504 resultados para Insólito Ficcional
Resumo:
En este trabajo nos interesa indagar cómo la escritura ficcional de jóvenes de escuelas secundarias deviene una práctica que expande las fronteras de lo real y amplía el terreno de la imaginación en términos de sexualidades. Para ello partimos del trabajo de campo que se realizó en un taller de escritura de ficción en la escuela. El registro que se analiza y los textos producidos por los/as estudiantes forman parte de los diarios de clase que viene llevando a cabo el profesor-etnógrafo Fernando Andino, organizador del evento. La mayoría de los/as estudiantes pertenecen a cursos donde este profesor dicta Literatura desde una perspectiva sociocultural. Esta relación a lo largo del ciclo lectivo entre profesor y alumnos/as es central en este trabajo ya que los registros dan cuenta de una práctica que ha ganado una familiaridad íntima (Erwing, 2007: 141) entre los sujetos involucrados, atravesada por una multiplicidad de variables, entre ellas el vínculo profundamente personal, cercano y emotivo (Ibid.: 135) que se trama cuando las prácticas curriculares y extracurriculares se orientan a interpelar las subjetividades, en este caso desde una perspectiva sexo-genérica. ;Por otro lado, los emergentes de género que aparecen en el registro tensionan el marco institucional heteronormativo y las decisiones didácticas que el profesor va tomando. En este sentido, la decisión de habilitar estas lecturas -no sin atravesar emociones como, por ejemplo, la vergüenza- interroga al docente investigador respecto a cierta "tradición (etnográfica) científica masculina que enfatiza todo aquello que había sido suprimido y devaluado en las divisiones patriarcales entre objetividad/subjetividad, distancia/intimidad, y racionalidad/emotividad" (Ibid.: 137). El empoderamiento de alumnas al declamar relatos propios con contenido sexual frente a un público compuesto de pares, profesores/as, directivos e inspectoras aportó nuevas preguntas al trabajo de campo de lxs investigadorxs tales como: ¿Qué diferencias emocionales existen entre la lectura de estos escritos en el aula y en este evento? ¿Por qué la escandalización de un profesor invitado que en su cotidianeidad escolar ejerce violencia contra las mujeres de una de las escuelas? ¿Existe otra forma de mediar la puesta en escena de estos escritos que no sea comprometiendo el cuerpo docente? ¿Se pueden entender estas semióticas transgresoras sin considerar al profesor y a los/as alumnos/as como estructuras actuantes al interior del campo (Ibid.: 154)?
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A presente dissertação dedica-se à análise da produção ficcional de Helena Marques, com particular incidência em O Último Cais e A Deusa Sentada, de modo a problematizar algumas das temáticas mais recorrentes do imaginário da autora, numa perspetiva comparatista. Incidindo sobre o universo feminino, este estudo analisa a condição da mulher na Ilha da Madeira, no período que compreende o século XIX e XX, evocando realidades sociais, históricas, culturais e ideológicas que deixam entrever algumas das raízes socioculturais da escritora e o seu contributo literário na exposição da condição da mulher na busca da sua afirmação numa sociedade patriarcal e, assim, de uma nova identidade. Na galeria dos retratos femininos apresentada por Helena Marques, depreende-se, em particular, entidades ficcionais que representam a mulher subjugada pelo poder patriarcal, e circunscrita a uma cláusula insular e cultural, mas também a mulher lutadora, emancipada e profissionalmente bem-sucedida, que anuncia a mudança da sua condição, a mulher do século XX.
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São nítidas na cinematografia do emblemático realizador português Manoel de Oliveira as influências de outras artes, nomeadamente da literatura. Com efeito, a adaptação literária é objeto de interesse do cineasta em diversas produções fílmicas dando origem a obras centradas sobre variadas temáticas, onde sobressai a figura feminina e os textos de Agustina Bessa-Luís. O envolvimento do realizador neste contexto de diálogo intertextual remonta às suas primeiras produções ficcionais (Aniki-Bobó, 1942) e permanece ao longo da sua vasta carreira cinematográfica. Estudar o registo filmográfico ficcional Oliveiriano é repensar questões relativas à adaptação literária e às suas particularidades. É, similarmente, refletir sobre o lugar da adaptação no cinema português e, ao mesmo tempo, equiparar o cineasta luso à constelação de realizadores paradigmáticos da história do cinema mundial que estabeleceram uma relação dialógica com fontes escritas. Com o propósito de sustentar a argumentação, a reflexão encontra-se ancorada em estudos de literatura e cinema e na teoria da adaptação. Partindo do vínculo dialogal entre literatura e cinema na obra de Manoel de Oliveira, o presente texto procura estabelecer uma reflexão acerca da adaptação literária e paralelamente relembrar as singularidades da transmutação fílmica dando destaque às diversas adaptações literárias de índole Oliveiriana que o cinema português tem testemunhado. A literatura no cinema de Oliveira contribui para testemunhar o elo positivo que historicamente tem ligado estas duas formas de expressão e oferece um exercício de releitura original destacando liberdade criativa e a independência que caracterizam Manoel de Oliveira.
