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Resumo:
A praga de goiabeira que tem requerido maior frequência de controle, na região de Jaboticabal-SP, nos últimos anos, é o psilídeo Triozoida limbata. Assim, esta pesquisa objetivou: a) Comparar táticas de controle de T. limbata baseadas no monitoramento e na seletividade de inseticidas, visando a diminuir as aplicações; b) Registrar e correlacionar os inimigos naturais habitantes no agroecossistema goiabeira com a praga-chave e com fatores meteorológicos; c) Constatar se o controle de T. limbata afeta a população de moscas-das-frutas, e d) Verificar a eficiência de inseticidas adequados ao MIP, no controle de T. limbata. O experimento foi conduzido com a cultivar Paluma, em 2004, no município de Vista Alegre do Alto-SP. As estratégias utilizadas foram (doses em g.i.a./100L de água): testemunha; imidacloprid (4,0); imidacloprid + beta-cyfluthrin (2,5 + 0,3); acetamiprid (4,0); fenpropathrin (15,0), e tratamento convencional regional. Através dos resultados, conclui-se que é possível diminuir o número de aplicações e utilizar inseticidas menos agressivos ao meio ambiente e ao homem, com a adoção do monitoramento de T. limbata e aplicação no nível de ação. As densidades populacionais dos inimigos naturais (Scymnus spp., Cycloneda sanguinea, Azia luteipes, Crysoperla spp., Polybia spp., Brachygastra spp.) apresentam correlações positivas com as densidades populacionais de T. limbata. As flutuações populacionais de T. limbata e dos inimigos naturais não são alteradas pelos fatores meteorológicos (precipitação e temperatura), em pomar irrigado. A população de Anastrepha spp. é minimizada quando as aplicações são para controlar T. limbata. Os inseticidas imidacloprid, imidacloprid + beta-cyfluthrin, acetamiprid e fenpropathrin são eficientes no controle de T. limbata.
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Neste trabalho, foi realizado o censo das áreas cultivadas com uvas finas de mesa sob cultivo protegido e a identificação das principais espécies de pragas e estratégias de controle empregadas pelos produtores, no município de Caxias do Sul-RS. Na safra de 2007/2008, foram identificados os produtores envolvidos com a atividade no município e através de entrevista presencial e semiestruturada ao estabelecimento produtivo, registrou-se a área cultivada e variedades. Para produtores com cultivo de áreas superiores a 2.000m² da cultivar Itália, com dois anos ou mais de produção, foi aplicado outro questionário na safra de 2008/2009 com o objetivo de levantar as informações referentes: a) espécies de insetos e ácaros-praga que danificam as uvas finas de mesa na propriedade, segundo o viticultor; b) conhecer a realidade do manejo de insetos e ácaros-praga na cultura; c) verificar os parâmetros que o produtor utiliza para a aplicação de inseticidas; d) conhecer os produtos aplicados, e e) identificar o tipo de assistência técnica recebida pelo viticultor. Foram identificados 43 produtores de uvas finas de mesa sob cultivo protegido com área total cultivada de 30,36 ha, sendo 70,31% desta área da cultivar Itália. As pragas mais importantes mencionadas pelos produtores foram tripes - Frankliniella rodeos Moulton e a mosca-das-frutas-sul-americana Anastrepha fraterculus (Wied). O manejo realizado para controle destas pragas é através da aplicação de inseticidas com os ingredientes ativos acefato e fentiona, respectivamente, com base em calendário. Os principais problemas enfrentados para implementar estratégias de manejo de pragas no cultivo são a falta de assistência técnica, a ausência de metodologias confiáveis para o monitoramento e o reduzido número de inseticidas autorizados para a cultura.
