999 resultados para Processo de Saúde
Resumo:
Este trabalho fotoetnográfico teve por objetivo compreender a experiência da mulher no seu contato com o sistema de saúde, por ocasião do parto. Os dados foram apresentados na forma de narrativa e a sua análise se deu através do Método Biográfico Interpretativo. Das narrativas foram extraídas oito categorias, das quais emergiram três temas culturais: "Classificando as experiências vividas," "Vislumbrando o processo de nascimento" e "Fotografando os eventos significativos." Os achados deste estudo permitiram ter uma visão compreensiva do conhecimento cultural das colaboradoras com relação à sua interação com o sistema de saúde, bem como de suas expectativas no ciclo gravídico-puerperal.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo apresentar as estratégias pedagógicas de desmedicalização da assistência no ensino da enfermagem na saúde da mulher adotadas na Faculdade de Enfermagem da UERJ. Contextualiza o ensino na área e apresenta, à luz dos conceitos de Pierre Bourdieu, três esferas de atuação discente e docente neste processo.
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Este estudo foi realizado em uma instituição hospitalar de caráter filantrópico, de médio porte, localizada na cidade de São Paulo, com o objetivo de desvendar traços culturais da instituição. A metodologia adotada foi à pesquisa qualitativa segundo os passos propostos por Thévenet: análise documental, entrevista e observação. Pela análise ficou evidenciado que um novo grupo profissional, quando inserido em uma instituição, considera que alguns valores deverão ser transformados. Esse processo de mudança implica numa reestruturação na maneira de gerir a organização ocasionando, nos sujeitos que estão vivenciando esse processo, uma situação conflituosa entre o mudar ou conservar o antigo.
Resumo:
Objetivamos perceber como se dá a produção de subjetividade dentro dos novos serviços de saúde mental, utilizando como referencial teórico-metodológico uma abordagem inovadora chamada Sociopoética. A produção dos dados deu-se por meio de oficinas com a equipe de trabalhadores de saúde mental de um hospital-dia. Como resultados percebemos aspectos institucionais, sociais, econômicos e pessoais referenciados pela equipe como sendo aqueles mais relevantes na composição do quadro de sua prática dentro dos novos serviços. Concluímos que o processo de pesquisa mostrou-se um importante instrumento de auto-análise, permitindo ao grupo repensar sua prática e multiplicar as possibilidades de produção de sentido para suas experiências.
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Objetivou-se aplicar o processo de relação interpessoal com mãe a de um recém-nascido que se encontrava internado em unidade neonatal, utilizando a Teoria da Relação Interpessoal de Joyce Travelbee. Estudo de caso, de natureza descritiva, desenvolvido em unidade de internação neonatal, em dezembro e janeiro de 2004. A Coleta de dados realizou-se mediante entrevista semi-estruturada, com interação pessoa-pessoa. Aplicou-se um instrumento contendo seis perguntas que revelaram possibilidades de ajuda mútua ante os problemas de saúde do filho. Buscou-se amenizar as angústias, dúvidas e medos, por meio da interação com a mãe. Constatou-se que a abordagem teórica foi relevante e serviu como guia para a enfermeira aplicar um cuidar mais ético e humano.
Resumo:
O estudo apresenta uma análise da produção científica no período de 1994 a 2002 da área em questão, evidenciando as potencialidades do processo de desenvolvimento cognitivo de seus pesquisadores na área de Enfermagem. Identifica, ainda, os desafios que se apresentam no sentido de responder às interlocuções teóricas mais sintonizadas com a matriz geradora de distintas expressões de vida, de saúde e de doença dos adultos, foco dos investimentos de seus docentes.
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Este estudo objetiva apresentar algumas perspectivas de parceria entre organizações sociais e instituições governamentais na atenção à saúde da criança.Trata-se de estudo reflexivo sobre participação social e as articulações entre serviços governamentais e não-governamentais na construção da consolidação do Sistema Único de Saúde, destacando o papel dos voluntários e dos profissionais de saúde nesse processo. Na assistência à infância, essas parcerias são potenciais, pela grande amplitude e destaque das organizações sociais dirigidas às crianças, particularmente a Pastoral da Criança, tornando importante o debate sobre políticas públicas que visem a estabelecer e a fortalecer esses vínculos no âmbito local e nacional.
Resumo:
A humanização do ambiente hospitalar não se concretiza se estiver centrada unicamente em fatores motivacionais externos ou somente no usuário. Um programa de humanização necessita ser assumido como um processo de construção participativa que requer respeito e valorização do ser humano que cuida. Pautado em valores e princípios humanos e éticos e em idéias de Freire, este trabalho tem por objetivo explicitar como se desencadeou um processo de humanização, numa instituição hospitalar, centrado, inicialmente, no trabalhador, mediante a problematização coletiva da realidade concreta e a construção de relações dialógicas, horizontais e reflexivas. A proposta possibilitou maior compreensão do significado de humanização, com o resgate de iniciativas anteriores de humanização já adotadas, a adoção de um Banco de Idéias como um espaço para a emersão de subjetividades, a organização de ambientes coletivos acolhedores e uma maior aproximação entre a direção e trabalhadores.
