907 resultados para Competências operacionais
Resumo:
O Ensino Clínico (EC) no curso de licenciatura em enfermagem (CLE) tem um papel fundamental nos estudantes, pois apresenta-se como uma das principais ferramentas para a formação do futuro enfermeiro. É através do EC que o estudante tem contato direto com a realidade profissional, pois, antes da sua realização, todo e qualquer conhecimento é meramente teórico, ou se resume a um conjunto de práticas simuladas no laboratório. O EC serve de plataforma educacional que permite ao estudante estabelecer uma relação entre a teórica lecionada e a prática exercida. Tendo em conta toda a relevância do EC, optou-se por fazer uma investigação com o objetivo de conhecer a opinião dos estudantes do CLE da Universidade do Mindelo (UM) sobre a importância do EC na aquisição de competências para o futuro profissional. Com o intuito de dar prossecução ao objetivo previamente delineado optou-se por uma Investigação de abordagem quantitativa, exploratória, baseada numa lógica de pesquisa por conveniência não probabilística, recorrendo à aplicação de um inquérito por questionário para a recolha de dados tendo como população alvo todos os estudantes do CLE da UM, do ano letivo 2015/2016 (183 estudantes), desta população foi aplicado critérios de inclusão e exclusão, ficando assim com uma amostra de 58 estudantes. Os resultados revelaram que 97% dos estudantes consideram que o EC contribui positivamente para o seu futuro profissional. No que concerne ao acompanhamento feito pelos orientadores aos estudantes, estes têm uma visão positiva que pode ser confirmada pela classificação que lhes foi atribuída, em que para o Orientador Clínico (OC), 9% classificaram estes como excelente, 22% como Muito Bom, 47% como Bom, 19% como Suficiente e 3% como Insuficiente e. Dos Orientadores Docentes (OD), 21% classificaram estes como Muito Bom, 41% de Bom, 31% como Suficiente e 7% classificaram como Insuficiente. Ainda se pode referir que destes inquiridos, 79% consideraram que o EC é importante, pois prepara o estudante em todos os domínios para a vida profissional (emocional, atitudinal, técnico-científico e teórico prático). Sendo assim, o contexto do EC tem um papel fundamental na formação do estudante de enfermagem e que os próprios têm a plena noção dessa importância.
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A literatura tem evidenciado que as competências pessoais e sociais têm sido relevantes para o desenvolvimento do bem-estar e de um ajustamento psicossocial das crianças e jovens, em geral. É importante estimular os indivíduos a adoptarem uma postura activa, através da aprendizagem de instrumentos para a vida. Os programas que têm como intuito a promoção destas competências, tornam-se fundamentais para que as crianças e jovens cresçam com competências que lhes permitam no futuro, evitar comportamentos disfuncionais e até mesmo acautelar determinadas patologias. Assim, quanto mais cedo a intervenção for realizada, no âmbito das competências sociais e emocionais, mais facilmente o indivíduo reconhece as próprias emoções e as dos outros, desenvolvendo desta forma a habilidade de regular as suas próprias emoções, o que lhes permite também, que num espaço interpessoal possam revelar sentimentos, desejos, opiniões, sempre respeitando os outros, e demonstrando sempre a capacidade de resolução de problemas imediatos, de forma a minimizar a ocorrência de problemas futuros. Neste âmbito desenvolveu-se um estudo quase experimental, do tipo pré e pós teste, sem grupo de controlo, com o objectivo de avaliar o efeito da frequência de um programa de promoção de competências pessoais e sociais ao nível do auto-conceito, da auto-estima, do comportamento assertivo, do efeito de coping e da inteligência emocional. Esta amostra foi constituída por sete crianças do género feminino, com idades compreendidas entre os oito e onze anos de idade institucionalizadas, sendo que todas estas crianças foram submetidas ao programa ―Aprender para Ser‖, o qual foi concebido para treze sessões, tendo durado três meses. Na avaliação final, os resultados revelaram, que as crianças obtiveram melhorias, em todas as dimensões avaliadas, sendo as diferenças estatisticamente significativas ao nível das estratégias de coping (cognitivo-comportamental e activa), comportamento total e agressivo e em todos os resultados dos domínios da inteligência emocional. Isto leva-nos a sugerir a implementação do programa durante mais tempo e a mais crianças para que as competências possam ser desenvolvidas ajudando as crianças a reconhecer, gerir as suas emoções e a apreciarem as perspectivas dos outros, a estabelecendo objectivos positivos, a tomarem decisões responsáveis.