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Este trabalho teve por objetivos avaliar os efeitos do estádio de maturação na colheita e do tratamento com 1-metilciclopropeno (1-MCP) sobre o escurecimento de polpa e o amadurecimento, durante o armazenamento refrigerado de ameixas 'Laetitia'. Os frutos foram colhidos em dois estádios de maturação, em pomares comerciais localizados nos municípios de Lages (em 2006 e 2008) e São Joaquim (em 2008): 20-45% da superfície vermelha (maturação 1) e 46-80% da superfície vermelha (maturação 2). Os frutos foram armazenados em atmosfera do ar a 0,5ºCºC e 90-95% de umidade relativa, 36 h após a colheita, tratados depois de quatro dias com zero (testemunha) ou 0,5 µL.L-1 de 1-MCP, e então mantidos sob refrigeração por até 73 dias. Os frutos foram analisados na colheita, periodicamente após a armazenagem refrigerada e após 3 dias a 22ºC. No município de Lages, frutos colhidos no estádio de maturação 1 apresentaram firmeza da polpa de 2,5 e 2,3 libras maior que frutos colhidos no estádio de maturação 2, em 2006 e 2008, respectivamente. No município de São Joaquim, frutos colhidos no estádio de maturação 1 apresentaram firmeza da polpa 1,3 libras maior que frutos colhidos no estádio de maturação 2. A colheita dos frutos em estádio mais avançado de maturação e o tratamento com 1-MCP retardaram a manifestação de escurecimento de polpa durante o armazenamento refrigerado, independente do município e do ano. De forma geral, em frutos colhidos no estádio de maturação 2 e tratados com 1-MCP, o aumento no período de armazenamento refrigerado, sem ocorrência do distúrbio durante os três dias de prateleira, foi >20 dias, em relação a frutos colhidos no estádio de maturação 1 e não tratados com 1-MCP. Adicionalmente, o 1-MCP reduziu a perda de firmeza da polpa dos frutos durante o armazenamento refrigerado.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de condições de atmosfera controlada (AC) e atmosfera modificada (AM) ativa (filme PEBD de 40 µm, com duas perfurações de 1,0 mm de diâmetro), associadas ao manejo do etileno, sobre a manutenção da qualidade em ameixas 'Laetitia'. Os tratamentos avaliados consistiram no armazenamento refrigerado (60 dias a 0,5±0,1ºC) em: atmosfera refrigerada (AR; 21,0 kPa O2 + <0,03 kPa CO2); AM; AM + baixo etileno (BE); AC; e AC + 1-MCP (1,0 µL L-1). As pressões parciais de O2 + CO2 (kPa) foram de 1,0 + 1,0 e 2,5 + <0,1, em AC e AM, respectivamente. Os frutos armazenados em AC, independentemente do tratamento com 1-MCP, apresentaram retardo no amadurecimento, quando comparados aos frutos em AR. Contudo, os melhores resultados para a manutenção da textura da polpa e da acidez titulável foram obtidos em AC + 1-MCP. Os tratamentos não interferiram para a incidência de podridões, rachaduras e degenerescência da fruta. Frutos dos tratamentos AM + BE e AC + 1-MCP apresentaram menor escurecimento da polpa e maior aceitabilidade quanto à cor e ao sabor na análise sensorial em relação àqueles armazenados em AR.
