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Resumo:
O objetivo deste estudo é o desenvolvimento de peritonite difusa com qualitativos e quantitativos bacterianos conhecidos. Foram analisados 150 ratos, adultos, machos, da raça Wistar, com peso médio de 150 gramas. Inocularam-se, percutaneamente, na cavidade peritoneal, suspensões constituídas de Escherichia coli e Bacteróides fragilis em concentrações conhecidas, na proporção de 1 ml para cada 100 gramas de peso. Os animais foram distribuídos em cinco grupos de trinta ratos. No grupo I (grupo-controle) inoculou-se solução de cloreto de sódio a 0,9%. Nos demais grupos a concentração do inóculo foi a seguinte: grupo II, com suspensão a 10 (9); grupo III, com suspensão a 10 (8): grupo IV, suspensão a 10 (7) e grupo V com suspensão a 10 (6). Sempre que se detectou o óbito, o animal era submetido à necropsia para avaliação da cavidade peritoneal e colheita de secreções para cultura. Os ratos sobreviventes foram aleatoriamente alocados em dois subgrupos. Os animais do subgrupo A foram sacrificados 24 horas após a inoculação e os do subgrupo B, 120 horas após a inoculação. Observou-se que os ratos do grupo I (controle) evoluíram sem o desenvolvimento de peritonite. Nos grupos II e III,100% dos ratos do subgrupo A e 95,83% dos ratos do subgrupo B desenvolveram peritonite aguda e óbito em menos de 24 horas. No grupo IV, somente 4,17% desenvolveram peritonite e foram a óbito em 72 horas, e no grupo V não ocorreu a formação de peritonite e não houve óbito. Os animais que foram a óbito dos grupos II e III, 96,67% mostraram alterações macroscópicas com exsudato peritoneal difuso, aderências peritoneais mas sem abscesso. Todos os animais com peritonite, desenvolveram derrame pleural bilateral. Nos animais que foram a óbito, nos grupos II e III, evidenciou-se a presença de Escherichia coli e Bacteroides fragilis como causadores das alterações peritoneais e pleurais. Este modelo mostrou que os animais que receberam altas concentrações bacterianas mostraram maior perda de peso, alterações clínicas de sepsis, peritonite difusa aguda, derrame pleural e óbito precoce.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito do bloqueio transdiafragmático na vigência de peritonite aguda infecciosa induzida por inoculação de suspensão bacteriana qualitativa e quantitativa predeterminada. Foram analisados 41 ratos, adultos, machos, da raça Wistar, com peso variando de 118 a 399 g. Os animais foram alocados em dois grupos: grupo A ou controle (n=19), e grupo B ou experimental (n=22). Os animais do grupo B, após indução anestésica inalatória, foram submetidos a laparotomia e bloqueio da superfície peritoneal diafragmática com membrana celulósica e mantidos sob condições ad libitum por 15 dias.. Após esse período, em ambos os grupos inoculou-se, por via percutânea na cavidade abdominal, suspensão bacteriana constituída de Pseudomonas aeruginosa 2,7 x 10(9) UFC/ml (American Type Culture Collection - ATCC 25853), na proporção de 1 ml de suspensão para cada 100 g de peso. Sempre que se detectou o óbito, o animal foi submetido a necropsia para avaliação macroscópica da cavidade peritoneal e pleural, bem como coleta de conteúdo pleural e punção intracardíaca para cultura. Os animais sobreviventes foram sacrificados após 48 horas e, também, submetidos a necropsia e coleta de material para avaliação bacteriológica. Verificaram-se em todos os animais sinais clínicos característicos do estado séptico evolutivo. A incidência de derrame pleural observada no grupo controle em relação ao grupo experimental foi, respectivamente, 18 (94,7%) e oito (36,4%), (p=0,0001). Na análise bacteriológica do derrame pleural e na hemocultura de ambos os grupos, isolou-se como agente único Pseudomonas aeruginosa em, respectivamente, 88,46% e 60,97%. Para a análise da curva de sobrevivência utilizou-se o método não-paramétrico de Kaplan-Meier, demonstrando maior sobrevida no grupo B (p=0,024; p=0,0211). Demonstrou-se, no presente estudo, que os animais submetidos a bloqueio transdiafragmático prévio com membrana celulósica apresentaram maior sobrevida e menor freqüência de derrame pleural, estatisticamente significante, quando comparados aos animais não submetidos ao bloqueio.
