o censo das áreas cultivadas com uvas finas de mesa sob cultivo protegido e a identificação das principais espécies de pragas e estratégias de controle empregadas pelos produtores, no município de Caxias do Sul-RS. Na safra de 2007/2008, foram identificados os produtores envolvidos com a atividade no município e através de entrevista presencial e semiestruturada ao estabelecimento produtivo, registrou-se a área cultivada e variedades. Para produtores com cultivo de áreas superiores a 2.000m² da cultivar Itália, com dois anos ou mais de produção, foi aplicado outro questionário na safra de 2008/2009 com o objetivo de levantar as informações referentes: a) espécies de insetos e ácaros-praga que danificam as uvas finas de mesa na propriedade, segundo o viticultor; b) conhecer a realidade do manejo de insetos e ácaros-praga na cultura; c) verificar os parâmetros que o produtor utiliza para a aplicação de inseticidas; d) conhecer os produtos aplicados, e e) identificar o tipo de assistência técnica recebida pelo viticultor. Foram identificados 43 produtores de uvas finas de mesa sob cultivo protegido com área total cultivada de 30,36 ha, sendo 70,31% desta área da cultivar Itália. As pragas mais importantes mencionadas pelos produtores foram tripes - Frankliniella rodeos Moulton e a mosca-das-frutas-sul-americana Anastrepha fraterculus (Wied). O manejo realizado para controle destas pragas é através da aplicação de inseticidas com os ingredientes ativos acefato e fentiona, respectivamente, com base em calendário. Os principais problemas enfrentados para implementar estratégias de manejo de pragas no cultivo são a falta de assistência técnica, a ausência de metodologias confiáveis para o monitoramento e o reduzido número de inseticidas autorizados para a cultura.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes embalagens no ensacamento de maçãs para o controle de pragas e doenças, e sua influência na maturação e qualidade dos frutos, em pomar sob sistema orgânico. O experimento foi conduzido em pomar com plantas de dez anos de idade da cultivar Imperial Gala, sobre porta-enxerto 'Marubakaido', com filtro EM-9, localizado no município de São Joaquim-SC, nas safras 2007/2008 e 2008/2009. Os frutos foram ensacados, após o raleio, com embalagens plásticas transparentes microperfuradas ou de tecido não texturizado (TNT). Frutos não ensacados constituíram o tratamento-controle. Na colheita, os frutos foram avaliados quanto aos danos provocados por mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus), mariposa-oriental (Grapholita molesta), lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) e pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum), incidência das doenças sarna-da-macieira (Venturia inaequalis) e podridão-amarga (Colletotrichum gloeosporioides), e atributos físico-químicos de maturação e qualidade e teor de cálcio (Ca) nos frutos. O ensacamento, independentemente do tipo de material utilizado, reduziu os danos de insetos-praga, porém não foi eficiente no controle de doenças nos frutos. O ensacamento não comprometeu o desenvolvimento de coloração vermelha na casca e o teor de Ca nos frutos. De modo geral, o ensacamento antecipou o processo de maturação, caracterizado pela redução na firmeza de polpa e na textura da casca e da polpa, e pelo aumento no índice de iodoamido.
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O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de inseticidas reguladores de crescimento de insetos (RCI) sobre ovos, lagartas e adultos de G. molesta, em laboratório. Os inseticidas avaliados foram lufenurom e novalurom (4,0g de i.a. 100L-1) metoxifenozida e tebufenozida (9,6g de i.a. 100L-1) e uma testemunha (água destilada). Em aplicação antes da oviposição, somente o metoxifenozida causou mortalidade significativa de ovos (26,3%), quando comparado à testemunha. A aplicação dos inseticidas sobre ovos com diferentes idades (24; 48 e 72 horas) apresentou variações na mortalidade da espécie em função do inseticida e tempo de desenvolvimento embrionário. Somente metoxifenozida e novalurom reduziram a viabilidade de lagartas que eclodiram dos ovos tratados, com um máximo de 35,9 e 39,5% de viabilidade larval quando aplicados em ovos de 48-72 horas, respectivamente. O tratamento dos frutos de maçã com inseticidas causou mortalidade significativa das lagartas, contudo não foram observadas diferenças entre os inseticidas, tanto para lagartas pequenas (eficiência média de 47,2%), quanto para lagartas de 3º-4º instar (média de 45,3%). Lufenurom reduziu sua eficácia com o aumento do tamanho da lagarta. A ingestão de lufenurom, metoxifenozida, novalurom, tebufenozida e por adultos de G. molesta reduziu a fecundidade e a fertilidade, porém a longevidade dos adultos somente foi afetada negativamente pela ingestão de metoxifenozida e tebufenozida.