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O planejamento da programação nutricional na citricultura requer a avaliação da disponibilidade de nutrientes através de análises de solo e folha, e também leva em consideração a expectativa de produtividade e a exportação de nutrientes pela colheita. A disponibilidade de nitrogênio (N) não tem sido eficientemente avaliada através de análises do solo e, em algumas áreas de cultivo de plantas cítricas, o N-foliar vem sendo empregado como guia para recomendação de N. O objetivo deste estudo foi avaliar a sensibilidade da medida indireta da clorofila como um método de monitoramento dos níveis de N em plantas cítricas. Para isso, um trabalho experimental de campo foi conduzido em Reginópolis-SP, durante dois anos, com as variedades de copa Valência e Hamlim, ambas sobre porta-enxerto citrumelo Swingle. Os tratamentos consistiram em cinco doses de N aplicadas via fertirrigação: 0; 35; 70; 140 e 280 kg ha-1 de N, na forma de nitrato de amônio. Todas as parcelas foram devidamente fertilizadas com fósforo, potássio e micronutrientes também através da fertirrigação. A medida indireta da clorofila foi avaliada pelo clorofilômetro, modelo SPAD-502, em folhas recém-maduras (3ª e 4ª folhas), nos quatro quadrantes, e na altura mediana da planta. As mesmas folhas foram utilizadas para a determinação do teor de N-foliar. As medidas de leitura SPAD e o teor de N na folha apresentaram respostas quadráticas às doses de N aplicadas. Correlação de 0,95 (p < 0,05) foi observada entre a medida indireta da clorofila e o teor de N foliar. Durante os estádios de desenvolvimento da cultura, os valores médios de leitura SPAD variaram em 11 unidades, e os teores médios de N foliar, em 5 unidades (g kg-1). Leituras SPAD abaixo de 70 e acima de 75 estiveram relacionadas, respectivamente, com plantas muito responsivas e não responsivas a N, enquanto plantas com leituras intermediárias devem ser adubadas com doses de N próximas daquelas extraídas com a colheita. Baseado em duas safras completas, conclui-se que a medida indireta da clorofila pode ser empregada como ferramenta rápida e não destrutiva no monitoramento e na avaliação da disponibilidade de N em plantas cítricas
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O florescimento natural do abacaxizeiro constitui-se num dos problemas mais sérios do seu manejo, devido à desuniformização e colheita em épocas impróprias, o que eleva o custo de produção e reduz o preço de venda. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento do diquat e da ureia como fitorreguladores no retardamento da diferenciação floral do abacaxizeiro cv. Pérola. Foram testadas as concentrações de 0; 15 mg L-1; 23 mg L-1; e 30 mg L-1 de diquat, sem e com ureia (20 g L-1), aplicando 50 mL-1 de calda sobre as folhas do abacaxizeiro uma única vez. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Avaliaram-se a inibição da floração natural em três datas, a massa dos frutos, a massa da coroa, a massa dos filhotes e o número de filhotes por planta, o comprimento e a largura da folha "D" e os sólidos solúveis (ºBrix). Os resultados mostraram que a aplicação de 30 ml L-1 de diquat retardou a floração natural, mas causou redução na massa dos frutos. O tratamento de 23 ml L-1 com ureia também determinou uma redução na floração natural, sem, no entanto, causar diminuição dos frutos. As doses de diquat não interferiram na massa e na produção de filhotes, no comprimento da folha "D" e no teor de sólidos solúveis (º Brix) do suco dos frutos. A ureia potencializou a ação do diquat no retardamento da floração.
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O manejo em pomares orgânicos de citros é diferenciado em relação aos pomares convencionais. Deste modo, objetivou-se avaliar alguns atributos físicos e químicos de um Argissolo espessarênico e produtividade do pomar de tangerineiras, cv. montenegrina, sob sistema orgânico de produção, com diferentes manejos da vegetação nas entrelinhas. Os tratamentos estudados foram: gradagem, roçada, acamamento com rolo-faca e com arraste de tronco. A avaliação dos atributos físicos ocorreu sob a projeção da copa e na área de tráfego de máquinas, nas camadas de 0,0-0,1 e 0,1-0,2 m. A fertilidade química do solo foi determinada nas profundidades de 0,0-0,1; 0,1-0,2 e 0,2-0,4 m, enquanto a produtividade de frutos foi estimada a partir das plantas centrais de cada parcela. O tráfego de máquinas influenciou negativamente nos atributos físicos do solo abaixo da interface pneu/solo, embora não tenha sido restritivo à produtividade de frutos. Em todos os tratamentos, houve incremento de matéria orgânica na camada superficial do solo e dos teores de P, K+, Ca2+ e Mg2+ nas três camadas de solo em relação à área adjacente com vegetação nativa. O manejo com gradagem apresentou produtividade significativamente maior em relação ao manejo com roçada.