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No presente trabalho, estudamos a Ansiedade aos Testes, entre a população estudantil adolescente. Queremos estudá-la enquanto traço comum da Perturbação de Ansiedade Social; simultaneamente, desejamos captar o papel desempenhado por outras variáveis psicológicas, como o auto-criticismo, e as competências de aceitação e consciência de si (minfulness). A amostra do estudo consiste em 449 estudantes de uma escola secundária de Coimbra, que responderam a um conjunto de 5 questionários. Adoptámos como medidas da ansiedade aos testes a versão portuguesa do Test Anxiety Inventory (TAI) (Ponciano, 1980) e a Escala de Cognições e Comportamentos na Ansiedade aos Exames (ECCAE) (Pinto-Gouveia, Melo e Pereira, 2005); da Ansiedade Social a EAESSA (Escala de Ansiedade e Evitamento de Situações Sociais para Adolescentes – Cunha, Pinto-Gouveia e Salvador, 2002); como medida da auto-complacência e consciência de si a versão portuguesa ad hoc da CAMM (Child Acceptance and Mindfulness Measure - Greco, Smith & Baer, 2008); do auto-criticismo a adaptação portuguesa do FRSC (Forms of Self-Criticizing/Attacking and Self-Reassuring Scale, Gilbert et al., 2004, Castilho e Pinto-Gouveia, 2005). De maneira geral, os resultados desta investigação coadunam-se com a literatura, no que diz respeito ao efeito de género e da preponderância do componente cognitivo na ansiedade face aos exames (frequência de cognições ansiosas); por outro lado, indicam que determinados construtos psicológicos, como o auto-criticismo (selfcriticism) e as competências de aceitação e consciência de si (acceptance e mindfulness), se encontram associadas à ansiedade aos exames. Os estudos futuros devem esclarecer a arquitectura funcional desta relação.
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O presente estudo teve como objectivo construir e validar um referencial de competências dos Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública. Para a concretização deste objectivo construi-se uma entrevista estruturada com 15 questões de resposta aberta aplicada a uma amostra de 10 Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública. Os dados foram recolhidos, culminaram num questionário de resposta fechada constituído por 36 competências e aplicado a 100 técnicos. Dos resultados do tratamento deste, derivou um outro questionário com 26 competências, relativamente às quais, além da classificação das mesmas, era solicitado emissão de opinião técnica. Este instrumento foi aplicado a 10 peritos (professores que ministraram ou ministram na Licenciatura de Análises Clínicas e Saúde Pública e/ou investigadores desta área de estudos). Daí resultaram 22 competências que foram sujeitas a validação semântica e que constituíram o referencial de competências. O conjunto que competências a que se chegou foi trabalhado em clusters de competências pessoais, interpessoais e instrumentais e para se verificar a sua fiabilidade interna aplicou-se o Alfa de Cronbach. O referencial de competências constituído foi validado através de um Focus Group de técnicos. A construção do referencial de competências dos Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública permitiu dar a conhecer as competências essenciais à apresentação de um bom desempenho profissional, quando sujeitos a avaliação por competências, e o desenvolvimento de estudos acerca desta profissão. / The following paper aimed to develop and validate a reference of the Clinical Analysis and Public Health technicians’ competences. In order to achieve this purpose it was put together a structured interview based on fifteen open-response questions. This interview was applied to a sample of ten Clinical Analysis and Public Health technicians. The collected data of this interview led to a closed response questionnaire including thirty-six competences, which was then administered to a hundred technicians. Subsequently, the data collected in this questionnaire let to another different questionnaire composed of twenty-six competences. This time, besides their classification it was required to issue a technical opinion. This research instrument was then administered to ten experts (teachers who minister or ministered the Degree of Clinical Analysis and Public Health and / or researchers in this field of study). This last resulted into twenty-two competences which were subjected to semantic validation and afterwards composed the reference of competences. The reached reference of competences was then worked on to clusters of personal, interpersonal and instrumental competences whose liability was checked through the Cronbach's Alpha. The reference of competences was then validated through a technician’s Focus Group. The building of this Clinical Analysis and Public Health technicians’ reference of competences was important to acknowledge the important competences necessary to perform this Job well and professionally.
