1000 resultados para Ciências e esoterismo
Resumo:
Ao considerar o conhecimento científico como uma forma de pensamento simbólico, entende-se com isso não simples sistemas de signos, mas conteúdos de pensamento (expressos por conceitos) ligados entre si e que fazem sentido, que são, no espaço das representações mentais, os substitutos do "dado objetivo" que se supõe subjazer à experiência que fazemos do "mundo" pelos sentidos e, nesse nível indissociavelmente, pelo entendimento. Esse pensamento simbólico adquire densidade e consistência pela "tecelagem" realizada graças ao trabalho dos pensamentos individuais que se comunicam, social e culturalmente, inscritos no tempo da história. Da tensão dinâmica entre o sujeito do conhecimento, que busca a inteligibilidade (pela operação de sua razão), e a objetividade dos conteúdos que ele se propõe (inicialmente dados, depois modificados ou produzidos), resulta o movimento do pensamento científico e a transformação dos conhecimentos. Esse trabalho do pensamento simbólico é marcado por um estilo próprio a cada um, mas que em parte pode ser comum em contextos, escolas ou tradições. Em ciência e em história das ciências, o estilo intervém em dois níveis: o da abordagem "objetal" da produção das obras pelos cientistas e o da abordagem "reflexiva" da história epistemológica e da filosofia, que se interrogam sobre a significação tanto dos próprios conteúdos de conhecimento quanto do pensamento racional, simbólico, cuja função é manifestá-los.
Resumo:
O objetivo desse trabalho consiste em investigar as mudanças subjetivas de um estudante durante a realização de uma Oficina de Ciências e articulá-las, por um lado, com os discursos da professora e, por outro, com a dinâmica de funcionamento grupal. Os dados foram coletados numa escola pública do município de Londrina/PR. No total foram realizados quinze encontros, e o instrumento de coleta de dados consistiu na gravação em vídeo. O grupo selecionado para a pesquisa constituiu-se de quatro alunos do II Ciclo (3ª e 4ª séries) do Ensino Fundamental. O referencial teórico utilizado para análise e interpretação dos dados encontra sua base em conceitos psicanalíticos de orientação lacaniana e da dinâmica de grupos. Concluímos considerando alguns aspectos que podem contribuir para a promoção e sustentação da aprendizagem em grupo em situações de ensino, sinalizando para o papel das intervenções do professor no sentido de promover um trabalho colaborativo.
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Este artigo tem como objetivo identificar, com base em registros de observações de aulas de ciências no Ensino Fundamental II, em uma escola da rede pública estadual do município de Valinhos, SP, se a prática pedagógica pode criar condições que potencializem ou limitem a exigência conceitual no tratamento do conhecimento. As análises foram feitas por meio da comparação com outros estudos sobre práticas favoráveis à aproximação ao conhecimento científico, desenvolvidos sob a mesma perspectiva teórica a teoria de Basil Bernstein, e, nesse sentido, ficou evidente o quanto a prática pedagógica analisada se distancia do que vem sendo apontado como uma configuração mais adequada, especialmente por não permitir a intervenção dos alunos na determinação dos tempos envolvidos na aprendizagem, e por preservar rigidamente as fronteiras entre os conteúdos científicos, o que acaba criando condições favoráveis à redução do nível de exigência conceitual nas aulas.
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OBJETIVOS: Investigar a existência de exposições ou exibições sobre temas relacionados à Comunicação Humana em museus interativos de ciências nacionais e internacionais e analisar o conteúdo para verificar quais são os assuntos, relacionados à área de Fonoaudiologia, abordados nos museus. MÉTODOS: Análise dos sites de 40 museus de ciência e/ou tecnologia internacionais e 20 nacionais para identificação de exposições ou exibições relacionadas ao tema "Comunicação Humana". RESULTADOS: A maioria dos museus pesquisados possui exposições ou exibições relacionadas ao tema Comunicação Humana. Dentre os nacionais apenas quatro possuem uma exposição inteira relacionada ao tema e dentre os internacionais treze possuem exposições inteiras. A quantidade de exibições internacionais é maior que a encontrada nos nacionais, e a qualidade do material também diverge. A maioria dos museus trata da acústica e em segundo lugar da recepção da mensagem pela audição e fala menos sobre produção da mensagem, linguagem, e anatomia e fisiologia da voz. CONCLUSÃO: Os museus de ciência abordam as ciências básicas e por esse motivo a acústica é muito explorada. Foram encontradas muitas exibições sobre temas relacionadas à Comunicação Humana que possibilitam aos indivíduos conhecer o funcionamento do corpo humano, despertando a curiosidade em relação ao tema abordado. Como os museus são instituições de divulgação científica e educação informal que colaboram para a alfabetização científica da população a Fonoaudiologia pode aproveitar seus espaços para divulgação de suas pesquisas e de seu conhecimento sobre a Comunicação Humana.
