850 resultados para 420000 Language and Culture
Resumo:
This study investigates interactions between parents and pediatricians during pediatric well-child visits. Despite constituting a pivotal moment for monitoring and evaluating children’s development during the critical ‘first thousand days of life’ and for family support, no study has so far empirically investigated the in vivo realization of pediatrician-parent interactions in the Italian context, especially not from a pedagogical perspective. Filling this gap, the present study draws on a corpus of 23 videorecorded well-child visits involving two pediatricians and twenty-two families with children aged between 0 and 18 months. Combining an ethnographic perspective and conversation analysis theoretical-analytical constructs, the micro-analysis of interactions reveals how well-child visits unfold as culture-oriented and culture-making sites. By zooming into what actually happens during these visits, the analysis shows that there is much more than the “mere” accomplishment of institutionally relevant activities like assessing children’s health or giving parents advice on baby care. Rather, through the interactional ways these institutional tasks are carried out, parents and pediatricians presuppose, ratify, and transmit culturally-informed models of “normal” growth, “healthy” development, “good” caring practices, and “competent” parenting, thereby enacting a pervasive yet unnoticed educational and moral work. Inaugurating a new promising line of inquiry within Italian pedagogical research, this study illuminates how a) pediatricians work as a “social antenna”, bridging families’ private “small cultures” and broader socio-cultural models of children’s well-being and caregiving practices, and b) parents act as agentive, knowledgeable, (communicatively) competent, and caring parents, while also sensitive to the pediatrician’s ultimate epistemic and deontic authority. I argue that a video-based, micro-analysis of interactions represents a heuristically powerful instrument for raising pediatricians’ and parents’ awareness of the educational and moral density of well-child visits. Insights from this study can constitute a valuable empirical resource for underpinning medical and parental training programs aimed at fostering pediatricians’ and parents’ reflexivity.
Resumo:
We report a study in which Italian children aged 3 to 5 years were given situations requiring a distinction between lies and honest mistakes. As in previous research, the children displayed an incipient grasp of the lie-mistake distinction with regard to situations involving falsehoods about edibility of a substance that had been contaminated. However, children of all ages often regarded instances of both lies and mistakes as negative rather than restricting their judgements of naughtiness to the lying alone. The results are discussed in terms of the characteristics of Italian language and culture such as the connotations of words used to indicate mistakes'' and references to anger in labelling a variety of emotional events.
Resumo:
A presente dissertação investiga o atual estágio de manutenção das variedades dialetais da Itália setentrional no município de Santa Teresa, localizado na região serrana do Espírito Santo. Este trabalho se justifica porque, após 141 anos da chegada dos primeiros italianos a esse município, ainda não existem estudos que abordem questões relacionadas aos dialetos italianos da localidade. Considerando esse cenário, o objetivo deste estudo é oferecer um panorama da situação bilíngue português-dialeto italiano no município, com a identificação das áreas de maior ou menor uso do dialeto e ainda os fatores determinantes para a escolha linguística, os domínios de uso e as atitudes linguísticas dos falantes. Um segundo objetivo do estudo foi documentar algumas tradições orais italianas ainda presentes em Santa Teresa. Os dados foram coletados por meio de observação participante, questionário sociolinguístico e 146 entrevistas semiestruturadas, nas quais os informantes foram divididos por local de residência (zona rural e urbana) e em três faixas etárias (entre 08-30 anos, 31-60 e acima de 60 anos de idade). Os resultados encontrados revelam que o termo taliàn, que significa italiano nos dialetos da Itália setentrional (cf. BOERIO, 1856; RICCI, 1906 etc.), é usado pela maior parte dos falantes da faixa etária acima de 60 anos das zonas rural e urbana. Analisando diacronicamente o processo de uso do dialeto italiano através dos diferentes domínios, no período da infância dos informantes e na atualidade, é possível verificar a perda do dialeto no trajeto de vida dos falantes das faixas etárias de 31-60 anos e dos acima de 60 anos. Entre os informantes da faixa etária de 08-30 anos, verifica-se um quase completo monolinguismo português. Entre os informantes da faixa etária de 31-60 anos, o uso do dialeto italiano é fortemente influenciado pela idade do interlocutor: usam-no mais com seus avós do que com seus pais, e com seus pais mais do que com seus irmãos. Entretanto, nenhum informante desta faixa etária relatou usar o dialeto italiano com os filhos. Em resumo, o uso do dialeto italiano somente entre os membros mais idosos indica o processo de sua substituição pelo português e aponta que sua transmissão às gerações mais jovens está seriamente ameaçada. A análise das atitudes linguísticas dos informantes acima de 60 anos permitiu constatar o desprestígio e o preconceito em relação ao uso do dialeto no período da infância dos informantes. Por outro lado, os relatos em relação ao uso do dialeto na atualidade referem-se à associação da língua e da cultura de origem italiana com elementos positivos; à vontade explícita de manutenção do dialeto pelos adultos e idosos, à recuperação da língua de imigração pelos informantes de 08-30 anos. Aliás, entre os mais jovens, percebe-se uma tentativa de retorno às origens, de valorização da cultura e da língua dos antepassados.