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O termo parentalidade tem evoluído com os estudos que foram sendo desenvolvidos na área, na sua maioria pretendem compreender como as crianças percecionam as competências parentais dos seus progenitores e qual o comportamento da criança em função do estilo educativo exercido. Para avaliar e analisar a parentalidade é necessário conhecer a comunidade onde se insere a família, sendo já amplamente discutida a influência do meio e contexto no comportamento e na perceção que temos de nós e do outro. O presente estudo propôs-se a entender quais os fatores sociodemográficos e comportamentais que podem condicionar o exercício das competências parentais. Constitui-se como um estudo descritivo-correlacional, com uma amostra não probabilística aleatória por conveniência, com 62 pais de crianças com idade compreendidas entre os 6 e os 11 anos e frequentam o 1º Ciclo do Ensino Básico no Distrito de Leiria. Para responder ao objetivo inicial foram utilizados os seguintes instrumentos: para a perceção das competências parentais recorreu-se às escalas EMBU-P e EMBU-C, para avaliar a ansiedade nos pais foi aplicado o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB) e finalmente, o questionário sociodemográfico que pretendia identificar características da amostra (residência, idades, empregabilidade, escolaridade, frequência de ATL, rotinas familiares). Os resultados obtidos evidenciam que os pais percecionam fornecer um elevado suporte emocional aos filhos, que é coincidente com o sentido pelas crianças. Sendo de destacar que quando os pais exercem uma tentativa de controlo ou rejeição, o seu índice de ansiedade tendem a aumentar antevendo uma relação entre ambas as variáveis. Outro resultado com relevância estatística significativa é a relação entre a perceção da sua competência parental e o número de filhos que têm. Destaca-se, ainda, que existem dados sociodemográficos que apresenta uma relação estatisticamente significativa com o exercício da competência parental, como o rendimento mensal do agregado, a existência de irmãos e a subescala de tentativa de controlo. / The term parenting has evolved along with the studies in this field, and most of them aim to understand how children perceive their parents’ parenting skills as well as the child's behaviour depending on the style of education. To evaluate and analyse parenting it is also necessary to know the community, as we are aware of the influence of the environment on the behaviour and perception of ourselves and the people next to us. This study aims to understand which sociodemographic and behavioural factors might influence the performance of parenting skills. It is a descriptive-correlational study with a non-probabilistic sample, randomly chosen, with 62 parents, whose children are not only aged 6-11 years but also attending the primary school in the District of Leiria. In order to respond to the initial goal we used the following instruments: the scales EMBU-P and EMBU-C were used to perceive parenting skills, Beck’s Anxiety Inventory (BAI) was used to assess parents’ anxiety, and finally, the sociodemographic questionnaire was used to identify the characteristics of the sample (residence, ages, employment, education, ATL (after-school activities), family routines). The results show that parents believe they provide a high emotional support to their children, which is coincident with the children’s opinion. It is also important to mention that whenever parents attempt to control or reject, their level of anxiety tends to increase, foreseeing a relationship between both variables. Another result presenting significant statistic relevance is the correlation between parents’ perception of their parental competence and the number of children they have. Finally, it is worth mentioning that there are sociodemographic data that show a statistically significant correlation with parental competence, such as the monthly income of the household, the existence of siblings and the control subscale.