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A proposta deste estudo qualitativo é compreender as vivências de alunos do Curso de Graduação em Enfermagem nas situações de estágio no cotidiano hospitalar, refletindo sobre o processo de formação, com ênfase na dimensão humana. Essa compreensão pode oferecer subsídios para a reflexão sobre a humanização da prática em saúde/enfermagem. Foram realizadas 13 entrevistas individuais com discentes que finalizavam o 6º e iniciavam o 7º semestre, nos meses de novembro/dezembro de 2003 e fevereiro/março de 2004. Da análise das entrevistas emergiram temas significativos: deparar-se com o sofrimento do outro é experiência "humanizante"; dicotomia saber técnico/saber humano; valorização da dimensão humana: aprendizagem teórica; a equipe de saúde como modelo de (des) aprender; as experiências de estágio despertam sentimentos nos alunos; relação aluno-professor: limites e facilidades. É necessário repensar o processo de formação, investindo em ações articuladas que favoreçam transformações nos serviços e nas escolas, envolvendo professores, alunos e trabalhadores.
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Estudo sobre o trabalho do enfermeiro na central de material e esterilização (CME), com a finalidade de analisar sua realidade social e seu papel transformador no cuidar em saúde e pela enfermagem. Tratou-se de pesquisa estratégica, com análise de discurso de enfermeiras da CME. Obteve-se que a gerência é sua principal atividade, em um processo estruturado que confirma a prática tradicional da enfermagem, tendo como objeto a coordenação do processamento de materiais médico-hospitalares utilizados em atos cuidadores. Tal prática caracteriza-se pelo cuidado indireto, que instrumentaliza não apenas o trabalho da enfermagem, mas os de outros profissionais. Em conseqüência, não se caracteriza como cuidado específico da enfermagem e do enfermeiro. Seu potencial transformador nas relações e novos modos de produção do cuidar em saúde e pelo enfermeiro deverá ocorrer antes pela competência do conhecimento específico em CME do que administrativo.
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O objetivo deste estudo foi explorar as crenças de um grupo de mulheres sobre a causalidade de seu câncer de mama. Foi utilizada a Antropologia cultural como referencial teórico e a História Oral como referencial metodológico. Foram entrevistadas nove mulheres mastectomizadas e foram utilizados os pressupostos do Modelo de Crenças em Saúde na análise dos dados. Os resultados destacaram alguns aspectos que devem ser trabalhados no processo educativo das mulheres, em um contexto cultural significativo, com maior chance de aderência aos programas de detecção precoce do câncer de mama.
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A estratégia de Saúde da Família apresenta-se como uma alternativa de superação do paradigma dominante no campo da saúde. Este trabalho teve como objetivo identificar o processo de trabalho das enfermeiras no Programa Saúde da Família (PSF) no município de Marília, SP. A metodologia utilizada baseou-se nos pressupostos da Teoria de Intervenção Práxica em Enfermagem em Saúde Coletiva proposto por Egry (1996). Foram sujeitos do estudo a totalidade de enfermeiras que atuavam no PSF do município de Marília, no ano de 2001. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada e de observação direta do trabalho da enfermeira. Os resultados apontaram que as enfermeiras do PSF são jovens e possuem pouca experiência de trabalho em atenção básica. O processo de trabalho, desenvolvido por estas profissionais, toma como objeto o corpo individual, têm por finalidade os perfis de desgaste dos grupos sociais e utilizam meios e instrumentos tradicionais da saúde pública.
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O estudo teve por objetivo explicar a assistência à saúde da criança em idade escolar à luz do materialismo histórico e dialético, incluindo gênero para a abordagem do social. Os resultados referentes às representações dos pesquisados (trabalhadores de saúde, professores e mães) revelaram que as concepções sobre o processo saúde-doença são altamente biologicistas apesar de, em menor escala, terem sido feitas referências às suas dimensões psíquica e social. A análise dos dados, à luz da teoria feminista, aponta que a subalternidade de gênero é a origem das concepções preconceituosas em relação às mães das crianças estudadas. Tais preconceitos foram constatados nos três loci estudados (serviço de saúde, escola e família).
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Esta pesquisa teve como objetivo avaliar as concepções dos profissionais de saúde sobre a participação do homem nos diferentes aspectos do processo reprodutivo. Os dados foram coletados em um hospital filantrópico da periferia de Belo Horizonte-MG, mediante uma oficina de trabalho. Aqui é apresentado o tema O lugar dos homens no serviço de saúde reprodutiva, parte dos dados do estudo. Foi possível verificar que o homem acompanha sua mulher e o filho nos vários setores dos serviços, porém, mostra-se ausente nas situações de pós-aborto e doação do filho. A precária infra-estrutura física e material do serviço tem sido um dos maiores obstáculos para a assistência integral.
Resumo:
O artigo discute os conceitos de igualdade e eqüidade em saúde no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Para tanto o autor comenta sobre os princípios do SUS com destaque para a Universalidade e a Integralidade. Faz uma breve revisão dos antecedentes do SUS, bem como de seu processo de implantação. Comenta o contexto de grandes avanços tecnológicos e suas implicações na qualidade da atenção à saúde e em seus custos. Apresenta alguns avanços alcançados pelo SUS no Brasil, e de modo particular, no Estado de São Paulo. Conclui com uma breve análise dos desafios do SUS, de modo especial, o acesso aos serviços em um contexto de necessidades crescentes e recursos limitados.