1000 resultados para Aprendizagem da Língua Materna
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Pretende-se nesta comunicaçao apresentar perspectivas de ensino da língua materna com base em fundamentos da Linguística Interacional. Esta se alicerça no princípio etnometodológico de que a análise da conversaçao visa a reconstruir a ordem segundo a qual os falantes desenvolvem o processo conversacional. Nessa perspectiva, as interaçoes entre as pessoas nao estao invariavelmente subordinadas a categorias linguísticas preestabelecidas. As conversas se estruturam segundo categorias do grupo estudado. Isso implica que, no planejamento do ensino linguístico, é preciso previamente definir as categorias pertinentes aos envolvidos nas atividades de ensino. Essas categorias sao determinadas pelas injunçoes do desdobramento interacional, sempre na perspectiva dos objetivos conversacionais em jogo, que vao ser identificados, descritos, caracterizados, definidos na própria realizaçao linguística. Para esse trabalho, exige-se do linguista sensibilidade e flexibilidade para perceber e admitir que as nuanças da dinâmica conversacional nao raro abalam a solidez de preceitos e convicçoes teóricas gerais, definidas, quase sempre com base em textos escritos da língua. Na análise da conversa, muitos desses fundamentos se renovam, se reconfiguram, na medida em que atestam as especificidades da realizaçao linguística no aqui e agora das interaçoes face a face. Conflita com os procedimentos da Linguística Interacional o fato de o pesquisador querer explicar e enquadrar os fenômenos da fala à luz de uma teoria preestabelecida. Cabe-lhe dar, sim, evidência às categorias e estruturas emergentes das especificidades da conversa em análise e estabelecer um diálogo entre elas e as suas, para definir diretrizes reais para o ensino da língua materna
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Pretende-se nesta comunicaçao apresentar perspectivas de ensino da língua materna com base em fundamentos da Linguística Interacional. Esta se alicerça no princípio etnometodológico de que a análise da conversaçao visa a reconstruir a ordem segundo a qual os falantes desenvolvem o processo conversacional. Nessa perspectiva, as interaçoes entre as pessoas nao estao invariavelmente subordinadas a categorias linguísticas preestabelecidas. As conversas se estruturam segundo categorias do grupo estudado. Isso implica que, no planejamento do ensino linguístico, é preciso previamente definir as categorias pertinentes aos envolvidos nas atividades de ensino. Essas categorias sao determinadas pelas injunçoes do desdobramento interacional, sempre na perspectiva dos objetivos conversacionais em jogo, que vao ser identificados, descritos, caracterizados, definidos na própria realizaçao linguística. Para esse trabalho, exige-se do linguista sensibilidade e flexibilidade para perceber e admitir que as nuanças da dinâmica conversacional nao raro abalam a solidez de preceitos e convicçoes teóricas gerais, definidas, quase sempre com base em textos escritos da língua. Na análise da conversa, muitos desses fundamentos se renovam, se reconfiguram, na medida em que atestam as especificidades da realizaçao linguística no aqui e agora das interaçoes face a face. Conflita com os procedimentos da Linguística Interacional o fato de o pesquisador querer explicar e enquadrar os fenômenos da fala à luz de uma teoria preestabelecida. Cabe-lhe dar, sim, evidência às categorias e estruturas emergentes das especificidades da conversa em análise e estabelecer um diálogo entre elas e as suas, para definir diretrizes reais para o ensino da língua materna