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O presente trabalho objetivou avaliar o uso de fosfitos, iodo, calda sulfocálcica e Trichothecium roseum no manejo da Queima das flores e da Podridão-Parda do pessegueiro, doenças causadas por Monilinia fructicola, nas cultivares Granada e Chimarrita, em cultivo orgânico. Os tratamentos foram: 1) calda sulfocálcica + iodo (aplicada na floração e na pré-colheita); 2) alternância entre calda sulfocálcica + iodo, fosfito de CaB e T. roseum (aplicados na floração) e Fosfito de K e T. roseum (aplicados na pré-colheita); 3) T. roseum (aplicado na floração e na pré-colheita); 4) testemunha. Os tratamentos foram paralisados uma semana antes do início da colheita. A doença foi quantificada pela incidência da doença nas fases de floração, de frutos verdes, de colheita e de pós-colheita. A incidência da doença na testemunha, na fase de floração, variou de 22 a 72%; nos frutos verdes, de 19 a 30%, e na colheita, de 18 a 61%. Todos os tratamentos reduziram a doença nas fases de floração e de frutos verdes, em ambas as cultivares, na ordem de 49 a 73% na floração e de 57 a 84% na fase de frutos verdes em relação à testemunha. Resultados significativos foram obtidos também em pós-colheita, na cultivar Granada, com reduções da doença em 54% no tratamento 1, e 30% no tratamento 2. Nenhum dos tratamentos foi eficiente na redução da incidência da doença na colheita.
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A pesquisa foi conduzida em um pomar comercial, localizado no município de Perdões, região sul de Minas Gerais, com o objetivo de analisar e comparar a rentabilidade da produção da tangerineira 'Ponkan' (Citrus reticulata Blanco) submetida ao raleio químico com o manejo convencional. Para se montar a matriz de coeficientes técnicos dos custos de produção e os indicadores de rentabilidade da cultura, os dados foram obtidos com os produtores da região e baseados em trabalho de pesquisa realizado no pomar, no período de dezembro de 2006 a julho de 2008. Foram utilizadas plantas com dez anos de enxertadas sobre limoeiro 'Cravo' (Citrus limonia Osbeck). No primeiro ano, o raleio químico foi realizado com aplicação de Ethephon na concentração de 600 mg L-1,e por ocasião da colheita foi avaliado o rendimento da produção nas plantas submetidas ao raleio químico e ao manejo convencional. No segundo ano, foi determinada a alternância de produção e a produtividade. A prática do raleio químico proporcionou maior rentabilidade, em termos de produtividade da tangerina 'Ponkan', que o manejo convencional, sem a adoção do raleio.
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A citricultura apresenta vários problemas fitossanitários, dentre os quais a mancha-preta dos citros (Guignardia citricarpa). O controle desta doença baseia-se no emprego de práticas culturais e no uso de fungicidas. Avaliou-se o efeito do manejo do mato em conjunto com o químico no controle da doença. Os experimentos foram instalados em pomares de laranjeiras-doces, nos municípios de Matão, Rio Claro e Mogi Guaçu, no Estado de São Paulo. No manejo do mato, comparou-se o uso isolado de roçadeira ecológica com o conjugado rastelo mecânico e trincha, aos 35 dias, após 2/3 de pétalas caídas. No controle químico, foram realizadas duas pulverizações com fungicida protetor e de 2 a 5 pulverizações da mistura de produto sistêmico com protetor, aos 45 dias, após 2/3 de pétalas caídas, em intervalos de aplicação de 35 dias. Em todas as aplicações, foi adicionado óleo mineral emulsionável (0,25%). Avaliou-se a área abaixo da curva de progresso da incidência e severidade da doença, com os dados de cinco avaliações realizadas quinzenalmente, a partir da maturidade fisiológica dos frutos. Em todas as áreas, o uso do controle químico, associado com o manejo do mato, reduziu a intensidade da doença.
