888 resultados para human immunodeficiency virus type 1
Resumo:
Uma das principais características do Vírus da imunodeficiência humana (HIV) é sua grande diversidade genética. O presente trabalho tem como objetivo descrever a epidemiologia molecular do HIV-1 circulante na cidade Macapá, Amapá, assim como os fatores associados à aquisição da infecção e correlacionar estes com os subtipos virais encontrados e as informações epidemiológicas da população examinada. Amostras de sangue de 48 indivíduos portadores do HIV foram colhidas no Serviço de Assistência Especializada (SAE) da cidade de Macapá, no período de junho de 2003 a junho de 2004. Após a extração do DNA, foi realizada a amplificação de 297 pb da protease (gene pro) por meio da técnica de Nested PCR, sendo seqüenciadas, posteriormente, para a determinação dos subtipos virais. Foram identificados os subtipos B (93,7%) e F (6,3%) na cidade de Macapá, que são os mais prevalentes no Brasil, não tendo sido observada associação entre os subtipos do HV-1 circulantes nesta cidade e a preferência sexual. No entanto, uma parcela significativa da população examinada possui um baixo grau de escolaridade, característica esta que reflete a maior parcela população infectada pelo HIV no Brasil.
Resumo:
Fatores de risco e formas de transmissão do Vírus da Imunodeficiência humana (HIV) e o Vírus da hepatite B (VHB) são freqüentemente os mesmos, o qual explica a alta freqüência de co-infecção envolvendo esses dois agentes. O objetivo desta pesquisa foi estimar a prevalência da infecção pelo VHB, analisar possíveis fatores de risco bem como examinar a associação entre a contagem de linfócitos T CD4+, CD8+ e carga viral plasmática em 129 portadores do HIV. Cada participante foi submetido a um questionário específico e tinha uma amostra de sangue testada para os marcadores sorológicos HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs, contagem de linfócitos T CD4+, CD8+ e carga viral plasmática. A prevalência total de marcadores para o VHB foi de 46,5%, com 3,1% de soropositividade para o HBsAg, 27,1% para o anti-HBc total e 36,4% para o anti-HBs. Após ajuste por regressão logística, os marcadores sorológicos para hepatite B foram associados com as seguintes variáveis: sexo, preferência sexual e escolaridade. A freqüência de marcadores para hepatite B foi de 39,1% em homens e 16,6% em mulheres. A prevalência de marcadores para hepatite B foi 14,4% em homo/bissexuais e 15,4% em heterossexuais. A menor freqüência de hepatite B (1%) foi encontrada em pessoas com nível superior de escolaridade. Não foram observadas diferenças estatisticamente significante entre contagem de linfócitos CD4+, CD8+ e carga viral plasmática em pacientes co-infectados com VHB comparados com aqueles pacientes infectados somente com HIV.
Resumo:
No presente estudo a soroprevalência da infecção pelo Vírus da hepatite C (VHC) foi investigada em indivíduos portadores da infecção pelo Vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) da cidade de Macapá, Estado do Amapá, Brasil. Um total de 120 indivíduos infectados pelo HIV-1 foi testado para a presença de anti-VHC usando um ensaio imunoabsorvente ligado a enzima. Todos os pacientes envolvidos no presente estudo foram testados para a carga viral plasmática do HIV-1 e para os níveis de células T CD4+ no momento do consentimento em fazer parte do estudo. Os pacientes responderam a um questionário epidemiológico no momento da coleta de sangue. Do total de 120 amostras testadas apenas sete (5,83%) foram soropositivas para anti-VHC. Quanto ao gênero, quatro (57,2%) e três (42,8%) eram homens e mulheres, respectivamente. A idade dos indivíduos soropositivos para anti-VHC variou de 21 a 40 anos entre os homens e de 21 a 60 entre as mulheres. Considerando o impacto da coinfecção nos valores de carga viral plasmática do HIV-1 e na contágem de células T CD4+ não foram observadas diferenças significativas (Odds Ratio=2,7368, p=0,3624; Odds Ratio=1,7803, p=0,7764). O uso de drogas injetáveis e de piercing mostrou ser um importante fator de risco para a co-infecção (p<0,05). Os resultados do presente estudo representam os primeiros achados acerca da co-infecção HIV-1/VHC no Estado do Amapá e demonstra a necessidade de um estudo continuado objetivando avaliar a soroprevalência da infecção pelo VHC no Amapá e detectar o real impacto clinico da co-infecção HIV-1/VHC no paciente.