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A investigação apresentada neste artigo teve como principal objetivo contribuir para uma compreensão mais alargada do uso que os estudantes do Ensino Superior Público Português (ESPP) fazem das Tecnologias da Comunicação (TC) para suporte à aprendizagem. Especificamente, procurou-se estudar a influência do género neste contexto e, no âmbito do presente artigo, apresenta-se parte da fundamentação teórica que sustenta o estudo, os objetivos e as opções metodológicas, bem como alguns dos resultados obtidos, em particular os que dizem respeito às diferenças de género na perceção das competências para o uso de TC para suporte à aprendizagem. Os resultados obtidos indicam que a maioria dos estudantes classifica as suas competências como sendo boas ou muito boas e, no que se refere à influência do género, os testes estatísticos sugerem a existência de diferenças significativas entre o sexo masculino e o sexo feminino na perceção das suas competências para o uso de TC.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
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Esse trabalho tem como foco, analisar as componentes-chave da competência de professores do Ensino a Distância (EAD) em ensino privado a partir do modelo proposto por Mendonça (2012), sendo essas embasadas na teoria que sustenta a competência de professores na Instituição de Ensino Superior (IES) atual: Conteúdo Específico; Metodológico; Social, Pessoal e Avaliativo.O objetivo geral abarca analise dos componentes-chave da competência do professor em EAD conforme modelo de Mendonça, e objetivos específicos em descrever as competências de conteúdo específico, metodológicas, sociais e comunicacionais, pessoais e avaliativas percebidas pelos professores que atuam na EAD da instituição; descrever as ferramentas e técnicas adotadas pelo EAD na instituição; comparar as competências percebidas aos recursos usados das ferramentas e técnicas adotadas; analisar o perfil de e-competências do professor de EAD propondo o modelo para o ensino privado.A metodologia da pesquisa funda-se no método descritivo de natureza quantitativa baseada em estudo de caso, com aplicação de questionário fundados no método.Sendo notório o acrescente erguimento das tecnologias, que favorecem a evolução social, e a educação, sendo a apropriação da cultura produzida; esse trabalho busca na investigação da análise a eficácia do meio tecnológico utilizado para alcançar o papel educativo proposto pelo método EAD.
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A Teoria da Mente (TM) é uma competência cognitiva que permite ao individuo reconhecer os seus próprios estados mentais bem como o das outras pessoas. Trata-se de uma capacidade que se desenvolve desde os primeiros meses de vida até à idade escolar e que faz com que sejamos capazes de compreender e antecipar o comportamento do outro: compreender os sentimentos, pensamentos, crenças, desejos e intenções (ver glossário). É a TM que permite ao indivíduo compreender o contexto social em que está inserido, demonstrando comportamentos sociais adequados. A linguagem está intimamente relacionada com a TM, nomeadamente com a capacidade de compreender falsas crenças, expressões idiomáticas, duplos sentidos e ironias (marcadores ao nível do seu desenvolvimento). A semântica e a sintaxe (sob ponto de vista expressivo e recetivo) têm um papel fulcral na compreensão dos estados mentais. É nesta relação entre TM, Competências Sociais (CS) e linguagem que se enquadra a presente investigação. Esta teve como objetivos analisar a relação existente entre TM e CS em crianças com desenvolvimento neurotípico, bem como a sua relação existente entre fatores sociais e demográficos, comparar a perceção dos pais e professores sobre as CS e analisar algumas variáveis preditoras da TM. Para isso, constituiu-se uma amostra de 103 crianças de ambos os sexos (54 do sexo feminino e 49 do sexo masculino) com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos com desenvolvimento neurotípico que frequentassem o 1º ciclo do ensino básico. Para a recolha de dados, os encarregados de educação preencheram um questionário sobre dados socio – demográficos e o questionário de CS (também preenchidos pelo professores). As competências de TM foram avaliadas através duas sequências do Teste Doctor Martin – Brune. Esta investigação encontrou correlações efetivas entre competências de TM e CS, nomeadamente nos domínios do altruísmo, iniciação e orientação pró – social bem como na reciprocidade. Tal como se esperava após a revisão bibliográfica, encontraram-se correlações entre alguns fatores sociais e demográficos, TM e CS ainda que alguns resultados tenham sido inconclusivos. De qualquer forma, verificou-se a existência de relações com a idade, escolaridade, número de irmãos, idade dos irmãos, escolaridade e idade dos pais. Os resultados acerca da perceção de pais e professores acerca das CS da criança foram igualmente curiosos e passiveis de nova investigação: as CS nos diferentes contextos em que a criança se insere e a avaliação que diferentes interlocutores fazem das suas competências. Foram encontradas correlações positivas entre CS e alguns fatores socio – demográficos anteriormente referidos pela investigação (escolaridade da mãe, número de irmãos, idade, anos de escolaridade). No entanto, outros fatores surgiram como estando relacionados (fatores relacionados com o pai) sem que exista mais informação acerca destes dados. Os resultados demonstraram também que os pais avaliam as CS dos filhos de modo superior aos professores no que se refere à orientação pró – social e iniciação social, mas inferior no domínio do altruísmo. De acordo com o Teste de Pearson, existem correlações positivas entre a avaliação realizada pelos pais e professores no que diz respeito à orientação pró – social, iniciação social e altruísmo bem como no total do Questionário. Todavia, é fundamental continuar a desenvolver estudos nesta área de investigação tendo em consideração a pouca informação existente acerca de algumas variáveis, nomeadamente, em relação ao papel do pai no desenvolvimento da TM.