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O manejo das entrelinhas dos pomares de citros tem sofrido grandes alterações nos últimos anos. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo avaliar influência da adubação verde de inverno e o uso de roçadoras laterais, na produção da laranjeira-'Pera'[Citrus sinensis (L.) Osbeck]. O ensaio foi conduzido em duas safras (2007/2008 e 2008/2009), em esquema de parcela subdividida, onde, nas parcelas, semearam-se três espécies de inverno (aveia-preta, tremoço e nabo forrageiro) e nas subparcelas utilizaram-se dois tipos de roçadoras laterais (convencional e "ecológica"). Vegetação espontânea e herbicida (glyphosate) em área total foram tratamentos de referência. No mês de julho (2007 e 2008), quantificaram-se a massa verde e a seca das vegetações intercalares e da projeção da copa, após roçagem. Para o cálculo da produção da laranjeira-'Pera', colheram-se os frutos das diferentes parcelas, efetuando-se as pesagens e, posteriormente, obtendo-se a eficiência de produção. Os tratamentos com adubo verde proporcionaram maior produção de massa verde e seca, e a utilização da roçadora "ecológica" lançou quantidade de material vegetal significativamente superior sob a copa das plantas de laranjeira-'Pera'. Nas duas safras, maior produção e eficiência de produção de frutos foi observada nas parcelas com uso da roçadora "ecológica". Quanto aos adubos verdes de inverno, apenas o tremoço incrementou a eficiência de produção em 2009. Conclui-se que o uso de roçadora "ecológica" incrementa a produção de laranjeira-'Pera'.
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O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de alguns aspectos do manejo da cultura do mamoeiro como espaçamento e nível de adubação NPK, sobre alguns atributos de qualidade dos frutos do híbrido do grupo 'Formosa' UENF/CALIMAN-01(UC01). O experimento foi conduzido na fazenda Caliman Agrícola S.A., em Linhares-ES. Utilizou-se o delineamento estatístico experimental em blocos casualizados, com esquema fatorial, com três espaçamentos de plantio entre plantas (E1 = 1,80 m; E2 = 2,25 m, e E3 = 2,70 m), cinco níveis de adubação NPK convencional (A1 = 80% do padrão da empresa (PE); A2 = 100% PE; A3 = 120% PE; A4 = 140% PE, e A5 = 160% PE), e três períodos de avaliação (junho, agosto e outubro de 2007). O padrão de adubação NPK da empresa (PE) consiste em 350; 105 e 660 kg ha-1ano-1 de sulfato de amônio (20% de N), superfosfato simples (18% de P2O5) e cloreto de potássio (60% de K2O), respectivamente. Foram analisados a firmeza do fruto e da polpa, a concentração de sólidos solúveis (SS), o pH, a acidez titulável (AT) e a razão SS/AT da polpa. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de médias. Os resultados mostram que, entre as condições de espaçamento e níveis de adubação NPK testados, o melhor desempenho foi obtido pelas combinações E1A1 ou E2A1, os quais devem ser adotadas para o manejo do híbrido UC01. Os tratamentos resultaram em frutos com atributos de qualidade superiores, além de proporcionar redução nos gastos com adubação NPK e menor impacto ambiental em função da aplicação excessiva de adubo no solo.
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A poda verde é uma prática cultural utilizada para melhorar as condições do dossel vegetativo dos vinhedos, visando a favorecer a qualidade da uva e do vinho. Nesse sentido, realizou-se este experimento entre as safras de 1993/1994 e 1996/1997, com diferentes modalidades de poda verde, num vinhedo do cv. Merlot conduzido em latada. Houve 12 tratamentos e três repetições, sendo o delineamento experimental em blocos casualizados. Os tratamentos constituíram-se da testemunha e de 11 diferentes modalidades de poda verde, ou seja, desbrota, desponta e desfolha, algumas delas em diferentes épocas do ciclo vegetativo da videira. O componente principal 1, da análise de componentes principais (ACP) feita em cada ano, separadamente, mostra que o tratamento 10 (desbrota + desponta + desfolha realizada no início da floração, eliminando-se as folhas abaixo dos cachos) discriminou-se nos quatro anos, e os tratamentos 7 (desfolha realizada 21 dias antes da colheita, eliminando-se metade das folhas abaixo dos cachos) e 6 (desfolha realizada 21 dias antes da colheita, eliminando-se as folhas abaixo dos cachos), em três deles; a ACP da média dos quatro anos também evidencia essa discriminação entre eles. Constata-se que o tratamento 10 foi um dos que tiveram intensidade de poda verde mais intensa, caracterizando-se por variáveis indicativas de plantas com vigor e produtividade mais baixos que os demais.