Resumo:
Os autores apresentam um estudo retrospectivo de 79 pacientes portadores de distrofias abdominais acompanhadas ou não de hérnias, operados no período compreendido entre 01/06/94 a 31/12/96. A idade média foi de 46 anos. A hérnia incisional isoladamente e o abdome distrófico (em avental) foram o principal objetivo do estudo. Enfatizam a importância da dermolipectomia abdominal para a completa recuperação do paciente bem como demonstram facilitar o manuseio técnico das hérnias. A técnica da transposição peritônio-aponeurótica longitudinal bilateral (técnica de Lázaro da Silva) foi utilizada para as grandes hérnias incisionais. É uma técnica já consagrada, que consta de três planos de suturas sem superposição dos mesmos. Sua recidiva em cinco anos de seguimento tem sido em tomo de 5% segundo estudos do próprio autor. A grande vantagem técnica é que, usando o saco herniário (quanto maior e mais espesso, melhor) como fechamento e reforço do anel, evita-se o uso de prótese com todos os inconvenientes da mesma (fístulas, rejeições etc.) Uma variante desta técnica, para as hérnias com anel herniário de até 10cm, é proposta pelos autores, e consiste no fechamento do anel e reforço da sutura com o saco herniário, em jaquetão. A vantagem seria a facilidade de execução e diminuição do tempo operatório, além de evitar dissecções extensas das camadas aponeuróticas. Quando o anel herniário alcançar 10cm e existir ligeira tensão, deve-se realizar incisão relaxadora na aponeurose anterior dos retos e recobrir a superfície cruenta com o próprio saco herniário que deverá estar íntegro. Esta técnica ainda requer maior observação clínica. É feita a revisão dos resultados dos procedimentos realizados isoladamente e acompanhados com dermolipectomia abdominal: 63 pacientes (81,66%) evoluíram sem complicações, cinco recidivas (6,3%); um caso de hematoma extenso (1,26%); dois casos de abscesso de parede em operações sem dermolipectomia (2,5%); uma necrose de linha média+embolia pulmonar (1,26%); e um óbito por embolia pulmonar (1,26%).
Resumo:
A piomiosite tropical, apesar de ser uma patologia reconhecida em nosso meio há mais de cem anos, ainda é pouco divulgada no Brasil, e pode-se perder tempo e dinheiro em exames para afastar a possibilidade de tumores ou tratar sua incidência vem aumentando em regiões de clima temperado, devido à disseminação do Vírus da lmunodeticiência Humana e aos tratamentos imúnossupressivos. Apesar de realizado em instituições que muitas vezes não apresentam recursos diagnósticos de primeira linha, demonstramos que o tratamento pode ser adequado se houver experiência clínica e bom senso. São descritos quarenta casos de piomiosite tropical, atendidos consecutivamente por um mesmo cirurgião; a idade média dos pacientes foi de 16 anos e o sexo predominante o masculino. O diagnóstico foi clínico em 73% dos casos e o tratamento realizado foi drenagem por incisão direta sobre a massa, deixando dreno tubular, usado para irrigação do abscesso. O tempo médio de permanência do dreno no local foi de cinco dias, e a média de permanência hospitalar, sete dias. Dois casos (5%) evoluíram para osteomielite e um caso foi a óbito. A evolução foi satisfatória em 93% dos pacientes.
