945 resultados para Baviera, Massimiliano Enrico de, Arzobispo de Colonia
Resumo:
As câmaras municipais constituíram-se em um dos mais notáveis mecanismos de manutenção do vasto império ultramarino português. Originavam-se dos antigos conselhos medievais, aglutinavam os interesses das elites coloniais ao serem compostas pelos homens bons da colônia, detinham considerável poder sobre a sociedade local além de terem a liberdade de representar ao rei de Portugal seus anseios ou dificuldades. Paralelo, ao poder do senado da câmara municipal, encontravam-se as autoridades nomeadas pelo rei de Portugal: governadores coloniais. Este compartilhamento do poder na colônia gerava, muitas vezes, conflitos entre a câmara municipal e os funcionários régios. No Rio de Janeiro, setecentista, vários fatores internos e externos à colônia deterioraram as relações entre os governadores coloniais e os membros do senado.Tal situação agrava-se com as incursões corsárias francesas de 1710 e 1711 que demonstraram a fragilidade do império português que há muito deixara de ter um poder naval significativo, perdendo espaços para potências como a França, Inglaterra e Holanda. Incapaz de conter os inimigos no vasto oceano, desprovido de meios navais capazes de patrulhar os litorais de suas colônias na África, Ásia e América, em especial o do Brasil, o império português dependia cada vez mais dos recursos humanos de suas colônias para a manutenção do seu território ultramarino. A corte portuguesa sofreu duro impacto com a conquista da cidade do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin e, ao longo dos próximos anos, procurou fortalecer o sistema defensivo de sua colônia com o envio de tropas e navios além da construção de novas fortalezas e o reaparelhamento do sistema defensivo já existente.Todo este esforço para a guerra era bancado, em sua maior parte, com recursos da própria colônia do Rio de Janeiro. Obviamente este ônus não agradava a incipiente elite mercantil que florescia na colônia resultando no fato de que a política de enclausurar o Rio de Janeiro entre muralhas e fortificações, ás custas da economia colonial, colocou em campos opostos os funcionários do rei e os membros do senado por várias vezes nas primeiras décadas do século XVIII. Surgiram inevitáveis conflitos pelo uso e posse do território urbano do Rio de Janeiro cada vez mais pontilhado por fortalezas, sulcado por extensas valas e trincheiras a impedir-lhe o crescimento urbano. Além do conflito territorial, em função da expansão da atividade mercantil desenvolvida pelos colonos, as disputas comerciais envolveram as elites locais, ávidas por lucros e impulsionadas ao comércio devido à descoberta do ouro na região das Minas, e as autoridades e comerciantes lusos, uns querendo controlar a atividade comercial que crescia em acelerado ritmo, outros querendo lucrar e disputar espaços com as elites coloniais locais. No meio destes embates encontrava-se a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, objetivo maior desta pesquisa, a defender os interesses das elites da colônia, pois delas era representante. Era uma disputa em que, muitas vezes, seus membros pagaram com a perda da liberdade e dos seus bens frente a governadores coloniais mais intolerantes
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O presente trabalho procura discutir a sociedade formada em Minas Gerais entre fins do século XVIII e início do XIX. Pelas particularidades que envolveram sua criação e ocupação, a colônia portuguesa na América foi palco de configurações identitárias específicas que conviveram durante o período da crise do Antigo Sistema Colonial, alternando as formas de relacionamento e autoimagem dos colonos. Em Minas Gerais, as sociabilidades foram influenciadas também pelas práticas de educação, de leitura e pela posse de livros. Para analisar a questão, procuramos utilizar parte da intensa produção epistolar produzida no período com base, principalmente, no acervo da Coleção Casa dos Contos.
