1000 resultados para cálculo de incerteza
Resumo:
O aumento da escala e funcionalidade dos sistemas de computação e sua crescente complexidade envolvem um aumento significante de custos e exigem recursos humanos altamente qualificados para o desenvolvimento de software. Integrando-se o uso de métodos formais ao desenvolvimento de sistemas complexos, permite-se realizar análises e verificações destes sistemas, garantindo assim sua correção. Existem diversos formalismos que permitem descrever sistemas, cada qual com diferentes níveis de abstração. Quando consideramos sistemas complexos, surge a necessidade de um modelo que forneça construções abstratas que facilitem o entendimento e a especificação destes sistemas. Um modelo baseado em objetos fornece um nível de abstração que tem sido muito aplicado na prática, onde os dados e os processos que os manipulam são descritos juntos em um objeto. Gramática de Grafos Baseada em Objetos (GGBO) é um modelo baseado em objetos, que além de ser uma linguagem visual, apresenta a vantagem de as especificações adquirirem um estilo baseado em objetos, que é bastante familiar à maioria dos desenvolvedores. Porém, as GGBOs não possuem ainda ferramentas para verificação automática de propriedades desejadas nos sistemas modelados. Uma alternativa para resolver isso é definir uma tradução (que preserve a semântica) desta linguagem para outra, para a qual existam verificadores automáticos. Um formalismo bastante conhecido e estabelecido para descrição de sistemas concorrentes, para o qual existem verificadores automáticos, é o cálculo-π. Porém, sob o aspecto de especificação de sistemas complexos, GGBOs parecem ser mais adequadas como linguagem de especificação que o cálculo-π, pois são visuais, mais intuitivas e possuem um estilo baseado em objetos. Neste trabalho foi definido um formalismo (baseado nas GGBOs), denominado Gramática de Hipergrafos Baseada em Objetos e uma tradução deste formalismo para o cálculo-π, aliando assim as vantagens desses dois métodos. Além disso, para validar a tradução definida, foram feitas provas de que a semântica das gramáticas de hipergrafos baseadas em objetos é preservada na tradução.
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O objetivo deste trabalho é apresentar um modelo eficiente de representação de conhecimento que é construído a partir de relações de causa e efeito entre percepções e ações. Assume-se que é possível perceber o ambiente, é necessário fazer decisões mediante incerteza, é possível perceber a realimentação (feedback) referente ao sucesso ou fracasso das ações escolhidas, e é possível aprender com a experiência. Nós descrevemos uma arquitetura que integra o processo de percepção do ambiente, detecção de contexto, tomada de decisão e aprendizagem, visando obter a sinergia necessária para lidar com as dificuldades relacionadas. Além da descrição da arquitetura, é apresentada de forma sucinta uma metodologia chamada Computação Contextual, composta por duas fases principais: Definição e Operação. A fase de Definição envolve o projeto e modelagem de: i) Os subespaços de conhecimento conceitual e canônico; e ii) As regras de crescimento dinâmico. A fase de Operação complementa (isto é, estende e adapta) as definições iniciais através da aprendizagem feita pela interação com o ambiente.
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A difusão dos projetos nas organizações envolve uma metodologia que se distingue da Administração Clássica, em conseqüência principalmente da incerteza ubíqua. Esta deriva do grau de complexidade, singularidade e severidade de objetivos. Inclui o desconhecido, o acidental, o inesperado, o imponderável, o conturbado e o arriscado. A aceitação da incerteza pelo gerenciador é situacional, mas pode apresentar orientação positiva ou negativa, condicionando o tipo de resposta oferecida pelo gerenciador para enfrentá-Ia. Os processos gerenciais compõem um sistema auto-organizativo, ocorrendo uma compensação entre métodos e técnicas aplicadas. A conclusão da pesquisa aponta para o entendimento de que há uma arte para gerenciar projetos desafiadores, complexos e singulares, recomendando desenvolver a heurística como complemento na metodologia preconizada para o gerenciamento de projetos.
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Discute-se como a assimetria de informações afeta os modelos de precificação de ativos e algumas das consequências para os testes de eficiência. No primeiro capítulo são apresentados dois modelos que partiram da hipótese que os agentes possuem informação completa sobre as variáveis econômicas: o CAPM e o Black-Scholes. No segundo capítulo procura-se verificar até que ponto é possível modelar a economia dadas estas imperfeições. Partindo de uma variação de AkerIoff (1970), mostra-se que quando uma parte de posse de uma informação superior transaciona com outra, ocorre uma falha de mercado, a seleção adversa, podendo até gerar o colapso do mercado. O segundo modelo analisado, Bray (1989), mostra como as informações privilegiadas são incorporadas ao preço e o último modelo, Kyle (1985), analisa como a presença de um agente com informação privilegiada afeta a liquidez do mercado. O terceiro capítulo faz um teste para a eficiência do mercado de câmbio brasileiro. Apesar de não se poder negar a presença de co integração entre as séries, não se pode aceitar a hipótese de eficiência semi-forte, ou seja, a hipótese de que o mercado futuro seria um estimador não viesado para o mercado à vista, o que pode ser interpretado como indicação de informação incompleta ou imperfeita.