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Pretende-se nesta comunicaçao apresentar perspectivas de ensino da língua materna com base em fundamentos da Linguística Interacional. Esta se alicerça no princípio etnometodológico de que a análise da conversaçao visa a reconstruir a ordem segundo a qual os falantes desenvolvem o processo conversacional. Nessa perspectiva, as interaçoes entre as pessoas nao estao invariavelmente subordinadas a categorias linguísticas preestabelecidas. As conversas se estruturam segundo categorias do grupo estudado. Isso implica que, no planejamento do ensino linguístico, é preciso previamente definir as categorias pertinentes aos envolvidos nas atividades de ensino. Essas categorias sao determinadas pelas injunçoes do desdobramento interacional, sempre na perspectiva dos objetivos conversacionais em jogo, que vao ser identificados, descritos, caracterizados, definidos na própria realizaçao linguística. Para esse trabalho, exige-se do linguista sensibilidade e flexibilidade para perceber e admitir que as nuanças da dinâmica conversacional nao raro abalam a solidez de preceitos e convicçoes teóricas gerais, definidas, quase sempre com base em textos escritos da língua. Na análise da conversa, muitos desses fundamentos se renovam, se reconfiguram, na medida em que atestam as especificidades da realizaçao linguística no aqui e agora das interaçoes face a face. Conflita com os procedimentos da Linguística Interacional o fato de o pesquisador querer explicar e enquadrar os fenômenos da fala à luz de uma teoria preestabelecida. Cabe-lhe dar, sim, evidência às categorias e estruturas emergentes das especificidades da conversa em análise e estabelecer um diálogo entre elas e as suas, para definir diretrizes reais para o ensino da língua materna
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Reconhecendo, a partir da constatação empírica, a multiplicidade de escolhas de crenças no Mundo e em particular na periferia urbana paulistana, reconhecemos, também, a emergência criativa de novas possibilidades de crer e não crer. Tal amplitude não apenas aponta para o crer (segundo as ofertas de um sem número de religiões) e o não crer (ateu e agnóstico), mas para uma escolha que poderia vir a ser silenciada e esquecida, neste binômio arcaico e obsoleto, quando alguém se dá à liberdade crer sem ter religião. Reconhecer interessadamente os sem-religião nas periferias urbanas paulistanas é dar-se conta das violências a que estes indivíduos estão submetidos: violência econômica, violência da cidadania (vulnerabilidade) e proveniente da armas (grupos x Estado). Tanto quanto a violência do esquecimento e silenciamento. A concomitância espaço-temporal dos sem-religião nas periferias, levou-nos buscar referências em teorias de secularização e de laicidade, e, a partir destas, traçar uma história do poder violento, cuja pretensão é a inelutabilidade, enquanto suas fissuras são abertas em espaços de resistências. A história da legitimação do poder que se quer único, soberano, de caráter universal, enquanto fragmenta a sociedade em indivíduos atomizados, fragilizando vínculos horizontais, e a dos surgimentos de resistências não violentas questionadoras da totalidade trágica, ao reconhecer a liberdade de ser com autonomia, enquanto se volta para a produção de partilha de bens comuns. Propomos reconhecer a igual liberdade de ser (expressa na crença da filiação divina) e de partilhar o bem comum em reconhecimentos mútuos (expressa pela ação social), uma expressão de resistência não violenta ao poder que requer a igual abdicação da liberdade pela via da fragmentação individualizante e submissão inquestionável à ordem totalizante. Os sem-religião nas periferias urbanas, nossos contemporâneos, partilhariam uma tal resistência, ao longo da história, com as melissas gregas, os profetas messiânicos hebreus, os hereges cristãos e os ateus modernos, cuja pretensão não é o poder, mas a partilha igual da liberdade e dos bens comuns. Estes laicos, de fato, seriam agentes de resistências de reconhecimento mútuos, em espaços de multiplicidade crescente, ao poder violento real na história.
