999 resultados para Obesidade Mulheres
Resumo:
RESUMO: Tivemos como objectivo do presente trabalho avaliar a capacidade funcional, e factores eventualmente a ela associados, numa amostra de 152 idosos ambulatrios, sem doenas agudas ou graves, utentes de um centro de sade urbano. Cada avaliao consistiu numa entrevista, mediante um inqurito sobre capacidade funcional, morbilidade, estado mental e aspectos sociais, e no estudo da composio corporal. As perguntas referentes s variveis estudadas foram por ns desenvolvidas e estruturadas com base em escalas internacionais validadas e de utilizao comum na avaliao de idosos, excepto para as variveis em que no encontrmos escalas com essas caractersticas. Os seus quesitos foram includos como perguntas e respostas estruturadas e pr-codificadas, permitindo a atribuio de uma pontuao a cada varivel e a sua posterior diviso dicotmica. Aplicmos as escalas de Katz e de Lawton para a avaliao das actividades de autonomia fsica e instrumental da vida diria, a escala de Grimby para a avaliao da actividade fsica, a escala de Hamilton e o teste de Folstein para a avaliao do estado mental nas vertentes afectiva e cognitiva e a escala de Graffar para caracterizar a classe social, e perguntas sobre locomoo, autoavaliao da sade, queixas de sade presentes e rede social. Fizemos o registo da morbilidade segundo a International Classification of Primary Care - ICPC. A avaliao antropomtrica constou da medio do peso, da altura, dos permetros do brao, da cintura, da anca e proximal da coxa, e das pregas bicipital, tricipital, sub-escapular e supra-ilaca. Foi tambm feita a estimativa da composio corporal por clculos derivados de ndices antropomtricos e de bioimpedncia elctrica corporal total, o doseamento de algumas protenas plasmticas e a quantificao da fora de preenso. Analismos os resultados obtidos por grupos quanto ao sexo e idade, dividida nos escales etrios 65 a 74 anos e mais do que 74 anos. Por regresso linear mltipla, foi testado o efeito do sexo e da idade sobre os valores medidos, para cada uma das variveis e cada uma das suas pontuaes parciais, sendo considerado como evidncia de um efeito estaticamente significativo um valor p inferior a 0,05.Resumimos do seguinte modo os dados obtidos e a sua comparao com os dos estudos que seleccionmos como referncia: A mdia de idades da amostra foi de 74 anos, sendo um tero destes do sexo masculino. Na sua maioria eram independentes em locomoo e funcionalidade, praticavam alguma actividade fsica, classificavam a sua sade como razovel ou boa, apresentavam sintomatologia activa, no tinham depresso ou demncia, tinham quem os acompanhasse embora cerca de metade apresentasse algum grau de isolamento, eram de baixa classe social, tinham excesso de peso, valores elevados de massa gorda, parmetros plasmticos proteicos compatveis com ausncia de doenas agudas ou graves e considervel fora muscular de preenso. Na anlise descritiva por grupos quanto ao sexo e/ou idade, verificou-se que as mulheres e os mais idosos apresentavam maior isolamento social e os valores mais baixos de massa magra, hemoglobina e fora de preenso. As mulheres tinham maior prevalncia de dependncia em autonomia fsica, depresso e valores mais baixos de transferrina. Os mais idosos apresentavam maior dependncia em funcionalidade, menor actividade fsica, maior prevalncia de demncia, ndice de massa corporal menos elevado, e valores mais baixos de albumina. No se verificou prevalncia de piores resultados dicotmicos nos homens nem no escalo etrio menos idoso. No teve relao com o sexo ou a idade o compromisso em autonomia instrumental, a presena de morbilidade ou a baixa classe social, assim como a no perturbao da locomoo e dos nveis de somatomedina-C. A anlise comparativa com estudos multidimensionais em idosos portugueses e europeus ambulatrios revelou que a nossa amostra apresentava muitas caractersticas semelhantes s desses idosos. Assim, tinham elevada independncia em locomoo, considervel independncia em autonomia fsica e menor independncia em autonomia instrumental; prtica de actividade fsica ligeira, as mulheres dentro e os homens fora de casa; maior prevalncia de morbilidade a nvel dos aparelhos locomotor e cardiocirculatrio, nos nossos idosos com pouca flutuao na autoavaliao de sade; pequena prevalncia de depresso e de demncia; maior isolamento social nas mulheres e nas mais idosas; factores de classe social de baixo nvel, diferindo apenas em relao aos idosos do norte da Europa que apresentavam elevada escolaridade e profisses mais diferenciadas; caractersticas biomtricas sobreponveis