Traqueostomia a beira de leito na uti: estudo prospectivo de 70 casos


Autoria(s): Urban,Cícero de Andrade; Dellê,Linei Augusta Brolini; Sluminsky,Beatriz Garcia; Hahn,Cristiano Gustavo; Takizawa,Ney; Yuasa,Lucas Dan
Data(s)

01/04/1999

Resumo

A traqueostomia apresenta uma série de vantagens em relação à entubação endotraqueal prolongada: conforto e maior possibilidade de comunicação para o paciente, diminuição da resistência respiratória, melhor controle de via aérea e facilidade de aspiração. No período de setembro de 1996 a dezembro de 1997 foram realizadas setenta traqueostomias à beira de leito na UTI, sob anestesia local, com tempo operatório médio de 30,5 minutos. A principal indicação foi ventilação mecânica prolongada, com uma média de 6,5 dias. Os pacientes foram acompanhados durante a internação por 1.494 dias. No terceiro dia de pós-operatório foi colhida cultura de secreção traqueal em 49 pacientes, predominando Pseudomonas aeruginosa em 40,8% dos casos. Houve 11 casos (15,7%) de complicações maiores: uma fístula traqueoesofágica, uma fasciíte necrotizante, uma úlcera traqueal, duas infecções e seis sangramentos, que necessitaram reintervenção. Um óbito foi relacionado ao procedimento, devido à fasciíte necrotizante cervical. Tendo em vista a gravidade dos pacientes, a traqueostomia à beira de leito demonstrou ser um procedimento seguro e com baixo índice de complicações maiores. Além disso, evita o transporte de doente crítico dentro do hospital, e os custos são menores do que a traqueostomia no centro cirúrgico.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69911999000200007

Idioma(s)

pt

Publicador

Colégio Brasileiro de Cirurgiões

Fonte

Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões v.26 n.2 1999

Palavras-Chave #Traqueostomia #Entubação endotraqueal #Insuficiência respiratória aguda
Tipo

journal article