915 resultados para Língua portuguesa Modalidade


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Considerando-se a linguagem um elemento de interao social, concebe-se o texto, em todas as suas manifestaes, como objeto norteador do ensino da Língua Materna, cujo objetivo, segundo orientaes dos PCN de Língua Portuguesa, formar cidados reflexivos e crticos, proficientes na prtica da leitura e da escrita. Entretanto, face a um currculo extenso e limitada carga horria, as aulas de produo textual, no raras vezes, deixam de propiciar uma formao autnoma e reproduzem prticas que visam apenas apropriao da norma padro e apreenso de modelos de escrita, gerando um aprendizado desvinculado da realidade do educando. Dessa forma, a presente dissertao pretende mostrar os desafios enfrentados por professores do Ensino Mdio para desconstruir a passividade que se instaura no educando, ao longo do Ensino Fundamental II, perante seu prprio texto, seja no ato de exposio do tema proposto para a redao, seja na etapa destinada avaliao da mesma, na qual pouco se estimula sua participao. Com base na perspectiva sociointeracionista de Bakhtin (2009), este trabalho defende a ideia de que o envolvimento do educando com seu texto deve se iniciar na fase de elaborao do tema, de modo que este possa ser integrado vivncia do aluno, at a fase de reviso e correo, em que o acompanhamento do processo visa a garantir ao autor o direito analise e reescritura de sua produo, momentos imprescindveis ao desenvolvimento da competncia leitora e escritora. O corpus desta pesquisa formado por produes textuais de estudantes do primeiro e do segundo anos do Ensino Mdio de uma escola da rede particular do municpio do Rio de Janeiro. Foram analisadas 64 redaes, sendo 28 produzidas a partir de temas determinados pelo professor, focando procedimentos relativos anlise do tema e reescrita, e 36 relacionadas construo de temas a partir de textos no verbais, buscando-se maior amplitude interpretativa. Alm disso, tambm foram aplicados questionrios, nos quais os alunos expuseram seus pontos de vista sobre as aulas de redao na escola. A anlise do corpus demonstrou que a escrita um processo e que o ensino de produo de textos se torna mais produtivo na medida em que se possibilita maior participao dos educandos em todas as etapas.

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A tese analisa a dinmica curricular da educao fsica na Secretaria de Estado de Educao do Rio de Janeiro (SEEDUC) a partir dos pressupostos do ciclo de polticas curriculares de Ball e Bowe (1992). A fim de compreender a amplitude das polticas curriculares da SEEDUC, o estudo investiga os contextos da dinmica curricular e o modo com o qual se articulam. Para o contexto das influncias, as notcias e informes publicados no site da SEEDUC e da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer constituem as nossas fontes. Foram catalogados e analisados 117 documentos. Para o contexto da construo curricular foram realizadas entrevistas com trs dos professores que foram responsveis pela construo do Currculo Mnimo para a educao fsica da SEEDUC, publicado no ano de 2012. Alm disso, foi realizada uma anlise de todos os documentos curriculares prescritivos que compem o Currculo Mnimo. Para o contexto da prtica curricular foram entrevistados oito professores de educao fsica e duas de língua portuguesa que estavam, no momento das entrevistas, atuando como professores de escolas da SEEDUC. As anlises dos dados nos permitem as seguintes inferncias: as polticas curriculares da SEEDUC se direcionam primordialmente para a obteno de melhorias nos ndices de qualidade da educao no estado, aferidos atravs de avaliaes externas de larga escala; essas polticas esto associadas ao regime de verdade da performaticidade (BALL, 2005), uma vez que tm como pressupostos bsicos a padronizao, o controle e a meritocracia; a vinculao com a pedagogia das competncias complementa esse pacote de performatividades; as disposies crticas do grupo de professores de educao fsica que construiu o Currculo Mnimo concorreram com e, em alguma medida, subverteram as polticas da performatividade da SEEDUC, de tal modo que os documentos prescritivos tm a marca da ambivalncia do controle e da diversidade; os professores de educao fsica que lidam com a prtica curricular no compartilham as disposies crticas dos professores que construram as prescries, e fazem suas tradues curriculares influenciados pelas problemticas inerentes do cotidiano; entre elas, se destaca o trao da cultura escolar que toma os tempos e espaos da educao fsica na escola como os lugares do gosto e da liberdade; a comparao das tradues curriculares dos professores de educao fsica com as de língua portuguesa contribuiu para iluminar algumas caractersticas da dinmica curricular da educao fsica, especialmente os impactos distintos que as sistematizaes curriculares tiveram no cotidiano; para as professoras de língua portuguesa as novas sistematizaes presentes no Currculo Mnimo repercutiram em desestabilizaes de tradies, para os de educao fsica significaram a possibilidade de um norte.