Resumo:
Foram estudados prospectivamente cinqüenta pacientes com megaesôfago não avançado tratados por cardiomiectomia com fundoplicatura parcial por via laparoscópica, avaliados sob o ponto de vista clínico e funcional. Houve 12% de complicações intra-operatórias, duas complicações pós-operatórias imediatas e um óbito. Não houve conversões ou complicações tardias. Os resultados ótimos e bons somaram 97,9% dos casos. Houve tendência à diminuição radiológica do calibre do esôfago e desaparecimento da esofagite à endoscopia. A eletromanometria mostrou diminuição significativa da pressão média do esfíncter inferior do esôfago após a operação; a pHmetria de 24 horas constatou diminuição da estase esofágica e ausência de refluxo gastro-esofágico no pós-operatório. Não houve diferença entre os resultados do tratamento de pacientes com megaesôfago chagásico e não chagásico. Os pacientes tiveram o benefício da cirurgia laparoscópica de menor dor, rápida realimentação, alta precoce e breve retorno às atividades habituais.
Resumo:
Cerca de 4% a 15% dos tumores colorretais são hereditários e divididos em dois grupos: polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Ambas são doenças autossômicas dominantes, com transmissão vertical, geração após geração, sem preferência por sexo. A FAP tem penetrância praticamente completa, caracterizada por mais de cem pólipos adenomatosos no intestino grosso, que aparecem em geral após a puberdade e se transformam em câncer em todos os casos não tratados, levando o paciente ao óbito em tomo dos 45 anos de idade. Manifestações extracolônicas são comuns, tais como: pólipos em estômago e duodeno, sarcomas abdominais, pigmentação de retina, osteomas, entre outras. A FAP é causada por mutação no gene APC, que está localizado no cromossomo 5q. Seu tratamento é basicamente cirúrgico, com retirada do intestino grosso, podendo-se preservar o reto, se este não apresentar muitos pólipos. O HNPCC tem penetrância em torno de 80% e não apresenta os pólipos benignos como na FAP, que permitem identificar pacientes com o fenótipo da doença. Geralmente, o diagnóstico da lesão colônica é realizado já na fase maligna, em torno dos 45 anos de idade, com preferência para o lado direito do cólon. Pode haver associação com tumores de endométrio na mulher, estômago, pâncreas, entre outros. É causada por mutação em genes de reparo do DNA (hMSH2, hMLH1, hPMS1, hPMS2, hMSH6/GTBP). A colectomia total deve ser realizada em pacientes com câncer de cólon e HNPCC. Se o tumor estiver localizado no reto, a proctocolectomia total pode ser uma opção. Em indivíduos portadores do defeito genético predisponente ao HNPCC, porém, assintomáticos, a indicação de cirurgias profiláticas é controversa. Atualmente, podem-se identificar indivíduos portadores de defeito genético herdado tanto na FAP como no HNPCC. Esses testes baseiam-se no estudo direto dos genes responsáveis pela respectiva doença ou pela proteína produto dos mesmos. É de suma importância uma abordagem multidisciplinar de pacientes portadores de FAP ou HNPCC, pois existe uma preocupação ética muito grande na realização dos testes genéticos de predisposição, considerando suas conseqüências psicológicas e sociais.
Resumo:
A Colecistectomia Laparoscópica (CL) é freqüentemente realizada com quatro portos e três cirurgiões. Com o objetivo de possibilitar maior mobilidade à equipe cirúrgica e diminuir os custos do procedimento adotamos a CL por três portos. De setembro de 1994 a agosto de 1996, 169 CL por três portos foram realizadas, 133 (78,6%) no sexo feminino e 36 (21,3%) no sexo masculino. A média de idade foi de 45,6 anos. Houve a necessidade do quarto porto em três (1,8 %) e ocorreu a conversão para colecistectomia aberta em três (1,8%). Das 169 CL por três portos propostas houve sucesso em 163 (96,4%). O tempo médio do ato operatório foi de 78,4 minutos. As complicações peroperatórias ocorreram em seis casos (3,6%): lesão do ducto cístico - dois (1,2%), hemorragia do porto epigástrico - dois (1,2%), hemorragia do leito vesicular- um (0,6%), enfisema subcutâneo - um (0,6%). As complicações pós-operatórias estiveram em cinco casos (3,0%): infecção do porto umbilical - dois (1,8%), íleo prolongado - um (0,6%), coleperitôneo - um (0,6%), coledocolitíase residual- um (0,6%). Não houve óbito. Conclui-se que a CL por três portos apresenta vantagens frente à CL por quatro portos, pois propicia maior mobilidade à equipe cirúrgica, utiliza menor quantidade de instrumental laparoscópico sugerindo menor custo hospitalar e permite melhor resultado estético.