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a língua portuguesa nativa e de herança sobreviventes em território fronteiriço de língua oficial espanhola. Como locus de pesquisa selecionamos Olivença, uma cidade da Espanha em que a língua portuguesa se faz em situações específicas de uso. A relevância desta pesquisa traduz-se no fato de que espaços fronteiriços mantêm sobrepostas em espaços geográficos contíguos algumas realidades que se sobrepõem: a realidade da oficialidade linguística e a realidade do sentimento de pertença sociolinguística. Nesta tese, partimos da identificação, em trabalho de campo, da presença da língua portuguesa no território atualmente espanhol (mas historicamente português) e na constatação de que há uma flutuação de identificação-identidade linguística. No espaço geográfico em que fizemos incursão científica, duas cidades sobrepõem-se historicamente e duas geografias políticas, por outro lado, avizinham-se e roçam-se continuamente. Ao tomar contato com essa cidade, hipotetizamos que o sentimento de pertença linguística estaria presente entre os falantes mais velhos, que manteriam a herança de traços lusitanos em sua comunicação, mesmo ao falar o espanhol. A justificativa é que, logo de chegada, já avistáramos recintos comerciais com nomes portugueses e, contrariamente, não ouvíamos o som lusitano nas ruas. Sabemos que o domínio espanhol numa cidade outrora portuguesa tenderia a apagar vestígios portugueses. No entanto, em grupos íntimos pressupúnhamos o português como língua corrente. Durante o trabalho de campo, identificamos fortes valores culturais sendo empunhados como armas de resistência entre descendentes de portugueses, fazendo correr numa velocidade acentuada a reorganização dos valores lusitanos em redutos da cidade espanhola. Essa força e essa velocidade pareciam ser as molas propulsoras de uma mudança linguística muito sorrateira, que impactava o sentimento de unidade de um segmento social da comunidade sociolinguística. Isso nos inspirou a dar um passo investigativo seguinte em direção aos mais jovens, que tinham o espanhol como língua materna, mas tinham o português como língua de herança. À pergunta central sobre a força do português como língua de herança buscamos respostas por meio de duas outras questões mais indiretas feitas aos sujeitos entrevistados: será que os mais jovens percebiam-se como portugueses? será que os elementos culturais lusitanos presentes nas ruas eram reconhecidos como vinculados à língua de herança? Foi assim que passamos a recolher pistas sobre os traços de resiliência do português como língua incrustada na região espanhola de Olivença.
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Para la lingüística Cognitiva, la construcción del sentido darse a través del accionamiento de procesos mentales específicos que están directamente ligados a las experiencias socioculturales, sensorio motores y perceptuales. En portadores de la Síndrome de Asperger, el comprometimiento de estos procesos, debido a características específicas dela propia síndrome, puede estar directamente relacionado a problemas de construcción de sentido por estos individuos. En este sentido, el objetivo de esta investigación es investigar los procesos cognitivos que direccionan la construcción del sentido en estos portadores de trastornos neurales. La investigación es realizada con alumnos de la APPARN (Associação de país e amigos dos autistas do Rio Grande do Norte), teniendo como grupo de control alumnos neurotípicos de otras instituciones, siendo los portadores de la síndrome practicantes de la lengua materna o grupo experimental de la búsqueda. Para elucidar el proceso de construcción del sentido por estos alumno, fueron desarrollados testes contiendo rasgos linguisticos norteadores responsables por el accionamiento de algunos procesos cognitivos como los esquemas (JOHNSON, 1987), frames (MINSKY, 1974), affordances (GIBSON, 1979) y simulación mental (BARSALOU, 1999). Los testes fueron basados en los presupuestos teóricos de la Lingüística Cognitiva, más precisamente, de la Teoria Neural del Linguaje. Los resultados apuntan para una posible justificativa para el comprometimiento de la construcción del sentido en portadores de la Síndrome de Asperger, que comprende directamente la relevancia intersubjetiva de la infersencias recibidas y construidas socialmente por los participantes específicamente de este análisis.