Resumo:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que existam mais de 350 milhões de pessoas no mundo infectadas de forma crônica pelo Vírus da hepatite B (VHB) e cerca de 180 milhões de pessoas com o Vírus da hepatite C (VHC), além de, aproximadamente, 40 milhões de pessoas vivendo com o HIV-1. Estima-se que entre dois e quatro milhões são co-infectados pelo VHB e que entre quatro e cinco milhões são co-infectados pelo VHC. A partir dessas informações, o presente estudo teve como objetivo avaliar a soroprevalência da co-infecção pelo VHB e pelo VHC em pessoas portadoras do HIV-1 e/ou com SIDA/AIDS da cidade de Belém, entre os usuários da URE-DIPE. As amostras foram testadas para a presença de marcadores da infecção pelo VHB (HBsAg, HBeAg, anti-HBs, anti-HBc, anti-HBc/IgM e anti-HBe) e VHC (anti-VHC) por meio de ensaios imunoenzimáticos. O grupo estudado foi composto por 170 homens (56,7%) e 130 mulheres (43,3%), sendo que 30% não chegaram a cursar o primeiro grau completo e apresentam renda familiar de até 3 salários mínimos. A co-infecção HIV-1/VHB foi detectada em 91 (30,3%), cinco (1,7%) apresentaram co-infecção HIV-1/VHC, e seis (2%) mostraram-se infectados pelo VHB e VHC. Em sete (2,7%), foi possível mostrar evidência de vacinação prévia ao VHB. Não foi possível mostrar diferença estatística entre os valores de carga viral e de contagem de linfócitos T CD4+ e linfócitos T CD8+ com a presença de anticorpos na duplo (HIV-1/VHC) e na triplo infecção (HIV-1/VHB/VHC), porém foi mostrado significância estatística entre os valores de carga viral e contagem de linfócitos T CD8+ entre os co-infectados HIV-1/VHB.
Resumo:
O Brasil é um dos poucos países que permanece endêmico para a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e hanseníase, e estas doenças têm grande impacto em custos sociais e em qualidade de vida. Embora seja reconhecida a relevância desta coinfecção, vários aspectos ainda não são totalmente compreendidos. Este estudo tem como objetivo descrever aspectos clínicos, histopatológicos e imunopatológicos dos estados reacionais de pacientes coinfectados HIV/hanseníase, comparando-os aos pacientes com hanseníase, sem HIV. Foram acompanhados, dois grupos: (1) com 40 pacientes coinfectados HIV/hanseníase; (2) com 107 pacientes com hanseníase. Prevaleceram indivíduos do sexo masculino em ambos os grupos. No Grupo 1, a maioria eram paucibacilar (70%), na forma borderline tuberculóide (45%) e com menor risco de ter reação hansênica em relação aos não coinfectados. Todos os coinfectados que apresentaram reação hansênica (n= 15) estavam em uso de Terapia Anti-retroviral (TARV), e a maioria no estado de aids (n=14), sendo a Síndrome da Reconstituição Imune (SRI) uma condição clínica marcadamente importante em muitos destes pacientes (n=7). No grupo dos não coinfectados, o padrão de infecção da maioria foi multibacilar (80.4%), forma borderline-borderline (40.2%), e com Risco Relativo maior de apresentar reações hansênicas (p = 0,0026). A reação reversa foi a mais frequente em ambos os grupos. No grupo de coinfectados observaram-se lesões dermatológicas com aspecto de acordo com o esperado para cada forma clínica, em geral, eritemato infiltradas, com evolução semelhante aos sem coinfecção. O edema na derme foi o achado histopatológico mais comum em ambos os grupos. No Grupo 1, foram encontradas células gigantes, em todos os histopatológicos e em maior quantidade (2+) e de tamanho grande. A morfologia do eritema nodoso hansênico não apresentou diferenças significantes entre os grupos, assim como a expressão de IL-1β e IL-6. Este estudo corrobora com as hipóteses de que o quadro clínico e imunopatológico das reações nestes pacientes é um quadro inflamatório ativo, e não de anergia, semelhante ao encontrado nos não coinfectados.
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O objetivo desta comunicação foi descrever a detecção de coexistência de variantes HIV-1 com inserções de dois aminoácidos entre os códons 69 e 70 da transcriptase reversa. Tais variantes foram isoladas de paciente do sexo masculino, 16 anos de idade, em tratamento no interior do estado de São Paulo. Após confirmação de falha terapêutica, foi realizado teste de resistência a antirretrovirais, a partir do qual foram detectadas duas variantes contendo inserções dos aminoácidos Ser-Gly/Ser-Ala no códon 69 da transcriptase reversa, além da mutação T69S. Tais inserções possuem baixa prevalência, não foram relatadas em caráter de coexistência no Brasil e estão relacionadas com a resistência a múltiplas drogas, tornando o achado relevante do ponto de vista epidemiológico.
