1000 resultados para Aspecto fisologico
Resumo:
Em 1992, foi obsewada lesão cutânea por Leishmania em um cão do município de Sabará, Minas Gerais, onde já haviam sido registrados casos humanos de leishmaniose tegumentar. O parasita foi caracterizado como pertencente ao subgênero Viannia, ao qual pertence a Leishmania braziliensis, principal espécie encontrada tia região sudeste do Brasil. Com o objetivo de determinar o papel do cão no ciclo de transmissão da doença, foi realizado um inquérito canino na área. Foram examinados 631 cães, sendo a soroprevalência para leishmaniose igual a 3,2%. Foi observada a proximidade ou presença no mesmo domicílio de cães e pessoas doentes. Este aspecto fala a favor da transmissão domiciliar ou peridomiciliar, com o cão infectado podendo atuar como fator de risco nesta área periurbana. Entretanto, a baixa soroprevalência encontrada deve-se provavelmente ao pequeno papel deste animal na transmissão da doença neste foco recente da doença.
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Paciente com doença de Chagas, em fase crônica, após ter sido submetida a transplante de rim sofreu reativação da infecção devido ao Trypanosoma cruzi, como conseqüência de imunodepressão medicamentosa. O acontecimento manifestou-se exclusivamente através de lesões cutâneas ulceradas, merecendo portanto divulgação tal aspecto clínico inusitado.
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Dissertação de Mestrado em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa (séculos XV-XVIII)
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O fenômeno El Niño, que afetou o Perú em 1998, permitiu o crescimento de abundante vegetação em ambientes tradicionalmente secos. Paederus irritans, coleóptero que produz dermatite ao ser esfregado na pele, encontrou aí um substrato muito favorável ao incremento de sua população. A chegada das chuvas nos meses de fevereiro a abril de 1999 interferiu no hábitat desse inseto, que migrou inclusive para áreas urbanas, condicionando maior exposição da população humana de Piura, no norte do país, ao contato com esse agente. Entre fevereiro e maio de 1999 foram notificados em Piura 1.451 casos da dermatite por Paederus irritans, aí denominada latigazo dado o aspecto característico das lesões, eritematosas, lineares, semelhantes a chicotadas, por ele produzidas na pele por ação da pederina. As áreas do corpo mais afetadas foram a cabeça (56,6%) e o pescoço (30,9%), mas houve casos de conjuntivite e até de lesões genitais devidas à contaminação pelas mãos.
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A co-infecção leishmaniose tegumentar americana e AIDS é de relato recente na literatura, observando-se diversidade quanto ao comportamento clínico e imunológico destes pacientes. Relatamos quatro casos acompanhados no Hospital Universitário de Brasília, com diagnóstico de infecção por parasitas do gênero Leishmania e pelo vírus da imunodeficiência humana, ilustrando diferentes apresentações clínicas, evoluções e respostas terapêuticas.
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A leishmaniose tegumentar americana permanence endêmica em vastas áreas da América Latina. Os agentes causadores da doença são a L. (Viannia) braziliensis, L. (L. mexicana), L. (V.) panamensis, e outras espécies relacionadas. A apresentação clínica da doença varia dentro de um espectro amplo, incluindo úlceras cutâneas múltiplas ou única, leishmaniose cutânea difusa e lesões mucosas. Os principais reservatórios da L. (V.) braziliensis e da L. (Viannia) spp. são os pequenos roedores silvestres. A doença acomete mais freqüentemente os trabalhadores que invadem as florestas tropicais ou moram próximo a elas. O período de incubação varia de duas semanas a vários meses. As lesões cutâneas constituem úlceras rasas, circulares com bordas elevadas e bem definidas e com o assoalho da úlcera de aspecto granular. Nas infecções pela L. (V.) braziliensis a linfoadenopatia regional geralmente precede o surgimento das úlcerações por uma a doze semanas. O diagnóstico definitivo depende da identificação de amastigotas em tecido ou promastigotas em meios de cultura. Os anticorpos anti-leishmania podem ser identificados no soro utilizando-se as técnicas de ELISA, imunofluorescência e testes de aglutinação mas os títulos revelam-se baixos na maioria dos casos. A intradermorreação de Montenegro torna-se positiva durante a evolução da doença. Os antimoniais pentavalentes continuam sendo as drogas de escolha no tratamento da leishmaniose. A anfotericina B encontra indicação nos casos mais graves ou nos indivíduos que não respondem ao tratamento com os antimoniais. A imunoterapia e a imunoprofilaxia constituem alternativas promissoras no tratamento e profilaxia da leishmaniose tegumentar americana.
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Blastocistose é a infecção causada pelo Blastocystis hominis. Está relacionada com várias controvérsias e indefinições, sem dúvida muito importantes sobretudo pelas implicações médico-assistenciais que suscitam. A propósito, pendência expressiva diz respeito à patogenicidade do referido protozoário, que precisa ser categoricamente definida. Ao lado dessa particularidade outros assuntos exigem elucidações através de pesquisas bem conduzidas, para que a blastocistose fique devidamente situada no contexto da saúde pública. Aspecto também digno de atenção é o diagnóstico pelo exame parasitológico de fezes, necessariamente executável por meio de métodos adequados, como o direto e os permanentes, exemplificados pelos que usam a a hematoxilina férrica ou a tionina. O emprego de técnicas impróprias propicia resultados falsos-negativos, conturbando o aconselhável bom conhecimento da real participação do microrganismo em questão.