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O objetivo principal desta pesquisa analisar os procedimentos didticos relativos leitura, no livro didtico, Portugus Contexto, Interlocuo e Sentido, destinado ao Ensino Mdio, da Editora Moderna, de autoria de Maria Luiza M. Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre e Marcela Pontara, em sua seo de Produo de Texto, principalmente. A anlise visa configurar o percurso terico-metodolgico desse livro didtico, com o intuito de observar em que consiste a abordagem discursiva de leitura pretendida por esse livro. Para tanto, busquei contrapor os conceitos e procedimentos desenvolvidos no livro didtico com aquilo que, em Anlise do Discurso, se concebe como uma abordagem discursiva de leitura. Parto do princpio de que uma abordagem discursiva de leitura pressupe a considerao das condies de produo de um texto, isto , a relao de posies histrica e socialmente determinadas em que o simblico (lingustico) e o imaginrio (ideolgico) se juntam (ORLANDI, 2008, p.11). A anlise do corpus demonstrou que, a despeito de anunciar uma abordagem discursiva, o livro didtico no realiza esse intento. As propostas didticas de leitura repetem o tradicional modelo de interpretao de texto, sem considerar os pressupostos elementares de uma anlise discursiva, isto , que o sentido no est inscrito na superficialidade do texto, mas produto da complexa relao entre leitor, autor e contexto scio-histrico-ideolgico

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Com base na perspectiva da Lingustica Sistmico-Funcional, esta dissertao se prope a analisar, semntica e estruturalmente, as relaes coesivas de causalidade no texto argumentativo, com o objetivo de promover uma reflexo sobre que estruturas de causalidade so mais comuns no corpus analisado e sobre a importncia dessas estruturas e das relaes que elas constroem para o estudo dos textos na Escola Bsica. Sendo assim, este trabalho apresenta a seguinte estrutura: num primeiro momento, consideraremos os pressupostos tericos que serviram como base para fundament-lo. A base terica adotada foi o Funcionalismo Lingustico, a partir do modelo de Michael A. K. Halliday, uma teoria de base semntica, que prioriza os sentidos expressos por meio da língua nas diferentes situaes comunicativas. Alm disso, ainda como assuntos correlatos e complementares anlise que nos propusemos desenvolver, abordaremos as noes de gnero e de sequncia textual, e faremos um estudo do processo de conjuno e da relao de causalidade sob a viso de dois autores Halliday e Jos Carlos Azeredo. Em seguida, no segundo captulo do trabalho, foi realizada a anlise de vinte editorias, os textos-corpus do trabalho. A anlise contemplou todas as ocorrncias das oraes constituintes dos editoriais iniciadas por conectivos que estabeleciam relaes de causalidade, que, inicialmente, se dividem em dois grupos, o da causa e o do efeito. Dessa maneira, por meio da totalidade de ocorrncias encontradas, considerando o ponto de vista qualitativo e quantitativo, pudemos verificar o tipo de relao predominante se de causa ou de efeito em nossos textos-corpus.

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Esta pesquisa tem como foco observar como alunos de escola bsica utilizam os operadores argumentativos como recurso de coeso textual em uma redao dissertativo-argumentativa, modelo Enem. As produes foram constitudas durante o ano letivo de 2014, por alunos do 2 ano do ensino mdio de uma escola pblica. O trabalho foi desenvolvido luz da Teoria da Argumentao, da Lingustica Textual bem como das concepes de texto e gnero textual. O corpus analisado constitudo de 20 produes textuais de 10 alunos de uma escola bsica. So 10 redaes produzidas no incio do ano e 10 no final do ano letivo mencionado. Com base nessas produes, foi possvel estabelecer uma comparao no que diz respeito ao uso de operadores argumentativos como recurso coesivo. Constatou-se que esses elementos so utilizados tanto na primeira redao produzida quanto na segunda. Entretanto a nfase no uso e na diversidade desses recursos foi maior nas produes do 2 semestre. Esses resultados foram apresentados de forma qualitativa e quantitativa, por meio de grficos, para uma melhor visualizao dos resultados. As reflexes acerca de leitura e produo de textos, problemas discursivos, textuais e lingusticos desenvolvidas durante o ano letivo, com o grupo de alunos que produziu os textos-corpus, so fatores que concorrem para esse resultado.