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Este trabalho tem como objetivo identificar os processos através dos quais a personagem Zarité, protagonista do romance A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010), constrói sua identidade de resistência (CASTELLS, 2013). Sujeito subalterno por ser simultaneamente escrava, negra e mulher (SPIVAK, 2010), ela desenvolve estratégias verossímeis que lhe permitem sobreviver e enfrentar a opressão física e identitária típica de sua condição na colônia francesa de São Domingos, atual Haiti, que vivia, à época, sob o domínio de um modelo político e social profundamente patriarcal, escravocrata e racista. A pesquisa assume a perspectiva desenvolvida em torno da literatura de autoria feminina na América Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARÍN, 2007; WARD, 2007), segundo a qual, nessa produção específica, desenvolvem-se representações de mulher às quais são garantidas a voz e o empoderamento que lhes foram negados em outros contextos de escrita literária. Alinhando a noção de estranhamento desenvolvida pelo formalismo russo (CHKLOVSKI, 2013) com a do uso de procedimentos capazes de conferir literariedade à narrativa (LUKÁCS, 1968), este trabalho verifica a configuração de condições que conferem à obra o pertencimento ao contexto das produções desenvolvidas por autoras migrantes ou exiladas (SKAR, 2001). O conceito de hibridismo (CANCLINI, 2011) se soma a esse entendimento, articulando-se, nesta pesquisa, com a perspectiva multicultural de compreensão das identidades (HALL, 2005). Hutcheon (1991) fornece o arcabouço que nos permite o necessário trabalho com o conceito de sujeito marginalizado e ex-cêntrico. Para isso, é utilizado também o embasamento teórico oferecido por Castells (2013) no tocante ao desenvolvimento da noção de identidade de resistência. As condições históricas e econômicas sob as quais se desenvolveu o regime vigente no ambiente em que se passa a narrativa são verificadas em James (2010) e Blackburn (2003). Para lidar com a vivência religiosa e cultural experimentada pelos descendentes de africanos naquele contexto, a pesquisa se embasa nos argumentos trazidos por Capone (2011) ao debate acerca desse tema e, por intermédio dos estudos de Garauday (1980) e Lody & Sabino (2011), é possível angariar informações relativas à história e à simbologia envolvidas nas danças de origem africana. O estudo dessas correntes teóricas conduz à conclusão de que o romance A ilha sob o mar encena, na personagem Zarité, a construção de uma identidade de resistência entre os escravos que, dançando, celebravam seus deuses, permitiam o encontro das diferentes culturas das quais eram originários e fortaleciam a rede de relações, informações e colaboração mútua entre os indivíduos e as comunidades que pretendiam livrar-se do domínio do elemento europeu e de seu regime escravocrata
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A presente pesquisa aborda a formação da identidade da religião católica no Brasil colonial e seus reflexos nos desregramentos recorrentes na segunda metade do século XVIII, na diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro durante o episcopado de D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1773 1805) tendo sido este o primeiro bispo a assumir o comando de sua diocese natal. O tema proposto aborda diretamente a complexa relação entre os poderes temporal, representado pelo Estado português personificado na figura da realeza , e o espiritual, pertencente à Igreja sua representatividade máxima no local varia de acordo com a posição ocupada pelos clérigos, respeitando-se, assim, a hierarquia eclesiástica (monges, freiras, padres, bispos etc.). Apesar da obrigatoriedade do catolicismo na colônia, a coroa metropolitana não foi capaz de dar o suporte necessário para o estabelecimento de uma religiosidade fiel às determinações do Concilio de Trento, conforme determinava o direito de Padroado. Isso levou à formação de um catolicismo colonial por vezes aparente. A miscigenação étnico-cultural deu brecha para o surgimento de praticas sincréticas e diferentes comportamentos sociais reprovados pela Igreja. O desvio de conduta era um problema que afetava, não só os fiéis, mas também o clero, sendo este composto na época por sacerdotes mal formados e alguns estrangeiros de índoles duvidosas. Assim, os bispos do Brasil do século XVIII tiveram que lidar com problemas que eram, na verdade, reflexo da realidade da estrutura colonizadora local onde, apesar de ter sido a Igreja uma importante aliada do Estado lusitano, e vice-versa, havia também grande rivalidade entre ambos. Dessa forma, ocorriam na época constantes embates entre as autoridades civil e religiosa, as quaisuniam-se e desuniam-se de acordo com seus interesses.