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Apresenta os métodos de avaliação de empresas baseados nos descontos de fluxos de caixa futuros, enfocando dois modelos, o do Fluxo de Caixa Descontado (DCF) e o do Lucro Econômico. Analisa cada um destes modelos em termos de seus componentes e explicita o inter-relacionamento destes últimos. Expõe a importância dos direcionadores de valor, que, entendidos de uma forma mais ampla, incluem, além de ROIC (retorno sobre o capital investido), e (taxa de crescimento) e NOPLAT (lucro operacional líquido já descontado dos efeitos do imposto de renda), o WACC (custo médio ponderado de capital) e o capital investido, entre outros. Apresenta um estudo de caso, tendo uma companhia industrial brasileira de capital fechado como seu objeto. Analisa os resultados deste estudo, principalmente as dificuldades encontradas no processo de cálculo do valor. Relaciona estas dificuldades à natureza do controle de capital fechado da companhia estudada. Extrai conclusões, apresenta algumas limitações e sugere pesquisas e desenvolvimentos futuros
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As empresas estão cada vez mais conscientes de que a competição se dá entre cadeias de suprimentos e que a integração e o gerenciamento bem sucedidos dos processos de negócio entre os membros da cadeia de suprimentos determinará o sucesso final das empresas (SIMON, 2005). Segundo dados da UNICA (2009) o Brasil lidera o mercado mundial de açúcar com 38% do mesmo na safra 2008/09, exportando 20,8 milhões de toneladas de açúcar. Segundo dados levantados junto às empresas pesquisadas, somente com gastos logísticos de transporte entre usina e porto e com gastos na operação portuária para carregamento dos navios, estima-se valores em torno de US$ 50,00 por tonelada movimentada, equivalente a mais de US$ 1 bilhão na mesma safra com estas operações logísticas. Como toda commodity agrícola, o açúcar possui baixo valor agregado, logo a gestão da cadeia é focada em custo, buscando a eficiência das operações. Este trabalho analisou sob ótica das incertezas nas cadeias de suprimentos proposta por Van der Vorst e Beulens (2002), cadeias de suprimentos para exportação de açúcar lideradas por quatro relevantes empresas deste setor, buscando entender se estas cadeias de fato, comportam-se como eminentemente eficientes. Como resultado da pesquisa, o trabalho obteve uma caracterização destas cadeias que demonstrou alto nível de incertezas na demanda, no suprimento e junto a importantes fornecedores. Apresentou-se a partir daí um conflito e um desafio aos gestores: prover responsividade e flexibilidade exigida pelas incertezas existentes na cadeia, onerando-a e ao mesmo tempo, reduzir custos e buscar a eficiência exigida por uma cadeia de suprimentos de uma commodity agrícola. A conclusão deste trabalho é que existem vários pontos a serem trabalhados na redução e minimização dos efeitos das incertezas existentes, de forma a conseguir a responsividade exigida a um custo suportado pelas cadeias. Outra sugestão do trabalho é para que o conceito de cadeia de suprimentos seja reforçado entre seus membros, e estes enfatizem a busca de resultado global e coletivo, tendo na cooperação uma forma para melhorar o resultado das empresas envolvidas.
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A patogênese dos cálculos coraliformes é assunto controverso, mas a maioria dos autores considera a infecção urinária por germe produtor de urease como o principal e, às vezes, único mecanismo de formação e crescimento destes cálculos. Neste estudo, avaliamos os resultados da aplicação de um protocolo de pesquisa de distúrbios metabólicos associados à litíase renal em 42 pacientes portadores de cálculo coraliforme, provenientes do Ambulatório de Urolitíase do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e comparamos os resultados com um grupo de referência, sem doença litiásica. Na nossa amostra, encontramos indivíduos principalmente do sexo feminino (35 : 7), com idades entre a 4ª e a 5ª décadas de vida. Encontramos pelo menos uma alteração metabólica em 66% dos pacientes estudados. A hipercalciúria esteve presente em 40% dos pacientes, seguida de hiperuricosúria (24%), hipocitratúria (16%) e hiperoxalúria marginal (13%). Em 34% dos pacientes não se detectou alterações metabólicas. A infecção urinária esteve presente em 67% das histórias clínicas, mas somente 45% das uroculturas foram positivas. Concluímos que, na amostra estudada, 66% dos pacientes portadores de cálculo coraliforme apresentam, pelo menos, um distúrbio metabólico associado à litíase renal, o que justifica a aplicação rotineira deste protocolo, permitindo a instituição de medidas terapêuticas adequadas a este grupo de pacientes.