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A presente pesquisa investiga as escolhas temticas de textos jornalsticos, especificamente de reportagens, que partem do mesmo evento, mas que so produzidos e publicados em linhas editoriais distintas. Nosso objetivo geral, com este estudo, proporcionar subsdios para que sejam superados paradigmas ainda baseados na dicotomia texto e gramtica na Escola Bsica, como tambm colaborar para a promoo de um ensino mais crtico e reflexivo, a fim de que os estudantes possam atuar em sociedade com autonomia. Para isso, elegemos como corpus duas reportagens de veculos ideologicamente antagnicos: o jornal A Nova Democracia e a revista Veja. Considerando que o contexto de cultura e o contexto de situao so determinantes para as escolhas lingusticas dos textos, examinamos a organizao temtica dos perodos que compem as reportagens. Como referencial terico, elegemos a Gramtica Sistmico-Funcional (GSF) de Halliday (1978; 1994; 2004), centrando-se especificamente na funo Tema, pertencente Estrutura Temtica na Metafuno Textual, um dos nveis de anlise da GSF, que organiza a orao como mensagem e sistematiza os significados ideacionais. O objetivo especfico deste trabalho , portanto, analisar at que ponto as diferenas ideolgicas afetam as escolhas temticas dos textos. Com essa finalidade, dedicamo-nos anlise dos Temas Ideacionais e seus significados, pois so eles os responsveis por indicar de que maneira os autores priorizaram as informaes nos perodos que compem e organizam as mensagens contidas nos textos. Como mtodo de pesquisa, anotamos e classificamos manualmente cada um dos dados quantitativos e, em seguida, passamos a uma anlise qualitativa dos Temas assinalados. Os resultados apontam que ambos os textos apresentam uma alta frequncia de Temas Ideacionais Participantes, mas semanticamente distintos. Quanto aos Temas Ideacionais Processos e Circunstncias, eles evidenciam discrepncias sintticas e semnticas significativas, que revelam representaes diferentes dos narradores frente ao mesmo evento.

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O contexto educativo atual cada vez mais diversificado, mais condicionado por condies econmicas difceis que potenciam desigualdades no sistema educativo e por novas realidades culturais e sociais a que a Escola e os professores no podem ser alheios. O sucesso escolar atingido de formas cada vez mais diversificadas inutilizando o conceito de escola de massas e requerendo uma escola inclusiva. A prtica letiva prev a diversificao de metodologias de ensino e aprendizagem. A avaliao formativa reveste-se de vital importncia neste mbito, uma vez que se provou que a sua utilizao melhora o sucesso escolar, como atestam estudos realizados por Paul Black and Dylan Wiliam (Kings College London School of Education). No presente texto, apresenta-se o resultado de um estudo realizado numa escola do Alentejo, em que participaram quinze professores do 2. e 3.ciclos das disciplinas de Línguas Estrangeiras, Língua Portuguesa e Matemtica. Tendo como instrumento de recolha dados um inqurito por questionrio, procurmos conhecer as percees dos professores sobre a avaliao das aprendizagens dos alunos, designadamente a avaliao formativa e de que forma os professores esto envolvidos em prticas de avaliao formativa. Procurmos ainda saber em que medida a formao de professores contempla a avaliao formativa e se os professores sentem necessidade de formao nesta rea. Sero, ainda, tecidas algumas reflexes a partir dos resultados obtidos.

