993 resultados para Estatística lexical
Resumo:
Investigou-se a associação entre padrões de dieta e câncer oral, como parte de um estudo multicêntrico latino-americano caso-controle de base hospitalar e incluiu 210 casos incidentes e 251 controles. Dados de consumo alimentar foram coletados por Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar (QFCA). Análise fatorial identificou padrões alimentares, que foram categorizados em tercis. Calculou-se odds ratio (OR) com intervalo de 95 por cento de confiança (IC95 por cento ) por regressão logística múltipla não condicional. Os padrões "prudente", caracterizado em maioria por frutas e vegetais, e o padrão tradicional, por arroz e feijão, apresentaram associação inversa com o câncer oral para o mais elevado tercil, respectivamente: OR = 0,44; IC95 por cento : 0,25-0,75, valor de p de tendência (ptend) = 0,03; OR = 0,53; IC95 por cento : 0,30-0,93, ptend = 0,06. O padrão "lanches" não foi associado ao câncer oral. Além da proteção ao câncer oral conferida por dieta rica em vegetais e frutas, nossos dados sugerem que a dieta "tradicional" brasileira contendo em sua maioria arroz e feijão pode oferecer proteção ao câncer oral
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A utilização de hidrolisados de carne em dietas melhora seu conteúdo protéico, de vitaminas e minerais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a aceitação de hidrolisados de carne. Quatro preparações foram desenvolvidas com três tipos de hidrolisados em condições similares às domésticas. . A aceitação foi avaliada com uso de escala hedônica de 9 pontos. Os testes foram realizados em três sessões (de acordo com o tipo de hidrolisado) e, incluiu-se na ficha de avaliação informações de idade. A análise estatística foi realizada por ANOVA e teste de Tukey. As preparações mais aceitas foram os bolinhos com hidrolisados de peru e frango. Os hidrolisados podem ser utilizados em diversas preparações, sendo necessário o conhecimento da faixa etária a qual se destinam, suas características sensoriais e físico-químicas, para garantir o sabor e a aparência do produto final
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OBJETIVO: Estabelecer a evolução da prevalência de desnutrição na população brasileira de crianças menores de cinco anos de idade entre 1996 e 2007 e identificar os principais fatores responsáveis por essa evolução.MÉTODOS: Os dados analisados procedem de inquéritos "Demographic Health Surveys" realizados no Brasil em 1996 e 2006/7 em amostras probabilísticas de cerca de 4 mil crianças menores de cinco anos. A identificação dos fatores responsáveis pela variação temporal da prevalência da desnutrição (altura-para-idade inferior a -2 escores z; padrão OMS 2006) considerou mudanças na distribuição de quatro determinantes potenciais do estado nutricional. Modelagem estatística da associação independente entre determinante e risco de desnutrição em cada inquérito e cálculo de frações atribuíveis parciais foram utilizados para avaliar a importância relativa de cada fator na evolução da desnutrição infantil. RESULTADOS: A prevalência da desnutrição foi reduzida em cerca de 50%: de 13,5% (IC 95%: 12,1%;14,8%) em 1996 para 6,8% (5,4%;8,3%) em 2006/7. Dois terços dessa redução poderiam ser atribuídos à evolução favorável dos quatro fatores estudados: 25,7% ao aumento da escolaridade materna; 21,7% ao crescimento do poder aquisitivo das famílias; 11,6% à expansão da assistência à saúde e 4,3% à melhoria nas condições de saneamento.CONCLUSÕES: A taxa anual de declínio de 6,3% na proporção de crianças com déficits de altura-para-idade indica que em cerca de mais dez anos a desnutrição infantil poderia deixar de ser um problema de saúde pública no Brasil. A conquista desse resultado dependerá da manutenção das políticas econômicas e sociais que têm favorecido o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e de investimentos públicos que permitam completar a universalização do acesso da população brasileira aos serviços essenciais de educação, saúde e saneamento
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OBJETIVO: Analisar a influência da renda familiar e do preço de alimentos sobre a participação de frutas e hortaliças dentre os alimentos adquiridos pelas famílias brasileiras. MÉTODOS: Foram utilizados dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com amostra probabilística de 48.470 domicílios brasileiros entre 2002 e 2003. A participação de frutas e hortaliças no total de aquisições de alimentos foi expressa como percentual do total de calorias adquiridas e como calorias provenientes desses alimentos ajustadas para o total de calorias adquirido. Empregaram-se técnicas de análise de regressão múltipla para estimação de coeficientes de elasticidade, controlando-se variáveis sociodemográficas e preço dos demais