Resumo:
Num período de 12 anos, de julho de 1984 a junho de 1996, 120 pacientes portadores de doença do refluxo gastroesofágico foram submetidos à cirurgia anti-refluxo pela técnica de Toupet. A média de idade foi 52,4 anos e 72 (60%) eram do sexo feminino. Do total de doentes, 74 (61,7%) apresentavam doença clínica associada e/ou vício. Oito pacientes já haviam realizado cirurgia prévia para correção de doença do refluxo gastroesofágico, com recidiva dos sintomas. Os acidentes operatórios foram lesão esplênica (seis casos), lesão de esôfago, pleura, fígado e veia porta, que ocorreram, isoladamente, em quatro pacientes. A letalidade hospitalar foi 6,6% porém, não houve óbito intra-operatório. Complicações pós-operatórias imediatas ocorreram em 27 (22,5%) dos doentes. A análise univariada mostrou que foram significantes para o aparecimento de complicações as variáveis: idade, tabagismo, alcoolismo, lesão de baço e reoperação. Para letalidade foram significantes apenas: idade e reoperação. A análise multivariada confirmou a significância apenas da variável reoperação no aparecimento de complicações pós-operatórias e na letalidade.
Resumo:
A conduta no tratamento cirúrgico do câncer do reto médio é ainda controversa. Vários procedimentos cirúrgicos foram avaliados, retrospectivamente, em noventa doentes operados durante o período de fevereiro de 1990 a junho de 1997. Deste total, 43 (47,7%) doentes eram do sexo feminino e 47 (52,3%) do masculino. A idade variou entre 20 e 90 anos, com média de 60,2 anos. Os principais sintomas e sinais foram puxo e tenesmo, hematoquesia e emagrecimento. O tempo decorrido desde o início dos sintomas até o diagnóstico variou de dois a 24 meses, com média de 7,5 meses. A amputação abdômino-perineal do reto foi realizada em 17 doentes (18,8%) e a complicação mais freqüente foi a deiscência da ferida perineal, em 47% dos casos. Um doente (1,1 %) foi submetido a proctocolectomia total, evoluindo sem intercorrências. A operação de Hartmann foi feita em 26 doentes (28,8%), ocorrendo 7,6% de morbidade e 7,6% de mortalidade, em virtude de complicações clínicas. Em 26 doentes (28,8%), foi realizada ressecção anterior seguida de anastomose. Em dez (11,1%), foi realizada anastomose manual e não houve complicações. Nos outros 16 (17,7%) foi feita anastomose mecânica, havendo três deiscências e um óbito, relacionado a complicações clínicas. Em oito doentes (8,8%), foi realizada ressecção com abaixamento coloanal, ocorrendo 50% de complicações, devido à necrose e à retração do cólon abaixado. Houve apenas um óbito relacionado à complicação cirúrgica. Em 12 doentes (13,3%) não foi efetuada a ressecção do tumor, em decorrência de precárias condições clínicas dos mesmos e falta de critérios de ressecabilidade da lesão. Concluímos que o procedimento cirúrgico adequado no tratamento do câncer do reto médio depende de estadiamento criterioso, considerando o grau de diferenciação celular, a presença de metástase, a condição local do tumor, a situação clínica do doente e a experiência da equipe cirúrgica.