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Neste trabalho foram cumpridos dois estudos intencionalmente diferenciados para avaliar factores afectivos e desempenho cognitivo no contexto de comportamento verbal em Língua segunda. No primeiro estudo foram descritos, analisados e discutidos os resultados que confirmam a influncia da motivao, ansiedade e estilos de aprendizagem, em condio de aquisio de nova língua e de adaptao cultura dominante. Essa influncia discutida na relao com variados factores e atendendo diferenciao do valor de predio de cada um dos factores mencionados. A associao do factor idade ao factor cultural revelou-se a principal fonte diferenciadora das autoavaliaes observadas. No segundo estudo, com a aplicao da bateria de testes em formato electrnico, foi possvel averiguar os resultados e discutir as suas implicaes ao nvel do desempenho dos sujeitos, corroborando e refutando pressupostos tericos de modelos que versam nesta rea de estudo. O desempenho observado tem srias implicaes na reflexo pedaggica e prctica escolar, uma vez que, de forma geral, os sujeitos mais novos exibiram um desempenho medocre quando comparado com a performance muito positiva dos participantes mais velhos, gerando conflito em relao aos pressupostos prticos implicados na teoria do perodo sensvel para desenvolvimento de linguagem. Por outro lado, as duas amostras (nativos e imigrantes) revelam desempenhos muito prximos o que no destaca, como seria de esperar, o grupo nativo que deveria evidenciar vantagem devido ao conhecimento mais elevado relativamente ao lxico e gramtica do Portugus, como Língua Materna. A relao entre motivao favorvel, fraco ndice de ansiedade lingustica, e bom desempenho cognitivo no se revela linear e taxativa e devem ser revistos os princpios de modelos tericos que advogam a consonncia clssica entre determinados factores afectivos (motivao e estilos de aprendizagem) e cognitivos, no contexto da competncia e performance verbais. Considerando os materiais desenvolvidos e observando os resultados obtidos, este estudo viabiliza o acesso a uma nova oportunidade de avaliao, em estilo de diagnose, dirigida aos alunos aprendentes de Portugus Língua Segunda, com experincia migratria.

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O presente estudo teve como objectivo analisar o desempenho de alunos de primeiro ano dos cursos de Engenharia e de Ecoturismo da Escola Superior Agrria (ESAC) do Instituto Politcnico de Coimbra (IPC) no que respeita realizao de uma sntese da informao escrita a partir de vrias fontes. O estudo compreendeu duas partes, constitudas em dois estudos de caso: no primeiro, realizado no ano lectivo de 2003/2004, participaram 123 alunos; no segundo, realizado no ano lectivo de 2006/2007, participaram 60 alunos, constituindo estes a totalidade de alunos de primeiro ano que estudaram a língua nacional sob as orientaes do novo Programa de Língua Portuguesa vigente no Ensino Secundrio a partir de 2003. Em ambos os estudos de caso, procurou-se conhecer o que pensavam os alunos sobre a sua relao com a escrita em contexto escolar e sobre os seus procedimentos e dificuldades relativos seleco e sntese da informao. Foram analisados os seus procedimentos preliminares produo de um texto a partir de vrias fontes atravs de eventuais sublinhados, apontamentos e rascunhos e, em seguida, atravs do trabalho de reviso e qualidade do texto final, que pressupunha o domnio ao nvel da explicitao do conhecimento. A anlise comparativa a partir dos estudos e os resultados finais revelaram dificuldades de seleco, organizao e conexo da informao, bem como dificuldades relativas a uma construo discursiva prpria a partir da situao de comunicao proposta, tanto ao nvel da superfcie do texto quanto ao nvel da sua estrutura profunda. Assim, considerando que os participantes no estudo apresentaram dificuldades ao nvel da explicitao do conhecimento, considerando a pouca ou nenhuma abordagem do assunto no Ensino Secundrio em Portugal, considerando ainda que, em contexto acadmico, a competncia de escrita a partir de vrias fontes com vista explicitao do conhecimento uma condio bsica e necessria para uma escrita de transformao do conhecimento e consequente literacia crtica, torna-se imperativo reflectir sobre o problema para buscar solues. A incluso de uma disciplina no primeiro ano do Ensino Superior (cujos contedos bsicos so aqui sugeridos) - que contemple o ensino explcito da escrita para o desenvolvimento das competncias de explicitao e transformao do conhecimento - poder ser uma interessante soluo para promover a melhoria do desempenho escritural dos alunos na difcil transio do Ensino Secundrio para o Superior, tornando-os mais auto-confiantes, afastando-os da prtica do plgio e contribuindo para o seu sucesso escolar.