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A presente dissertação dedica-se à análise da produção ficcional de Helena Marques, com particular incidência em O Último Cais e A Deusa Sentada, de modo a problematizar algumas das temáticas mais recorrentes do imaginário da autora, numa perspetiva comparatista. Incidindo sobre o universo feminino, este estudo analisa a condição da mulher na Ilha da Madeira, no período que compreende o século XIX e XX, evocando realidades sociais, históricas, culturais e ideológicas que deixam entrever algumas das raízes socioculturais da escritora e o seu contributo literário na exposição da condição da mulher na busca da sua afirmação numa sociedade patriarcal e, assim, de uma nova identidade. Na galeria dos retratos femininos apresentada por Helena Marques, depreende-se, em particular, entidades ficcionais que representam a mulher subjugada pelo poder patriarcal, e circunscrita a uma cláusula insular e cultural, mas também a mulher lutadora, emancipada e profissionalmente bem-sucedida, que anuncia a mudança da sua condição, a mulher do século XX.
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Este artículo analiza, brevemente, tres obras dramáticas latinoamericanas unidas por el tema del poder. Estas obras, gestadas en momentos históricos distintos, señalan una suerte de lectura ficcional pero a la vez identitaria: el poder como situación humana permanente. Carlos Fuentes, Fernando del Paso y Mario Benedetti, muestran - gracias a sus textos- que el poder envuelve y trasciende la historia y los protagonistas, porque en el ejercicio autoritario, sólo el poder sobrevive a través de los siglos.
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This work has as its main purpose to address the literary narrative Silvino Jacques: O último dos bandoleiros by Brígido Ibanhes, which shuffles literary genres, as a mixture of historical account and poetic and / or fictional prose. The approach consists of the analysis of the stated and enunciation plans of the composition, understanding, therefore, the textual tessitura and the consequent reading of the theme according to protagonist narrator plot, Silvino Jacques, who is seen as a hero / anti-hero character of the Romanesque saga. For both, the methodological perspective seeks to elaborate a reflection subsidized in the field of comparative literature, particularly in theoretical and critical texts of historiography and literary, since search thus retrieve the literary and cultural trajectory of a subject with wide projection in Western literature, articulated to the regional interculturality of Brazil vs. Paraguay border in highlighted dialogue with different cultural places. It is, ultimately, a construction of reading bolstered by the practice of Intertextuality, as the own corpus of analysis, comes from the dialogue with a previous text, Décimas Gaúchas, assigned to the "brigand" Silvino Jacques, and linked to the popular Songbook.
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The name Godofredo Rangel has been fixed itself in the history of Brazilian literature mainly as Monteiro Lobato's eternal friend and correspondent. Nevertheless, his memory is revered by writers of the same strain as Carlos Drummond de Andrade and Autran Dourado. The latter, above all, in more than one occasion, declared having had in Rangel a master in writing, whose guidance had been fundamental to the development of his literary vocation. In the novel Um artista aprendiz (n.t.: An apprentice artist), from 1989, Dourado narrates the trajectory of a novice writer, whose encounter with the literary personality of Godofredo Rangel, fictionalized by the author in the character of Sílvio sousa, is also decisive. This study consists of the comparison between the testimony of Autran Dourado about Godofredo Rangel and the fictional matter of the novel, searching in them the elements to understand what Dourado and others considered as being a work of mastery in the literary art.