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A presente investigação pretende analisar a eficácia de um programa breve de promoção de competências de assertividade na relação conjugal. Fez-se uma revisão da literatura de conceitos ligados à conjugalidade sendo os mais pertinentes para este estudo a satisfação conjugal, a comunicação e a intimidade. Focou-se também o psicodrama moreniano e outras abordagens utilizadas no trabalho de educação e enriquecimento do casal. Na elaboração do programa, optou-se por uma abordagem eclética, conciliando o modelo cognitivo-comportamental com uma técnica do Psicodrama Moreniano. O estudo foi realizado com uma amostra (conveniência) composta por 2 casais heterossexuais que vivem em coabitação. A metodologia utilizada foi maioritariamente qualitativa e para a recolha de informação usou-se a entrevista semi-estruturada IRI - Intimate Relationship Interview (Lima, Soares, Vieira & Collins, 2005) e a técnica da escultura. Os resultados obtidos demonstraram que os casais têm uma perceção bastante satisfatória na maioria das áreas da intimidade conjugal; a comunicação aparenta ser a área que requer mais intervenção por parte dos casais. Os instrumentos de recolha de informação mostraram-se eficazes e complementares. O programa evidenciou resultados satisfatórios atendendo aos ganhos dos casais, contudo serviu mais para o levantamento das áreas de dificuldades na relação do que para a aquisição de competências assertivas.
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Introdução: Com uma consciencialização cada vez maior das populações para a preservação dos dentes naturais, a Endodontia tem assumido uma importância crescente, tendo por objectivo principal a manutenção de dentes funcionais, sem prejudicar a saúde dos pacientes. Estes devem beneficiar de um tratamento segundo o “standard of care”, proporcionado por profissionais competentes. Vários estudos demonstram que a Endodontia é considerada uma área difícil e stressante para os estudantes, exibindo um sentimento de menor confiança na prática clínica, sobretudo no que diz respeito a procedimentos mais complexos, nomeadamente, no tratamento de dentes posteriores. Em 2010, na tentativa de homogeneizar as competências adquiridas pelos Médicos Dentistas (MD), a Associação para a Educação Dentária Europeia (AEDE) definiu critérios para a sua formação pré-graduada, indicando que o MD recém-graduado deve ter adquirido competências e capacidades técnicas que lhe permita começar a sua prática clínica de forma independente. Objectivos: Analisar os conhecimentos adquiridos e as dificuldades sentidas na área da Endodontia pelos alunos do 4º e 5º anos do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Ciências de Saúde (FCS) da Universidade Fernando Pessoa (UFP), fazendo, igualmente, uma abordagem ao ensino ministrado na área da Endodontia face aos resultados obtidos. Materiais e Métodos: Este trabalho está dividido em duas partes: revisão bibliográfica e investigação científica. A revisão bibliográfica do tema engloba o ensino graduado em Medicina Dentária, o uso de isolamento absoluto (IA) na prática clínica de Endodontia, a instrumentação manual versus rotatória, a influência no sucesso do tratamento endodôntico (TE) da sua execução por estudantes do 4º e 5º ano, as Guidelines para o TE e o ensino de Endodontia na UFP. A pesquisa bibliográfica foi efectuada através da base de dados PubMed, tendo sido utilizadas, em diferentes combinações, as seguintes palavras-chave: ”Endodontics”, “teaching”; “pre-clinical”; “undergraduate”; “Clinical”; “treatment” e “Europe”. O trabalho de investigação consistiu na elaboração, aprovação pela Comissão de Ética da UFP e posterior aplicação de um questionário destinado aos alunos do 4º e 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da FCS-UFP. A população estimada de alunos do 4º ano foi de 190 alunos e a de 5º ano de 150 alunos, o que perfaz um total de 340 alunos. Dos inquéritos respondidos, apenas foram considerados 338, uma vez que dois foram anulados pois continham respostas inválidas. Resultados: A “condição socioeconómica do paciente” foi considerada a causa menos relevante para avaliar um caso endodôntico, tendo sido apontada por 34,3% dos