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No trabalho apresentado realiza-se uma primeira descrio de voz e emoo para o Portugus Europeu. Estudamos, utilizando como base estudos realizados em diversas línguas (finlands; ingls; alemo), os parmetros relacionados com voz e que variam consoante a emoo que expressamos. Analisamos assim os parmetros relacionados com a frequncia Fundamental (F0) com a perturbao (jitter) com a amplitude (shimmer) e com aspectos relacionados com o rudo (HNR). Trata-se de um estudo abrangente que estudando voz e a sua relao/variao de acordo com a emoo o faz em trs vertentes: patologia de voz de origem psicognica (carcter emocional); emoo produzida por actores e a anlise de emoo espontnea. Conseguindo, como trabalho pioneiro nesta rea, valores para todos estes tipos de produo. Salientamos o facto de no nosso trabalho apenas existir a anlise de voz sem recurso a expresso facial ou postura dos indivduos. Para que pudssemos realizar estudos comparativos com os dados que amos recolhendo em cada corpus (patologia; emoo por actor e emoo espontnea), procurmos utilizar sempre os mesmos mtodos de anlise (Praat; SFS; SPSS, Hoarseness Diagram para a anlise de voz com patologia - e o sistema Feeltrace - para as emoes espontneas). Os estudos e anlises relativos emoo produzida por actores so complementados por testes de percepo aplicados a falantes nativos de Ingls Americano e a falantes de Portugus Europeu. Este teste, juntamente com a anlise da emoo espontnea, permitiu-nos retirar dados particulares relativos língua portuguesa. Apesar de haver tanto na expresso como na percepo de emoes muitas caractersticas consideradas universais, em Portugus percebe-se algo de peculiar. Os valores para a expresso neutra; tristeza e alegria so todos muito prximos, ao contrrio do que acontece noutras línguas. Alm disso estas trs emoes (de famlias distintas) so as que mais dificuldades causam (aos dois grupos de informantes) em termos de distino no teste de percepo. Poder ser esta a particularidade da expresso da emoo no Portugus Europeu, podendo estar ligada a factores culturais. Percebe-se ainda, com este trabalho, que a emoo expressa pelo actor se aproxima da emoo espontnea. No entanto, alguns parmetros apresentam valores diferentes, isto porque o actor tem a tendncia de exagerar a emoo. Com este trabalho foram criados corpora originais que sero um recurso importante a disponibilizar para futuras anlises numa rea que ainda deficitria, em termos de investigao cientfica, em Portugal. Tanto os corpora, como respectivos resultados obtidos podero vir a ser teis em reas como as Cincias da Fala; Robtica e Docncia.

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O nosso estudo debrua-se sobre o uso de estruturadores do discurso na interaco verbal, em contexto pedaggico. As nossas referncias tericas esto vinculadas Anlise do Discurso, quer escola francesa (com origem na Lingustica), quer escola anglo-saxnica (com origem na Antropologia). Em relao rea da Lingustica, buscmos os pressupostos da Pragmtica, Sociolingustica e Psicolingustica; relativamente Antropologia, seguimos as abordagens etnogrficas, etnometodolgicas e interaccionistas. Nesta pesquisa participaram 15 professores e 778 alunos de cinco escolas do ensino secundrio/equiparado da cidade da Beira e da regio de Maputo (Moambique), que integravam, nomeadamente, as turmas do 1. e 2. ano do ramo comercial e 9. e 10. classe do ensino secundrio geral. Observmos 40 aulas, das quais foram transcritas e analisadas 10 aulas. A transcrio e a anotao foram realizadas com o auxlio do programa Transcriber. Usmos mtodos qualitativos e quantitativos e, predominantemente, procedimentos descritivos. Identificmos 4700 marcadores discursivos distribudos nas seguintes subcategorias: marcadores discursivos directivos, marcadores discursivos de confirmao, marcadores discursivos de natureza fctica e de concordncia e as interjeies como marcadores discursivos. Os resultados da nossa pesquisa permitiram-nos concluir que os marcadores discursivos e as disfluncias desempenham funes ligadas estruturao textual-interactiva. Estes fenmenos lingusticos, ao estruturarem o discurso de professores e alunos, contribuem para a produo/compreenso de sentido das frases.