alimentos. RESULTADOS: Observou-se aumento da participação de frutas e hortaliças no total de aquisições de alimentos com a diminuição de seu próprio preço ou com o aumento da renda. A diminuição do preço de frutas e hortaliças em 1 por cento aumentaria sua participação em 0,79 por cento do total calórico; o aumento de 1 por cento na renda familiar aumentaria essa participação no total calórico em 0,27 por cento. O efeito da renda tendeu a ser menor nos estratos de maior renda. CONCLUSÕES: A redução do preço de frutas e hortaliças, tanto pelo apoio à cadeia de produção dos alimentos quanto por medidas fiscais, é um promissor instrumento de política pública capaz de aumentar a participação desses alimentos na dieta brasileira
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Este estudo teve por objetivo avaliar a participação relativa dos grupos de alimentos no Valor Energético Total (VET) para as famílias rurais e urbanas das Regiões Nordeste e Sudeste, de acordo com o rendimento mensal familiar. Foram utilizadas as informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre julho de 2002 e junho de 2003. Os recursos do software Statistical Analysis System foram utilizados para as análises. Quanto à participação dos distintos grupos alimentares no VET, destaca-se a reduzida contribuição energética das frutas e hortaliças, bem como a elevada participação do grupo de açúcares e doces, evidenciadas para a totalidade das famílias analisadas. Foi notória a influência exercida pela localização dos domicílios, especialmente o estrato geográfico, bem como pelos rendimentos familiares, sobre a alimentação da população das Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
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INTRODUÇÃO: É reconhecida a efetividade de um treinamento para melhorar a qualidade no relato do consumo alimentar em adultos, porém poucos estudos avaliam esta efetividade em crianças. OBJETIVO: Investigar o efeito da realização de um treinamento para o desenvolvimento de habilidades para um correto preenchimento de um Diário Alimentar, por escolares de 7 a 10 anos. METODOLOGIA: O estudo foi conduzido em uma escola pública da cidade de São Paulo e envolveu a realização de 3 sessões de treinamento de 30 minutos cada, direcionadas a 40 escolares de ambos os sexos. Para verificação do efeito do treinamento, 3 examinadores avaliaram o preenchimento dos dados antes e após o mesmo. Foram atribuídos escores de 0 a 5 para aspectos relativos à identificação, detalhamento e quantificação do alimento consumido, e calculado o escore médio a partir dos escores de cada examinador para cada aspecto. Utilizou-se o teste de Wilcoxon para comparação de amostras dependentes. RESULTADOS: Foi constatada evidência estatística de diferença entre os escores antes e após o treinamento para os três aspectos: identificação (p < 0,001), detalhamento (p = 0,003) e quantificação do alimento (p < 0,001), sendo grande parte dos valores após o treinamento maiores que os iniciais. CONCLUSÃO: É possível aumentar a habilidade de escolares de 7 a 10 anos no preenchimento de um Diário Alimentar a partir da realização de um treinamento nos moldes apresentados neste artigo
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Introdução e objetivo: A exposição à luz natural tem efeitos relevantes no sistema de temporização biológica. Pode-se supor que essa exposição poderia promover um ajuste melhor entre os ritmos biológicos e os horários de início de trabalho entre trabalhadores diurnos de ambientes externos. O objetivo deste estudo foi comparar a matutinidade/vespertinidade e a relação entre o horário de trabalho real e o ideal em trabalhadores diurnos expostos a condições de iluminação distintas. Métodos: O estudo foi conduzido com dois grupos de trabalhadores (n=49) que residiam em uma área rural e tinham condições sociais similares. Um grupo trabalhava em ambiente interno (n=20, idade média 30,8 anos (21-50); desvio padrão=9,8) e o outro grupo trabalhava em ambiente externo (n=29, idade média 30,8 anos (17- 50); desvio padrão=10,0). Os trabalhadores preencheram um questionário de matutinidade/vespertinidade (MEQ). Foi realizada uma ANOVA de um fator com o intuito de comparar os escores do MEQ entre os dois grupos de trabalhadores. Resultados: Como esperado, o Grupo do Ambiente Externo (GAE) apresentou média de escores mais elevada que o Grupo do Ambiente Interno (GAI), o que significa uma tendência à matutinidade (GAE: 58,4±7,9; GAI; 47,4±6,4), com significância estatística (F=26,22; p<0,001). De acordo com os dados relatados em relação aos horários de trabalho, o GAE gostaria de atrasar seu horário de trabalho em 31 minutos, em média, enquanto que o GAI gostaria de atrasar em 96 minutos seu horário de trabalho (F=7,71; p<0,01). Conclusões: Os resultados desse estudo sugerem que a exposição à luz natural pode promover um ajuste melhor aos horários de início de trabalho matutinos