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Objetivou-se avaliar dois métodos de inoculação de Colletotrichum gloeosporioides em maracujá, testar a patogenicidade de diferentes isolados, o efeito fungitóxico e a composição química dos óleos essenciais das espécies medicinais alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham.), capim-santo [Cymbopogon citratus (D. C.) Stapf.], alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum L.), no controle da antracnose [Colletotrichum gloeosporioides (Penz.)], associado ao estádio de maturação de frutos de maracujazeiro-amarelo. Avaliaram-se três experimentos, onde se testou a patogenicidade de seis isolados do fungo em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições, outro com o mesmo delineamento em esquema fatorial 2x2 (suspensão de conídios e disco de micélio) e frutos (verdes e maduros), com seis repetições. No tratamento com frutos, utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5x3+1, sendo cinco concentrações (0; 2; 4; 6 e 8µL mL-1) e três espécies medicinais, mais o tebuconazol, com cinco repetições. Fez-se a caracterização química dos óleos por cromatografia gasosa, com espectrometria de massas. Todos os isolados foram patogênicos. Os frutos maduros apresentaram maior diâmetro das lesões, quando inoculados com suspensão de conídios. O óleo de C. citratus proporcionou o menor diâmetro das lesões nos frutos, até a concentração de 6 µL mL-1. Na concentração de 8 µL mL-1, todos os óleos inibiram o desenvolvimento do fungo. O timol (30,24%), o citral (77,74%) e o eugenol (92,89%) foram componentes majoritários em L. sidoides, C. citratus e O. gratissimum, respectivamente.
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O objetivo do trabalho foi avaliar, após sete safras, diferentes táticas de manejo da leprose, baseadas em podas e emprego de acaricidas, considerando-se os aspectos técnicos e econômicos de cada tática. O experimento foi conduzido de outubro de 2003 a agosto de 2010, na Fazenda São Pedro - Reginópolis-SP. As plantas utilizadas foram da cultivar Pera, enxertada sobre tangerina 'Cleópatra', com 12 anos de idade, quando da instalação do experimento. O delineamento experimental foi o em blocos casualizados, em esquema fatorial, constituído pelos fatores tipo de poda (A), com seis níveis: (1) poda drástica; (2) poda intermediária sem lesões de leprose; (3) poda intermediária com lesões de leprose; (4) poda leve; (5) sem poda, e (6) replantio; fator acaricida (B), com três níveis: (1) sem acaricidas; (2) com calda sulfocálcica, e (3) com espirodiclofeno e cihexatina em rotação; (C) fator poda de remoção de ramos sintomáticos de leprose, com dois níveis: (1) com poda de remoção; (2) sem poda de remoção. A combinação dos fatores, com os respectivos níveis (6 x 3 x 2), resultou em 36 tratamentos, que foram repetidos 4 vezes, sendo cada parcela constituída por 3 plantas dispostas em linha. Após sete anos de condução do experimento, foi possível constatar que os diferentes tipos de poda, bem como a poda de remoção, quando utilizadas de forma isolada, não foram suficientes para o controle da leprose. Portanto, comprovou-se que, para o manejo adequado da leprose, é indispensável a associação entre táticas, principalmente o controle do ácaro-vetor. Ainda, para assegurar a rentabilidade da produção cítrica, o emprego de acaricidas altamente eficientes no controle de B. phoenicis é fundamental. A recomendação do tipo de poda a ser empregada varia em função da incidência e da severidade da leprose no pomar. Em pomares com baixa incidência e severidade da doença, a poda leve é a mais adequada, por ser eficiente e por proporcionar o maior saldo financeiro. Entretanto, em pomares com alta incidência e severidade, o mais indicado são as podas mais severas, a fim de reduzir ou de eliminar os focos da doença. Entre as podas severas, destaca-se a poda intermediária com lesões, pois o retorno financeiro é mais rápido. O replantio é indicado somente em pomares recém-formados, eliminando-se a necessidade de modificar os tratos culturais no local do replantio.