s dos idosos portugueses e s dos do sul da Europa, com tendncia para o excesso de peso e proporo elevada de massa gorda; e doseamentos plasmticos proteicos e fora muscular de preenso compatveis com ausncia de doenas agudas ou crnicas graves. A comparao com os referidos estudos em relao ao risco de dependncia, revelou semelhanas na associao entre dependncia funcional e idade avanada, morbilidade, alterao do estado mental e isolamento social. Na amostra que estudmos no obtivemos associao entre dependncia e o sexo feminino, facto que se verificou no estudo nacional de Almeida et al. e nos estudos multicntricos europeus, ou o grau de escolaridade, como no estudo francs. Podemos concluir que, com o instrumento de avaliao que utilizmos, foi possvel detectar e caracterizar perturbaes numa amostra de idosos ambulatrios, a maioria funcionalmente independentes, sem alteraes do estado mental, mas apresentando morbilidade activa, tendncia para a obesidade, e actividade fsica ligeira. Nos que apresentaram alteraes, estas foram mais frequentes no sexo feminino e nos indivduos com mais de 74 anos. A escala de funcionalidade desenvolvida foi sensvel aos efeitos da idade e permitiu o clculo do risco de dependncia em relao s outras variveis estudadas, sendo mais marcante a associao com baixa actividade fsica, presena de queixas de sade, demncia e ndice de massa corporal elevado. Consideramos que a metodologia que empregmos poder contribuir para a avaliao de capacidades, cujo conhecimento sistemtico nos idosos se impe. ------------- ABSTRACT: The main objective of the present work was to evaluate functional capacity and related factors, in a sample of 152 ambulatory elderly, free from acute or serious disease, attending an urban health centre. Each evaluation included an interview, with a questionnaire about functional capacity, morbidity, mental health and social aspects, and the study of body composition. The questions were developed and structured in accordance with international validated scales usually applied in the evaluation of the elderly, whenever there were scales for that purpose. Their items were included as structured pre-coded questions and answers, so that each variable could have its own quotation and be dichotomised. We employed Katz and Lawton scales for basic and instrumental activities of daily living, Grimby scale for physical activity, Hamilton scale for depression, Folsteins Mini Mental State Examination for cognitive ability and Graffar scale for social class, and questions about walking, health perception, active complaints and social network. The symptoms register was done according to the International Classification of Primary Care - ICPC. The anthropometric exam involved the determination of height and weight, arm, waist, hip and proximal thigh circumferences, and biceps, triceps, subscapular and suprailiac skinfolds. For the body composition calculation we employed equations derived from anthropometric indices, and from measurement of total body bioelectric impedance. We also measured some plasma proteins and handgrip strength. The analysis of results was done by sex and age groups, separating those with 65 to 74 years from those older than 74 years. The effects of sex and age were tested by linear multiple regression, for each variable and its components. Presented "p" values being considered statistically significative if less than 0,05. The results we obtained and their comparison with the studies we choose as reference can be summarised as follows: Mean age of the sample was 74 years and about one third were men. Most of them were independent in gait and functionality, practised some physical activity, rate their health as fair or good, had physical complaints, had not depression or dementia, had some companionship although almost half of them with stigmas of isolation, belonged to low social class, were in the range of overweight, had raised values of fat mass, plasma proteins in accordance with no acute or serious disease, and considerable handgrip strength. The analysis of groups by sex and age revealed that women and the eldest had the greater social isolation and the lowest values of free fat mass, haemoglobin and handgrip strength. Women had the higher dependence in basic activities of daily living, more depression and lower levels of transferrin. The eldest were more dependent in functionality, had greater prevalence of dementia, less physical activity, less raised body mass index and lower levels of albumin. Men alone and the age range of 65 to 74 did not show any prevalence of the worse