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Motivados pelo propsito central de contribuir para a construo, a longo prazo, de um sistema completo de converso de texto para fala, baseado em sntese articulatria, desenvolvemos um modelo lingustico para o portugus europeu (PE), com base no sistema TADA (TAsk Dynamic Application), que visou a obteno automtica da trajectria dos articuladores a partir do texto de entrada. A concretizao deste objectivo ditou o desenvolvimento de um conjunto de tarefas, nomeadamente 1) a implementao e avaliao de dois sistemas de silabificao automtica e de transcrio fontica, tendo em vista a transformao do texto de entrada num formato adequado ao TADA; 2) a criao de um dicionrio gestual para os sons do PE, de modo a que cada fone obtido sada do conversor grafema-fone pudesse ter correspondncia com um conjunto de gestos articulatrios adaptados para o PE; 3) a anlise do fenmeno da nasalidade luz dos princpios dinmicos da Fonologia Articulatria (FA), com base num estudo articulatrio e perceptivo. Os dois algoritmos de silabificao automtica implementados e testados fizeram apelo a conhecimentos de natureza fonolgica sobre a estrutura da slaba, sendo o primeiro baseado em transdutores de estados finitos e o segundo uma implementao fiel das propostas de Mateus & d'Andrade (2000). O desempenho destes algoritmos sobretudo do segundo mostrou-se similar ao de outros sistemas com as mesmas potencialidades. Quanto converso grafema-fone, seguimos uma metodologia baseada em regras de reescrita combinada com uma tcnica de aprendizagem automtica. Os resultados da avaliao deste sistema motivaram a explorao posterior de outros mtodos automticos, procurando tambm avaliar o impacto da integrao de informao silbica nos sistemas. A descrio dinmica dos sons do PE, ancorada nos princpios tericos e metodolgicos da FA, baseou-se essencialmente na anlise de dados de ressonncia magntica, a partir dos quais foram realizadas todas as medies, com vista obteno de parmetros articulatrios quantitativos. Foi tentada uma primeira validao das vrias configuraes gestuais propostas, atravs de um pequeno teste perceptual, que permitiu identificar os principais problemas subjacentes proposta gestual. Este trabalho propiciou, pela primeira vez para o PE, o desenvolvimento de um primeiro sistema de converso de texto para fala, de base articulatria. A descrio dinmica das vogais nasais contou, quer com os dados de ressonncia magntica, para caracterizao dos gestos orais, quer com os dados obtidos atravs de articulografia electromagntica (EMA), para estudo da dinmica do velo e da sua relao com os restantes articuladores. Para alm disso, foi efectuado um teste perceptivo, usando o TADA e o SAPWindows, para avaliar a sensibilidade dos ouvintes portugueses s variaes na altura do velo e alteraes na coordenao intergestual. Este estudo serviu de base a uma interpretao abstracta (em termos gestuais) das vogais nasais do PE e permitiu tambm esclarecer aspectos cruciais relacionados com a sua produo e percepo.