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Este artigo aborda algumas crônicas de Machado de Assis, tomando-as como textos estratégicos, no que tange à construção imaginária e empírica do leitorado brasileiro. Trata-se de estudo que analisa as relações entre o impresso e o receptor oitocentista, estabelecidas nos textos recortados por meio de mecanismos discursivos específicos, como a natureza fragmentária do tipo de narrativa em tela, o que gera a criação de mosaicos temáticos. Tais mosaicos, aproximando-se da própria configuração da folha jornalística, adequar-se-iam às peculiaridades dos diferentes segmentos do leitorado de então, podendo dialogar com padrões de gosto já existentes e, simultaneamente, criar novos padrões. O enfoque da crônica demanda que se discuta uma possível flutuação de fronteiras entre documento/ficção, a qual funciona, aqui, como uma das portas para a investigação sobre as relações texto/jornal/leitor próprias do final do século XIX. O objetivo deste artigo é, assim, investigar algumas das estratégias autorais e editoriais usadas na época, no intuito de que se construísse o público leitor e consumidor dos bens culturais impressos que eram produzidos,fazendo-os circular mais amplamente pela sociedade, de forma a que atingissem segmentos sociais antes desconsiderados, caso das mulheres, por exemplo. Para tanto, os mosaicos temáticos construídos nas crônicas em foco serão analisados sob a ótica da interação entre o ficcional e o histórico e enquanto instrumentos de formação do gosto pela leitura. A argumentação apresentada fundamenta-se na Teoria do Efeito, de Wolfgang Iser, na História da Leitura, de Roger Chartier, Marisa Lajolo, Regina Zilberman, nos estudos sobre crônica, de Marília Rothier Cardoso, Sidney Chalhoub, Antonio Candido, entre outros.
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This article is a comparative study of three fictionists: Edmund White, Bernardo Carvalho and Milton Hatoum. We focus on the concepts of experience to investigate some modes of fictional constructions that allows us to say that a singular panorama of contemporary prose can be seen in a horizon where autobiography and history are key issues in the three authour’s poetics. Therefore literary theory will help us find theoretical paths towards what we name a poetics of mobility and closure at work in the fiction of these authours. Walter Benjamin, Phillipe Lejeune, Beatriz Sarlo and Jeanne Marie Gagnebin, amongst other thinkers, will guide theoretically our study.
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This Article invests in the investigative study on the representation of the contention’s effects of words and actions from human beings front of power. Such effects are represented in the testimony of Romance sem palavras by Carlos Heitor Cony. In this text, the author introduces elements of political repression. At a time when the dictatorial regime in force in Brazilian lands. The aim of this article is to highlight a set of fragments of narrative evidenced by the testimony and experience of the protagonist. Although this is a fictional production, as its title implies, there is a real game between the real and imaginary, since the own author lived the reality of dictatorship. KEYWORDS: Representation. Confinement. Dictatorship. Testimony. Real /Imaginary.
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This article aims at discussing the fictional representation of Caribbean immigrants in the novel How The García Girls Lost Their Accents, by Julia Alvarez. This discussion will be especially based on the impact of immigration on Alvarez’s diasporic subjects and the development of their hyphenated identity in the U.S. For this, the paper will also consider the language issue for the construction of the immigrant identity insofar as bilingualism is a key factor in the negotiation the García girls must effect between their Caribbean and their American halves in order to understand where they stand.
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O presente estudo apresenta algumas reflexões acerca do pensamento infantil e seus aspectos poéticos. Para tanto, inspiramo-nos em um conto de João Guimarães Rosa, extraído do livro Primeiras estórias, intitulado “A partida do audaz navegante”. A protagonista do conto é uma criança cujo olhar poético é traduzido em um discurso também poético e polifônico, rico em desvios sintáticos e em criações vocabulares insólitas e instigantes. O conto enfocado revela a presença de um olhar lírico e filosófico sobre as situações cotidianas, que rompem com os paradigmas tradicionais e trazem à tona o imprevisível. A protagonista da história em questão apreende e compreende a realidade pelo viés poético, criando, deste modo, revoluções discursivas poéticas para as situações cotidianas. E é justamente este olhar que a faz ver novas possibilidades onde ninguém consegue ver. Esta forma singular e imprevisível de produzir os discursos por parte da criança na obra de Guimarães Rosa é similar aos gestos discursivos da criança de um modo geral, que, no presente estudo, relacionamos aos do poeta. As surpreendentes desacomodações sintático-gramaticais presentes nas falas da protagonista, longe de serem encaradas como erros gramaticais, fazem-nos refletir sobre o vigor do discurso infantil e as suas idiossincrasias, reflexos de um universo lírico e criativo. O pensamento mágico da criança e sua perplexidade diante do universo que a cerca se expressam por meio de um discurso também mágico e insólito, como o dos poetas. Deste modo, por meio de um diálogo com o filósofo Bachelard, em sua Poética do devaneio, propomos, neste estudo, uma apreciação do discurso infantil no que ele possui de mágico e original, fruto de devaneios criativos, desamarrados dos condicionamentos da linguagem mecânica e instrumentalizada.