dichotomised results. There was no relationship between sex or age and instrumental activities of daily living, morbidity or low social class, and unaffected gait or somatomedin-C levels. The comparison of results with multidimensional studies in portuguese and european ambulatory elderly showed that our sample had many similarities with theirs. They were independent in gait and activities of daily living; practiced light physical activity, women indoors and men outdoors; had greater morbidity at locomotor and cardiovascular systems, with small latitude in health evaluation; low prevalence of depression and dementia; social isolation predominantly in older women; and low social class factors, witch is only different from those of north Europe who had higher education levels and professional carriers; biometric characteristics similar to other portuguese and south Europe elders, with tendency for overweight and high proportion of fat mass; and plasma protein levels and handgrip strength in accordance with no acute or chronic serious disease. The comparison to the referred studies in relation to dependency risk, showed similarities in the association of dependency and age, morbidity,altered mental state and social isolation. We did not find association between dependency and sex, as it was found in the portuguese study of Almeida et al. and the european multicentric studies, or the education level, as in the french study. We conclude that, with the evaluation battery we employed, it was possible to detect and characterise alterations in a sample of ambulatory elderly, most of whom were functionally independent and had no alterations in mental state, but had active morbidity, tendency to obesity, and only light physical activity. Those that had some alteration, were more frequently women and the eldest. The functionality scale we developed showed to be sensitive to age effects and suitable for the calculation of risk of dependency, being more important the association with low physical activity, active complaints, dementia and high body mass index. We consider that the methodology we applied can contribute to the evaluation of capabilities that should be systematically sought for in the elderly.
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Este projecto de investigao teve como aspirao analisar as articulaes e desconexes em torno das categorias de classe e gnero, em dilogo com a dicotomia igualdade versus diferena, e centrando-nos no estudo da revista da Mulheres. A histria desta permite-nos compreender melhor as imagens dominantes da mulher portuguesa nos anos 80, sendo que o projecto da revista opera uma dupla recusa: por oposio ao passado, recusa-se a imagem da mulher conservadora vinculada pelo fascismo portugus e o catolicismo; e por oposio ao capitalismo, recusa-se a imagem da mulher liberalizada. Neste sentido, procedemos numa primeira parte, histria da revista e do meio em que se relaciona. Numa segunda parte, procedemos a uma anlise dos contedos da revista a partir das categorias de trabalho e cultura. E, finalmente numa terceira parte, desenvolvemos uma reflexo mais crtica sobre o sujeito mulheres e as representaes na poltica. Abstract
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RESUMO - Introduo: Apesar de ocorrerem melhorias significativas na sade das populaes devido aos avanos tecnolgicos continuam a surgir desigualdades de sade no gnero, nomeadamente na populao adolescente, quando estes no adotam comportamentos saudveis. Objetivos: Analisar as desigualdades de sade no gnero na populao adolescente relativamente ao tabaco, obesidade e tipo de dieta. Mtodos: Foi realizado um estudo analtico e descritivo, onde foram recolhidos dados acerca de fatores relacionados com comportamento, dos quais se destacam o tabagismo, obesidade, e tipo de dieta (consumo de sopa; salada/legumes cozidos; fruta e bolos, chocolates e sobremesa doce) por grupo etrio. Dados pertencentes ao INS 2005/2006. Resultados: Verificou-se que a prevalncia do tabagismo estatisticamente significativa relativamente ao gnero apenas no grupo etrio 17-19 anos (p=0). Demonstrou-se que havia associao estatisticamente significativa entre o gnero e obesidade apenas no grupo etrio 10-13 anos (p=0). Quanta varivel tipo de dieta apenas no consumo de fruta existiu associao estatisticamente significativa no gnero no grupo etrio 10-13 anos (p=0,036). Concluses: Assim, com a realizao do estudo verificou-se que o perodo crtico do consumo tabgico no grupo etrio 17-19 anos, j obesidade so os mais jovens pertencentes ao grupo etrio 10-13 anos.