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Critérios de avaliação focado nas Ciências Sociais. METRICS - Métricas para a avaliação da produção científica em ciências sociais: em foco a área de ciências da comunicação brasileira. Projetos PF7.
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Análise e mapeamento da produção científica de pesquisadores brasileiro de ciências da comunicação, a partir do currículo disponível no sistema Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a fim de sistematizar e identificar quais tipologias documentais foram mais utilizadas para disseminação dos resultados de pesquisas no programa de pós-graduação e quanto ao perfil dos pesquisadores deixando evidente que não existe diferença substancial no uso dos veículos artigos de revistas e livros para publicação de seus resultados.
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A busca da comunidade científica por melhores posições e maiores reconhecimentos, junto a sociedade científica e agências de fomento nacionais e internacionais, sempre esteve atrelada ao sistema de avaliação de sua produção. Portanto, conhecer os fluxos da comunicação científica, desvendar os mecanismos existentes para a qualificação da ciência e implementar mecanismos e ferramentas para a obtenção de indicadores e parâmetros que possibilitem o mapeamento por áreas específicas do conhecimento, tem sido foco de estudos já há muito tempo. Como resultados surgem dois movimentos internacionais: Open Archives Initiative (OAI) e Open Access (OA), ambos oferecendo maiores e distintas oportunidades de se revisar os atuais critérios de qualidade. Observando-se especificamente a área das ciências da comunicação brasileira, várias indagações se tornam relevantes: Qual o impacto da produção científica brasileira da área de Ciências da Comunicação? Quais mecanismos de medição estão disponíveis nesta área e como tem sido feita a avaliação desta produção brasileira pela comunidade científica nacional e internacional? O que tem sido feito para melhoria da área em termos nacionais? Como garantir a visibilidade e a acessibilidade desta produção e ainda possibilitar a produção de novos indicadores bibliométricos e infométricos? Quais serviços se encontram disponíveis hoje e como se apresentam seus resultados? Este artigo visa trazer uma discussão epistemológica sobre o modelo internacional de avaliação da produção científica adotado pelo Brasil, de modo a contextualizar e problematizar a situação específica de uma subárea das ciências sociais aplicadas, qual seja a ciências da comunicação, e buscar novas opções em relação a indicadores e métricas de avaliação da produção científica da área. Para tanto, sumariza as principais idéias e pontos relevantes para responder cada uma das questões básicas enunciadas anteriormente, evidencia algumas das possibilidades e iniciativas disponíveis hoje em distintos países e aponta iniciativas brasileiras que buscam incluir a área de ciências da comunicação brasileira no contexto científico nacional e internacional.
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O estudo da dinâmica de constituição de uma rede visa identificar que tipos de eventos ocorreram nas conexões entre os nós que levaram a formação da estrutura atual da rede em análise. Entender esses eventos é entender as formas específicas e estratégias de conectividade que deram origem a rede. O presente trabalho tem por objetivo analisar esses eventos geradores com foco específico em redes de colaboração científica, considerando relações de coautoria e participação em bancas de defesas de teses e dissertações. Analisando mais de 11.000 documentos específicos da área das Ciências da Comunicação, propomos dois tipos característicos de eventos que pretendem explicar a dinâmica de formação das redes em análise.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo caracterizar as concepções e práticas de avaliação de professores portugueses de Ciências Físico-Químicas do ensino básico e conhecer como estes integram a avaliação nas suas aulas no contexto de uma reorganização curricular. Realizaram-se três estudos de caso, em que participaram professores com menos de três anos de serviço. A recolha de dados consistiu na observação naturalista de aulas, entrevistas semiestruturadas e documentos fornecidos pelos participantes. Os resultados evidenciam duas concepções de avaliação das aprendizagens: avaliação da aprendizagem e avaliação para a aprendizagem. Um dos participantes evidencia uma concepção de avaliação da aprendizagem, valorizando uma avaliação de natureza sumativa. Os professores com uma concepção sobre avaliação para a aprendizagem promovem uma avaliação orientada para a melhoria das aprendizagens, valorizando o carácter formativo da avaliação. Relativamente às práticas avaliativas dos três participantes, verificou-se que os critérios de avaliação não são explicitados aos alunos, o feedback é pouco frequente e os alunos têm um papel reduzido no processo de avaliação. Todos os professores demonstram dificuldades na avaliação das competências atitudinais e processuais, sendo que, apenas um dos participantes elabora registos de observação para avaliar estas competências. Os testes constituem o principal instrumento de avaliação nas aulas dos professores participantes neste estudo, o que é coerente com uma concepção de ensino e aprendizagem ainda, marcadamente tradicional.