Resumo:
Foram analisados retrospectivamente dez pacientes portadores de aneurisma da artéria esplênica, submetidos a tratamento no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no período compreendido entre outubro de 1978 a março de 1997. Perfaziam um total de 14 aneurismas da artéria esplênica, sendo únicos em nove pacientes e múltiplos (cinco) em um paciente. Houve predominância do sexo feminino com relação mulher/homem de 4/1. Foi realizado tratamento cirúrgico em 60% dos pacientes, embolização dos aneurismas em 10%, associação de embolização e cirurgia em 10% e tratamento conservador em 20%. Nenhum óbito ocorreu durante o tratamento.
Resumo:
Foram analisadas retrospectivamente 26 pacientes gestantes traumatizadas, num período de nove anos. A média de idade foi 23,7 anos (16-42). A idade gestacional variou de dez a quarenta semanas (média 21,5 semanas); a maioria (46,1%) no segundo trimestre. O mecanismo predominante (65,3%) foi o trauma abdominal fechado por acidente automobilístico (atropelamento ou colisão). Na admissão, oito (30,7%) pacientes apresentavam alterações hemodinâmicas. Seis doentes (23,0%) apresentavam sangramento vaginal e, destas, quatro estavam hemodinamicamente normais. Analisamos a mortalidade materna, a mortalidade fetal e suas causas. Comparamos também a mediana dos valores do RTS e TRISS entre os grupos, sobrevida materno-fetal, sobrevida materna e óbito materno-fetal. Todas as gestantes admitidas com sangramento vaginal apresentaram óbito fetal. A mortalidade materna foi de 11,5%, por choque hemorrágico. A mortalidade fetal foi de 30,7%, sendo que 37,5% destes óbitos foram provocados pela morte materna. A principal causa de mortalidade fetal foi o descolamento de placenta (50,0%). Os índices de trauma, RTS e TRISS, foram significativamente menor (p=0,0025 e p<0,0001) no grupo óbito materno-fetal, porém esses índices não apresentaram valor prognóstico na mortalidade fetal.
Resumo:
Foram estudados 121 casos de câncer avançado do esôfago e da cárdia submetidos a tunelização esofágica por via endoscópica ou cirúrgica. Os doentes foram avaliados, tratados e seguidos segundo protocolo que constou de avaliação clínica, exames subsidiários, estadiamento, tratamento, avaliação intra e pós-operatória imediata. Verificaram-se a taxa de mortalidade, período de internação, complicações tardias, sobrevida e causa de óbito. Foram submetidos a tunelização cirúrgica 69 (53%) doentes, e 52 (47%) a tunelização endoscópica. Nos 17 casos de fístula esofagotraqueobrônquica houve sua oclusão eficiente pela tunelização endoscópica em 80% dos casos, com mortalidade de 13,3%, credenciando o método para tratamento dessa complicação tumoral. Os resultados obtidos com a tunelização endoscópica e cirúrgica recomendam seu uso em doentes com câncer avançado do esôfago e da cárdia.
Resumo:
A traqueostomia apresenta uma série de vantagens em relação à entubação endotraqueal prolongada: conforto e maior possibilidade de comunicação para o paciente, diminuição da resistência respiratória, melhor controle de via aérea e facilidade de aspiração. No período de setembro de 1996 a dezembro de 1997 foram realizadas setenta traqueostomias à beira de leito na UTI, sob anestesia local, com tempo operatório médio de 30,5 minutos. A principal indicação foi ventilação mecânica prolongada, com uma média de 6,5 dias. Os pacientes foram acompanhados durante a internação por 1.494 dias. No terceiro dia de pós-operatório foi colhida cultura de secreção traqueal em 49 pacientes, predominando Pseudomonas aeruginosa em 40,8% dos casos. Houve 11 casos (15,7%) de complicações maiores: uma fístula traqueoesofágica, uma fasciíte necrotizante, uma úlcera traqueal, duas infecções e seis sangramentos, que necessitaram reintervenção. Um óbito foi relacionado ao procedimento, devido à fasciíte necrotizante cervical. Tendo em vista a gravidade dos pacientes, a traqueostomia à beira de leito demonstrou ser um procedimento seguro e com baixo índice de complicações maiores. Além disso, evita o transporte de doente crítico dentro do hospital, e os custos são menores do que a traqueostomia no centro cirúrgico.