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RESUMO - Objectivo: descrever o estado nutricional e o padro alimentar de grupos da populao de Lisboa. Delineamento, locais e participantes: estudo transversal do estado nutricional e do padro alimentar de homens com 38 anos e mulheres e homens com 50-65 anos que vivem na freguesia do Lumiar, do concelho de Lisboa; estudo transversal dos hbitos alimentares e do estado nutricional de adolescentes com 12 a 19 anos estudantes de escolas secundrias de Lisboa; estudo transversal da excreo de sdio em urina de 24 horas de rapazes de 7 a 8 anos de escolas primrias do Lumiar. Mtodos: o estado nutricional foi avaliado com metodologias padronizadas tal como propostas pela OMS. A ingesto alimentar foi medida pelo mtodo das 24 horas anteriores no primeiro estudo e pelo mtodo da histria alimentar no segundo estudo. Resultados: nas crianas, a excreo urinria de sdio foi uma das mais altas da Europa. Nos adolescentes, a prevalncia de excesso de peso/obesidade foi de 19% nos rapazes e 16% nas raparigas. 16% dos adolescentes no tomam pequeno-almoo, mas mais de 30% comem bolos a meio da manh. A proporo de adolescentes com uma ingesto diria de certos alimentos de 44% para guloseimas, 43% para bolos, 29% para refrigerantes e 16% para chocolates e gelados. Por outro lado, a frequncia de ingesto diria de fruta e produtos hortcolas baixa, principalmente nos adolescentes de menor nvel scio-econmico. Nos adultos, 57% dos homens com 38 anos e 80% e 74% dos homens e mulheres com 50-65 anos, respectivamente, tm excesso de peso ou obesidade. A hipertenso arterial foi detectada em mais de 20% dos homens jovens e a sua prevalncia aumenta com a idade. Foi observado um colesterol srico superior a 200 mg/dL em perto de metade dos adultos e maior do que 240 mg/dL em 28% dos homens com 38 anos, em 24% dos homens com 50-65 anos e 44% das mulheres do mesmo grupo etrio. 20% dos adultos jovens tm colesterol HDL inferior a 35 mg/dL, mais do que um tero so fumadores e a ingesto de lcool representa 13% da sua ingesto calrica total. Concluses: foram observados estilos de vida no saudveis, nomeadamente padres alimentares no equilibrados, uma elevada prevalncia de obesidade, hipertenso e dislipidemias, e, por isso, uma percentagem relativamente elevada da populao de Lisboa tem um risco elevado de doenas crdio-vasculares e outras doenas crnicas, bem como de morte prematura.
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RESUMO - A obesidade constitui um importante problema de sade pblica com consequncias econmicas de grande dimenso. Os obesos tm um risco acrescido de contrair doenas e de sofrer morte prematura devido a problemas como a diabetes, hipertenso arterial, AVC, insuficincia cardaca e algumas neoplasias malignas. O presente estudo tem como objectivo estimar o custo econmico indirecto (valor da produo perdida) associado obesidade em Portugal no ano de 2002. O estudo adopta uma abordagem tipo custos da doena baseada na prevalncia. Os dados so retirados do Inqurito Nacional de Sade e estatsticas de rotina publicadas pelo INE e por outros organismos oficiais. Consideram-se como obesas pessoas com ndice de massa corporal (IMC) 30 kg/m2 e estabelecem-se como limites etrios para participao em actividades econmicas produtivas as idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos. A estratgia de imputao de custos ao factor de risco obesidade caracteriza- se por estimar, para a populao portuguesa, as propores de doena e morte prematura atribuveis obesidade e em multiplicar as estimativas populacionais encontradas pelo valor da produtividade econmica potencial das pessoas afectadas. O custo indirecto total da obesidade em Portugal no ano de 2002 foi estimado em 199,8 milhes de euros. A mortalidade contribuiu com 58,4% deste valor (117 milhes de euros) e a morbilidade com 41,6% (83 milhes de euros). Os custos da morbilidade advm de mais de 1,6 milhes de dias de incapacidade anuais, principalmente por faltas ao trabalho associadas a doenas do sistema circulatrio e diabetes tipo II. Os custos da mortalidade so o resultado de 18 733 potenciais anos de vida activa perdidos, numa razo de 3 mortes masculinas por cada morte feminina. Os resultados indicam que a obesidade acarreta considerveis perdas econmicas para o pas. Comparando os resultados com um estudo complementar que calculou os custos directos (em cuidados de sade) da obesidade, verifica-se que a componente indirecta representa 40,2% do total dos custos da obesidade. A implementao de estratgias que prevenissem ou reduzissem a incidncia e prevalncia de obesidade em Portugal poderia gerar ganhos de produtividade elevados. Para conhecer a dimenso destes ganhos necessria mais investigao sobre os benefcios clnicos e relao custo-efectividade de estratgias para a reduo da obesidade.