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O presente artigo decorre da investigação conducente à realização da tese de Doutoramento em Economia da autora, pelo que um agradecimento especial é dirigido ao seu orientador, o Doutor Nuno Crespo (Instituto Universitário de Lisboa, ISCTE-IUL e BRU-IUL) e à Professora Nádia Simões (Instituto Universitário de Lisboa, ISCTE-IUL e BRU-IUL). Uma versão prévia do artigo foi apresentada no Colóquio Internacional Law and Inequalities, do CES-FEUC, Universidade de Coimbra, Abril 23-24, 2012. A autora gostaria de agradecer os comentários e sugestões dos participantes na conferência.
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Relatório de estágio e dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Musical no Ensino Básico
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Desde os anos cinqüenta uma doença similar a febre amarela, porém considerada como nova doença, ocorre em áreas dos vales dos Rios Juruá, Purus e Madeira. Temida pelos residentes locais pela alta letalidade, sendo clinicamente uma hepato-encefalopatia de evolução fulminante (média de 5 a 6 dias). Dos que apresentam manifestações neurológicas 90% evoluem a óbito. A doença é popularmente conhecida como febre negra de Lábrea e pelos patologistas como hepatite de Lábrea pela histopatologia hepática mostrar o aspecto vacuolar dos hepatócitos, daí considerarem-na uma nova doença. Incide principalmente em crianças e adolescentes do sexo masculino. O achado do HBsAg e de marcadores de vírus da hepatite D no soro e fígado dos pacientes, levaram os pesquisadores a considerarem a febre negra de Lábrea como uma superinfecção ou coinfecção do HDV. Na falta de vacina específica contra o HDV, a vacinação contra hepatite B aplicada após o nascimento é a prevenção recomendada.
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Revista do IHA, N.3 (2007), pp.102-129
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No presente estudo, são descritas as características clínicas e epidemiológicas de 61 casos de paracoccidioidomicose, atendidos no Serviço de Estomatologia do Hospital São Lucas da PUCRS, no período de junho de 1976 a junho de 2004. O Rio Grande do Sul é considerado uma região endêmica da doença devido às condições eco-epidemiológicas para o desenvolvimento do fungo. Observou-se que a doença ocorreu em 58 (95%) homens e 3 (5%) mulheres, predominando a faixa etária de 40 a 59 anos (70,5%), e a profissão vinculada à agricultura em 27 (44,3%) pacientes. O hábito de fumar foi prevalente em 52 (85,3%) pacientes da amostra e muitos eram, também, etilistas. Todos os casos apresentavam manifestações estomatológicas, sendo que as lesões orais ocorreram predominantemente com aspecto ulcerado e moriforme, observadas em vários sítios anatômicos. As evidências radiográficas de lesões pulmonares estavam presentes em 32 (65,3%) radiografias avaliadas.
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Revista do IHA, N.4 (2007), pp.118-141
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O objectivo deste estudo é elucidar o estatuto da noção de imagem na filosofia de Gilles Deleuze. Para o atingir, começaremos por situar o nosso inquérito no problema que determina a sua primeira aparição no sistema – a «imagem do pensamento» –, seguindo de perto a sua acidentada trajectória em Nietzsche e a Filosofia, Proust e os Signos e Diferença e Repetição. Depois de clarificado o equívoco sentido do apelo de Deleuze, no magnum opus Diferença e Repetição, a um «pensamento sem Imagem» – que interpretamos, à luz das suas publicações ulteriores, menos como um rejeição do mundo das imagens do que como uma crítica da representação –, analisaremos a teoria da imagem-simulacro que, na mesma obra, se constitui como uma das principais formas de executar o programa do empirismo transcendental e de realizar aquela que é maior ambição da sua filosofia: instaurar um plano de univocidade e imanência desprovido de instâncias transcendentes. Na segunda metade deste estudo, que incide sobre os livros que Deleuze consagrou ao cinema – A Imagem-Movimento e a A Imagem-Tempo - examinaremos a singular aliança estabelecida pelo filósofo francês entre a teoria das imagens de Matéria e Memória de Bergson e a natureza do médium cinematográfico. Numa tentativa de pôr em evidência o aspecto sistemático do pensamento de Deleuze, a nossa análise desta nova filosofia da imagem – que não visa apenas as imagens cinematográficas mas pretende designar igualmente a própria textura do universo – deixar-se-á guiar pelo horizonte teórico e pelos principais problemas recortados no comentário a Diferença e Repetição que a precede: uma doutrina das faculdades renovada; uma filosofia do tempo distribuída em três sínteses passivas; a função da arte no empirismo transcendental e, acima de tudo, o papel atribuído à noção de imagem na instauração de um plano de imanência.
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A despeito da relativa freqüência de infecções fúngicas oportunísticas em pacientes sob hemodiálise, os reservatórios ambientais destes permanecem desconhecidos, embora alguns estudos recentes tenham correlacionado o suprimento de água como fonte desses microrganismos. O objetivo deste trabalho foi monitorar a qualidade micológica do sistema hídrico de uma Unidade de Hemodiálise, do interior do Estado de São Paulo, Brasil, no período entre abril e julho de 2006. Foram coletadas amostras (15), de 1000mL em 7 pontos de distribuição de água empregando-se técnica da membrana filtrante (0,45µm). Foram isolados 116 fungos filamentosos, dos quais 47 (40,5%) Trichoderma sp, 29 (25%) Cladosporium sp, 16 (13,8%) Aspergillus sp e 11 (9,5%) Fusarium sp. Mediante os resultados, sugerimos que suprimentos de água para Unidades de Hemodiálise devam ser monitorados também quanto ao aspecto micológico, adotando-se medidas profiláticas eficazes que minimizem a exposição destes pacientes imunodeficientes a fontes aquáticas ambientais contaminadas.