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Esta tese de conclusão do curso de doutoramento em Administração de Empresas, a qual tem por título Cálculo do preço de venda como fator de competitividade para produtos fabricados por micro e pequenas indústrias, tem como objetivo apresentar e validar um modelo, o qual consiste em uma equação matemática. O referido modelo está fundamentado na teoria contábil e os preços de venda dos produtos, através dele calculados, deverão ser interpretados pelas empresas, suas fabricantes, como sendo os menores possíveis de serem praticados, capazes de conduzi-las aos seus objetivos de resultados previamente estabelecidos, desde que esses produtos sejam fabricados e vendidos por essas indústrias dentro dos padrões de tempos de produção e em quantidades periódicas previamente orçadas e consideradas no modelo no momento das suas precificações, bem como sem investimentos adicionais aos já estabelecidos. Portanto, esses preços são classificados como sendo os competitivos desses produtos, em vista da realidade competitiva.
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Este trabalho estuda o processo decisório de empreendedores ao criar novos negócios sob incerteza e sem objetivos claros, a partir da noção de effectuation. Sendo uma abordagem nova no campo de estudo da estratégia e empreendedorismo, a abordagem effectual propõe que os empreendedores focam, no início de uma nova empresa, em quanto eles suportam perder e experimentam tantas estratégias distintas e combinações de recursos quanto possíveis, dados os recursos que já estão sob seu controle. O propósito, neste modelo, não é necessariamente maximizar os retornos financeiros potenciais, mas, sim, reduzir a incerteza de certas estratégias e combinações de recursos. Em effectuation, o empreendedor, por meio de ações, cria os resultados a partir destas combinações de recursos e da alavancagem sobre contingências à medida que reduzem as incertezas que o cerca. Com base, portanto, na teoria de effectuation, esta dissertação teve a ambição não de caracterizar o que seria um processo empreendedor, mas, sim, dar pistas alternativas de análise, bem como explorar as idéias inerentes à decisão de empreender sob incerteza e ambigüidade de objetivos. Assim, o objetivo desta dissertação foi o de examinar se, e em que extensão, empreendedores constroem empresas no mundo real usando effectuation. A pesquisa de campo foi realizada em uma organização (Buscapé), tendo como metodologia o estudo de caso e a narrativa no tratamento e apresentação dos dados obtidos por meio de oito entrevistas semi-estruturadas com fundadores, executivos, funcionários e parceiros da empresa. Como resultados, a análise do caso Buscapé parece indicar que, em vários momentos de sua história, os empreendedores tomaram decisões sem clareza de objetivos. Em especial, no momento da criação da empresa, os empreendedores buscavam minimizar perdas, aproveitando as surpresas que surgiam e explorando ao máximo os recursos que, então, controlavam. A despeito da inexistência de parâmetros de análise da indústria de internet e da incapacidade de se definirem objetivos precisos sobre um modelo de negócio, os empreendedores, naquele momento, decidiram continuar e, em última instância, criaram uma empresa. Em vista destas observações, a teoria de effectuation ajuda a explicar o processo decisório utilizado pelos empreendedores do Buscapé. Conforme indicam estudos anteriores, é possível afirmar que alguns empreendedores parecem tomar decisões de acordo com uma lógica comum, a lógica do controle effectual.
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Este trabalho aplica a teoria de cópulas à mensuração do risco de mercado, através do cálculo do Value at Risk (VaR). A função de cópula oferece uma maior flexibilidade para a agregação de riscos quando comparada com abordagens tradicionais de mensuração de risco. A teoria de cópulas permite a utilização de distribuições de probabilidade diferentes da normal para a modelagem individual dos fatores de risco. Além disso, diferentes estruturas de associação entre eles podem ser aplicadas sem que restrições sejam impostas às suas distribuições. Dessa forma, premissas como a normalidade conjunta dos retornos e a linearidade na dependência entre fatores de risco podem ser dispensadas, possibilitando a correta modelagem de eventos conjuntos extremos e de assimetria na relação de dependência. Após a apresentação dos principais conceitos associados ao tema, um modelo de cópula foi desenvolvido para o cálculo do VaR de três carteiras, expostas aos mercados brasileiros cambial e acionário. Em seguida, a sua precisão foi comparada com a das metodologias tradicionais delta-normal e de simulação histórica. Os resultados mostraram que o modelo baseado na teoria de cópulas foi superior aos tradicionais na previsão de eventos extremos, representados pelo VaR 99%. No caso do VaR 95%, o modelo delta-normal apresentou o melhor desempenho. Finalmente, foi possível concluir que o estudo da teoria de cópulas é de grande relevância para a gestão de riscos financeiros. Fica a sugestão de que variações do modelo de VaR desenvolvido neste trabalho sejam testadas, e que esta teoria seja também aplicada à gestão de outros riscos, como o de crédito, operacional, e até mesmo o risco integrado.