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O presente ensaio trata do processo de indefinição que o pósmodernismoacarreta em relação às formas e gêneros literários. A partir daestética pós-modernista, as fronteiras que classificavam os gêneros seguindoas regras aristotélicas, tornam-se cada vez mais imprecisas de tal formaque um ensaio pode apresentar características de narrativa bem como aficção mistura-se com a informação contida em textos não-ficcionais. Partindo-se dos ensinamentos de Linda Hutcheon quanto a uma nova configuraçãona ficção contemporânea, analisa-se três contos de autores pertencentesao grupo de escritores pós-modernos, repectivamente “Perdido notúnel do terror”, de John Barth, “Anotações sobre Macedonio num diário”,de Ricardo Piglia e “Tema del traidor y del héroe” , de Jorge Luis Borges. Oestudo comparativo dos três contos revela uma estética voltada aautoreferencialidade, justificando o termo utilizado por Hutcheon de narrativanarcísica, a qual se volta para o processo da construção literária,intercalando o texto ficcional com artifícios da metaficção. Uma das conseqüênciasmais marcantes dessa nova estética é a (re) definição do papel doleitor de mero espectador passivo para um leitor atuante e necessário nestejogo que se estabelece entre o texto e leitor. Dessa forma, a visão autoritáriaque se tinha do autor dá lugar a um processo democrático em que o leitortorna-se peça fundamental nas relações dialógicas que se estabelecem entreo universo ficcional das personagens e o universo do leitor.
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O presente trabalho apresenta uma proposta de aproximação pedagógica e intercultural, a partir da concepção bakhtiniana de linguagem, do romance de formação da literatura alemã Jakob von Gunten, de Robert Walser, mediada, com finalidades didáticas, pela leitura anterior do romance de formação brasileiro O Ateneu, de Raul Pompéia. A relação entre literatura e educação será duplamente contemplada: a) pela representação literária dos institutos de ensino nos dois romances acima citados e b) pela nossa aproximação didática - via obra literária do universo ficcional brasileiro - para os estudantes universitários brasileiros de literatura alemã. O pano de fundo que sustenta a proposta é a reflexão teórica bakhtiniana sobre (I) a exotopia - “o estar do lado de fora”, o não coincidir com o outro, conceito bakhtiniano fundamental, neste trabalho, para a reflexão que envolve a alteridade intercultural, e na aproximação pedagógica intercultural, (II) os gêneros discursivos. Destacando, a partir da visão bakhtiniana de gêneros discursivos, para este trabalho, a estrutura composicional e as unidades temáticas. A saída dos meninos de casa, por exemplo, é uma marca constitutiva da estrutura composicional dos romances de formação. Um outro aspecto da estrutura composicional presente nos dois romances - e bastante recorrente nos romances do gênero Bildungsroman da virada do século - é a construção do narrador em primeira pessoa. No mesmo sentido de orientação, podemos apontar, dentre as unidades temáticas abordadas na análise, a visão patriarcalista e personalista. O estudo constata a viabilidade da aproximação didática na construção de sentido do texto literário alemão através da análise da estrutura composicional e das unidades temáticas presentes nos dois romances.
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Este estudo tem por objetivo estabelecer a comparação da construção do discurso ficcional nos romances A história do cerco de Lisboa (1989) de José Saramago e El paraíso en la otra esquina (2003) de Mario Vargas Llosa, obras que dialogam diretamente com o discurso da história. Evidenciamos o procedimento da intertextualidade que ocorre entre estes discursos, possibilitando uma aproximação entre ficção e história. Na obra de Saramago podemos notar como o narrador explicita a construção tanto do discurso da ficção como do histórico, ao relatar a trajetória fictícia de Raimundo Silva. Já na obra de Vargas Llosa o diálogo com o discurso historiográfico ocorre na reconstrução da história de vida da feminista Flora Tristán (1803-1844) e de seu neto Paul Gauguin (1848-1903), famoso por suas pinturas consideradas exóticas. Apesar de Saramago e Vargas Llosa fazerem parte de cânones literários diferentes, é possível constatar uma confluência entre os autores na sua produção ficcional.