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A extraordinária atenção social e cultural que nas últimas décadas tem se dado ao diagnóstico do autismo/síndrome de Asperger convida a uma reflexão mais ampla para contextualizar o seu acontecimento como objeto cultural. É nesta direção que se move o presente trabalho, buscando identificar as coordenadas sociais, institucionais e culturais que levaram a tal exposição da deficiência relacional. Fala da história do espectro do autismo e sua pré-história ou a investigação sobre como as formas de não-conformidade com as expectativas da interação na presença do outro foram contextualizados, antes do modelo médico e em seus primeiros dias. Além disso, também têm procurado articular o discurso da contextualização cultural do espectro do autismo na area dos estudos sobre a deficiência chamada Critical Autism Studies por meio de um levantamento analítico dos autores e dos temas.
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Nitrogen is the most abundant element in atmosphere and fundamental component of proteins, nucleic acids and other essential molecules. In the past century the industrial use of nitrogen compounds has grown exponentially causing widespread pollution. Nitrogen pollution has wide-ranging impacts including contributions to global warming, acid rains and eutrophication. Reduction of nitrogen use in industry and agriculture coupled whit remediation treatments could represent a solution. To this purpose we isolated from environmental samples a nitrophile strain capable of removing nitrogen compounds efficiently from the medium. Through the molecular characterization, we identified the strain as a Rhodotorula glutinis that we called DSBCA06. We examined the main metabolic features of the strain, also to determine the best growing conditions. At the same time, the ability of the strain to grow in presence of high nitrite concentrations was assayed, being a relevant feature poorly studied earlierfor other environmental yeasts. The ability of the strain to grow in presence of heavy metal cations was also tested, showing a noticeable tolerance. The cost of bioremediation treatments is often a problem. One of the way to obviate this is to produce valuable secondary metabolites, capable of positively impact the cost of the processes. In this context the ability of the strain to produce carotenoids, natural molecules with antioxidant properties used for food production, cosmetic and pharmaceutical industry, has been evaluated. The strain Rhodotorula glutinis DSBCA06 showed interesting features suggesting its possible use in bioremediation or industrials process for production of secondary metabolites such as lipids and carotenoids.
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28 hojas ; ilustraciones, fotografías.
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Making use of very detailed neurophysiological, anatomical, and behavioral data to build biological-realistic computational models of animal behavior is often a difficult task. Until recently, many software packages have tried to resolve this mismatched granularity with different approaches. This paper presents KInNeSS, the KDE Integrated NeuroSimulation Software environment, as an alternative solution to bridge the gap between data and model behavior. This open source neural simulation software package provides an expandable framework incorporating features such as ease of use, scalabiltiy, an XML based schema, and multiple levels of granularity within a modern object oriented programming design. KInNeSS is best suited to simulate networks of hundreds to thousands of branched multu-compartmental neurons with biophysical properties such as membrane potential, voltage-gated and ligand-gated channels, the presence of gap junctions of ionic diffusion, neuromodulation channel gating, the mechanism for habituative or depressive synapses, axonal delays, and synaptic plasticity. KInNeSS outputs include compartment membrane voltage, spikes, local-field potentials, and current source densities, as well as visualization of the behavior of a simulated agent. An explanation of the modeling philosophy and plug-in development is also presented. Further developement of KInNeSS is ongoing with the ultimate goal of creating a modular framework that will help researchers across different disciplines to effecitively collaborate using a modern neural simulation platform.