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RESUMO - Introduo: A prevalncia de obesidade apresenta valores preocupantes em todas as idades e reconhecida pela Organizao Mundial da Sade como um importante problema de sade pblica. Diversos estudos mostram que a sua prevalncia tem aumentado significativamente nas ltimas dcadas, particularmente nos pases industrializados. O objectivo da presente investigao foi calcular a prevalncia de excesso de peso e de obesidade em adolescentes do distrito de Viseu. Mtodos: Realizmos um estudo transversal onde avalimos os alunos de vinte e seis das quarenta e oito escolas pblicas do terceiro ciclo e secundrio do distrito de Viseu, frequentadas por um total de 23 895 alunos, do 7.o ao 12.o ano. A recolha dos dados foi efectuada atravs de um questionrio auto-aplicado e respondido pelos alunos em sala de aula. Dos 8768 questionrios distribudos recolhemos 7644 (87,2%). Foram excludos da anlise os questionrios sem informao para o sexo e para a idade. Ficmos com uma amostra global de 7563 adolescentes, sendo 4117 (54,4%) do sexo feminino. O excesso de peso e a obesidade foram avaliados utilizando o ndice de massa corporal (IMC) calculado pela razo entre o peso auto declarado em quilogramas e o quadrado da altura, em metros, tambm auto declarada (kg/m2). Definimos excesso de peso para valores compreendidos entre o percentil 85 e 95, obesidade para um percentil superior ou igual a 95, e excesso de peso e obesidade para um percentil superior ou igual a 85. Resultados: No total da amostra, a prevalncia de excesso de peso de 13,7%, superior no sexo masculino (16,0% vs. 11,6%). A prevalncia de obesidade de 3,4%, superior no sexo masculino (4,2% vs. 2,8%). A prevalncia de excesso de peso e obesidade de 17,1%, superior no sexo masculino (20,2% vs. 14,4%). Os concelhos situados a norte do distrito de Viseu apresentam prevalncias superiores, de excesso de peso (15,9% vs. 13,0%, OR = 1,3; IC95% 1,1-1,5), de obesidade (4,5% vs. 3,6%, OR = 1,3; IC95% 1,0-1,7) e de excesso de peso e obesidade (19,1% vs. 15,7%, OR = 1,3; IC95% 1,1-1,4). A prevalncia de excesso de peso e obesidade superior entre os adolescentes com o ndice de aglomerao superior a um. Concluses: Regista-se uma elevada prevalncia de excesso de peso e de obesidade, superior no sexo masculino, com diferenas geogrficas significativas.