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O presente trabalho verificou experimentalmente a ecologia da polinização da amoreira-preta (Rubus sp.). Objetivou-se confirmar a síndrome de polinização de Rubus sp., por meio de análise de seu sistema reprodutivo, quantificação da produção diária de néctar, levantamento da entomofauna que visita as flores da amoreira na área de estudo e análise do seu comportamento polinizador. Os experimentos foram realizados em uma área de cultivo de amoreira-preta, no mês de dezembro de 2005, município de Timbó (SC). Constatou-se que a maior taxa de frutificação (48,3 % ± 3,2) ocorreu via polinização livre, onde os insetos não foram excluídos. Foi verificada a ocorrência de autopolinização, porém com taxa inferior de frutificação (12,2% ± 4,9). A anemofilia não foi constatada na espécie. A avaliação da produção de néctar em Rubus sp. resultou em valores compatíveis com a síndrome de melitofilia. Os visitantes florais coletados e observados sobre as flores de Rubus sp. foram predominantemente abelhas da ordem Hymenoptera (97%), que iniciam, em menor número, a atividade de forrageamento às 8h, com pico de atividade às 12h e declinando até às 16h. As coletas resultaram numa amostragem de 1.360 abelhas, divididas em quatro famílias e 13 espécies. A família com maior riqueza de espécies (N = 7) foi Halictidae e a mais abundante foi Apidae, com 1.288 indivíduos. Em Apidae, houve o predomínio da espécie exótica Apis mellifera, cuja representação na amostra foi de 1.246 indivíduos. Os dados da abundância e as observações naturalísticas do seu comportamento da flor apontaram A. mellifera como o principal polinizador de Rubus sp., mas confirmam que as demais espécies de abelhas também participam na polinização de Rubus sp.
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A pitangueira Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) é uma frutífera nativa da América do Sul, podendo ser encontrada em quase todo o território brasileiro, bem como no Paraguai, no Uruguai e na Argentina. Nas folhas dessa planta, são encontradas galhas induzidas por Eugeniamyia dispar (Diptera: Cecidomyiidae). O objetivo deste trabalho foi determinar os parasitoides associados a E. dispar, a dinâmica populacional de E. dispar e dos parasitoides e a distribuição de galhas na planta. Ramos e folhas foram coletados quinzenalmente, durante as safras agrícolas de 2007/2008 e 2008/2009, em pomares de pitangueira localizados no município de Pelotas-RS, e transportados para o laboratório para a contagem do número de galhas. Do material coletado, foram individualizadas dez folhas em recipientes plásticos (200 mL) contendo 30 mL de uma solução à base de ágar-água (2%) e metilpara-hidroxibenzoato (nipagin) (0,2%). Os recipientes foram fechados e mantidos sob condições controladas de temperatura (24±2ºC), umidade relativa (70±10%) e fotofase (14h), sendo registrado, diariamente, o número de insetos emergidos. Obteve-se uma espécie de Hymenoptera, Rileya hegeli (Eurytomidae), como parasitoide de E. dispar. Quanto à dinâmica populacional de E. dispar e de R. hegeli, foi observado, nos dois anos de avaliação, que a população de ambos aumentou a partir de outubro, atingindo as maiores populações nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, decrescendo posteriormente. O número de galhas por folha variou de zero a 23, sendo que 61,19% das folhas apresentavam de uma a oito galhas e que o número de folhas com galhas por ramo variou de uma a nove, sendo que 63,00% dos ramos apresentaram de uma a três folhas infestadas.
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Nativo do Cerrado brasileiro e com alta variabilidade morfológica, o cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile St. Hill.) apresenta frutos de grande aceitação pelas populações locais, os quais atraem por suas características peculiares, como tamanho, sabor único e potencial para uso sustentável por produtores e pela indústria. A produção de sementes limitada, acarretada pela baixa polinização e pela alta predação por animais e insetos, dificulta a propagação da espécie. O conhecimento da variabilidade genética do cajuzinho-do-cerrado é importante para maximizar o uso de seus recursos genéticos para futuros programas de melhoramento e de conservação da espécie. No presente trabalho, a variabilidade genética de 122 acessos de A. humile procedentes de 11 municípios (procedências) do Cerrado de Goiás e Mato Grosso, foi estimada por meio de marcadores RAPD. As similaridades genéticas foram estimadas a partir da matriz binária, tendo sido processadas análises de agrupamento e de dispersão gráfica a partir da matriz de distâncias. Os iniciadores com maior expressão foram OPA11 e 08. Os dez iniciadores utilizados geraram 157 bandas, sendo 156 polimórficas (99 %), com média de 15,6 bandas/ iniciadores. Grande variabilidade dentro de municípios foi detectada, sendo o polimorfismo superior a 90 %, exceto da procedência de Jataí-GO. A distância entre acessos variou de 0,138 a 0,561, com média de 0,370, sendo os menores valores registrados entre os acessos de Mineiros-GO, e Serranópolis-GO. Os acessos de Caiapônia-GO, e Santo Antônio do Descoberto-GO, foram os mais distantes geneticamente. A dissimilaridade total entre acessos variou de 0,103 a 0,796, com médias de 0,390. Os acessos 87 e 114 de Serranópolis-GO, e Santo Antônio do Descoberto-GO, respectivamente, foram os mais distantes geneticamente, demonstrando a importância dessas procedências no enriquecendo do banco de germoplasma da espécie.