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Dengue virus (DENV) is an enveloped RNA virus that is mosquito-transmitted and can infect a variety of immune and non-immune cells. Response to infection ranges from asymptomatic disease to a severe disorder known as dengue hemorrhagic fever. Despite efforts to control the disease, there are no effective treatments or vaccines. In our search for new antiviral compounds to combat infection by dengue virus type 1 (DENV-1), we investigated the role of galectin-1, a widely-expressed mammalian lectin with functions in cell-pathogen interactions and immunoregulatory properties. We found that DENV-1 infection of cells in vitro exhibited caused decreased expression of Gal-1 in several different human cell lines, suggesting that loss of Gal-1 is associated with virus production. In test of this hypothesis we found that exogenous addition of human recombinant Gal-1 (hrGal-1) inhibits the virus production in the three different cell types. This inhibitory effect was dependent on hrGal-1 dimerization and required its carbohydrate recognition domain. Importantly, the inhibition was specific for hrGal-1, since no effect was observed using recombinant human galectin-3. Interestingly, we found that hrGal-1 directly binds to dengue virus and acts, at least in part, during the early stages of DENV-1 infection, by inhibiting viral adsorption and its internalization to target cells. To test the in vivo role of Gal-1 in DENV infection, Gal-1-deficient-mice were used to demonstrate that the expression of endogenous Galectin-1 contributes to resistance of macrophages to in vitro-infection with DENV-1 and it is also important to physiological susceptibility of mice to in vivo infection with DENV-1. These results provide novel insights into the functions of Gal-1 in resistance to DENV infection and suggest that Gal-1 should be explored as a potential antiviral compound.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Annotation of the 330-kb Chlorella virus PBCV-1 genome identified a 237 nucleotide gene (a438l) that codes for a protein with ~35% amino acid identity to glutaredoxins (Grx) found in other organisms. The PBCV-1 protein resembles classical Grxs in both size (9 kDa) and location of the active site (N-terminus). However, the PBCV-1 Grx is unusual because it contains a monothiol active site (CPYS) rather than the typical dithiol active site (CPYC). To examine this unique active site, four sitespecific mutants (CPYC, CPYA, SPYC, and SPYS) were constructed to determine if the N-terminal cysteine is necessary for enzyme activity. Wild type and both mutants containing N-terminal cysteines catalyzed the reduction of disulfides in a coupled system with GSH, NADPH, and glutathione reductase. However, both mutants with an altered N-terminal cysteine were inactive. The grx gene is common in the Chlorella viruses. Molecular phylogenetic analyses of the PBCV-1 enzyme support its relatedness to those from other Chlorella viruses and yet demonstrate the divergence of the Grx molecule.
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This study is founded on the phenomenology of Martin Heidegger, with the objective to understand the care needs of women infected with the human papilloma virus. Participants were fourteen women who had been diagnosed with this infection. The guiding questions were: What is it like to have this diagnosis? Tell me your experience, from when you received your diagnosis until today. What has your health care been like? The questions revealed the theme - seeking care as solicitude - which showed the importance of the support of family and friends. The presence of the infection as the cause of marital conflicts and separation was another highlighted aspect. The statements showed that there was a sense of resignation after an unsuccessful attempt to find accurate and clear information in order to make assertive decisions. Health interventions for infected women must overcome the traditional models of care, including interventions for health promotion and prevention, with trained professionals who are sensitive to the subjective dimension.
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Introduction: Several presentations of neurologic complications caused by JC virus (JCV) in human immunodeficiency virus (HIV)-infected patients have been described and need to be distinguished from the "classic" form of progressive multifocal leukoencephalopathy (PML). The objectives of this study were: 1) to describe the spectrum and frequency of presentations of JCV-associated central nervous system (CNS) diseases; 2) identify factors associated with in-hospital mortality of patients with JCV-associated CNS disease; and 3) to estimate the overall mortality of this population. Material and methods: This was a retrospective study of HIV-infected patients admitted consecutively for JCV-associated CNS diseases in a referral teaching center in Sao Paulo, Brazil, from 2002 to 2007. All patients with laboratory confirmed JCV-associated CNS diseases were included using the following criteria: compatible clinical and radiological features associated with the presence of JCV DNA in the cerebrospinal fluid. JCV-associated CNS diseases were classified as follows: 1) classic PML; 2) inflammatory PML; and 3) JC virus granule cell neuronopathy (GCN). Results: We included 47 cases. JCV-associated CNS diseases were classified as follows: 1) classic PML: 42 (89%); 2) inflammatory PML: three (6%); and 3) JC virus GCN: four (9%). Nosocomial pneumonia (p = 0.003), previous diagnosis of HIV infection (p = 0.03), and imaging showing cerebellar and/or brainstem involvement (p = 0.02) were associated with in-hospital mortality. Overall mortality during hospitalization was 34%. Conclusions: Novel presentations of JCV-associated CNS diseases were observed in our setting; nosocomial pneumonia, previous diagnosis of HIV infection, and cerebellar and/or brainstem involvement were associated with in-hospital mortality; and overall mortality was high. (C) 2012 Elsevier Editora Ltda. All rights reserved.