alunos. Assinala-se que 92% dos alunos de 4º ano e 93,3% dos alunos de 5º ano consideram que os molares superiores são os dentes mais difíceis de tratar, sendo a visibilidade uma das principais razões para esta opinião. O grau de dificuldade para a colocação do IA é definido como “Elevado” para a maioria dos alunos de 4º ano. A maior parte dos alunos de 5º ano considera que o grau de dificuldade para a “Determinação do tipo de reconstrução/prótese fixa mais indicada” é “Elevado”. O passo do TE onde os alunos do 4º ano se sentem mais confiantes é no “Diagnóstico de cárie”, sendo que os alunos do 5º ano se sentem mais confiantes ao realizar o “TE em dentes com 1 ou 2 canais”. O “Conteúdo leccionado nas aulas teóricas” foi considerado o principal aspecto positivo do ensino endodôntico. Por outro lado, o “Número de actos clínicos realizados” foi considerado o principal aspecto negativo, tanto para alunos de 4º como de 5º ano. Em ambos os anos, os principais pontos que os alunos acham que devem ser melhorados são o “Número de pacientes nas aulas clínicas” e a “Aprendizagem da técnica de instrumentação mecanizada/obturação termoplástica”. As principais preocupações referidas, tanto por alunos de 4º como de 5º anos, foram a “Insegurança na prática clínica” e a “Dificuldade em encontrar ofertas profissionais”. Relativamente à qualidade dos seus TE existe um número significativo de alunos do 5º ano que já se auto-avaliam como “Bons” (33,6%), por comparação com os do 4º ano (21,2%), sendo a auto-avaliação de “Razoável” dominante em ambos os anos de formação. Conclusões: Conclui-se que na disciplina de Endodontia na FCS-UFP, são seguidas as Guidelines da European Society of Endodontology (ESE), sendo que estas indicam o protocolo mais correcto a seguir durante o Tratamento Endodôntico Não-Cirúrgico (TENC). Contudo, o reduzido número de actos clínicos e a consequente falta de prática faz com que os alunos se sintam pouco confiantes ao iniciar a sua actividade profissional.
Resumo:
O trabalho é capaz de proporcionar sentimentos de identificação, permitindo a partilha de experiências, a aquisição de status social e identidade profissional, mas também pode colocar o trabalhador em situações desagradáveis. As condições a que os trabalhadores estão expostos no seu trabalho e os constrangimentos organizacionais podem despoletar riscos para a sua saúde mental, social e física. A exposição a riscos psicossociais no trabalho tem consequências para a saúde dos trabalhadores. Riscos estes que estão relacionados com a organização do trabalho, com o conteúdo das tarefas e com o ambiente vivenciado no local de trabalho. Para além de consequências para a saúde, a exposição a fatores de risco pode ter consequências que prejudicam o trabalhador, a organização e a sociedade em geral, exemplo dessa consequência é o absentismo. O absentismo é caracterizado pela ausência do trabalhador ao seu local de trabalho, podendo ter na sua essência múltiplas causas, sendo, por sua vez, causador de diversos problemas. A insatisfação com as condições e características do trabalho e os problemas de saúde causados e agravados pela exposição aos riscos leva ao elevado absentismo. Esta dissertação tem como intuito compreender a perceção dos assistentes operacionais acerca da exposição a fatores de riscos psicossociais, compreender a que se deve o elevado índice de absentismo laboral e perceber se existe relação entre este e as condições de trabalho e a perceção de exposição a riscos psicossociais. Participaram do estudo 85 assistentes operacionais, entre os 32 e os 65 anos, de escolas e jardins de infância do conselho. A recolha de dados foi realizada através do questionário INSAT2013 e pela técnica de observação não sistematizada, onde se procurou observar, com o intuito de compreender, as atividades, comportamentos, dificuldades, interações/relações e satisfação do trabalhador assistente operacional. Os principais resultados apresentam uma percepção moderada, por parte dos trabalhadores a riscos psicossociais de modo geral e a sua relação com o elevado absentismo. Umas das conclusões que se destaca na dissertação é que a elevada carga de trabalho reforçada com a redução de colaboradores levam ao aumento do absentismo.