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As crianças surdas, integradas num contexto educativo bilingue, aprendem a ler e a escrever numa língua oral-auditiva, língua com caraterísticas diferentes da língua que adquirem naturalmente que é visuo-espacial. A Língua Gestual Portuguesa é a língua materna dos surdos, constituindo-se a Língua Portuguesa, no modo oral e escrito, como a sua segunda língua. Face à escassez de instrumentos facilitadores do desenvolvimento das competências de leitura e escrita em crianças surdas, esta investigação visa avaliar a eficácia do programa de treino da competência lectoescrita para alunos surdos a frequentar o ensino bilingue – Programa PODER. O programa de intervenção concebido desenvolveu-se num processo de investigação-ação e foi aplicado a seis alunos surdos, a frequentar o 2.º ano de escolaridade do ensino básico, numa Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos. As respostas obtidas, através de questionários aos alunos surdos (6), foram analisadas qualitativamente. Para medir o índice de legibilidade do texto e a facilidade de leitura, no Pré-teste e no Pós-teste de lectoescrita aplicado aos alunos surdos, utilizou-se o “Índice de Legibilidade de FleschKincaid Grade Level” e o “Índice de Facilidade de Leitura de Flesch” (ambos baseados no comprimento das palavras e das frases). Os resultados obtidos indicam que o Índice de Legibilidade fica situado entre 7,0 e 10,0, o recomendável e o Índice de Facilidade de Leitura enquadra-se no Nível A1 – Utilizador Básico. Os dados afiguram-se expressivos para a validação do programa de treino e prova da sua eficácia, no desenvolvimento da competência lectoescrita de alunos surdos integrados no ensino bilingue. Deste estudo, retiram-se implicações para a intervenção psicoeducacional da lectoescrita junto de alunos surdos que frequentam o ensino bilingue.
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O presente estudo pretendia caracterizar o desempenho de crianças a frequentar o 1.º Ciclo do Ensino Básico no que dizia respeito ao uso da pontuação e contribuir para a consolidação desse conhecimento, reforçando os pontos fortes e ajudando a ultrapassar as lacunas. Assim, concebemos, implementamos e avaliamos uma intervenção didática que incidiu sobre as funções de vários sinais de pontuação e o seu uso em contexto. Recolhemos dados relativos ao desempenho dos alunos, a partir das atividades em que estes participaram. A análise de conteúdo dos dados recolhidos revelou que tinham aperfeiçoado o seu conhecimento sobre as funções de certos sinais de pontuação e desenvolvido competências relacionadas com o seu uso em contexto, embora subsistissem dificuldades.
Fonias lusas ou lusofonias: as variedades do português no sistema de ensino (secundário) em Portugal
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Atendendo ao lugar que atualmente a Língua Portuguesa (LP) ocupa no Mundo e ao crescente interesse da sua aprendizagem, é importante pugnar por uma consciencialização mais efetiva desta realidade junto dos alunos das nossas instituições de Ensino Básico e Secundário. A LP apresenta atualmente todas as condições para ser uma das protagonistas na economia mundial (Reto,2012). A explosão demográfica sentida em alguns dos países lusófonos, bem como o crescimento económico de outros tornam a LP a “nova linguagem do poder e do comércio”, tal como a designou Steve Bloomfield da revista Monocle Magazine, 57 (6), no artigo "A nova linguagem do poder e do comércio", em outubro de 2012. Se acrescentarmos que os seus falantes se encontram espalhados pelo planeta, adicionamos mais uma vantagem competitiva desta língua. Nesta perspetiva, realizou-se um estudo numa turma de Português do 10º ano do Ensino Secundário, Curso Profissional de Técnico de Comércio, numa escola em Aveiro, com uma amostra de quinze alunos. Para tal, na senda de uma coerência interna da investigação (Quivy e Campenhoudt, 2013), partimos dos objetivos, quer de natureza investigativa (Analisar os conhecimentos dos alunos sobre a realidade da lusofonia), quer de índole pedagógico-didática (Refletir e aprofundar conhecimentos sobre a diversidade linguística da LP e a importância destes conhecimentos na aprendizagem desta língua; Promover a valorização da diversidade linguística da LP). Os objetivos específicos do estudo empírico desta investigação passaram pela análise e pelo diagnóstico dos conhecimentos globais dos alunos sobre a realidade da lusofonia e ainda pelo (re)conhecimento das suas representações sobre o valor e o peso de importância da LP no contexto global das restantes línguas de conhecer as representações dos alunos sobre a LP, sobre as suas potencialidades e sobre a importância da lusofonia para a afirmação do valor desta língua. Os resultados obtidos apontam para um desconhecimento das línguas do mundo e do lugar ocupado pela LP nesse contexto. Para além disso, estes estudantes revelam uma visão eurocêntrica da LP, negligenciando as restantes variedades geográficas e culturais. Também relativamente ao ensino da língua, em termos pessoais atribuem-lhe algum reconhecimento, embora este seja mais evidente no domínio profissional. Tudo isto reforça a premência de um papel ativo dos professores na militância pelo reconhecimento da notoriedade da importância da LP no mundo atual.