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O trabalho apresenta um projeto de intervenção na realidade concreta das ações de Vigilância Sanitária, através da proposição de um roteiro para inspeção destinado a creches. Os objetivos específicos foram identificar os fundamentos jurídicos, técnico-científicos e sanitários que possam nortear a prática de inspeções sanitárias em creches; elaborar uma proposta de roteiro que permita um processo de análise mais explícito, objetivo e homogêneo e discutir a contribuição do instrumento proposto para a atividade de Vigilância Sanitária, com base na literatura científica pesquisada. Para a realização do trabalho foi feita uma revisão fundamentada em textos didáticos e normativos das áreas de educação e saúde, legislação sobre Vigilância Sanitária e Educação Infantil, outros roteiros já existentes e artigos da literatura científica sobre agravos à saúde em crianças que frequentam creches. O trabalho focaliza o conteúdo da legislação específica vigente e sua aplicabilidade na prática da inspeção sanitária em creches e baseia-se na Portaria - MS n. 321 de 26.05.1988. Este estudo apresenta um instrumento para avaliar a qualidade do atendimento nas creches sob o aspecto da promoção da saúde e sugere estudos posteriores de validação para o contexto, com a possível inclusão de um sistema de classificação para os padrões de conformidade, por meio de uma metodologia estatística
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The analysis of interviews with open-ended questions is a common practice amongst researchers in the field of Management. The difficulty therein is to convert the linguistic data into categories or quantitative values for subsequent statistical treatment. Proposals made to this end generally entail counting lexical occurrences which, since they are founded on previously established meanings, fail to include semantic associations made by interviews. This article aims to present an analysis tool comprising a set of techniques apt to generate linguistic units that can be statistically described, compared, modeled and inferred: the Quantitative Propositional Analysis (QPA), Its main difference from other such methods lies in the choice of a proposition - and not the lexical unit - as analysis unit. We present the application of this method through a study about the international expansion of retail firms.
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Traditionally the basal ganglia have been implicated in motor behavior, as they are involved in both the execution of automatic actions and the modification of ongoing actions in novel contexts. Corresponding to cognition, the role of the basal ganglia has not been defined as explicitly. Relative to linguistic processes, contemporary theories of subcortical participation in language have endorsed a role for the globus pallidus internus (GPi) in the control of lexical-semantic operations. However, attempts to empirically validate these postulates have been largely limited to neuropsychological investigations of verbal fluency abilities subsequent to pallidotomy. We evaluated the impact of bilateral posteroventral pallidotomy (BPVP) on language function across a range of general and high-level linguistic abilities, and validated/extended working theories of pallidal participation in language. Comprehensive linguistic profiles were compiled up to 1 month before and 3 months after BPVP in 6 subjects with Parkinson's disease (PD). Commensurate linguistic profiles were also gathered over a 3-month period for a nonsurgical control cohort of 16 subjects with PD and a group of 16 non-neurologically impaired controls (NC). Nonparametric between-groups comparisons were conducted and reliable change indices calculated, relative to baseline/3-month follow-up difference scores. Group-wise statistical comparisons between the three groups failed to reveal significant postoperative changes in language performance. Case-by-case data analysis relative to clinically consequential change indices revealed reliable alterations in performance across several language variables as a consequence of BPVP. These findings lend support to models of subcortical participation in language, which promote a role for the GPi in lexical-semantic manipulation mechanisms. Concomitant improvements and decrements in postoperative performance were interpreted within the context of additive and subtractive postlesional effects. Relative to parkinsonian cohorts, clinically reliable versus statistically significant changes on a case by case basis may provide the most accurate method of characterizing the way in which pathophysiologically divergent basal ganglia linguistic circuits respond to BPVP.