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The use of antiretroviral therapy has proven to be remarkably effective in controlling the progression of human immunodeficiency virus (HIV) infection and prolonging patient's survival. Therapy however may fail and therefore these benefits can be compromised by the emergence of HIV strains that are resistant to the therapy. In view of these facts, the question of finding the reason for which drug-resistant strains emerge during therapy has become a worldwide problem of great interest. This paper presents a deterministic HIV-1 model to examine the mechanisms underlying the emergence of drug-resistance during therapy. The aim of this study is to determine whether, and how fast, antiretroviral therapy may determine the emergence of drug resistance by calculating the basic reproductive numbers. The existence, feasibility and local stability of the equilibriums are also analyzed. By performing numerical simulations we show that Hopf bifurcation may occur. The model suggests that the individuals with drug-resistant infection may play an important role in the epidemic of HIV. (C) 2011 Elsevier Ireland Ltd. All rights reserved.
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The aim of the present study was to determine the coinfection of Leishmania sp. with Toxoplasma gondii, Feline Immunodeficiency Virus (FIV) and Feline Leukemia Virus (FeLV) in a population of cats from an endemic area for zoonotic visceral leishmaniasis. An overall 66/302 (21.85%) cats were found positive for Leishmania sp., with infection determined by direct parasitological examination in 30/302(9.93%), by serology in 46/302(15.23%) and by both in 10/302 (3.31%) cats. Real time PCR followed by amplicon sequencing successfully confirmed Leishmania infantum (syn Leishmania chagasi) infection. Out of the Leishmania infected cats, coinfection with FIV was observed in 12/66(18.18%), with T. gondii in 17/66 (25.75%) and with both agents in 5/66(7.58%) cats. FeLV was found only in a single adult cat with no Leishmania infection. A positive association was observed in coinfection of Leishmania and FIV (p < 0.0001), but not with T. gondii (p > 0.05). In conclusion, cats living in endemic areas of visceral leishmaniasis are significantly more likely to be coinfected with Fly, which may present confounding clinical signs and therefore cats in such areas should be always carefully screened for coinfections. (C) 2012 Elsevier B.V. All rights reserved.
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The retrovirus human T lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) promotes spastic paraparesis, adult T cell leukaemia and other diseases. Recently, some human microRNAs (miRNAs) have been described as important factors in host-virus interactions. This study compared miRNA expression in control individuals, asymptomatic HTLV-1 carriers and HTLV-1 associated myelopathy (HAM)/tropical spastic paraparesis patients. The proviral load and Tax protein expression were measured in order to characterize the patients. hsa-miR-125b expression was significantly higher in patients than in controls (p = 0.0285) or in the HAM group (p = 0.0312). Therefore, our findings suggest that miR-125b expression can be used to elucidate the mechanisms of viral replication and pathogenic processes.
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Carnosine is present in high concentrations in skeletal muscle where it contributes to acid buffering and functions also as a natural protector against oxidative and carbonyl stress. Animal studies have shown an anti-diabetic effect of carnosine supplementation. High carnosinase activity, the carnosine degrading enzyme in serum, is a risk factor for diabetic complications in humans. The aim of the present study was to compare the muscle carnosine concentration in diabetic subjects to the level in non-diabetics. Type 1 and 2 diabetic patients and matched healthy controls (total n = 58) were included in the study. Muscle carnosine content was evaluated by proton magnetic resonance spectroscopy (3 Tesla) in soleus and gastrocnemius. Significantly lower carnosine content (-45%) in gastrocnemius muscle, but not in soleus, was shown in type 2 diabetic patients compared with controls. No differences were observed in type 1 diabetic patients. Type II diabetic patients display a reduced muscular carnosine content. A reduction in muscle carnosine concentration may be partially associated with defective mechanisms against oxidative, glycative and carbonyl stress in muscle.