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As crianças surdas, integradas num contexto educativo bilingue, aprendem a ler e a escrever numa língua oral-auditiva, língua com caraterísticas diferentes da língua que adquirem naturalmente que é visuo-espacial. A Língua Gestual Portuguesa é a língua materna dos surdos, constituindo-se a Língua Portuguesa, no modo oral e escrito, como a sua segunda língua. Face à escassez de instrumentos facilitadores do desenvolvimento das competências de leitura e escrita em crianças surdas, esta investigação visa avaliar a eficácia do programa de treino da competência lectoescrita para alunos surdos a frequentar o ensino bilingue – Programa PODER. O programa de intervenção concebido desenvolveu-se num processo de investigação-ação e foi aplicado a seis alunos surdos, a frequentar o 2.º ano de escolaridade do ensino básico, numa Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos. As respostas obtidas, através de questionários aos alunos surdos (6), foram analisadas qualitativamente. Para medir o índice de legibilidade do texto e a facilidade de leitura, no Pré-teste e no Pós-teste de lectoescrita aplicado aos alunos surdos, utilizou-se o “Índice de Legibilidade de FleschKincaid Grade Level” e o “Índice de Facilidade de Leitura de Flesch” (ambos baseados no comprimento das palavras e das frases). Os resultados obtidos indicam que o Índice de Legibilidade fica situado entre 7,0 e 10,0, o recomendável e o Índice de Facilidade de Leitura enquadra-se no Nível A1 – Utilizador Básico. Os dados afiguram-se expressivos para a validação do programa de treino e prova da sua eficácia, no desenvolvimento da competência lectoescrita de alunos surdos integrados no ensino bilingue. Deste estudo, retiram-se implicações para a intervenção psicoeducacional da lectoescrita junto de alunos surdos que frequentam o ensino bilingue.
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Este relatório, apresentado à Escola Superior de Educação de Bragança, realizado no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada (PES) do Mestrado em Ensino do inglês e espanhol no ensino básico, tem como finalidade refletir sobre algumas questões teórico-práticas abordadas durante a realização da PES. Considerando o papel dos falsos amigos no processo de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, neste caso o inglês e espanhol, analisámos e refletimos sobre a sua importância para a aprendizagem da Língua Estrangeira (LE). Primeiramente, desenvolveu-se em termos teóricos o tema referido de modo a criar uma relação teórico-prática no que diz respeito às atividades desenvolvidas durante a PES. A exploração teórica centrou-se na revisão da literatura focando-se nos conceitos dos falsos amigos, das macrocapacidades de compreensão e expressão oral e das funções da linguagem tendo por base os métodos de ensino, nomeadamente o método da abordagem comunicativa. Durante a prática de ensino supervisionada foram criadas atividades e estratégias que permitiram um estudo sobre a ocorrência de constrangimentos impeditivos ou não da compreensão de significados por parte do aprendente e em que medida isso constitui um fator facilitador ou um obstáculo na aprendizagem de uma língua estrangeira.