Resumo:
Em Portugal, embora já exista a recomendação de que parte dos enfermeiros perten-centes à equipa de enfermagem no meio pré-hospitalar deva ser especializada na pes-soa em situação crítica, e de já existir um Regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica, este abrange competências que não lhes são específicas e ignora algumas habilidades e conhecimentos subjacentes à sua atividade. Assim, e apesar da Ordem dos Enfermeiros reconhecer o enquadramento dos Enfermeiros na Emergência Pré-hospitalar como van-tajosa, as competências que lhes são reconhecidas, bem como os critérios de seleção dos enfermeiros integrados na Viatura Médica de Emergência e Reanimação são pouco claros e variáveis. Procurou-se desta forma delinear um estudo que fosse de encontro à necessidade de conhecer a especificidade das competências dos enfermeiros que exercem no meio pré-hospitalar, nomeadamente na Viatura Médica de Emergência e Reanimação. Para a realização deste estudo optou-se por uma abordagem à técnica de Delphi, tendo assim criado numa primeira fase uma lista de competências baseada na literatura cien-tífica existente sobre o tema; e numa segunda fase, foi submetida ao painel de peritos previamente selecionado. O painel foi constituído por 28 enfermeiros com experiência na VMER e com um papel de relevância profissional na Formação na área da emergên-cia e/ou na área da gestão/coordenação de equipas. Seguindo todos os passos reco-mendados para a realização do painel, no final da primeira ronda obteve-se um con-senso de 100% das competências. No entanto, face à necessidade de reformular duas competências, por sugestão dos peritos, houve necessidade de realizar uma segunda ronda. No final deste processo, obteve-se uma lista constituída por 77 competências específi-cas dos enfermeiros ao exercício da VMER, divididas em 6 Domínios: Responsabilidade Profissional, Ética e Legal, Melhoria da Qualidade, Gestão dos Cuidados, Desenvolvi-mento das Aprendizagens Profissionais, Domínio Técnico da Prestação de Cuidados à Pessoa em Situação Crítica e Domínio Técnico da Condução em Marcha de Emergên-cia.
Resumo:
As últimas décadas caracterizaram-se por importantes contributos que recolocaram o ensino de competências comunicacionais como um dos aspetos centrais na formação dos profissionais de saúde. A própria OMS tem vindo a enfatizar este aspeto e, em 2002, a American Association of Medical Colleges e a American College of Graduate Medical Education consideraram a comunicação interpessoal como umas das seis aptidões centrais a desenvolver nos médicos. Perante estas recomendações e a demonstração, através de inúmeras investigações, de que as competências comunicacionais podem ser treinadas e aprendidas, e que estas aptidões permanecem ao longo do tempo; as instituições de ensino superior que formam profissionais de saúde, são chamadas a repensarem os seus curricula. Os consensos de Toronto e o de Kalamazoo surgiram como dois importantes marcos orientadores da uniformização do ensino e avaliação das competências comunicacionais nas escolas médicas. A presente comunicação, parte de um conjunto de investigações realizadas com estudantes de medicina, enfermagem, fisioterapia, farmácia e radioterapia, bem como da experiência de utentes adultos em serviços de medicina nuclear e radiologia e de crianças na consulta de pediatria e pretende apontar algumas linhas orientadoras sobre os conteúdos e as metodologias de ensino das competências comunicacionais, assim como da forma de avaliar estas competências ao nível do ensino pré-graduado dos futuros profissionais de saúde.