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Apoiado na convico de que o plurilinguismo se constitui enquanto valor a promover e competncia a desenvolver, podendo ser potenciado pelo desenvolvimento de polticas lingusticas (educativas) e que, nesse mbito, as Instituies de Ensino Superior (IES) tm um importante papel a desempenhar, este estudo enquadra-se na interseco e relao de inter-discursividade entre as reas disciplinares da Didctica do Plurilinguismo e das Polticas Lingusticas. Partindo desta convico, delinemos um estudo de caso com a Universidade de Aveiro (UA), incidindo sobre os seus diferentes contextos de aco institucional - formao, investigao e interaco com a sociedade -, com o qual se pretendia: i) descrever prticas e discursos da comunidade universitria no que concerne utilizao das línguas e promoo do plurilinguismo; ii) diagnosticar representaes da comunidade universitria relativamente ao papel da instituio universidade na construo de uma sociedade plurilingue e pluricultural e iii) identificar possibilidades e potencialidades, constrangimentos e obstculos da aco das IES no desenvolvimento de dinmicas capazes de promover o plurilinguismo. Tendo em conta estes objectivos, o estudo apoia-se num tipo de investigao qualitativa, inserida num paradigma de natureza fenomenolgicointerpretativa o que implicou a utilizao de diferentes mtodos e instrumentos para a recolha dos dados. Inicialmente foi levada a cabo uma recolha documental no mbito dos contextos institucionais que nos propusemos analisar. Seguidamente, procedemos realizao de inquritos por entrevista semi-estruturada com representantes dos rgos de governo e coordenao da instituio e com responsveis pelos diferentes contextos a observar. Por fim, auscultmos alunos e directores de curso atravs de inquritos por questionrio. totalidade dos dados aplicmos uma anlise de contedo de natureza categorial. As categorias de anlise que construmos, emergentes do quadro terico e da sua interaco com os dados, permitiram uma anlise compreensiva e uma viso holstica dos resultados. A anlise dos dados mostra que, ao nvel dos trs contextos de aco institucional analisados e no mbito das prticas e discursos, se nota uma tenso entre o que denominamos de global e local. Explicitando, ao nvel da dimenso global verificamos que a língua inglesa assume um lugar de destaque o que se relaciona, essencialmente, com a importncia conferida estratgia de internacionalizao das actividades formativas e investigativas e forma como a UA se d a conhecer ao exterior e, a, as outras línguas (incluindo a língua portuguesa) so percepcionadas enquanto barreiras. Ao nvel da dimenso mais local, sobressai uma preocupao com a valorizao de outras línguas que: ao nvel da formao podero funcionar enquanto trunfos diferenciadores no mercado econmico-profissional; ao nvel da investigao podero permitir exercer maior influncia do conhecimento cientfico sobre o pblico-alvo (e aqui salienta-se o papel da língua portuguesa na investigao em educao); ao nvel da interaco com a sociedade, podero potenciar a construo de relacionamento intercultural, designadamente no interior do campus universitrio. Estes dois plos no so incompatveis e a conjugao dos dois que tem impulsionado o desenvolvimento de diversas iniciativas nos trs contextos de aco institucional (por exemplo, a criao de Cursos Livres em variadas línguas, a participao em redes investigativas internacionais de excelncia, a realizao de actividades de fomento do contacto intercultural no campus), iniciativas estas que podero concorrer de forma determinante para uma reflexo institucional acerca da importncia das línguas e do plurilinguismo nas actividades universitrias. com o objectivo de potenciar essa reflexo (-aco), e partindo dos nossos resultados, que traamos, no final do estudo, alguns eixos transversais sobre as potencialidades da aco das IES no desenvolvimento de dinmicas capazes de promover o plurilinguismo e polticas lingusticas de teor plurilingue, organizados em dois nveis: conceptualizao da estratgia institucional e aco. No mbito do primeiro eixo, apontamos para a necessidade de se desenvolver um locus de discusso e reflexo institucional acerca do plurilinguismo nas IES e de se potenciar a relao entre dimenso estratgica institucional e as línguas; no segundo nvel o da aco invocamos a importncia da explorao do plurilinguismo e da diversidade lingustico-cultural existente no campus e o valor do contexto da formao enquanto impulsor da promoo do plurilinguismo nas instituies universitrias.