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A gestão e a mensuração do risco operacional é uma preocupação crescente da comunidade bancária, de modo que a escolha adequada do modelo de alocação de capital para risco operacional pode tornar-se um diferencial competitivo. Este trabalho apresenta as vantagens da adoção de modelos causais para a gestão e mensuração do risco operacional e, ao investigar a aplicação de Redes Neurais Artificiais para tal propósito, comprova que o modelo causal chega a valores de capital mais alinhados à exposição ao risco da instituição financeira. Além disso, há a vantagem de que, quanto mais sensível a risco a metodologia de cálculo de capital for, maior será o incentivo para uma gestão apropriada dos riscos no dia-a-dia da instituição financeira, o que não apenas reduz sua necessidade de alocação de capital, quanto diminui suas perdas esperadas. Os resultados, portanto, são positivos e motivam estudos futuros sobre o tema.
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A abordagem do Value at Risk (VAR) neste trabalho será feita a partir da análise da curva de juros por componentes principais (Principal Component Analysis – PCA). Com essa técnica, os movimentos da curva de juros são decompostos em um pequeno número de fatores básicos independentes um do outro. Entre eles, um fator de deslocamento (shift), que faz com que as taxas da curva se movam na mesma direção, todas para cima ou para baixo; de inclinação (twist) que rotaciona a curva fazendo com que as taxas curtas se movam em uma direção e as longas em outra; e finalmente movimento de torção, que afeta vencimentos curtos e longos no mesmo sentido e vencimentos intermediários em sentido oposto. A combinação destes fatores produz cenários hipotéticos de curva de juros que podem ser utilizados para estimar lucros e perdas de portfolios. A maior perda entre os cenários gerados é uma maneira intuitiva e rápida de estimar o VAR. Este, tende a ser, conforme verificaremos, uma estimativa conservadora do respectivo percentual de perda utilizado. Existem artigos sobre aplicações de PCA para a curva de juros brasileira, mas desconhecemos algum que utilize PCA para construção de cenários e cálculo de VAR, como é feito no presente trabalho.Nesse trabalho, verificaremos que a primeira componente principal produz na curva um movimento de inclinação conjugado com uma ligeira inclinação, ao contrário dos resultados obtidos em curvas de juros de outros países, que apresentam deslocamentos praticamente paralelos.
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Estudamos a possibilidade de que medidas de incerteza no mercado acionário estejam relacionadas com a variação temporal da correlação entre os retornos dos mercados de renda fixa e renda variável. Encontramos evidências de uma relação direta entre as medidas de volatilidade e a correlação futura dos retornos dos mercados estudados. Além disso, percebemos que o retorno do mercado de renda fixa tende a ser maior (menor) em comparação ao do mercado de renda variável quando a volatilidade deste apresenta variações maiores (menores) e em dias em que o volume de operações é inexplicavelmente alto (baixo). Nossos resultados sugerem que incertezas do mercado acionário têm influência no apreçamento do mercado de renda fixa, trazendo implicações de efeitos de cross-market pricing na gestão de recursos.
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Esta tese é composta por três artigos, nos quais são apresentadas extensões e aplicações da Teoria das Opções Reais, todas de interesse para formuladores de política econômica no Brasil. O primeiro faz uma análise original da questão da bioprospecção, ou a exploração da diversidade biológica para fins econômicos. Duas estruturas alternativas para o desenho do mecanismo de concessão, visando o uso sustentável da biodiversidade brasileira, são sugeridas: (i) um modelo de projetos de P&D com maturidade incerta, no qual a intensidade do processo de Poisson que governa o tempo de maturação é explicitamente dependente do nível da biodiversidade no local concedido; (ii) um modelo de Agente-Principal, onde o Estado delega o exercício da opção de investimento à empresa de pesquisa biotecnológica. O segundo artigo avança a analogia entre opções de venda (“put options”) e cotas de importação. Os parâmetros relevantes para apreçar as licenças são agora obtidos endogenamente, a partir da interação entre a firma importadora e os produtores domésticos. Por fim, no terceiro, é feita análise pioneira do mercado paralelo de títulos precatórios no Brasil. Um modelo para a valoração de tais títulos é construído e proposto, tendo por base o arcabouço institucional existente sobre o assunto, tanto no governo central, como nos estados e municípios.