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There is now considerable evidence to suggest that non-demented people with Parkinson's disease (PD) experience difficulties using the morphosyntactic aspects of language. It remains unclear, however, at precisely which point in the processing of morphosyntax, these difficulties emerge. The major objective of the present study was to examine the impact of PD on the processes involved in accessing morphosyntactic information in the lexicon. Nineteen people with PD and 19 matched control subjects participated in the study which employed on-line word recognition tasks to examine morphosyntactic priming for local grammatical dependencies that occur both within (e.g. is going) and across (e.g. she gives) phrasal boundaries (Experiments 1 and 2, respectively). The control group evidenced robust morphosyntactic priming effects that were consistent with the involvement of both pre- (Experiment 1) and post-lexical (Experiment 2) processing routines. Whilst the participants with PD also recorded priming for dependencies within phrasal boundaries (Experiment 1), priming effects were observed over an abnormally brief time course. Further, in contrast to the controls, the PD group failed to record morphosyntactic priming for constructions that crossed phrasal boundaries (Experiment 2). The results demonstrate that attentionally mediated mechanisms operating at both the pre- and post-lexical stages of processing are able to contribute to morphosyntactic priming effects. In addition, the findings support the notion that, whilst people with PD are able to access morphosyntactic information in a normal manner, the time frame in which this information remains available for processing is altered. Deficits may also be experienced at the post-lexical integrational stage of processing.
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An on-line priming experiment was used to investigate discourse-level processing in four matched groups of subjects: individuals with nonthalamic subcortical lesions (NSL) ( n =10), normal control subjects ( n =10), subjects with Parkinsons disease (PD) ( n =10), and subjects with cortical lesions ( n =10). Subjects listened to paragraphs that ended in lexical ambiguities, and then made speeded lexical decisions on visual letter strings that were: nonwords, matched control words, contextually appropriate associates of the lexical ambiguity, contextually inappropriate associates of the ambiguity, and inferences (representing information which could be drawn from the paragraphs but was not explicitly stated). Targets were presented at an interstimulus interval (ISI) of 0 or 1000ms. NSL and PD subjects demonstrated priming for appropriate and inappropriate associates at the short ISI, similar to control subjects and cortical lesion subjects, but were unable to demonstrate selective priming of the appropriate associate and inference words at the long ISI. These results imply intact automatic lexical processing and a breakdown in discourse-based meaning selection and inference development via attentional/strategic mechanisms.
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This paper explains and explores the concept of "semantic molecules" in the NSM methodology of semantic analysis. A semantic molecule is a complex lexical meaning which functions as an intermediate unit in the structure of other, more complex concepts. The paper undertakes an overview of different kinds of semantic molecule, showing how they enter into more complex meanings and how they themselves can be explicated. It shows that four levels of "nesting" of molecules within molecules are attested, and it argues that while some molecules such as 'hands' and 'make', may well be language-universal, many others are language-specific.
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This paper is concerned with the problem of argument-function mismatch observed in the apparent subject-object inversion in Chinese consumption verbs, e.g., chi 'eat' and he 'drink', and accommodation verbs, e.g., zhu 'live' and shui 'sleep'. These verbs seem to allow the linking of [agent-SUBJ theme-OBJ] as well as [agent-OBJ theme-SUBJ], but only when the agent is also the semantic role denoting the measure or extent of the action. The account offered is formulated within LFG's lexical mapping theory. Under the simplest and also the strictest interpretation of the one-to-one argument-function mapping principle (or the theta-criterion), a composite role such as ag-ext receives syntactic assignment via one composing role only. One-to-one linking thus entails the suppression of the other composing role. Apparent subject-object inversion occurs when the more prominent agent role is suppressed and thus allows the less prominent extent role to dictate the linking of the entire ag-ext composite role. This LMT account also potentially facilitates a natural explanation of markedness among the competing syntactic structures.
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When English-learning children begin using words the majority of their early utterances (around 80%) are nouns. Compared to nouns, there is a paucity of verbs or non-verb relational words, such as 'up' meaning 'pick me up'. The primary explanations to account for these differences in use either argue in support of a 'cognitive account', which claims that verbs entail more cognitive complexity than nouns, or they provide evidence challenging this account. In this paper I propose an additional explanation for children's noun/verb asymmetry. Presenting a 'multi-modal account' of word-learning based on children's gesture and word combinations, I show that at the one-word stage English-learning children use gestures to express verb-like elements which leaves their words free to express noun-like elements.