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RESUMO: A pr-eclmpsia tem elevada morbi-mortalidade materna e perinatal. A sua etiologia multi-fatorial tem sido objeto de investigao, no sendo ainda totalmente conhecida. No se conhece tambm a razo da diferente suscetibilidade individual e das diferentes expresses da doena. A hipertenso crnica e a diabetes so fatores de risco reconhecidos, e o adiamento da maternidade contribui para que estas duas patologias sejam atualmente mais prevalentes entre as mulheres grvidas. Uma vez que o seu quadro fisiopatolgico precede em meses o quadro clnico, tem-se investigado a possibilidade de serem encontrados marcadores precoces e indicadores de risco. Em Portugal, os estudos relativos hipertenso na gravidez so escassos, bem como a investigao sobre fatores de risco e marcadores para a mesma. No sentido de avaliar possveis marcadores de risco para o desenvolvimento de preclmpsia ou complicaes hipertensivas foi colhida, para esta dissertao, uma amostra de 1215 mulheres que frequentaram a consulta de Hipertenso ou de Diabetes na gravidez de um centro tercirio, entre 2004 e 2013. Optou-se pela realizao de trs estudos independentes, abrangendo os dois primeiros um leque temporal de 9 e de 2 anos respetivamente. O primeiro, centrado na hipertenso, pesquisou, em 521 mulheres com hipertenso na presente ou em anterior gravidez, fatores de risco capazes de influenciar a progresso para pr-eclmpsia. O segundo, direcionado para a diabetes gestacional, considerou uma amostra de 334 grvidas, parte das quais tinha tambm hipertenso crnica e procurou identificar fatores que contriburam para o aparecimento de complicaes hipertensivas. O terceiro estudo, realizado em 2012 e 2013, em trs coortes de grvidas com hipertenso crnica, com diabetes gestacional, e sem estas patologias - procurou avaliar no 1 trimestre o comportamento de dois marcadores placentares obtidos no 1 trimestre - protena plasmtica A associada gravidez (PAPP-A) e o fator de crescimento placentar (PlGF) - e o seu papel, quer como bio-marcadores isolados, quer em associao aos fatores de risco encontrados nos anteriores estudos, na construo de um modelo preditivo de preclmpsia. No primeiro estudo, a nuliparidade, a hipertenso gestacional, a fluxometria das artrias uterinas com IP superiores ao P95 entre as 20-22 semanas e a existncia de restrio de crescimento fetal, foram os fatores que contriburam para a construo de um modelo preditivo de pr-eclmpsia. No segundo estudo, a coexistncia de diabetes e hipertenso crnica agravou o prognstico, associando-se as complicaes hipertensivas multiparidade, obesidade, idade materna e etnia negra. No terceiro estudo verificou-se uma reduo da PlGf e da PAPP-A no 1 trimestre nas duas primeiras coortes, comparativamente coorte sem patologia; na anlise separada de cada coorte, quando se verificaram complicaes hipertensivas ou pr-eclmpsia, as concentraes de PlGf e PAPP-A tambm foram inferiores. Contudo, na elaborao de um modelo preditivo de pr-eclmpsia, em conjunto com marcadores encontrados, apenas a PlGf pode ser integrada no modelo preditivo, o que se verificou na coorte com hipertenso crnica. Os marcadores bioqumicos em estudo tiveram valores inferiores nas coortes com patologia hipertensiva, demonstrando uma deficiente produo destas protenas placentares nestas situaes, podendo ser importante a sua pesquisa. Contudo, neste estudo, apenas na coorte de hipertenso crnica a PlGf teve participao como fator de risco, na construo de um modelo preditivo de pr-eclmpsia.--------------------------------------------------------------------------------------------------ABSTRACT: Preeclampsia is associated with a great maternal and perinatal morbimortality. Its multifactorial etiology has been under investigation and is still insufficiently understood. The reason why there are differences in individual susceptibility and differences in expressions of the disease is still unknown. Chronic hypertension and diabetes are known risk factors for preeclampsia and maternity delay contributes to the great prevalence of these pathologies among pregnant women. As the physiopathological signs antedate by months the clinical course of the disease, early risk factors and biological markers are object of clinical research. In Portugal, scarce clinical studies were devoted to hypertension in pregnancy and to risk factors and markers of this pathology. This dissertation inquires 1215 pregnant women who were treated for hypertension or diabetes in a tertiary care center between 2004 and 2013, in order to find risk markers for hypertensive complications or preeclampsia. We conducted three independent studies for this purpose. In the first one we investigated which risk factors could influence the progression to preeclampsia in 521 pregnant women with present or past history of hypertension. The second one was conducted to find what factors were associated to hypertensive complications, with a sample of 334 pregnant women with gestational diabetes, some also with chronic hypertension, addressing the identification of the factors contributing to hypertensive complications. The third study was conducted between 2012 and 2013 with three cohorts of pregnant women, with chronic hypertension, gestational diabetes, and in the third one, pregnant women had a low risk pregnancy. The objective of the study was to evaluate the behavior of two placental markers PAPP-A and PlGf obtained in the first trimester, and the role of these markers as isolated biomarkers or in association with other risk factors, in order to define a predictive model of early preeclampsia. In the first study, nuliparity, gestational hypertension, uterine arteries doppler with PI above P95 between 20-22 weeks of gestation and the presence of fetal growth restriction were the markers involved in a predictive model for preeclampsia. In the second study the cohort with the coexistence of diabetes and hypertension had registered worse result and hypertensive complications were associated to multiparity, obesity, maternal age and black ethnicity. In the third study there was a reduction of the PlGf and a PAPP-A concentration for the first trimester in the two first cohorts comparatively to the low risk cohort; the separate analysis of each cohort showed that plGf and PAPP-A concentrations were reduced when hypertensive complications appeared. However, when trying to find a preeclampsia predictive model, only plGf gave significant results for being considered in the model and this was only possible in the chronic hypertension cohort. The biochemical markers investigated in this study were reduced in the cohorts when high blood pressure complications occurred, showing a defective production of these placenta proteins, and suggesting that they should be investigated as first trimester biomarkers. Nevertheless, for this research, in the cohort of chronic hypertension only PlGf had a significant result, when multivariate analysis of all the risk factors was considered for the construction of a preeclampsia predictive model.