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This article develops the Synchronous Matching Adaptive Resonance Theory (SMART) neural model to explain how the brain may coordinate multiple levels of thalamocortical and corticocortical processing to rapidly learn, and stably remember, important information about a changing world. The model clarifies how bottom-up and top-down processes work together to realize this goal, notably how processes of learning, expectation, attention, resonance, and synchrony are coordinated. The model hereby clarifies, for the first time, how the following levels of brain organization coexist to realize cognitive processing properties that regulate fast learning and stable memory of brain representations: single cell properties, such as spiking dynamics, spike-timing-dependent plasticity (STDP), and acetylcholine modulation; detailed laminar thalamic and cortical circuit designs and their interactions; aggregate cell recordings, such as current-source densities and local field potentials; and single cell and large-scale inter-areal oscillations in the gamma and beta frequency domains. In particular, the model predicts how laminar circuits of multiple cortical areas interact with primary and higher-order specific thalamic nuclei and nonspecific thalamic nuclei to carry out attentive visual learning and information processing. The model simulates how synchronization of neuronal spiking occurs within and across brain regions, and triggers STDP. Matches between bottom-up adaptively filtered input patterns and learned top-down expectations cause gamma oscillations that support attention, resonance, and learning. Mismatches inhibit learning while causing beta oscillations during reset and hypothesis testing operations that are initiated in the deeper cortical layers. The generality of learned recognition codes is controlled by a vigilance process mediated by acetylcholine.
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Making use of very detailed neurophysiological, anatomical, and behavioral data to build biologically-realistic computational models of animal behavior is often a difficult task. Until recently, many software packages have tried to resolve this mismatched granularity with different approaches. This paper presents KInNeSS, the KDE Integrated NeuroSimulation Software environment, as an alternative solution to bridge the gap between data and model behavior. This open source neural simulation software package provides an expandable framework incorporating features such as ease of use, scalability, an XML based schema, and multiple levels of granularity within a modern object oriented programming design. KInNeSS is best suited to simulate networks of hundreds to thousands of branched multi-compartmental neurons with biophysical properties such as membrane potential, voltage-gated and ligand-gated channels, the presence of gap junctions or ionic diffusion, neuromodulation channel gating, the mechanism for habituative or depressive synapses, axonal delays, and synaptic plasticity. KInNeSS outputs include compartment membrane voltage, spikes, local-field potentials, and current source densities, as well as visualization of the behavior of a simulated agent. An explanation of the modeling philosophy and plug-in development is also presented. Further development of KInNeSS is ongoing with the ultimate goal of creating a modular framework that will help researchers across different disciplines to effectively collaborate using a modern neural simulation platform.
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Grouping of collinear boundary contours is a fundamental process during visual perception. Illusory contour completion vividly illustrates how stable perceptual boundaries interpolate between pairs of contour inducers, but do not extrapolate from a single inducer. Neural models have simulated how perceptual grouping occurs in laminar visual cortical circuits. These models predicted the existence of grouping cells that obey a bipole property whereby grouping can occur inwardly between pairs or greater numbers of similarly oriented and co-axial inducers, but not outwardly from individual inducers. These models have not, however, incorporated spiking dynamics. Perceptual grouping is a challenge for spiking cells because its properties of collinear facilitation and analog sensitivity to inducer configurations occur despite irregularities in spike timing across all the interacting cells. Other models have demonstrated spiking dynamics in laminar neocortical circuits, but not how perceptual grouping occurs. The current model begins to unify these two modeling streams by implementing a laminar cortical network of spiking cells whose intracellular temporal dynamics interact with recurrent intercellular spiking interactions to quantitatively simulate data from neurophysiological experiments about perceptual grouping, the structure of non-classical visual receptive fields, and gamma oscillations.
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Financial time series convey the decisions and actions of a population of human actors over time. Econometric and regressive models have been developed in the past decades for analyzing these time series. More recently, biologically inspired artificial neural network models have been shown to overcome some of the main challenges of traditional techniques by better exploiting the non-linear, non-stationary, and oscillatory nature of noisy, chaotic human interactions. This review paper explores the options, benefits, and weaknesses of the various forms of artificial neural networks as compared with regression techniques in the field of financial time series analysis.