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A International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) (WHO 2001) reala a necessidade dos profissionais de sade considerarem, na interveno que realizam com a pessoa, as possveis consequncias de uma doena em diferentes domnios, nomeadamente nas suas Funes e Estruturas do Corpo, nas suas Actividades dirias e na sua Participao em situaes da vida real. Reala ainda a possvel interferncia dos Factores Contextuais neste processo. Em Portugal, os instrumentos existentes utilizados pelos terapeutas da fala (TFs) na sua prtica clnica com pessoas com afasia (PCAs), no permitem avaliar estes domnios, o que poder limitar uma interveno mais alargada, que integre estas directivas. Pretendeu-se com este estudo efectuar a traduo e adaptao língua portuguesa do Communication Disability Profile (CDP) (Swinburn and Byng 2006) e do Participation Objective Participation Subjective (POPS) (Brown, Dijkers et al. 2004), ambos desenvolvidos luz da ICF, de modo a apetrechar os TFs do pas, com instrumentos de avaliao que lhes permitam abordar os diferentes domnios referidos. Pretendeu-se ainda conhecer as reais necessidades de PCAs portuguesas, ou seja, efectuar um levantamento das consequncias dos AVCs e da afasia na sua vida diria e verificar de que modo os instrumentos escolhidos permitem identificar com preciso estas necessidades. Foram envolvidos trs grupos distintos de participantes, nomeadamente catorze PCAs, catorze familiares e amigos (F/A) e dez TFs, consultados em trs fases distintas. Recorreu-se ao uso de diferentes mtodos e instrumentos de recolha de dados, nomeadamente o brainstorming e o uso de entrevistas aprofundadas semiestruturadas, realizadas individualmente e em grupo. Construram-se dois instrumentos de raiz (o TAPP e a GABF) que permitiram complementar os dados recolhidos junto das PCAs. A anlise dos dados foi predominantemente qualitativa (Anlise Temtica). Da anlise dos resultados obtidos nestas trs fases, resultaram as primeiras verses portuguesas do CDP e do POPS. No que diz respeito s consequncias dos AVCs e da afasia na vida diria das PCAs na componente das Funes e Estruturas do Corpo, os trs grupos consideraram a categoria das Funes Mentais Especificas como sendo a mais perturbada. Relativamente componente das Actividades/Participao, as consequncias relatadas centram-se nas categorias das Interaces e Relacionamentos Pessoais, Vida Comunitria Social e Cvica e reas Principais da Vida. Quanto s Barreiras e Facilitadores, os TFs valorizam as Barreiras de Informao e as Barreiras Estruturais como as que mais interferem com a Participao social das PCAs, enquanto estas e os F/A valorizam os Factores Pessoais, as Barreiras Ambientais e as Barreiras Atitudinais. Os TFs realam a importncia de existirem redes de suporte familiar como Facilitadores. As PCAs e os F/A valorizam os Facilitadores Ambientais e os Facilitadores Atitudinais. No que diz respeito aos instrumentos em estudo, a maioria dos TFs assim como o grupo dos F/A considerou a apresentao visual do POPS e mais especificamente as escalas de notao usadas como sendo muito complexas, enquanto as PCAs envolvidas no estudo no fizeram qualquer referncia ou crtica s mesmas. A maioria dos TFs considerou os itens do POPS como sendo relevantes para a populao portuguesa com afasia. Contudo, metade destes mostrou preocupao com a ambiguidade de alguns dos seus itens e cerca de um tero considerou as instrues difceis de compreender. As PCAs, assim como os F/A consideraram os itens do POPS, na sua generalidade, como sendo claros, relevantes e no ambguos. A maioria dos TFs e dos F/A referem falta de clareza de algumas das imagens utilizadas no CDP. Contudo, o grupo das PCAs considera que estas so claras e facilitam a compreenso dos itens. Nenhum dos trs grupos consultados fez referncia ao tipo e tamanho de letra usada no CDP pelo que se considera ser adequada. A maior parte dos TFs no faz qualquer referncia falta de clareza dos itens do CDP, contudo metade considera alguns dos seus itens ambguos e um tero questiona tambm a sua relevncia. Os itens do CDP so considerados claros, relevantes e no ambguos quer pelo grupo das PCAs quer pelo grupo dos F/A. Conclui-se que ambos os instrumentos vo, de uma forma geral, ao encontro das necessidades apresentadas pelas PCAs envolvidas no nosso estudo. Poder afirmar-se tambm que estes mostraram ser ferramentas teraputicas importantes para utilizar em Portugal. Contudo, ambos deixam a descoberto algumas reas consideradas importantes pelos grupos envolvidos e pela literatura internacional, sugerindo-se a sua utilizao simultnea de modo a poderem complementar-se, assim como o recurso a outras formas de avaliao disponveis, no sentido de colmatar possveis lacunas encontradas aps a sua utilizao. Sugere-se o desenvolvimento de investigaes futuras que permitam o seu aperfeioamento.

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A presente dissertao apresenta os resultados de uma investigao sobre o ensino de Língua Chinesa a falantes de Portugus. Visa dar a conhecer o Chins nos seus principais aspectos lingusticos, assim como a situao do seu ensino como língua estrangeira, designadamente em Portugal. Com base num corpus de produo escrita, foram analisados e classificados os principais problemas com que um aluno falante de Portugus pode confrontar-se na aprendizagem e explicadas as possveis causas. Finalmente, foram propostas solues metodolgicas e estratgias de resoluo dos problemas identificados, por forma a melhorar a adequao e eficcia das actividades de ensino/aprendizagem tendo em vista o pblico considerado.