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O presente trabalho tem como principal objetivo refletir sobre um projeto de Comunicação Oral implementado numa turma de 10º ano de Português Língua Não Materna, de nível B1, na Escola Secundária com 3º ciclo de Pinhal Novo. Trata-se de um estudo de caso, na medida em que se pretende analisar a evolução na língua portuguesa de um aluno de origem Cabo Verdiana aquando da implementação do referido projeto. Este trabalho assenta principalmente na competência da Comunicação Oral e na forma como esta é abordada e trabalhada em contexto de sala de aula. Procuramos mostrar o quão importante é esta competência para a aprendizagem de uma nova língua, neste caso o Português, e para a integração do aluno na escola e na sociedade. São apresentadas também as estratégias utilizadas durante a implementação do referido projeto, assim como as reflexões inerentes ao mesmo. Constatámos que esta competência é fundamental para a integração dos alunos no meio escolar, melhorando as suas competências linguísticas e favorecendo a cooperação e a entreajuda entre os alunos como forma de desbloquear o discurso e favorecer a interação entre eles.
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O presente projecto tem como principal objectivo a intervenção em Português língua não materna numa perspectiva de escola inclusiva, assente na metodologia do trabalho cooperativo e no trabalho de grupo. Trata-se de um trabalho de natureza qualitativa, realizado através da aplicação de testes sociométricos, na entrevista e na pesquisa documental de modo a caracterizar a situação da intervenção e posterior avaliação. Tendo como base a investigação-acção que permite ao professor reflectir sobre a sua prática pedagógica, a metodologia utilizada centrou-se no trabalho cooperativo e na aprendizagem cooperativa. Os resultados obtidos com esta intervenção apontam para a necessidade de mudança nas práticas pedagógicas no sistema de ensino português face às dificuldades de integração e de domínio do Português dos alunos estrangeiros. Contudo, constatamos que através do trabalho cooperativo e da aprendizagem cooperativa e inclusiva, os alunos melhoram o seu desempenho escolar, obtendo maior sucesso escolar. Com este projecto podemos concluir que existe ainda a necessidade de formação de professores nestas duas áreas que apesar de serem tão diferentes assentam ambas nos mesmos pressupostos teóricos, baseados na integração e na inclusão numa perspectiva de escola para todos.
Resumo:
Esta investigação incide sobre o treino de Estratégias de Aprendizagem a estudantes universitários zimbabueanos aprendentes da Língua Portuguesa (LP) como Língua Estrangeira que revelaram, na sua maioria, problemas gramaticais relativos à Concordância Nominal em textos escritos de provas de exame realizadas entre os anos 1999 e 2011. Desenvolve-se, por um lado, uma Gramática Pedagógica que consiste no ensino de aspetos gramaticais problemáticos apresentados pelos estudantes com base na Abordagem Comunicativa de Ensino de uma Língua Não Materna e, por outro, ensinam-se as Estratégias de Aprendizagem orientadas para a aquisição da Gramática à luz dos subsídios da Instrução Baseada nas Estratégias de Aprendizagem no tratamento dos aspetos gramaticais desviantes em relação ao Português Europeu. Avaliam-se os produtos destes ensinamentos com base em instrumentos apropriados como testes de avaliação da aprendizagem da gramática e um questionário da tendência de aplicabilidade das Estratégias de Aprendizagem. O corpus é constituído de cerca 2224 “erros” gramaticais isolados com base numa grelha tipológica envolvendo 4 áreas - Léxico, Léxico-Sintaxe, Sintaxe e Morfo-Sintaxe, recolhidos nos 3 anos académicos do Curso de BAA general com a LP. Faz-se uma caracterização da população-alvo, em função de um questionário com cerca de 27 perguntas preenchido por 44 estudantes do Curso de BAA general com a LP nos anos académicos mecionados, de forma a termos uma noção em relação a (i) situação sociolinguística; (ii) visão em relação à aplicação da aprendizagem LP na vida social; (iii) opinião em relação à aprendizagem da LP na Universidade do Zimbabué.