Resumo:
O objetivo desse trabalho foi estudar a viabilidade do pólo inferior (PI) do baço de cães, após a ligadura e secção da artéria e veia esplênicas. Foram operados 24 cães, mestiços, machos, com peso variando entre 12kg e 14kg. Os animais anestesiados foram submetidos a laparotomia mediana supra e infra-umbilical, com 12cm de comprimento. Nos do grupo 1 fez-se a ligadura e secção da porção superior do ligamento gastroesplênico, ligadura e secção da artéria e veia esplênicas. Após a ligadura do ramo descendente dos vasos esplênicos, o baço foi seccionado transversalmente, a superfície de corte do PI foi suturada e a peça enviada para estudo microscópico. A parede abdominal foi suturada por planos. Os cães foram mantidos vivos e sacrificados no sétimo (subgrupo I A - quatro cães), 15° (subgrupo 18 - cinco cães), trigésimo (subgrupo I C - quatro cães) e septuagésimo dia (subgrupo I D - três cães). Nessa ocasião, o Pl foi retirado para estudo. No grupo 2, três cães foram submetidos a laparotomia e manipulação do baço (controle 2 - simulação), para controle morfológico. Esse procedimento foi feito no 15° dia (subgrupo 2A - dois cães) e no sexagésimo dia (subgrupo 28 - um cão). Dos 24 cães operados, cinco foram a óbito. A causa foi evisceração (dois cães), hemorragia intraperitoneal (um cão), hemorragia digestiva baixa de causa não esclarecida (um cão) e indeterminada (um caso). O exame macroscópico do PI comparado àquele dos controles I e 2 mostrou aspecto duvidoso em apenas dois casos, onde o PI apresentava-se aderido firmemente à parede abdominal e alças intestinais. Não houve, no entanto, diferença estatisticamente significante (p>O.O5 - teste exato de Fisher) no número de casos viáveis entre os grupos controles e grupo I. O exame microscópico do PI, comparado àqueles do restante do baço (controle I) e ao controle 2 (simulação), mostrou que a referida porção apresentou alterações morfológicas discretas, na maioria dos casos, e sinais de regressão em dois casos. Esse número não induziu, também, resultados estatisticamente significante (p>O.O5). A análise dos nossos resultados nos permitiu concluir que o PI do baço de cães manteve-se viável em 86,6% dos casos, mesmo com a ligadura da artéria e veia esplênicas.
Resumo:
Os autores apresentaram sua experiência com o posicionamento do catéter de diálise peritoneal ambulatorial utilizando a laparoscopia como via de acesso. Este trabalho tem por finalidade demonstrar os resultados obtidos com o procedimento, enfatizando a técnica cirúrgica e as vantagens em relação à abordagem convencional. Foram operados 51 paciente portadores de insuficiência renal crônica (IRC), que necessitavam de terapia dialítica. A faixa etária oscilou de 12 a 82 anos, sendo 19 pacientes do sexo masculino (37,3%) e trinta do sexo feminino (62,7%). O procedimento cirúrgico constou de implante do catéter em 44 pacientes, reimplante em três e retirada com reimplante em outros quatro. A avaliação pós-operatória demonstrou funcionamento satisfatório do catéter em 92,2% dos pacientes, sendo evidenciadas complicações relacionadas ao procedimento em três casos (5,9%). Nenhum paciente evoluiu para óbito em nossa casuística.