Resumo:
Dissertao de mestrado integrado em Psicologia
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Dissertao de mestrado em Psicologia Aplicada (rea de especializao em Psicologia Clnica e da Sade)
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A ocorrncia do papiloma vrus humano (HPV) um problema de sade pblica, pois tem sido associado ao cncer. O objetivo da pesquisa foi identificar a ocorrncia de papilomavrus humano na crvice uterina de mulheres da regio ocidental da Amaznia Brasileira. O estudo foi realizado na capital de Rondnia, Porto Velho. Foram identificados os tipos de HPV e resultados moleculares foram correlacionados com aqueles os testes colpocitolgicos de amostras provenientes de 334 mulheres que realizaram exames preventivos no Sistema nico de Sade. Obteve-se o material gentico viral do papilomavrus humano (DNA-HPV) e o fragmento de 450 pb da regio conservada do gene L1 amplificado e submetido anlise do polimorfismo dos fragmentos de restrio (RFLP). Das 334 amostras analisadas, 31% foram confirmados com a presena de material viral (DNA-HPV). Confirmou-se a existncia dos tipos: HPVS-16, 18, 33, 53 e 58, que identificam o grupo de alto risco oncognico com 72% (74/103) de ocorrncia, bem como os HPVS-11, 42 e 44 pertencentes ao grupo de baixo risco oncognico com 28% de ocorrncia. Os perfis recorrentes durante o desenvolvimento da anlise foram do HPV-16 e -18 com 17% e 16%, respectivamente. Os resultados da pesquisa indicam que mais de 80% das amostras analisadas e que continham material viral no apresentavam nenhuma alterao celular no teste citolgico, o que refora a necessidade de se difundir o uso das tcnicas moleculares em diagnsticos convencionais.
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OBJETIVO: A religio tem um importante papel na vida de indivduos encarcerados. A sade mental e a possibilidade de reabilitao parecem ser favorecidas atravs da religio. Entretanto poucos estudos no Brasil abordaram a sade mental em populao carcerria feminina e a relacionaram com a religiosidade. O objetivo deste estudo verificar o perfil de sade mental e a relao entre religio, religiosidade e sade mental numa amostra de mulheres encarceradas em So Paulo. MTODOS: Foram entrevistadas 358 mulheres, detentas da Penitenciria Feminina da Capital (So Paulo-SP). Foi aplicado um questionrio amplo que abrangeu dados sociodemogrficos e culturais (incluindo a religiosidade), assim como itens sobre sade mental e perfil criminal. A avaliao psicopatolgica foi feita com o General Health Questionnaire (GHQ-12). Anlises estatsticas comparando as variveis com o GHQ-12 foram realizadas. Foi utilizada tambm a anlise de regresso logstica multivariada para respostas dicotmicas para as variveis que possivelmente interagiram com a sade mental. RESULTADOS: A idade mdia da amostra foi 30,7 anos 8,5. A prevalncia de possvel caso psiquitrico foi 26,6%. CONCLUSES: Uma maior religiosidade pessoal associou-se a menor freqncia de possvel transtorno mental. No foram encontradas associaes entre tipo de crime e sade mental.